... e o seu filho casou. Agora
aquela mulher estava super arrasada por não ter sido convidada para entrar com
ele na Igreja. Um desgosto profundo tomou conta da sua vida ao ponto de ela
entrar em depressão, contudo sem saber que estava passando por aquela doença. É uma
doença miserável que engana a pessoa e quando a pergunta é feita por outra pessoa
como se sente a resposta é que está bem. Por não ter mais perspectiva de vida
começou a caminhar toda tarde para mostrar que estava se cuidando, ao contrário
ela havia se tornado uma andarilha cotidiana no mesmo horário, em busca do nada e seu pensamento era fazer um planejamento de decoração, ou seja colar no muro de sua casa todas sandálias encontradas na rua, é tanto que quando ela ia para sua caminhada já levava um saquinho para colocá-las dentro e trazer para sua casa. (deixa
eu parar um pouco, meu coração acelerou demais ao relatar essa estória que uma
amiga me contou, vou tomar água). Ai, estou de volta. Continuando: os dias
foram se passando e aquela aglomeração de sandálias foram ficando amontoadas
dentro de um quarto reservado exclusivamente para aquelas sandálias velhas. Um
dia seu marido ao entrar no quarto encontrou três enormes sacos cheios de sandálias
e perguntou o que significava aquilo. Ela respondeu que estava pensando em
decorar o muro com aquelas sandálias. Notando seu distúrbio mental ele chegou
bem calmo e falou com ela: Minha filha isso não vai dar certo, entre um espaço
e outro vai criar lodo, bichos, juntar até cobras, vamos jogar isso fora, ela
olhou pra ele e falou: Não vou continuar juntando. Ele ficou na expectativa para
resolver aquele problema e teve uma ideia. Ela não iria mais caminhar e sim procurar
o que fazer. Foi aí o incentivo de estudar e chegar ao ponto que ela mais
queria se formar em professora, porque todos os irmãos eram formados menos ela. Entrou dentro do quarto, jogou fora todas as sandálias velhas, varreu e fez um
banheiro para que ela não inventasse de entulhar outra coisa. Ela ouviu seu
conselho e foi estudar e realmente se FORMOU e aproveitou para fazer uma pôs
graduação e toda aquela depressão foi embora.
Agora vou dar minha opinião: Conhecendo a estória daquela
mulher cheguei a conclusão que: as sandálias que ela pegava na rua e as levava
para casa foi justamente porque ganhou uma sandália de sua nora para usá-la no
dia do casamento com seu filho e nunca ela as usou, daí todo seu trauma. Realmente
a cabeça do ser humano é muito fraca, o juízo é pequeno demais, contudo passado
o tempo tudo voltou ao normal e ela superou o sofrimento, não sei bem, pela aparência
... mas ninguém anda no coração de ninguém.
OBS: Essa é uma obra de ficção
qualquer semelhança será uma mera coincidência.
31/05/18