Estando eu em casa, no meu confinamento,
assistindo o repeteco de LA CASA DE PAPEL quando der repente o telefone toca e
é uma amiga que não tem nada mais pra fazer e entra em parafuso e me procura,
logo quem a mim que já vivo parafusada por vida, cheia de grilos,
problemas, frustrações e ainda encontro outra pior que eu, daí como sou
uma contadora de estórias resolvi compartilhar detalhadamente tudo que ela me
falou. Vou me referir no pronome EU para que eu possa contar como se o
caso fosse comigo. Vamos lá mais uma estória que são lidas e ficam como
perguntas: real ou ficção?
Neste momento de confinamento, solidão, reflexão, isolamento
de tudo e de todos, surgem pensamentos sombrios e desesperadores capazes de
fazermos coisas que nunca fizemos. É com se fosse uma prova que estamos
passando. Agora mesmo sinto-me presa dentro de casa como se eu fosse o único
ser humano da terra, sem pai, sem mãe,sem irmãos, parentes, um ser que nasceu do
nada, como se fosse uma inseminação, sem descendentes. Que devo fazer nesse
momento de angústia e dor? Sem ter um colo para deitar minha cabeça, um abraço
forte que possa me confortar e falar que tudo isso vai passar... estou só e
amargurada, com uma lança afiada penetrada dentro do meu coração deixando-o
sangrando até a morte e nesse momento a única coisa que me faz ainda sobreviver
é só um pouquinho da minha fé. Fé em um ser que não tem rosto, nunca vi, não
sei nem se existe porque vem dos nossos
antepassados que é o Deus Único e Verdadeiro e ai de mim se não fosse essa pequena fé .Os dias são
longos e as noites intermináveis, e a ferida vai crescendo ao ponto de me
deixar enlouquecida sem ânimo para nada. Totalmente isolada do mundo, onde nada mais me satisfaz, porque já fiz tudo que tinha de fazer fico parada no tempo e acho que depois que tudo isso passar nem eu nem ninguém seremos os mesmos.
Nossa achei tão forte essas palavras, me deu um desespero tão grande que que se estava ruim fiquei melhor por saber que existe pessoas que passam por situações piores que eu. Deus me livre.
FELIZ PASCOA.
OBS: Essa é uma obra de ficção qualquer semelhança será mera coincidência.
