LER E OUVIR HISTÓRIAS FORTALECE A MENTE E O CORAÇÃO
Sempre gosto de relembrar o passado contando estórias que o povo me conta. Há muitos anos na cidade de um interior havia uma família onde sempre tem uma que era a ovelha negra. Tudo para essa menina era um desastre a começar de criança quando foi acometida de uma doença rara que por pouco não morreu ninguém sabe o porquê, só Deus que teria planos para o futuro, futuro esse que poderia ser de dor e sofrimento ou então um futuro brilhante. Nunca foi bem quista em lugar algum, sempre falava demais, era repreendida na frente de todos, humilhada, excluída de ambientes em fim um caos de pessoa. Um dia quando ela voltava de uma noitada observou um incêndio em um local, creio que foi uma das primeiras pessoas a presenciar aquele fato. Depois que chegou em casa como se não soubesse de nada do acontecimento resolveu voltar para ver de perto o que havia acontecido. Havia várias pessoas presente no momento foi aí que ela abriu a boca e falou uma frase que não vou citá-la aqui. As palavras foram destorcidas de tal forma que deu até cadeia, ou seja, por ser de menor mandaram chamar o seu pai coisa que nunca havia acontecido foi uma vergonha para ele ter que resolver esse assunto. Chegando lá a menina repetiu a frase que havia dito e aí o caso foi dado por encerrado porque foi deduzido de outra forma. Quando estava em um educandário, mandaram que fizesse uma redação sobre sua cidade, ela escreveu tudo que se passava em sua cabeça e resultado: Seu pai foi chamado para frear a língua da filha, muito embora tudo que ela havia escrito era verdade, só uma louca que teria coragem de escrever tudo aquilo. Outra vez estava se divertindo jogando fogos quando em dado momento foi proibida de jogar porque era muito alvoroçada e não dava tempo das outras jogarem. Adolescente resolveu entrar em um bar onde foi convidada a se retirar, um lugar público e ela não ter o direito de entrar? Existe algo errado com essa garota. Outra vez sendo expulsa do educandário onde estudava seu pai colocou-a em outro interior onde tinha que ir de lotação, o pessoal que ia com ela se revoltou e falou que ou elas ou a garota e daí, mas uma vez ficou sem estudar devido a expulsão da lotação. Foi trabalhar em um supermercado muito ativa e esperta o gerente vendo sua competência com medo dela tomar seu lugar começou a colocar defeitos em tudo que ela fazia ao ponto de falar: Você não é óleo mais excede. Daí resolveu ir embora para nunca mais voltar. Isso ela cumpriu nunca mais voltou aquele interior que só lhe trouxe aborrecimentos. Hoje está só, órfã de pai e mãe, sem filhos, sem irmãos, sem parentes nem aderentes, apenas um marido. Deve estar com mais de cinquenta anos e ainda não se emendou, continua fazendo as mesmas burrices, levando um chega de um, um chega de outro, praticamente isolada do mundo, mas continua causando transtornos nas pessoas. Um ser desse, desprezível, já era para ser exterminado do mundo, só nasceu para sofrer e causar sofrimento aos outros, nem vive, nem deixa os outros viverem, não sei até quando isso vai terminar, uma coisa é certa: pau que nasce torto morre torto, é digna de pena, ô sentimento triste, sinta tudo menos isso. Bom se eu fosse colocar aqui as maldades que essa criatura causa devido sua língua e de se meter na vida dos outros passaria o dia e a noite escrevendo, contudo não vai faltar tempo, qualquer dia conto mais estórias que o povo me conta.

OBS: Essa é uma obra de ficção, qualquer semelhança será mera coincidência.


                          13/03/2016

             


Tudo preparado. O almoço estava uma delícia juntamente com a sobremesa, era a festa de formatura de Maria Clara. Uma luta muito grande teve sua mãe Carmelita para dar este presente à filha que não queria saber de estudar. Carmelita estava muito ansiosa, fez um vestido lindo ela estava se realizando através da filha. A noite tudo pronto quando der repente Carmelita virou-se para Jacy e falou: Está lembrada das recomendações que lhe fiz? (Jacy era a filha encostada a Maria Clara, Carmelita havia avisado desde o começo do ano ou melhor no mês de janeiro dessa forma: “Sua irmã Maria Clara vai se formar no final do ano e na hora do baile eu não quero que você dance com seu noivo nem com ninguém, está me ouvindo? ” __ Sim mamãe respondia Jacy, a senhora me lembra isso todos os dias. O tempo foi passando e chegou a hora do baile, todos se divertiam, a festa estava animadíssima, cada veste mais linda que as outras, o salão de festa muito bem ornamentado com uma banda de música da época e tudo transcorria às mil maravilhas. Dona Carmelita sentada na cadeira juntamente com suas filhas: Maria Clara a formante, Jacy, Ana Carla, Pérola e Carolina, seus filhos Fabrício, Marco e Marcelo estavam se divertindo dançado com as moças. Em dado momento Marcelo o filho mais novo veio convidar Jacy para uma dança. Ela perguntou a mãe se poderia, como se tratava de seu irmão Dona Carmelita falou: Eu avisei que não queria que você dançando com ninguém, contudo por se tratar de seu irmão pode ir. O Marcelo safado já havia combinado com o noivo da Jacy que a entregaria no miolinho do lugar da dança, e foi o que aconteceu. Num recanto bem escondidinho a entregou para o noivo e ficou ao lado vendo-os se divertirem. Não demorou muito tempo Dona Carmelita esticou o pescoço e a viu nos braços de seu amado. Como uma cobra, soltando fumaça pelas narinas, saiu em direção a ambos e a arrebatou dos braços do noivo provocando o maior escândalo na festa. A Jacy estava com um lindo penteando onde foi desmanchado pelo caminho a fora porque foi arrastada pelos cabelos, esbofeteada inclusive perdeu até um brinco. Chegando em casa como castigo por causa da desobediência teve que lavar todos os pratos da festa. Aos prantos passou quase três horas para colocar a cozinha em ordem, enquanto isso as três irmãs fora dos olhares da mãe que não mais retornou o recinto fizeram a festa e dançaram a noite inteira. Santa ignorância, tanta coisa para tão pouco, a vida é tão passageira nada trouxemos e nada levamos, e para que tanta arrogância se no final tudo irá terminar pó. Essa é mais uma história contada por uma amiga.


OBS: Essa é uma obra de ficção, qualquer semelhança será mera coincidência.  



                                  13/11/2016