LER E OUVIR HISTÓRIAS FORTALECE A MENTE E O CORAÇÃO


E cá estou novamente dramatizando as histórias que o povo me conta, nessa quarentena as recordações do passado voltam como se fosse presente, só que ainda não me contaram uma história legal, de uma infância feliz, só vem sofrimento e amargura? Sei lá, porque talvez naquela época, há mais de meio século, tudo era difícil. Em uma cidade do interior, onde todo mundo conhecia todo mundo havia uma família exemplar dona da moral e dos bons costumes, e outra onde a família não tinha moral nem bons costumes, e outra que queria imitar a que tinha moral e bons costumes. Não sabia essa terceira família que quem nasce para  ser milho nunca chega a ser pipoca. 
Vamos descrever a primeira família:
1. Situação financeira muito boa, onde o pai possuía um supermercado melhor do bairro, as filhas andavam muito bem vestidas com tecidos finos, a postura de andar era diferente das outras moças, muito bem educadas e estudava em escola particular. (essa 1ª família)
2. Mãe destrambelhada, filhos de pais diferentes, faladeira da vida dos outros, onde era repudiada por muitas família dentro da cidade, e por causa dos pais os filhos pagam, a descriminação era grande e muitas vezes ficava até difícil  amizades  com  os filhos e  filhas  daquela mulher   ( essa é a 2ª família)
3. Pobre de Jó, pai agricultor, mãe sonhadora onde se espelhava na primeira família, queria que todos seus filhos fossem iguais os daquela família, só que a índole  da pessoa ninguém pode mudar, se você nasceu para ser jogador de futebol, nunca será um médico, se nasceu para ser uma comerciante nunca chegará ser uma psicóloga e assim por diante.
 Agora que citei as três famílias vamos a história.
A segunda família pobre de Jó onde a mãe era sonhadora tinha filhos e filhas, e para manter a casa juntamente com o marido fazia bolos e salgados para fora, daí a casa era cheia, sempre tinha duas ou três pessoas fazendo as encomendas por isso a cozinha era sempre desarrumada, quando o marido chegava estava aquelas panelas sobre a mesa etc e tal. Sempre a mulher da 2º família estava na sua casa, mesmo sem pedir encomenda ia lá só pra falar da vida dos outros, mas a sonhadora não podia coloca-la  de casa pra fora porque gostava também de saber um pouquinho da vida alheia, só que ela nunca saia de casa e era através dessa mulher que ela sabia de tudo. O tempo foi passando e os filhos crescendo até que uma das filhas da sonhadora foi estudar na mesma classe da filha da faladeira. Quando a sonhadora descobriu chamou sua filha em particular e falou: “Não quero você com amizade com a filha daquela faladeira, ela não presta”. A filha dela pensou: Meu Deus não tem nada demais, que culpa tinha aquela sua amiga ser filha de uma mulher que não prestava? A menina não deu ouvidos e continuou com a amizade, a sonhadora queria que ela tivesse amizade com as filhas da primeira família que eram educadas e finas. Devido a casa ser grande a faladeira chegou chamando pela sonhadora e ela não respondeu, foi daí que as duas irmãs saíram da cozinha e vieram atender a faladeira. Falou uma delas: Cadê mamãe, ela não estava aqui? A outra respondeu: talvez ela tenha ido na casa da vizinha por trás e nós não a vimos passar. Daí começaram a conversar, e não sei como surgiu a conversa de amizade, a menina que tinha sido proibida de andar com a filha da faladeira tinha mais ou menos 11 anos, mas era danada, e falou: pois é eu gosto muito de sua filha, mas mamãe anda reclamando que não quer que eu tenha amizade com ela, até minha amizades ela quer escolher, mais ou menos desse jeito. Daí a faladeira esperou, esperou e como a sonhadora não chegava resolveu ir embora. Então as duas irmãs saíram do terraço e foram para dentro de casa, quando de repente uma delas olha para porta do quarto estava: a sonhadora toda despenteada, com casa de aranha pelos cabelos, com aquela cara que só ela sabia fazer, estava aonde? Escondida debaixo da cama para ouvir a conversa que as filhas iriam ter com a faladeira. Como uma das filhas tinha falado o que ela havia dito, o que foi que deu? Ela ficou pálida como uma vela, parada, a outra irmã olhou pra ela assim... coitada pensou: tô frita, não podia nem mentir , o que ela havia conversado sua mãe tinha escutado tudo como um gravador, ela era astuciosa ... e a história se repete, devido essa pandemia sempre as pessoas não recordam o final, e eu perguntei: e aí? Não lembro. Mais uma vez vou me arriscar em terminar essa história. A sonhadora foi buscar a corda bem fininha e brilhosa, deu-lhe uma boa surra onde ficou igual uma zebra só com listras vermelhas para deixar de ter LÍNGUA FERINA. (não desta vez ela me contou o final, quis dramatizar um pouco, agora só não sei o significado dessa LÍNGUA FERINA.)

Obs: Essa é uma obra de ficção qualquer semelhança será mera coincidência