LER E OUVIR HISTÓRIAS FORTALECE A MENTE E O CORAÇÃO



            Hoje 22 de Novembro de 2002, continuo pensando em você. Tomei conhecimento agora que você passou em frente a nossa casa, fico tão triste em saber que você morou aqui nessa casa por 14 aos e agora passa como se nunca conhecesse local. Graças a Deus eu não vi você porque passo o tempo todo trancada. A saudade é grande, mas peço a Deus o Pai Todo Poderoso que lhe abençoe e lhe guarde. Espero que Deus nunca deixe lhe faltar nada a minha felicidade depende da sua felicidade se você estiver feliz eu me alegro se estiver triste entristeço também, portanto Deus te abençoe e te faça feliz.
22/11/2002  ( 14h00min)

Hoje 21 de Novembro de 2002 faz exatamente um mês e dez dias que você se casou e até hoje não sei nada de sua vida. De inicio não sentia sua falta porque a ferida estava tão grande, sangrando, inflamado, mas agora está sarado porque tudo passou daí não consigo lhe esquecer, vou ao supermercado compro biscoito recheado, yorgut, maça, uva, todinho tudo isso me lembra de você.
            Meu Deus como a casa está vazia! Como sinto sua falta. Não me esqueço de você um só segundo. Não procuro você e não vou lhe procurar porque o filho tem que procurar a mãe, não à mãe o filho, você é muito ingrato, um dia você vai me procurar então será tarde demais. Nessa vida a gente não leva nada. É uma vida tão curta, a gente não sabe o dia do amanhã e por que tanta briga tanta desavença entre nós.O natal aproxima-se, meu Deus eu não sei o que fazer... Não quero escrever mais. Tô com raiva muita raiva muita raiva.
           
                              21/11/2002 as 21:30 min.





          No dia 20 de Novembro de 1972 foi o casamento de LAÍS minha irmã mais velha. Mamãe não queria me deixar ir. Chorei tanto, porque ela não fez um vestido novo para mim. Nós éramos pobres, mas dava pra ela ter feito, como ela não queria que eu fosse não fez, contudo eu havia desfilado no dia 7 de setembro e foi um vestido verde cheio de florzinha branca, tinha também um gorrinho, daí nem me incomodei, vesti e  me achei bastante alinhada para ir a esse casamento.
            Depois de muito implorar ela deixou não sei que milagre porque a palavra dela era de Rainha depois que ela falava não, só Deus descendo do céu pra ela dizer sim. Meu Deus eu nem vi quando Laís entrou na Igreja porque quando Jaime me viu mandou um recado então eu corri para lhe encontrar num antigo ginásio e pela primeira vez depois que ele casou (lembrando que ele havia casado no dia 19 de Julho de 1972). A filha dele tinha nascido e ele aproveitou pra me dizer que não estava bem e que eu tinha de voltar pra ele chegou a fazer chantagem comigo caso eu não o quisesse contaria ao mundo inteiro que eu já era mulher dele.
             Feito uma idiota, uma boba, inexperiente temi e começou tudo outra vez. Não suporto chantagem, quando alguém quer me chantagear eu prefiro falar a verdade é tanto que hoje em dia minha vida é um livro aberto e eu não escondo mais nada de ninguém mesmo sabendo que o que eu fiz foi errado, mas conto eu não quero nem saber... Ficamos nos encontrando sem haver nenhuma relação amorosa, mamãe havia feito uma cirurgia e não podia ter contrariedade nenhuma e papai coitado continuava no sítio e eu com a responsabilidade na barraca porque ficava lá pela manhã e a tarde era papai.             
          Nesse período só éramos três. Ilna ainda pequena, mas o cão de ruim sempre me tocaiando, Iara também era outra não me davam sossego e eu sofria muito calada até que a segunda filha de Jaime nasceu. Aí piorou a situação, ele já tinha duas filhas, eu não poderia destruir o lar dele. Esta menina era especial e sempre tinha que ser internada. Nosso encontro agora era noturno. Ele havia comprado um carro Aerowilles vermelho e mandou escrever no para choque SESSÃO BACURAU só eu e ele sabíamos o significado daquela frase. A noite tomava meu banho e dormia no quarto da frente que tinha uma janela que dava pra rua. Ficava aguardando o sinal, nesse caso era uma folha de mangueira que ele colocava pela fresta da janela.
            Bem sutil me levantava abria a janela escorava e saia ao encontro dele e muitas vezes mamãe estava assistindo televisão porque ela tinha muita insônia, lá pelas 3 horas da madrugada era que eu chegava. Lembro-me que um dia, ou seja, numa sexta-feira eu saí e fui dormir na casa dele porque a mulher estava no hospital com a filha doente, nesta noite perdemos a hora, o dia já estava amanhecido. Como eu iria chegar em casa agora?  Nessas alturas papai já estava acordado para ir à feira porque ele vendia batata e cará e iria me flagrar. Entrei bem devagar e quando me deito escuto a voz de papai: 
Já vou Dos Anjos, daí eu falei aliviada: dessa vez eu escapei por um tris.



Sonho com você
Mas já lhe tirei do pensamento
Porém não sei o que vou fazer
SE penso em você a todo momento

Como você longe está
Não tenho, mais noticias suas.
Nem sei o número do seu celular
Minha vida é só amargura




Passaram-se tanto tempo
Continuas na minha mente
Queria saber onde estás
Para viver tranquilamente

Liga  pra mim
Diz pelo menos um alô
Ficarei feliz assim
Amenizando minha dor

Você deixou marcas no meu coração
Que não se cicatriza a ferida
Mas sempre há um perdão
E tudo se resolve na  na vida.

25/09/2002

Obs. Se não fosse esse homem eu estaria frita. Ele é quem me dar conselhos, é meu amigo, amante, irmão,pai, marido, está comigo nas horas de alegrias e tristeza.Se estou em pé hoje agradeço primeiro a Deus segundo ele. Eu ti amo Carlos, você é o meu oxigênio.


Como difícil está
Minha vida sem sentido
Somente eu a te amar
Sabendo que não é correspondido

Porém nunca certo deu
Eu tentei me enganar
Pensando que já eras meu
E comecei a mais te amar





Muitos anos se passaram
Você de mim se aborreceu
Foram lágrimas que caíram
Porque meu coração muito doeu

Agora sozinha estou
Com tudo e sem nada ter
A recordação foi o que restou
Estou vivendo por viver.

19/10/2007 00h20min


Madrugada fria e silenciosa
Procuro o sono e não vem
Fico muito ansiosa
Porque não tenho ninguém

Neste silencio fico a escutar
O barulho do ventilador
O galo começa a cantar
Pra aumentar mais minha dor

Você dorme profundamente
Sem com nada se preocupar
Tirasse-me da tua mente
Deixando de mim gostar




A dor que eu sinto agora
Um dia você irá passar
E vai lembrar que outrora
Fizesse-me muito chorar.

Amanhã um outro dia será
Aqui estarei escrevendo
Deus vai me confortar
Acabando esse meu tormento.


19/10/1998    00h25min





Mais um dia se passou
Surgiu uma noite fria
Momentos de solidão e dor
Com uma madrugada sem alegria

Silencio todos dormem nesse momento
Apenas o barulho do tick tack do relógio soa
Não sei como aguento esse tormento
Nesse instante meu pensamento voa

Como queria uma gaivota ser
Para poder no céu voar
No espaço poderia desparecer
Sem nenhum momento pensar
Quando pensei que tudo bem estava      
Meu mundo desmoronou
Com meu príncipe sonhava
Agora tudo acabou

Sofro sozinha calada
O lápis e papel é minha companhia
É sempre de madrugada
Que faço minha poesia.






11/09/2007 00h45min

                                                



Quando você partiu
Ficou um grande vazio
Dentro do meu coração

Hoje choro sua falta
A lembrança me maltrata
Estou morrendo de paixão.

Ficou em mim a lembrança
Mas também a esperança
De uma reconciliação

   Os dias vão se passando
   E por você fico esperando
   É grande minha solidão

   E quando você chegar
   Nunca mais vou lhe deixar
   Meu amor minha paixão.

                                                    26/02/94


Se me perguntarem se sou feliz
Direi que sou até demais
Enganarei o mundo todo
Mas ao meu coração jamais

Sou alegre, sou contente
Para disfarçar o meu sofrer
Porém ninguém sabe da minha mente
O quanto dói meu padecer

Amo e não sou amada
Choro e ninguém enxuga meu pranto
Grito mas por ninguém sou escutada
Sofro e ninguém sabe o quanto




   Até quando viverei assim
   Neste mundo enganador
   Sem ter ninguém por mim
   Para aliviar minha dor

   Eu ti amo minha vida
   Eu ti amor meu
   Um dia serei só tua
   E você será só meu.


                               08/07/2007 15h38min














Amanheceu
O sol voltou a raiar
Mais um dia que se vem

Que seus raios iluminem
Todos meus passos
Que o seu calor
Queime minha pele branca
Que seu brilho faça resplandecer
Em mim mais um dia de vitória.













Entardeceu
O sol se pôs.
O céu ficou avermelhado
Tudo ficou triste porque surgiu
Uma lua branca e solitária
Ela está só no infinito.

Me vejo como ela
No meio de uma multidão perdida
Que importa como estou?
Vivendo por viver   
                                                           












É madrugada
A lua agora não está mais só
O céu está piscando

Com inúmeras estrelas
Ao seu redor.
Por um momento.
Cheguei a ter pena dela
Mas ninguém está só.




Quando pensamos.
Que estamos isolados
Surge Deus o todo Poderoso
Acompanhado de Anjos e Arcanjos
Enchendo-nos de paz, amor, tranquilidade
Ai de mim se não fosse o Seu amor.


Com erros e acertos componho minhas poesia com rimas e sem rimas. É o que sinto no momento; para os leitores não tem significado algum. talvez nem entenda a que me refiro, mas só eu e Deus sabemos. 
São coisas da vida, mesmo assim ninguém é mais feliz que eu. Sou um vitoriosa com a Graça de Deus.


Esse título foi escrito por você o qual me inspirou a escrever esse conto real.

           
            Há 38 anos eu uma jovem inocente com um futuro brilhante pela frente, fui iludida por um homem mais velho que eu sete anos onde me entreguei de corpo e alma deixando minha infância para trás tornando-me assim mulher. Engravidei e logo tive que deixar a casa de meus pais num interior onde fui motivo de escândalo na família, e minha mãe propôs um aborto.
            Revoltada com tal proposta e iludida por aquele amor cego fui embora para São Paulo fazer a vida por lá. Nada deu certo e com dois meses estava de volta. Sofrei o pão que o diabo amassou. Por causa desse filho minha vida correu risco sendo agredida a pauladas onde tenho seis pontos na minha cabeça a mando de outra pessoa para matar meu filho que só tinha 32 dias de nascido eu ainda estava de resguardo e como uma loba defendi meu filho querido, nessa época eu iria me formar em professora, mas como diploma teve um filho nos braços.
            Com a morte de minha mãe tudo mudou. Rejeitada pela família, pelos amigos, pela sociedade, expulsa de colégio, de barzinho, fiquei sozinha no mundo onde recebi apoio de meu avô. Mesmo assim continuei sofrendo, mas sempre com o filho grudado sem separar nenhum segundo do meu lado. Os dias se passaram e eu encontrei um cara que queria casar comigo e na inocência ou safadeza engravidei pela segunda vez. Entre a cruz e a espada teve que fazer uma escolha a mando de meu pai entre meu primeiro filho e o que estava para nascer.
                Com o coração transpassado de dor optei pelo meu primogênito afinal ele já estava com um ano era o meu amor e o que estava para nascer eu não o amava porque o safado do pai quando soube da gravidez se mandou para São Paulo e mais uma vez eu fiquei sozinha.
            Saí no dia 24 de Dezembro de 1975 para dar a luz e voltei de mãos abanando. Fazia oito meses da morte de minha mãe. Daí começou tudo novamente. Brigas, pelerias, ao ponto de eu querer ir embora mesmo assim meu pai lutou para que eu terminasse o último ano de meus estudos e fui estudar em Limoeiro porque em Bom-Jardim o Colégio Santana por ser de freiras e ter um nome a zelar não poderia aceitar uma mãe solteira isso seria uma escândalo. Fui estudar em Limoeiro e devido às moças honradas que iam comigo na mesma Comb. fizeram um fuim para me colocar pra  fora que conseguiram, mas havia outro transporte que vinha de Orobó e eu consegui uma vaga.
            Em Setembro para minha surpresa fui chamada a diretoria para ser comunicada que: A partir daquele instante eu estaria expulsa do colégio por mau comportamento, ou melhor, sejamos mais claras digamos o certo, disse a diretora: Você está expulsa porque transou com não sei quem, e se limpou com a toalha que se enxuga as mãos no banheiro, isso foi dito pela mesma pessoa que me expulsou da Combe de Bom-Jardim.
            Ao chegar a casa fazendo a comunicação dos fatos ao meu pai, nesse dia quase eu era morta porque ele pegou uma peixeira enorme para golpear-me e como um anjo meu filho me salvou gritando não papai. Parecia naquele momento que ele sabia que seu avô iria me matar. Dia seguinte com medo eu fui morar na casa de meu avô onde passei a lavar os pratos numa maternidade em troca de um prato de almoço muito embora a enfermeira Iraci desse de bom grado, mas eu queria trabalhar com o suor do meu rosto para adquirir a comida digna.
          Voltei pra casa, dessa vez com um pensamento, encontrar uma mulher para meu pai e cair no mundo para fazer minha vida porque naquele interior eu não passava de uma rapariga, tudo isso por ser mãe solteira, engraçado tão comum hoje em dia e naquela época quanta descriminação. E assim fiz. Com meu pai casado resolvi voltar para São Paulo em busca de emprego. Nessa época meu filho estava com dois anos. Com o coração transpassado de dor de angústia deixei aquele pequeno ser, pedaço do meu coração para recomeçar minha vida fora e vir buscá-lo assim que encontrasse um emprego. Trabalhando de doméstica e chorando quase todos os dias minha patroa deu o dinheiro da passagem para que eu viesse buscar meu filho.       
            Ansiosa contando os postes da estrada eu estava de volta para buscar meu querido filho. Meu pai não queria deixar, porém não podia me proibir de levá-lo por ele ser meu filho. Feliz da vida e com meu filho partirmos para São Paulo. Nossa a Patroa só tinha duas filhas e logo se apaixonou por aquele menino tão lindo ele estava com dois anos. Tudo que ela comprava para as filhas comprava para ele também e chegou ao ponto dela querer tomar meu filho porque não tinha menino só duas meninas e eu com muito medo resolvi abandonar a casa dela.
            Agora o drama: eu com um filho nos braços, sozinha, numa cidade grande... Tive noticias que uma amiga morava perto, daí fui para casa dela e logo encontrei emprego. Deixava meu filho numa creche e pegava à tarde. Ele só conseguiu ficar por dois dias, chorava muito e eu falei com a patroa para vê se ela consentia que eu morasse lá com ele e ela pagaria menos a mim.
            Devido o clima meu filho adoeceu e teve de ser socorrido para um hospital. Estava com alergia era uma bronquite asmática e tinha que voltar às pressas para Pernambuco. E agora sem dinheiro? Eu ia me separar de meu filho por quanto tempo? Meu Deus o que fazer? Não aguentava mais e o desespero aumentava; inexperiente, 18 anos sozinha, numa cidade grande... Foi difícil, e o pior de tudo estava por vir à separação de meu filho, o meu sofrimento em ficar longe dele outra vez, e os pensamentos giravam na minha mente feito uma roda gigante.
            De volta ao interior. Deixo meu filho amado. Como gostaria de ficar ao seu lado. E mais uma vez estou de volta a São Paulo. Estava trabalhando em uma loja de móveis quando de repente aparece aquele rapaz muito bonito, alto olhos claros e que éramos amigos de infância e veio para morar comigo. Na época eu estava namorando outro e tive que acabar para ficar com esse. Fomos trabalhar juntos eu  como garçonete e ele como chapeiro numa lanchonete KING HOT DOG que  ficava bem perto da praia. Ele se apaixonou pela neta da Dona da Lanchonete que se chamava Clementina e começou a me machucar, foi quando descobri que estava grávida. Ele nem quis saber me abandonou, e eu tive que dar meu filho a Dr. Fabrício e nunca mais o encontrei. Voltei para Bom-Jardim e depois fui para Recife, de lá para Natal, verdadeiramente uma andarilha. Não conseguia fixar em canto algum. Voltando a São Paulo fui para Santos onde tinha uma amiga que me ajudou a trabalhar como cobradora de ônibus e consegui juntar 5.000.000.00 nem sei ler mais esse dinheiro isso foi no ano de 78 quando cheguei em casa com esse dinheiro. Durante os dois anos que passei fora sempre mandei dinheiro, roupa, bicicleta, brinquedos e minha foto para que papai mostrasse sempre ao meu filho para que ele não me esquecesse.
            Ganhei um pedaço de terra quase na frente da casa de papai e começamos a construção. Agora nunca mais sairia de perto do meu filho porque estava construindo um quartinho para mim, agora em que eu ia trabalhar não sabia por que tudo estava do mesmo jeito, jamais encontraria uma pessoa que desse um emprego a uma mãe solteira pra não falar uma rapariga. Quando faltavam as telhas e a porta o dinheiro acabou. Mandei um bilhete pedindo a Chiquinho e a Nenca meus irmãos por parte de mãe que me mandasse 1.000.000.00 para terminar meu quartinho e eles me mandaram.
            Papai foi para João Alfredo comprar e quando só faltava cavar a fossa chegou em casa duas irmãs e falaram para papai: De quem é essa casa que o senhor está construindo? Ele respondeu: Inajá trouxe um dinheiro de São Paulo os meninos deram o restante e ela agora não precisa mais viajar vai tomar conta do filho dela aqui mesmo. Elas responderam: Ela vai fazer cabaré na frente de sua casa. Entrou um espírito maligno em papai ele falou: não é que é mesmo. Pegou uma foice e saiu correndo atrás de mim eu pulando por cima das cadeiras me mandei de novo pra casa de meu avô. Agora estava lascada. Nem casa, nem dinheiro, tudo em vão, meu trabalho que ficou tudo naquele chão. Desesperada eu só vi uma saída, ir embora outra vez com uma mão na frente e outra atrás. Dessa vez não pra São Paulo já havia ido sete vezes que dá quatorze indo e vindo, já estava turista, de ônibus passava três dias para chegar.   Resolvi pedir abrigo na casa de minha irmã por parte de mãe. Fiquei na casa dela e minha cunhada conseguiu um emprego para mim no supermercado Compre Bem depois abriu uma rede chamada Minibox. Trabalhei por 11 meses nesse supermercado. Conheci um rapaz que me propôs casamento e mais que depressa aceitei.  Cheguei à casa de papai falei que ia me casar lá naquele mesmo interior, onde Dona Carminha casada com Seu Severino Salviano que era dona do cartório me deu de presente o casamento e não precisei pagar nada.
            Voltei para o Recife alugamos uma casa compramos móveis de segunda mão e voltei para pegar meu filho. Foi um dia de juízo. Era uma quarta feira. Quando papai chegou em casa eu falei: vim buscar meu filho, agora já estou amparada e tenho condições de criá-lo. Mesmo estando no Recife nunca deixei de vir em casa, quase toda a semana eu ia ver meu filho. Casei no dia 10 Dezembro de 1980, meu filho já estava com seis anos, um rapazinho, quer dizer que eu fiquei longe dele mesmo sem vê-lo dois anos quando juntava dinheiro trabalhando em São Paulo.


Vamos fazer as contas:
           

            Criei meu filho até dois anos viajei quando cheguei ele estava com quatro anos. Suportando angústias e sofrimento ainda passei quase um ano em casa foi quando resolvi ir para Recife ele já estava com cinco anos mais eu ao lado dele. Quando ele foi morar comigo em 1981 (fevereiro) ele estava com seis anos e seis meses.
            Meu marido muito ruim parecia que era doido, sofri o pão que o diabo amassou, mas suportei até meu filho ficar grande foi quando viemos morar em João Pessoa em 1988 e meu filho já estava com 14 anos. Aí sim eu me senti segura para fazer o que eu quisesse porque ele já estava grande e eu não iria mais depender do marido para nada.
           Com um fiteiro vendendo pipoca, balas, revistas usadas, etc. eu consegui pagar colégio particular para ele. Terminando o ginásio ele foi para o Objetivo onde eu pagava a metade e Ione pagava a outra metade porque era muito caro e sabe o resultado? Foi reprovado. Daí por diante tudo ficou desmantelado, ele com uma namorada sem futuro, eu separada dando meus pulos, virou bagunça mesmo. Que eu fiz: encontrei um homem solteiro e o coloquei dentro de casa pra me ajudar e ele sem trabalhar colocou uma mulher dentro de casa também. O que uma mãe não faz por um filho...           
            Não deu certo eles se separaram enquanto eu me casei novamente de papel passado. Meu filho sempre me odiou e se envergonhou de mim, mas nunca dei importância a isso, levei minha vida do jeito que quis levar e continuo levando sem dar satisfação a ninguém porque vivo do meu trabalho e ninguém paga minha luz, água, telefone etc.
            No dia 30 de Agosto de 2002 ele sai de minha companhia para se casar.
 Sabe com quantos anos? 28 anos. Meu Deus 28 anos menos dois que ficamos separados da igual há 26 anos. Resumindo.

“QUEM CRIOU ESSE MENINO”?

Quem passou dois anos com ele ou quem passou 26 anos?

O QUE SINTO POR VOCÊ MEU FILHO É PENA, EU TENHO MUITA PENA. PEÇO A DEUS TODOS OS DIAS QUE ARRANQUE ESSE ÓDIO DE DENTRO DO SEU CORAÇÃO PARA QUE VOCÊ POSSA TER UM DIA DE ALEGRIA NA SUA VIDA PORQUE SEI QUE VOCÊ É MUITO INFELIZ.
“ARREPENDA-SE ENQUANTO É TEMPO PARA VOCÊ CONSEGUIR A PAZ QUE NÃO TEM.”

Obs. Para esquecer o seu desprezo por mim eu me revoltei e resolvi fazer:

1.  Terminei o fundamental estudei três anos.
2. Tirei minha habilitação estou renovando agora 10 anos  habilitada.
3.  Fiz um curso de computação.
4.  Fiz um curso de digitalização.
5.  Fiz faculdade três anos e meio e sou formada em Letras.
6.    Estou publicando dois livros:
 
 1º Só Poesias                         
 2º Diário de uma Universitária.

Agora em Junho se Deus quiser irei fazer um curso pós- graduação.


“Agora estou realizada fiz tudo o que fui impedida de fazer na minha juventude.”
                       
                        Inajá Nunes