LER E OUVIR HISTÓRIAS FORTALECE A MENTE E O CORAÇÃO

 

Pessoas falam que só quem vive de passado é museu, contudo eu afirmo que uma vida sem passado é como um chuchu que não tem gosto. Como poderíamos esquecer nossa infância? Boa ou ruim mais tivemos. Nossos pais vivos ou mortos, temos algo para recordar. E a nossa primeira professora? Onde ficaria a lembrança dela. O primeiro sutiã, nossa que vergonha...Nossa primeira amiga confidencial, era amiga para valer mesmo, contava o segredo e ali ficava. O primeiro namorado? O primeiro beijo, a primeira transa, em fim tudo isso não podemos recordar? Somos museus? Não, eu adoro recordar cada segundo, cada minuto de minha vida, se for ruim eu choro, pisco e rabisco, se for bom minha alma enaltece, contudo tenho mais coisas ruins para contar do que bom. Resolvi contar um pedacinho das coisas que me lembro porque sinto que aos poucos as lembranças são apagadas da minha memória devido o meu cartão já está quase cheio (risos) mesmo assim vamos lá. Após anos de luta para criar um filho não tive o prazer de conhecer meu neto. Meu filho casou e nunca mais o vi. Fiz das tripas o coração e quando se aproxima o Natal é hora da retrospectiva, mais um ano que se vai, eu envelhecendo sem conhecer meu neto, mas se for da vontade de Deus e Ele tiver promessas em minha vida, não me deixará morrer antes que se cumpra. Não sinto amor por ele porque nunca tive o prazer de vê-lo, acompanhar os primeiros passos, o primeiro dentinho, a primeira palavra, a primeira queda andando de bicicleta, suas primeiras palavrinhas escritas, nunca fui busca-lo na escola... está bom, viramos a página e chegamos ao lado bom da estória. Deus, Pai Todo Poderoso supriu minhas necessidades de angustia e sofrimento por causa desse neto e me deu um afilhado o qual acostumei a ele me chamar de Vó. Deus muito obrigado por tudo, eu dei seu primeiro banho e troquei sua primeira roupa, acalentei quando chorava, mostrei a lua e as estrelas, vi seu primeiro dentinho nascer, a queda da bicicleta, seus primeiros passos e primeiras palavras como também suas letrinhas... Final de semana está sempre comigo, onde passeamos de carro, vamos ao campo onde ele brinca com sua bicicleta, lava o carro que Deus me emprestou aqui na terra comigo, vamos ao shopping fazer comprar quando necessário. Sinto-me feliz. Hoje ele estuda no colégio de minha sobrinha Flávia que prometeu dá seu estudo até o médio mesmo que eu não esteja mais aqui. Sou muito grata a ela porque sei que o estudo do meu neto de coração está garantido. Por hoje é só.

 

OBS: Essa não é uma obra de ficção e sim minha estória.

 

...e os anos se passaram lentamente e aquela mulher não falava, nem andava, vivia somente aos cuidados de outras pessoas, ela tinha filhos e marido. O tempo foi passando e a paciência de quem cuidava foi se desgastando aos poucos porque tudo no começo é bom, mas depois... Hoje se encontra em um leito de hospital. Aquele corpo que foi tão saudável está apenas respirando e aguardando a hora de partir. Sozinha naquele quarto sem receber visita de ninguém fica ali calada só pensando, mas pensando em que? O que desejaria falar naquele momento da visita de um de seus filhos que todos os dias lhe leva fraudas, sabonete, hidratante e fala com ela. Silêncio total. O filho começa a conversar com ela, alisa seus cabelos e em dado momento ele percebe que a sua mãe não está lhe enxergando devido o esforço que faz com seu pescoço para se levantar. Quantas coisas ela desejaria falar naquele instante, perguntar por seu esposo que não vem vê-la. Em seus pensamentos mesmo estando em um apartamento, está como se fosse em um quarto escuro sem se quer ouvir a voz de uma pessoa. Um desprezo total, a doença não está lhe matando o que está lhe consumindo é o SILÊNCIO. As horas se passam, os dias e ela sem ter noção de nada, sabe que está em um quarto escuro por não poder enxergar, sentindo vez por outra uma picada de agulha, ou pelas madrugadas um grito de socorro de alguém. Triste fim, sente-se jogada, se ao menos pudesse dizer o que estava sentindo, entro no seu cérebro e leio seus pensamentos. Desejaria nesse momento passar meus últimos dias de vida ao lado de minha família, mesmo sem enxergar mas conheço a voz de cada um, ouvir falar que já está na hora do almoço, ouvir um neto ou neta gritar que quer um brinquedo, o entra e sai de pessoas, isso a fortaleceria e ela descansaria em paz mais rápido. Como é triste envelhecer e ficar em tal situação, quando amamos alguém tem que ser na alegria e na tristeza, na riqueza na pobreza, na saúde e na doença, será que essa mulher foi tão ruim para seu marido que ele não quer ir visitá-la? Onde está o perdão? Tudo bem se foi má, porém ninguém sabe a missão aqui na terra de cada um, talvez ela esteja sofrendo se purificando para se encontrar com Deus. Deus é quem sabe das coisas. Deus é pai, agora eu me indago: No dia em que essa mãe morrer será que seu marido terá coragem de ir vê-la dentro de um caixão? Se não visitou quando era viva porque não queria vê-la no estado que se encontrava, se não levou uma palavra de conforto, depois de morta vale a pena fazer um discurso ou derramar alguma lágrima? ? Pois é, jamais poderemos saber os mistérios divinos, porque ela teve que passar por tudo que passou, vai morrer em SILÊNCIO ESSE É O SEU PREÇO.

 

 

OBS: Essa é uma obra de ficção qualquer semelhança será mera coincidência. 

 

 

 



 
E foi assim que aconteceu... Uma menina pobre que aos poucos começou a se dedicar em um objetivo que era estudar, se formar comprar um apartamento e depois casar,  porem não foi isso que aconteceu. Sua mãe tenha uma sapataria e ela resolveu seguir como comerciante. Encontrou o seu príncipe encantado e como não tinha casa própria para morar, casou e foi morar com sua mãe. Ela muito boa, deu um quarto para o casal onde moraram uns anos, em seguida ela comprou um terreno e construiu sua casa. Não foi fácil, com muita dificuldade, primeiro as colunas, depois a laje e por fim a casa sobre a laje. O tempo passou e seu marido logo encontrou um emprego e todo dinheiro que recebia colocava no banco para poder fazer a casa de seus sonhos. Se o marido poupava de um lado, a mulher poupava do outro e assim conseguiram um bom dinheiro e lá estava seu palácio construído. Dava gosto olhar de cima para baixo: piscina, muitas plantas com beija-flor a tomar água que ela colocava e deitada em uma rede passou a admirar seu paraíso. Sonho realizado para o resto da vida, de mãe pra filho, de filho pra neto. Dentro da casa é como se você estivesse na casa de um artista, eles mandaram fazer a cozinha toda projetada, porta de vidro em fim uma casa sem faltar nada. Fim do projeto, tudo concluído. Um dia ela estava deitada na rede quando o vizinho tirou sua paz. Meu Deus isso não está acontecendo!.. pensou ela: logo agora que está tudo prontinho eu vou ter aborrecimento com vizinho? Os dias foram se passando e as coisas piorando cada vez mais. Certo dia ela resolveu colocar a venda sua casa. A placa estava escrito: VENDE-SE. Como podia todo seu sonho sendo desmoronado, mas quando se morre nada se leva, é melhor a paz e viver do que se prender a bens matarias. A casa está a venda. Logo eles irão construir outra agora bem longe de vizinho, que não seja mais conjugada e tudo irá dar certo. São designíos de Deus, hoje não sabemos porque acontece isso, contudo amanhã tudo será esclarecido. Boa sorte para vocês no seu novo lar, não se preocupe que Deus o Todo Poderoso está vendo tudo lá de cima e lhe dará a recompensa. Essa é mais uma estória que minha amiga contou e eu resolvi fazer um ficção.


OBS: Essa é uma obra de ficção, qualquer semelhança será mera coincidência.