Passei muitos dias sem
escrever porque não estava em clima de expiração, contudo veio em meu
pensamento uma estória que foi me contada e na hora não me chamou muito
atenção, porem refleti um pouco antes de escrever para imaginar por onde
deveria começar. Foi mais ou menos assim: Havia uma mulher que era empresária e tinha uma irmã que era sua funcionária. Coitada, sofreu o pão que o diabo amassou nas mãos daquela mulher egoísta, prepotente, narcisista,
arrogante etc. Seu filho trabalhava lá também e queria que sua mãe demitisse a
tia de todo jeito. Foram muitos cancelamentos, o que mais lhe doeu foi ele impedir
que todos os funcionários a ignorasse e dessa forma ela pediria para sair. Todos
os dias aquela mulher era humilhada, já saía de casa chorando, naquele exato
momento ela não poderia pedir demissão porque tinha uns objetivos em sua vida,
principalmente sua aposentadoria que estava prestes a sair, daí ela não
precisaria mais trabalhar. Quando ele pediu que a demitisse a mãe ficava entre
a cruz e a espada porque não havia motivo algum para uma demissão. Não faltava,
chegava sempre no horário correto, tratava bem aos clientes, e que argumento
encontraria para demiti-la? Os anos se passaram surgiu a pandemia
e a irmã então viu que aquele trabalho não era tudo em sua vida. Ela pensava: Se
fosse demitida não iria suportar, mais de vinte anos funcionária, era seu
divertimento. A perseguição continuava. Ele queria ser dono de tudo. Queria
tomar decisões por sua conta, mas a tia via tudo e contava a irmã o que estava
se passando. Um dia ela olhou para Céu agradeceu a Deus por tudo quanto Ele
tinha feito com ela: Reforma da casa, carro do ano pago, aposentada, o que mais
queria? O que ganhava seria o suficiente para viver. Quase no final do ano ela
resolveu então ir até seu comércio. Pediu a secretária que a anunciasse e
entrou. Sua irmã falou que ela fosse breve porque estava esperando uns representantes que vinham de outro estado para conversar com ela. A irmã foi clara e
objetiva. Falou que não iria tomar muito seu tempo que seria breve. ___ Quero
lhe agradecer por tudo quanto você fez por mim, tudo que tenho hoje agradeço primeiramente
a Deus e segundo você. Muito obrigada por tudo quanto você fez comigo, falou ela. Eis aqui
a chave e estava se demitindo. Já tinha tudo que necessitava. ___ Bruscamente ela pegou
a chave sem comentar nada. Colocou sobre seu birô e falou: Os representantes
estão chegando. Passado uns tempos o filho
dela começou a aprontar no estabelecimento de trabalho, coisas graves que não
citarei porque não interessa. Durante o tempo de trabalho nada conseguiu em sua
vida. É um fracassado. Não tem uma casa para morar porque vive de favor morando
numa casa emprestada. O carro que possui não pagou uma prestação, a mãe
para não ver seu nome sujo foi quem pagou. Não tem nenhuma profissão a não ser
humilhar os funcionários. Simplesmente um zero a esquerda. Vive com o coração
nos pés temendo ser demitido a qualquer momento, tem que andar na linha, e
fazer o que ela quer. Depois de um desentendimento familiar ele não participa
mais de nada juntos com os irmãos porque se for sua mãe bota ele para fora do
seu comércio. Hoje ele está PROVANDO DO SEU PRÓPRIO VENENO. Sua tia pediu para
sair, mas saiu por cima, e ele? Se perder esse emprego vai ter que sair da
casa, não sabe fazer nada, vai morrer de fome, a não ser que possua um caixa dois. Daí tem que aguentar caladinho. Foi
tudo muito rápido a roda gigante despencou do alto antes mesmo de faltar
energia. É isso aí. Como diz o ditado: “Os exaltados serão
humilhados, e os humilhados serão exaltados”. Nada melhor que o tempo para
resolver os problemas enfrentados no cotidiano da vida. O tempo é um livro. A
língua é um pedaço de carne cercado pelos dentes e mesmo assim quando solta
fala o que não deve e depois vem as consequências. Ninguém consegue guardar por
muito tempo seu comportamento, pode passar quarenta anos que a capa cai.
OBS: Essa é uma obra de ficção qualquer semelhança será mera coincidência.