LER E OUVIR HISTÓRIAS FORTALECE A MENTE E O CORAÇÃO


 Sofrimento e vitória de Messias
Ao mestre de canto , Segundo a melodia; Corça da manhã. Salmo de Davi

22.1 Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste? Por que se acham longe de meu salvamento as palavras de meu bramido? 2 Deus meu, clamo de dia, e não me respondes; também de noite, porém não tenho sossego. 3 contudo tu és santo, entronizado entre os louvores de Israel. 4 Nossos pais confiaram em ti; confiaram, e os livraste. 5 A ti clamaram, e se livraram; confiaram em ti e não foram confundidos. 6 Mas eu sou verme, e não homem; opróbrio dos homens e desprezado do povo. 7 Todos os que me vêem  zombam de mim; afrouxam os lábios e meneiam a cabeça: 8 Confiou no SENHOR! livre-o ele, salve-o, pois nele tem prazer. 9 contudo, tu és quem me fez nascer; e me preservaste, estando eu ainda ao seio de minha mãe. 10 A ti me entreguei desde o meu nascimento; desde o ventre de minha mãe tu és meu Deus. 11 Não te distancies de mim, porque a tribulação está próxima, e não há quem me acuda. 12 Muitos touros me cercam, fortes touros de Basã me rodeiam. 13 Contra mim abrem as bocas como faz o leão que despedaça e ruge. 14 Derramei-me com [agua, e todos os meus ossos se desconjuntaram; meu coração fez-se como cera, derreteu-se- me dentro de mim. 15 Secou-se o meu vigor, como um caca de barro, e a língua se apega ao céu da boca; assim me deitas no pó da morte. 16 Cães me cercam; uma súcia de malfeitores me rodeia; traspassarem-me as mãos e os pés. 17 Posso contar todos os meus ossos; eles me estão olhando e encarando em mim. 18 Repartem entre si as minhas vestes, e sobre a minha túnica deitam sortes. 19 tu porém, SENHOR, não te afastes de mim. 20Livra a minha alma da espada, e das presas do cão a minha vida. 21 Salva-me das fauces do leão e dos chifres dos búfalos; sim, tu me respondes. 22 A meus irmãos declararei o teu nome; cantar-te-ei louvores no meio da congregação; 23 vós que temeis o  SENHOR, louvai-o; glorificai-o, vós todos, descendência de Jacó; reverenciai-o, vós todos,  posteridade de Israel. 24 Pois não desprezou nem abominou a dor do aflito, nem ocultou dele o rosto, mas o ouviu, quando lhe gritou por socorro. 25 De ti vem o meu louvor na grande congregação; cumprirei os meus votos na presença dos que temem. 26 Os sofredores hão de comer e fartar-se; louvarão o SENHOR os que o buscam. Viva para sempre o vosso coração. 27 Lembrar-se-ão do SENHOR e a ele se converterão os confins da terra; perante ele se prostrarão todas as famílias das nações. 28 Pois do SENHOR é o reino, é ele quem governa as nações. 29 Todos os opulentos da terra hão de comer e adora, e todos os que descem ao pó se prostrarão perante ele, até aquele que não pode preservar a própria vida. 30 A posteridade o servirá; falar-se-á do SENHOR a geração vindoura. 31 Hão de vir anunciar a justiça dele; ao povo que há de nascer, contarão que jfoi ele quem o fez.


Ações de graça pela vitória
Ao mestre de canto. Salmo de Davi

21.1 Na tua força, SENHOR, o rei se alegra! E como exulta com o teu salvamento! 2 Satisfizeste-lhe ao desejo do coração, e não lhe negaste as súplicas dos seus lábios (Selá) 3 Pois o supres das bênçãos de bondade; pões-lhe  na cabeça uma coroa de ouro puro. 4  Ele te pediu vida e tu lha deste; sim, longevidade para todo o sempre. 5 Grande lhe é a glória no teu salvamento; de esplendor e majestade o sobrevestiste. 6 Pois o puseste por bênção para sempre, e o encheste de gozo com a tua presença. 7 O rei confia no SENHOR, e pela misericórdia do Altíssimo jamais vacilará. 8 A tua mão alcançará todos os teus inimigos, a tua destra apanhará os que te odeiam. 9 Tu os tornarás como em fornalha ardente, quando te manifestares; o SENHOR na sua indignação, os consumirá, o fogo os devorará. 10 Destruirás da terra a sua posteridade, e a sua descendência de entre os filhos dos homens. 11 Se contra ti intentarem o mal e urdirem intrigas, não conseguirão efeituá-los; 12 porquanto lhes farás voltar as costas, e mirarás o rosto deles com o teu arco. 13 Exalta-te, SENHOR, na tua força! Nós cantaremos e louvaremos o teu poder.
 


 Oração a favor do rei
Ao mestre de canto. Salmo de Davi

20.1 O Senhor te responda no dia da tribulação; o nome do Deus de Jacó te eleve em segurança. 2 Do seu santuário te envie socorro, e desde Sião te sustenha. 3 Lembre-se de todas as tuas ofertas de manjares, e aceite os teus holocaustos. ( Selá) 4 Conceda-te segundo o teu coração, e realize todos os teus desígnios. 5 Celebraremos com júbilo a tua vitória, e em nome do nosso Deus hastearemos  pendões; satisfaça o SENHOR a todos os teus votos. 6 Agora sei que o SENHOR salva o seu ungido; ele lhe responderá do seu santo céu com a vitoriosa força de sua destra. 7 Uns confiam em carros, outros em cavalos; nós, porém, nos gloriaremos em o nome do SENHOR nosso Deus. 8 Eles se encurvam e caem; nós, porém, nos levantamos e nos mantemos de pé. 9 Ó SENHOR, dá vitória ao rei; responde-nos, quando clamarmos.

A  excelência da criação e da palavra de Deus
Ao mestres de canto. Salmo de Davi

19.1 Os céus proclamam a glória de Deus e o firmamento anuncia as obras das suas mãos. 2 Um dia discursa a outro dia, e uma noite revela conhecimento a outra noite. 3 Não há linguagem, nem há palavras, e deles não se ouve nenhum som, 4 no entanto, por toda a terra se faz ouvir a sua voz, e as suas palavras até aos confins do mundo. Aí pôs uma tenda para o sol, 5 o qual, como  noivo que sai dos seus aposento, se regozija como herói, a percorrer o seu caminho. 6 Principia numa extremidade dos céus, e até a outra vai o seu percurso; e nada refoge ao seu calor. 7 A lei do SENHOR é perfeita, e restaura a alma; o testemunho do SENHOR são retos, e alegram o coração; o mandamento do SENHOR é puro, e ilumina os olhos. 9 O temor do SENHOR é límpido, e permanece para sempre; os juízos do SENHOR são verdadeiros e todos igualmente justos. 10 São mais desejáveis do que ouro, mais do que muito outro depurado; e são mais doces do que o mel e o destilar dos favos. 11 Além disso, por eles se admoesta o teu servo; em os guardar há grande recompensa. 12 Quem há que possa discernir as próprias faltas? Absolve-me das que me são ocultas. 13 Também da soberba guarda o teu servo, que ela não me domine; então serei irrepreensível, e ficarei livre de grande transgressão. 14 As palavras dos meus lábios e o meditar do meu coração sejam agradáveis na tua presença, SENHOR, rocha minha e redentor meu!
 


 18.1 Eu te amo, ó SENHOR, força minha. 2 O SENHOR é a minha rocha, a minha cidadela, o meu libertador. o meu Deus, o meu rochedo em que me refugio; o meu escudo, a força da minha salvação, o meu baluarte. 3 Invoco o SENHOR, digno de ser louvado, e serei salvo dos meus inimigos. 4 Laços de morte me cercaram, torrentes de impiedade me impuseram terror. 5 Cadeias infernais me cingiram, e tramas de morte me surpreenderam. 6 Na minha angústia invoquei o SENHOR, gritei por socorro ao meu Deus. Ele do seu templo ouviu a minha voz, e o meu clamor lhe penetrou os ouvidos. 7 Então a terra se abalou e tremei, vacilaram também os fundamentos dos montes e se estremeceram, porque ele se indignou. 8 Das suas narinas subiu fumaça e fogo devorador da sua boca; dele saíram brasas ardentes. 9 Baixou ele os céus e desceu, e teve sob os pés densa escuridão. 10 Cavalgava um querubim, e voou; sim, levado velozmente nas asas do vento. 11 Das trevas fez um manto em que se ocultou; escuridade de águas e espessas nuvens dos céus eram o seu pavilhão. 12 do resplendor que diante dele havia, as densas nuvens se desfizeram em granizo e brasas chamejantes. 13 Trovejou, então, o  SENHOR, nos céus; o Altíssimo levantou a sua voz, e houve granizo e brasas de fogo. 14 Despediu as suas setas e espalhou os meus inimigos, multiplicou os seus raios, e os desbaratou. 15 Então se viu o leito das águas, e se descobriram os fundamentos do mundo, pela tua repreensão,  SENHOR, pelo iroso resfolgar das tuas narinas. 16 Do alto me estendeu ele a mão e me tomou; tirou-me das muitas águas, 17 Livrou-me de forte inimigo e dos que aborreciam, pois eram mais poderosos do que eu. 18 assaltaram-me no dia da minha calamidade, mas o SENHOR me serviu de amparo. 19 Trouxe-me para um lugar espaçoso; livrou-me, porque ele se agradou de mim. 20 Retribuiu-me o  SENHOR, segundo a minha justiça, recompensou-me conforme a pureza das minhas mãos. 21 Pois tenho guardado os caminhos do SENHOR, e não me apartei perversamente do meu Deus. 22 Porque todos os seus juízos me estão presentes, e não me afastei de mim os seus preconceitos. 23 Também fui íntegro para com ele e me guardei da iniquidade. 24 Daí retribuir-me o SENHOR segundo a minha justiça, conforme a pureza das minha mãos na sua presença. 25 Para como o benigno, benigno te mostras; com o íntegro, também íntegro. 26 Com o puro, puro te mostras. com o perverso, inflexível, 27 Porque tu salvas o povo humilde, mas os olhos altivos tu os abates. 28 Porque fazes resplandece a minha lâmpada, o SENHOR, meu Deus, derrama luz nas minhas treva. 29 pois contigo desbarato exércitos, com o meu Deus salto muralhas. 30 O caminho de Deus é perfeito. a palavra do SENHOR é provada; ele é escudo para todos os que nele se refugiam. 31 Pois que é Deus senão o SENHOR? E quem é rochedo senão o  nosso Deus? 32 O Deus  que revestiu de força, e aperfeiçoou o meu caminho, 33 ele deu a meus pés a ligeireza da corças, e me firmo nas minhas alturas. 34 Ele adestrou as minhas mãos para o combate, de sorte que os meus braços vergaram um arco de bronze. 35 Também me deste o escudo de teu salvamento, a tua direita me susteve, e a tua clemência me engrandeceu. 36 Alargaste sob  meus passos o caminho, e os meus pés não vacilaram. 37 Persegui os meus inimigos e os alcancei, e só voltei depois de haver dado cabo deles. 38 Esmaguei-os a tal ponto que não puderam levantar-se: caíram sobre meus pés. 39 Pois de força me cingiste para o combate, e me submeteste os que se levantaram contra mim. 40 Também puseste em fuga os meus inimigos, e os que me odiaram eu os exterminei. 41 Gritaram por socorro, mas ninguém lhes acudiu: clamaram ao SENHOR, mas ele não respondeu. 42 Então os reduziu  a pó ao léu do vento, lancei-os fora como a lama das ruas. 43 Da contendas do povo me livraste e me fizeste cabeça das nações: povo, que não conheci me serviu. 44 Bastou-lhe ouvir-me a voz, logo me obedeceu; os estrangeiros se me mostram submissos. 45 Sumiram-se os estrangeiros e das suas fortificações saíram, espavoridos. Vive o SENHOR  e bendita seja a minha Rocha! Exaltado seja o Deus da minha salvação! 47 o Deus que por mim tomou vingança e me submeteu povos; 48 o Deus que me livrou dos meus inimigos; sim, tu que exaltaste acima dos meus adversários, e me livraste do homem violento. 49 Glorificar-te-ei, pois, entre os gentios, ó SENHOR, e cantarei louvores ao teu nome. 50 É ele quem dá grandes vitórias ao seu rei e usa de benignidade para com o seu ungido, com Davi e sua posteridade para sempre.


 Súplica pela proteção divina
Oração de Davi

17.1  Ouve, SENHOR, a causa justa, atende ao meu clamor, dá ouvidos a minha oração, que procede de lábios não fraudulentos. 2 Baixe de tua presença o julgamento a meu respeito: os teu olhos vêem com equidade. 3 Sondas-me o coração, de noite me visitas, provas-me no fogo, e iniquidade nenhuma entrarás em mim: a minha boca não transgride. 4 Quando as ações dos homens, pela palavra dos teus lábios eu me tenho guardado dos caminhos do violento. 5 Os meus passos se afizeram as tuas veredas. os meus pés não resvalaram. 6 Eu te invoco, ó Deus, pois, tu me respondes; inclina-me os teus ouvidos, e acode as minhas palavras. 7 Mostra as maravilhas da tua bondade, ó Salvador dos que atua destra buscam refúgio, dos  que se levantam contra eles. 8 Guarda-me como a menina dos olhos, esconde-me, a sombra das tuas asas, 9 dos perversos que me oprimem, inimigos que me assediam de morte. 10 Insensíveis cerram o coração, falam com lábios insolentes; 11 andam agora cercado os nosso passos, e fixam em nós os olhos para nos deitar por terra. 12 Parecem-se com o leão, ávido por sua presa, ou o leãozinho que espreita de emboscada. 13 Levanta-te, SENHOR, defronta-os, arrasa-os; livra do ímpio a minha alma com a tua espada, 14 com a tua mão,  SENHOR, dos homens mundanos, cujo quinhão é  desta vida, e cujo ventre tu enches dos teus tesouros, os quais se fartam de filhos, e o que lhes sobra deixam aos seu pequeninos. 15 Eu, porém, na justiça contemplarei a tua face; quando acordar eu me satisfarei com a tua semelhança.

Vitória e domínio
2 Sm 22.1-51

Ao mestre de canto. Salmo de Davi, servo do SENHOR, o qual dirigiu ao SENHOR as palavras deste cântico no dia em que o  SENHOR o livrou de todos os seus inimigos, e das mãos de Saul. Ele disse:


 O Santo de Deus
Hino de Davi

16.1 Guarda-me, ó Deus, porque em ti me refugio. 2 Digo ao SENHOR: Tu é o meu SENHOR; outro bem não possuo, senão a ti somente. 3 Quanto aos santos que há na terra, sã eles os nováveis nos quais tenho todo o meu prazer. 4 Muitas serão as penas dos que trocam o Senhor por outros deuses; não oferecerei as suas libações de sangue, e os meus lábios não pronunciarão os seus nomes. 5 O SENHOR é a porção da minha herança e do meu cálice; tu és o arrimo da minha sorte. 6 Caem-me as divisas em lugares amenos. é mui linda a minha herança. 7 Bendigo o SENHOR, que me aconselha; pois até durante a noite o meu coração me ensina. 8 O SENHOR, tenho-o sempre a minha presença, estando ele a minha direita não serei abalado. 9 Alegra-se, pois, o meu coração, e o meu espírito exulta; até o meu corpo repousará seguro. 10 Pois não deixarás a minha alma na morte, nem permitirás que o teu Santo veja corrupção. 11 Tu me fará ver os caminhos da vida; na tua presença há plenitude de alegria, na tua destra delícias perpetuamente.


 O citado dos céus
Salmo de Davi

15.1 Quem, SENHOR, habitará no teu tabernáculo? Quem há de orar no teu santo monte? 2 O que vive com integridade, e pratica a justiça, e, de coração, fala a verdade; 3 o que não faz mal ao próximo,  nem lança injúria contra o seu vizinho; 4 o que, a seus olhos, tem por desprezível ao réprobo, mas honra aos que temem ao SENHOR; o que jura com dano próprio, e não se retrata; 5 o que não empresta o seu dinheiro com usura, nem aceita suborno contra o inocente. Quem deste modo procede não será jamais abalado.


 A corrupção do pecador e sua redenção
Sl 53.1-6

14.1 Diz o insensato no  seu coração: Não há Deus. corrompem-se e praticam abominação; já não há quem faça o bem.2 Do céu olha o SENHOR para os filhos dos homens, para ver se há quem entenda, se há quem busque a Deus.3 todos se extraviaram e juntamente se corromperam; não há quem faça o bem, não há nem um sequer. 4 acas não entendem todos os obreiros da iniquidade que devoram o meu povo, como quem come pão, que não invocam o SENHOR? 5 Tomar-se-ão de grande pavor, porque Deus está com a linguagem do justo. 6 Meteis a ridículo o conselho dos humildes, mas o SENHOR é o seu refúgio. 7 Oxalá de Sião viesse já a salvação de Israel! Quando o SENHOR restaurar a sorte do seu povo, então exultará Jacó, e Israel se alegrará.


 Oração de fé
Ao mestre do canto. Salmo de Davi

13.1 Até quando, SENHOR? Esquecer-te-ás de mim para sempre? Até quando ocultarás de mim o teu rosto?  2 Até quando estarei eu relutando dentro de minha alma, com tristeza no coração cada dia? Até quando se erguerá contra mim o meu inimigo? 3 Atenta para mim, responde-me, SENHOR Deus meu! Ilumina-me os olhos, para que eu não durma o sono da morte; 4 para que não diga o meu inimigo: Prevaleci contra ele; e não se regozijem os meus adversários, vindo eu a vacilar. 5 No tocante a mim, confio na tua graça; regozije-se o meu coração no teu salvamento. 6 Cantarei ao SENHOR, porquanto  tem feito muito bem.



 Auxílio contra a falsidade
Ao mestre de canto. Em tom de oitava. Salmo de Davi

12.1 Socorro , SENHOR! porque já não há homens piedoso; desaparece os fiéis entre os filhos dos homens. 2 Falam com falsidade uns aos outros, falam com lábios bajuladores e coração fingido. 3 corte o SENHOR  todos os lábios bajuladores, a língua que fala soberbamente, 4 pois dizem: com a língua prevaleceremos, os lábios são nossos: quem é senhor sobre nós? 5 por causa da opressão dos pobres e do gemido dos necessitados. eu me levantarei agora, diz o SENHOR; e porei a salvo a quem por isso suspira. 6 As palavras do SENHOR são palavras puras, prata refinada em cadinho de barro, depurada sete vezes. 7 Sim, SENHOR, tu nos guardarás. desta geração nos livrarás para sempre. 8 Por todos os lugares andam os perversos, quando entre os filhos dos homens a vileza é exaltada.

O SENHOR é forte refúgio
Ao mestre do canto.  Salmo de Davi

11.1 No SENHOR me refugio. Como dizeis, pois, a minha alma: Foge, como pássaro, para o teu monte? 2 Porque eis aí os ímpios, armam o arco, dispõem a sua flecha na corda para, as ocultas, dispararem contra os retos de coração. 3 Ora, destruídos os fundamentos, que poderá fazer o Justo? 4 O  SENHOR está no seu santo templo; nos céus tem o  SENHOR seu trono; os seus olhos estão atentos, as suas pálpebras sondam os filhos dos homens. 5 O SENHOR põe a prova ao justo e ao ímpio; mas ao que ama a violência, a sua alma o abomina. 6 Fará chover sobre os perversos brasas de fogo e enxofre, e vento abrasador será a parte do seu cálice. 7 porque o SENHOR é justo, ele ama a justiça; os retos lhe contemplarão a face.


  A derrubada dos ímpios

10 Por que , SENHOR, te conservas longe? e te escondes nas horas de tribulação? 2 Com arrogância os ímpios perseguem o pobre; sejam presas dos tramas que urdiram. 3 Pois o perverso se gloria da cobiça de sua alma, o avarento maldiz o seu SENHOR  e blasfema contra ele. 4 O perverso na sua soberba não investiga; que não há Deus, são todas as suas cogitações. 5 São prósperos os seus caminhos em todo tempo; mito acima e longe dele estão os teus juízes; quanto aos seus adversários, ele a todos ridiculiza. 6 Pois diz lá no seu íntimo: Jamais serei abalado: de geração em geração, nenhum mal me sobrevirá. 7 A boca ele a tem cheia de maldição, enganos e opressão; debaixo da língua, insulto e iniquidade. 8 Põe-se de tocaia nas vilas, trucida os inocentes nos lugares ocultos; seus olhos espreitam o desamparado. 9 Está ele de emboscada como o leão na sua caverna; está de emboscada para enlaçar o pobre: apanha-o e, na sua rede, o enleia. 10 Abaixa-se, rasteja; em seu poder lhe caem os necessitados. 11 diz ele, no seu íntimo: Deus se esqueceu, virou seu rosto e não verá isto nunca. 12 Levanta-te, SENHOR! Ó Deus, ergue a tua mão! Não te esqueças dos pobres. 13 por que razão despreza o ímpio a Deus? e diz no seu íntimo: Não te importas? 14 Tu, porém, o tens visto, porque atentas aos trabalhos e a dor, para que os possas tomar em suas mãos. A ti se entrega o desamparado; tu tens sido o defensor do órfão. 15 Quebranta o braço do perverso e do malvado; Esquadrinhas-lhes a maldade, até nada mais achares. 16 O SENHOR é rei eterno: da sua terra somem-se as nações. 17 Tens ouvido, SENHOR, o desejo dos humildes; tu lhes fortalecerás o coração, e lhes acudirás. 18 pra fazeres justiça ao órfão e ao oprimido, a fim de que o homem, que é da terra, j[a não infunda terror.


Ações de graça
Ao mestre de canto segundo a meio-dia: A morte para o filho Salmo de Davi

9.1 Louvar-te-ei, SENHOR, de todo o meu coração; contarei todas as tuas maravilhas. 2 Alegrar-me-ei e exultarei em ti; ao teu nome, ó Altíssimo. eu cantarei louvores. 3 Pois ao retrocederem os meus inimigos, tropeçam e somem-se da tua presença; 4 porque sustentas o meu direito e aminha causa; no trono te assentas e julgas retamente.  5 Repreendes as nações, destróis o ímpio, e para todo o sempre lhes apagas o nome. 6 Quanto aos inimigos, estão consumados, suas ruínas são perpétuas, arrasaste as suas cidades; até a sua memória pereceu. 7 Mas o SENHOR permanece no seu trono eternamente, trono que erigiu para julgar, 8 Ele mesmo julga o mundo com justiça; administra os povos com retidão. 9 O SENHOR é também alto refúgio para o oprimido, refúgio nas horas de tribulação. 10 Em ti, pois, confiam  os que conhecem o teu nome, porque tu, SENHOR, não desamparas os que te buscam. 11 Cantai louvores ao SENHOR, que habita em Sião; proclamai entre os povos os seus feitos. 12 Pois aquele que requer o sangue lembra-se deles, e não se esquece do clamor dos aflitos. 13 compadece-te de mim, SENHOR; vê a que sofrimentos me reduziram os que me odeiam, tu que me levantas das portas da morte; 14 para que, as portas da filha de Sião, eu proclame todos os teus louvores, e me regozije da tua salvação. 15 Afundam-se as nações na cova que fizeram, no laço que esconderam prendeu-se-lhes o pé. 16 Faz-se conhecido o SENHOR, pelo juízo que executa; enlaçado está o ímpio nas obras de suas próprias mãos. ( Higaiom. Selá.) 17 Os perversos serão lançados no inferno, e todas as nações que se esquecem de Deus. 18 Pois o necessitado não será para sempre esquecido, e a esperança dos aflitos não se há de frustrar perpetuamente. 19 Levanta-te, SENHOR; não prevaleça o mortal. Sejam as nações julgadas na tua presença. 20 Infunde-lhe, SENHOR, o medo; saibam as nações que não passam de mortais. ( Selá.)


 A glória divina e a dignidade do Filho do homem
Ao mestre de canto, segundo a melodia: Os lagares. Salmo de Davi

8.1 Ó SENHOR, Senhor nosso, quão magnífico em toda a terra é o teu nome! pois expuseste nos céus a tua majestade. 2 Da pouca de pequeninos e criança de peito suscitaste força, por causa dos teus adversários, para fazeres emudecer o inimigo e o vingador.3 Quando contemplo os teus céus, obras dos teus dedos, e a lua e as estrelas que estabeleceste, 4 que é o homem que dele te lembres? e o filho de homem, que o visites? 5 Fizeste-o, no entanto, por um pouco, menor do que Deus, e de glória e de honra o coroaste. 6 Deste-lhe domínio sobre as obras da tua mão, e sob seus pés tudo lhe puseste; 7 ovelhas e bois, todos, e também os animais do campo; 8 e as aves do céu e os peixes do mar, e tudo o que percorre as sendas dos mares. 9 Ó SENHOR , Senhor nosso, quão magnifico em toda a terra é o teu nome!


 Deus defende o justo contra o ímpio
Canto de Davi. Entoado ao SENHOR, com respeito as palavras de Cuxe, benjamita

7.1 SENHOR, Deus meu, em ti me refugio; salva-me de todos os que me perseguem, e livra-me; 2 para que ninguém, como leão, me arrebate, despedaçando-me, não havendo quem me livre. 3 SENHOR, meu Deus, se eu fiz o de que me culpam, se nas minhas mãos há iniquidade, 4 se paguei com o mal a quem estava em paz comigo, eu  que poupei o que sem razão me oprimia, 5 persiga o inimigo a minha alma e alcance-a, espezinhe no chão a minha vida, e arraste no pó a minha glória. ( Selá.) 6 Levanta-te, SENHOR, na tua indignação, mostra a tua grandeza contra a fúria dos meus adversários, e desperta-te em meu favor, segundo o juízo que designaste. 7 Reúnam-se ao redor de ti os povos, e por sobre eles remonta-te as alturas. 8 O SENHOR julga os povos; julga-me, SENHOR, segundo a minha retidão, e segundo a integridade que há em mim. 9 Cesse a malícia dos ímpios, mas estabelece tu o justo; pois sondas a mente e o coração, ó justo Deus. 10 Deus é o meu escudo; ele salva os retos de coração. 11 Deus é justo juiz; Deus que sente indignação todos os dias. 12 Se o homem não se converte, afiará Deus a sua espada; já armou o arco, tem-no pronto; 13 para ele preparou já instrumentos de morte, preparou suas setas inflamadas. 14 Eis o ímpio está com dores de iniquidade, concebeu a malícia, dá a luz a mentira. 15 Abre e aprofunda uma cova, e cai nesse mesmo poço que faz. 16 A sua malícia lhe recai sobre a cabeça, e sobre a própria mioleira desce a sua violência. 17 Eu, porem, renderei graças ao SENHOR, segundo a sua justiça, e cantarei louvores ao nome do SENHOR altíssimo.

Deus defende o junto contra o ímpio

                        Ao mestre de canto, para flautas.

                                     Salmo de Davi


6.1 SENHOR, não me repreendas na tua ira, nem me castigues no teu furor. 2 Tem compaixão de mim, SENHOR, porque eu me sinto debilitado; sara-me SENHOR, porque os meus ossos estão abalados, 3 Também a minha alma está profundamente perturbada; mas tu, SENHOR, até quando? 4 Volta-te, SENHOR, e livra a minha alma; salva-me por tua graça. 5 Pois na morte não há recordação de ti; no sepulcro quem te dará louvor? 6 Estou cansado de tanto gemer; todas as noites faço nadar o meu leito, de minhas lágrimas a alago. 7 Meus olhos de mágoa se acham amortecidos, envelhecem por causa de todos os meus adversários. 8 Apartai-vos de mim, todos os que praticais a iniquidade, porque o  SENHOR ouviu a voz do meu lamento; 9 o SENHOR ouviu a minha súplica o SENHOR acolhe a minha  oração. 10 Envergonhem-se e sejam sobremodo perturbados todos os meus inimigos; retirem-se, de súbito, cobertos de vexame.



 Proteção contra os ímpios

Ao mestre de canto, para flautas.

Salmo de Davi

5.1 Dá ouvidos, SENHOR, as minha palavras e acode ao meu gemido. 2 Escuta, Rei meu e Deus meu, a minha voz que clama, pois a ti é que imploro. 3 De manhã, SENHOR, ouves a minha voz; de manhã te apresento a minha oração e fico esperando. 4 Pois tu não és Deus que se agrade com a iniquidade, e contigo não subsiste o mal. 5 Os arrogantes não permanecerão a tua vista; aborreces a todos que praticam iniquidade. 6 Tu destróis os que proferem mentira; o  SENHOR abomina ao sanguinário e ao fraudento; 7 porém eu, pela riqueza da tua misericórdia, entrarei na tua casa; e me prostrarei diante do teu santo templo, no teu temor. 8 SENHOR, guia-me na tua justiça, por causa dos meus adversários; endireita diante de mim o teu caminho; 9  pois não tem eles sinceridade nos seus lábios; o seu íntimo é todo crimes; a sua garganta é sepulcro aberto, e com a língua lisonjeiam.10 Declara-os culpados, ó Deus; caiam por seus próprios planos. Rejeita-os por causa de sua muitas transgressões, pois se rebelaram contra ti. 11 Mas regozijem-se todos os que confiam em ti; folguem de júbilo para sempre, porque tu os defendes; e em ti se gloriem os que amam  o teu nome. 12 Pois tu, SENHOR, abençoas o justo, e, como escudo, o cercas da tua benevolência.


Confiança em Deus na angústia

Salmo de Davi ao mestre de Canto, com instrumento de corda


4.1 Responda-me quando clamo, ó Deus da minha justiça; na angústia me tens aliviado; tem misericórdia de mim e ouve a minha oração. 2 Ó homens, até quando tornareis a minha glória em vexame? e amareis a vaidade? e buscareis a mentira? (Selá.) 3 Sabei, porém, que o SENHOR distingue para si o piedoso; o  SENHOR me ouve quando eu clamo por ele. 4 Irai-vos, e não pequeis; consultai no travesseiro o vosso coração, e sossegai. ( Selá.) 5 Oferecei sacrifícios de justiça, e confiai no SENHOR. 6 Há muitos que dizem:  Quem nos dará a conhecer o bem? SENHOR, levanta sobre nós a luz do teu rosto. 7 Mais alegria me puseste no coração do que a alegria deles, quando lhes há fartura de cereal e de vinho. 8 Em paz me deito e logo pego no sono, porque, SENHOR, só tu me fazes repousar seguro.

Confiança em Deus na adversidade
Salmo de Davi quando fugia de Absalão, seu filho

3.1 SENHOR, como tem crescido o número dos meus adversários! São numerosos os que se levantam contra mim. 2 São muitos os que dizem de mim: Não há em Deus salvação para ele. ( Selá.) 3 Porém tu, SENHOR, és o meu escudo, és a minha glória, e o que exaltas a minha cabeça. 4 Com a minha voz clamo ao SENHOR, e ele do seu santo monte me responde. ( Selá) 5 Deito-me e pego no sono; acordo, porque o SENHOR me sustenta. 6 Não tenho medo de milhares do povo que tomam posição contra mim de todos os lados. 7 Levanta-te, SENHOR! Salva-me, Deus meu, pois feres nos queixos a todos os meus inimigos, e aos ímpios quebras os dentes. 8 Do SENHOR é a salvação, e sobre o teu povo a tua bênção. (Selá). 
 

O reinado do Ungido de Deus


2.1 Por que se enfurecem os gentios e os povos imaginam cousas vãs? 2 Os reis da terra se levantam, e os príncipes conspiraram contra o SENHOR e contra o seu Ungido, dizendo; 3 Rompamos os seus laços e sacudamos de nós as suas algemas. 4 Ri-se aquele que habita nos céus; o SENHOR zomba deles, 5 Na sua ira, a seu tempo, lhes há de falar, e no seu furor os confundirá: 6 Eu porém constitui o meu Rei sobre o meu santo monte Sião. 7 Proclamarei o decreto do SENHOR: Ele me disse: Tu és meu filho eu hoje te gerei. 8 pede-me, e eu te darei as nações por herança, e as extremidades da terra por tua possessão. 9 Com vara de ferro as regerás e as despedaçarás como um vaso de olheiro. 10 Agora, pois, ó reis, sede prudentes; deixai-vos advertir, juízes da terra. 11 Serei ao SENHOR com temor, e alegrai-vos nele com tremor. 12 Beijai o Filho para que se não irrite, e não pereçais no caminho; porque dentro em pouco se lhe inflamara a ira. Bem-aventurados todos os que nele se refugiam.


 Livro l
Os justos e os ímpios

1.1 Bem-aventurado o homem que não anda no conselho dos ímpios, não se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores. 2 Antes o seu prazer está na lei do SENHOR, e na sua lei metida de dia e de noite.3 Ele é como árvore plantada junto a corrente de águas, que, no devido tempo, dá o seu fruto, e cuja folhagem não murcha; e tudo quanto ele faz será bem sucedido. 4 Os ímpios não são assim; são,  porém, como a palha que o vento dispersa. 5 por isso os perversos não prevalecerão do juízo, mas o dos ímpios perecerá.

O levantamento do censo
1 Cr 21.1-6

24.1 Tornou-se a ira de SENOR acender-se contra os israelita e incitou a Davi contra eles, dizendo: Vai, levanta o censo de Israel e de Judá. 2 Disse, pois, o rei a Joabe, comandante de seu exército: Percorre todas as tribos de Israel, de Dã até Berseba, e levanta o censo do povo, para que eu saiba o seu número. 3 Então disse Joabe ao rei: Ora, multiplique o SENHOR teu Deus a este povo cem vezes mais, e o rei meu senhor o veja; mas por que tem prazer nisto o rei meu senhor? 4 Porém a palavra do rei prevaleceu contra Joabe, e contra os chefes do exército; saiu, pois, Joabe com os chefes do exército; saiu, pois, Joabe com os chefes do exército da presença   do rei, a levantar o censo do povo de Israel. 5 Tendo eles passado o Jordão, acamparam-se em Aroer, a direita da cidade que está no meio do vale de Gade e foram a Jazer. 6 Daqui foram a Gileade, e chegaram até Cades na terra dos heteus; seguiram a Dã-Jaã e viraram-se  para Sidom; 7 chegaram a fortaleza de Tiro, e a todas as cidades dos heveus e dos cananeus, donde saíram para o Neguebe de Judá, a Berseba. 8 Assim percorreram toda a terra, e ao cabo de nove meses e vinte dias chegaram a Jerusalém. 9 Deu Joabe ao rei o recenseamento do povo: Havia em Israel oitocentos mil homens de guerra, que puxavam da espada;  e em Judá eram quinhentos mil.

Davi escolhe o castigo
1Cr 21.18-27

18 Naquele mesmo dia veio Gade ter com Davi, e lhe disse: Sobe levanta ao SENHOR um altar na eira de Araúna, o jebuseu. 19 Davi subiu segundo a palavra de Gade, como o SENHOR lhe havia ordenado. 20 Olhou Araúna do alto e, vendo que vinham para ele o rei e os seus homens, saiu e se inclinou dia do rei com o rosto em terra. 21 E perguntou: Por que vem o rei meu senhor ao seu servo? Respondeu Davi: Para comprar de ti esta eira, a fim de edificar nela um altar ao SENHOR, para que cesse a praga de sobre o povo. 22 Então disse Araúna a Deus: Tome, e ofereça o rei meu senhor o que bem lhe parecer; eis si os bois para o holocausto, e os tribos, e a apeiragem dos bois para a lenha. 23 tudo isto, ó rei, Araúna oferece ao rei; e ajuntou:  Que o SENHOR teu Deus te seja propício. 24 Porém o rei disse a Araúna: Não, mas eu to comprarei pelo vido preço, porque não oferecerei ao SENHOR meu Deus holocaustos que não me custem nada. Assim Davi comprou a eira, e pelos bois pagou cinquenta siclos de prata. 25 Edificou ali Davi ao SENHOR um alta, e apresentou holocausto e ofertas pacíficas. Assim o SENHOR se tornou favorável para com a terra, e a praga cessou de sobre Israel.

Aqui termina o livro do segundo de Samuel.

As últimas palavras de Davi

23.1 São estas as últimas palavras de Davi: Palavras de Davi, filho de Jessé, palavra do homem que foi exaltado, do ungido do Deus  de Jacó, do mavioso salmista de Israel. 2 O Espírito de SENHOR fala por meu intermédio, e a sua palavra está na minha língua. 3 Disse o Deus de Israel, a Rocha de Israel a mim me falou: Aquele que domina com justiça sobre os homens, que domina no temor de Deus, 4 é como a luz da manhã, quando sai o sol, como manhã sem nuvens, cujo esplendor, depois da chuva, faz brotar da terra a erva. 5 Não está assim com Deus a minha casa? Pois estabeleceu comigo uma aliança eterna, em tudo bem definida e segura. Não me fará ele prosperar toda a minha salvação e toda aminha esperança? 6 Porém os filhos de Belial serão todos lançados fora como os espinhos, pois não podem ser tocados com as mãos, 7 mas qualquer para os tocar se armará de ferro e da haste de uma lança; e o fogo serão totalmente queimados no seu lugar.

Os valentes de Davi
1 Cr 11.10-47

8 São estes os nomes dos valentes de Davi: Josabe-Bassebete, filho de Taquemoni, o principal de três, este brandiu a sua lança contra oitocentos, e os feriu de uma vez. 9 Depois dele Eleazar, filho de Bodó, filho de Aoí, entre os três valentes que estavam com Davi, quando desafiaram os filisteus ali reunidos para peleja. Quando já se haviam retirado os filhos de Israel, 10 ele se levantou, e feriu os filisteus, até lhe cansar a mão e ficar pegada a espada; naquele dia o SENHOR efetuou grande livramento; e o povo voltou para onde Eleazar estava somente para tomar os despojos. 11 Depois dele Samá, filho de Agé, o hararita, quando os filisteus se ajuntaram em Lei, onde havia um pedaço de terra cheio de lentilhas; e o povo fugia de diante dos filisteus. 12 Pôs-se Samá no meio daquele terreno e o defendeu, e feriu os filisteus: e o SENHOR efetuou grande livramento. 13 Também três dos trinta cabeças desceram, e no tempo da sega, foram ter com Davi, a caverna de Adulão; e uma tropa de filisteus se acampara no vale de Refaim. 14 Davi estava na fortaleza, e a guarnição dos filisteus em Belém. 15 Suspirou Davi e disse: Quem me dera beber água do poço que está junto a porta de Belém! 16 Então aqueles três valentes romperam pelo acampamento dos filisteus e tiraram água do poço junto a porta de Belém, tomaram-na e a levaram a Davi; ele não a quis beber, porém a derramou como libação ao SENHOR. 17 E disse: Longe de mim, ó SENHOR, fazer tal cousa; beberia eu o sangue dos homens que lá foram com perigo de sua vida? De maneira que não a quis beber. São estas as cousas que fizeram os três valentes. 18 Também Abisai, irmão de Joabe, filho de Zeruia, era cabeça de trinta; e alçou a sua lança contra trezentos, e os feriu. E tinha nome entre os primeiros três. 19 Era ele mais nobre do que os trinta, e era o primeiro deles; contudo aos primeiros três não chegou. 20 Também Benaia, filho de Joiada, era homem valente Cabzeel, e grande em obras; feriu ele dois heróis de Moabe. Desceu numa cova e nela matou um leão no tempo de neve. 21 Matou também um egípcio, homem de grande estatura; o egípcio trazia uma lança, mas Benaia o atacou com um cajado, arrancou-lhe da mão a lança e com ela o matou. 22 Estas cousas fez Benaia, filho de Joiada, pelo que teve nome entre os primeiros três valente. 23 Era mais nobre do que os trinta, porém aos três primeiros não chegou, e Davi o pôs sobre a sua guarda. 24 Entre os trinta figuravam: Asael, irmão de Joabe; El- Hanã, filho de Dedó, de Belém. 25 Samá, harodita; Elica, harodita; 26 Heiz, paltita; Ira, filho de Iques, tecoíta; 27 Abiezer, anototia; Mebunai, husatita; 28 Zalmom, aoíta; Maarai, netofatita; 29 Helebe, filho de Baaná, netofatita; Hitaí, filho de Ribai, de Gibeá, dos filhos de Benjamim; 30 Benaia, piratonita; Hidai, do ribeiro de Gaás; 31 Abi-Albom, arbatita; Azmavete, barumita; 32 Eliaba, saalbonita; Bené-Jásen; Jônatas; 33 Samá, hararita; Aião, filho dum maacatita; Eliã, filho de Aitofel, gilonita; 35 Gezrai, carmelita; Paarai, arbita; 36 Igai, filho de Natã, de Zobá; Bani, gadita; 37 Zeleque. amonita; Naarai, beerotita, o que trazia as armas de Joabe filho de Zeruia; 38 Ira, itrita; Garebe, itrita; 39 Urias, heteu: ao todo trinta e sete.

Cântico de Davi em ações de graça
Sl 18.1-50 

22 1. Falou Davi ao SENHOR as palavras deste cântico, no dia em que o SENHOR o livrou das mãos de todos os seus inimigos e das mãos de Saul. 2 E disse: O SENHOR é a minha rocha, a minha cidadela, o meu libertador; 3 o meu Deus, o meu rochedo em que me refúgio; o meu escudo, a força da minha salvação, o meu baluarte e o meu refúgio. Ó Deus, da violência tu me salvas. 4 Invoco o SENHR, digno de ser louvado, e serei salvo dos meus inimigos. 5 Porque ondas de morte me cercaram torrentes de impiedade me impuseram terror; 6 cadeias infernais me cingiram e tramas de morte me surpreenderam. 7 Na minha angústia invoquei o SENHOR, clamei a meu Deus; ele do seu templo ouviu a minha voz, e o meu clamor chegou aos seus ouvidos. 8 Então a terra se abalou e tremeu, vacilaram também os fundamentos dos céus e se estremeceram porque ele se indignou. 9 Das suas narinas subiu fumaça, e fogo devorador da sua boca; dele saíram carvões, em chama. 10 Baixou ele os céus e desceu, e teve sob os pés desceu, e teve sob densa escuridão. 11 Cavalgava um querubim, e voou; e foi visto sobre as asas do vento. 12 Por pavilhão pôs, ao redor  de si, trevas, ajuntamento de águas, nuvens dos céus. 13 Do resplendor que diante dele havia brasas de fogo se acenderam. 14 Trovejou o SENHOR desde os céus; o Altíssimo levantou a sua voz. 15 Despediu setas e espalhou os meus inimigos, raios, e os desbaratou. 16 Então se viu o leito das águas, e se descobriram os fundamentos do mundo, pela repreensão do SENHOR, pelo iroso resfolgar das suas narinas. 17 Do alto me estendeu ele a mão e me tomou; tirou-me das muitas águas. 18 Livrou-me do forte inimigo, dos que me aborreciam, porque eram mais poderosos do que eu. 19 assaltaram-me no dia da minha calamidade, mas o SENHOR me serviu de amparo. 20 Trouxe-me para um lugar espaçoso; livrou-me, porque ele se agradou de mim. 21 Retribuiu-me o SENHOR, segundo a minha justiça, recompensou-me  conforme a pureza das minhas mãos. 22 Pois tenho guardado os caminho do SENHOR, e não me apartei perversamente do meu Deus. 23 Porque todos os seus Juízos me estão presentes, e dos seus estatutos não me desviei. 24 Também fui inculpável para com ele e me guardei da iniquidade. 25 Dai retribuir-me o SENHOR segundo a minha justiça, segundo a minha pureza diante dos seus olhos. 26 Para com o benigno, benigno te mostras; com o íntegro, também íntegro. 27 Com o puro, puro te mostras; com o perverso, inflexível. 28 tu salvas o povo humilde, mas com um lance de vista abates os altivos. 29 Tu, SENHOR, és a minha lâmpada; o SENHOR derrama luz nas minhas trevas. 30 Pois contigo desbarato exércitos, com o meu Deus salto muralhas. 31 O caminho de Deus é perfeito; a palavra do SENHOR é provada; ele é escudo para todos os que nele se refugiam. 32 Pois quem é Deus senão o SENHOR? E quem é rochedo senão o nosso Deus? 33 Deus é minha fortaleza e minha força, e ele perfeitamente desembaraça o meu caminho. 34 Ele deu a meus   pés a ligeireza das corças, e me firmou nas minhas alturas. 35 Ele adestrou as minhas mãos para o combate, de sorte que os meus braços vergaram um arco de bronze. 36 Também me deste o escudo do teu salvamento, e a tua clemência me engrandeceu. 37 alongaste sobre meus passos o caminho, e os meus pés não vacilaram. 38 Persegui os meus inimigos e os derrotei, e só voltei depois de haver dado cabo deles. 39 Acabei com eles, esmagando-os a tal ponto que não puderam levantar-se; caíram sobe meus pés. 40 Pois de força me cingiste para o combate, e me submeteste os que se levantaram contra mim. 41 Também puseste em fuga os meus inimigos, e os que me odiaram eu os exterminei. 42 Olharam, mas ninguém lhes acudiu, sim, para  o SENHOR, mas ele não respondeu. Então os moi como o pó da terra; esmaguei-os, e como a lama das ruas os amassei. 44 Das contendas do meu povo me livraste, e me fizeste cabeça das nações; povo, que não conheci, me serviu. 45 Os estrangeiros se me sujeitaram; ouvindo a minha voz, me obedeceram. 46 Sumiram-se os estrangeiros e das suas fortificações saíram, espavoridos. 47 Vive o SENHOR, e bendita seja a minha Rocha! Exaltado seja o meu Deus, a rocha da minha salvação! 48 O Deus que por mim tomou vingança e me submeteu povos; 49  o Deus que me tirou dentre os meus inimigos; sim, tu que me exaltaste acima dos meus adversários, e me livraste do homem violento. 50 Celebrar-te-ei, pois, entre as nações, ó SENHOR,  e cantarei louvores ao teu nome. 51 É ele quem dá grande vitórias ao seu rei e usa de benignidade para como seu ungido, com Davi e sua posteridade para sempre.


 Vingados os gibeonitas

21.1 Houve em dias de Davi uma fome de três anos consecutivos. Davi consultou o SENHOR, e o SENHOR lhe disse: Há culpa de sangue sobre Saul e sobre a sua casa, porque ele matou os gibeonitas. 2 Então chamou o rei os gibeonitas, e lhes falou. O gibeonitas não eram dos filhos de Israel, mas do resto dos amorreus, e os filhos de Israel lhes tinham jurado poupá-los, porém Saul procurou destruí-los no seu zelo pelos filhos de Israel e de Judá. 3 perguntou Davi aos gibeonitas: Que quereis que eu vos faça? e que regate vos darei, para que abençoeis a herança do SENHOR? Então os gibeonitas lhe disseram: Não é por prata nem ouro que temos questão com Saul e com sua casa; nem tão pouco pretendemos matar pessoa alguma em Israel. Disse Davi: Que é, pois, que quereis que vos faça? 5 Responderam ao rei: Quanto ao homem que nos destruiu, e procurou que fôssemos assolados, sem que pudéssemos assolados, sem que  pudéssemos subsistir em termo algum de Israel, 6 de seus filhos se nos deem sete homens, para que os enforquemos ao SENHOR em Gibeá de Saul, o eleito do SENHOR. Disse o rei: Eu os darei. 7 Porém o rei poupou Mefibosete, filho de Jônatas, filho de Saul, por entre eles houvera, entre Davi e Jônatas, filho de Saul. 8 Porem tomou o rei os dois filhos de Rispa, filha de Aiá, que tinha tido de Saul, a saber a Armoni e a Mefibosete, como também os cinco filho de Merabe, filha de Saul, que tivera de Adriel, filho de Barzilai, meolatita; 9 e os entregou na mão dos gibeonitas, os quais os enforcaram no monte, perante o SENHOR; caíram os sete juntamente. Foram mortos nos dias da ceifa, nos primeiros dias, no princípio da ceifa de cevada. 10 Então Rispa, filha de Aiá, tomou um pano de saco, e o estendeu para si sobre uma penha, desde o princípio da ceifa, até que sobre eles caiu água do céu; e não deixou as aves do céu pousar sobre eles de deia, nem os animais do campo de noite. 11 Foi  dito a Davi o que fizera Rispa, filha de Aiá, e concubina de Saul. 12 Então foi Davi, e tomou os ossos de Saul, e os ossos de Jônatas seu filho, dos moradores de Jabes-Gileade, os quais os furtaram da praça de Bate-Sã, onde os filisteus os tinham pendurado, no dia em que feriram a Saul em Gilboa. 13 Dali transportou os ossos de Saul, e os ossos de Jônatas seu filho e ajuntaram também os ossos dos enforcados. 14 Enterraram os ossos de Saul, e de Jônatas seu filho na terra de Benjamim, em Zela, na sepultura de Quis, seu pai. Fizeram tudo o que o rei ordenara. Depois disto Deus se tornou favorável para com a terra.

Gigantes, mortos pelos homens de Davi
1 Cr 20.4-8

15 De novo fizeram os filisteus guerra contra Israel. Desceu Davi com os seus homens, e pelejaram contra os filisteus, ficando Davi mui fatigado. 16 Isbi-Benobe descendia dos gigantes; o peso do bronze de sua lança era de trezentos siclos, e estava cingido de uma armadura nova; este intentou matar a Davi. 17 Porém Abisai, filho de Zeruia, socorreu-o, feriu o filisteu e o matou; então os homens de Davi lhe juraram, dizendo: Nunca mais sairá conosco a peleja, para que não apagues a lâmpada de Israel. 18 Depois disto houve ainda em Gobe outra peleja contra os filisteus; então Sibecai, o husatita, feriu a Safe, que era descendente dos gigantes. 19 Houve ainda em Gobe outra peleja contra os filisteus; e Elanã, filho de Jaaré-Oregim, o belemita, feriu Golias, o geteu, cuja lança tinha a haste como eixo do tecelão. 20 Houve ainda outra peleja; esta foi em Gate, onde estava um homem de grande estatura, que tinha em cada mão e em cada pé seis dedos vinte e quatro ao todo; também este descendia dos gigante. 21 Quando ele injuriava a Israel, Jônatas, filho de Simei, irão de Davi, o feriu. 22 Estes quatro nasceram dos gigantes em Gate; e caíram pela mão de Davi e pela mão de seus homens.

 
A sedição de Seba e a sua morte

20.1 Então se achou ali por acaso um homem de Belial, cujo nome era Seba, filho de Bicri, homem de Benjamim, o qual tocou a trombeta, e disse: Não fazemos parte de Davi, nem temos herança no filho de Jessé; cada um para as suas tenda, ó Israel. 2 Então todos os homens de Israel se separaram de Davi, e seguiram Seba, filho de Bicri; porque os homens de Judá se apegaram ao seu rei, conduzindo-o desde o Jordão até Jerusalém. 3 Vindo, pois, Davi para sua casa, a Jerusalém, tomou o rei as suas dez concubinas,  que deixara para cuidar da casa, e as pôs em custódia, e as sustentou, porém não coabitou com elas, e estiveram encerradas até ao dia em que morreram, vivendo como viúvas. 4 Disse o rei a Amasa: Convoca-me para dentro de três dias os homens de Judá, e apresenta-te aqui. 5 Partiu Amasa para convocar os homens de Judá; porém demorou-se além do tempo que lhe fora aprazado. 6 Então disse Davi a Abisai: Mais mal agora nos fará Seba, o filho de Bicri, do que Absalão; pelo que toma tu os servos de teu senhor, e persegue-o, para que não ache para si cidades fortificadas, e nos escape. 7 Então o perseguiram os homens de Joabe, a guarda real e todos os valentes; estes saíram de Jerusalém para perseguirem a Seba, filho de Bicri. 8 Chegando eles, pois, a pedra grande que está junto a Gibeom, Amasa veio perante eles: trazia Joabe vestes militares, e sobre elas um cinto, no qual, presa aos seus lombos, estava uma espada dentro na bainha; adiantando-se ele, fez cair a espada. 9 Disse Joabe a Amasa: Vais bem, meu irmão? E, com a mão direita, lhe pegou a barba, para o beijar. 10 Amasa não se importou com a espada que estava na mão de Joabe, de sorte que este o feriu com ela no abdômen, e lhe derramou por terra as entranhas; não o feriu segunda vez, e morreu. Então Joabe e Abisai, seu irmão, perseguiram a Seba, filho de Bicri. 11 Mas um dentre os moços de Joabe parou junto de Amasa, e disse: Quem está do lado de Joabe, e é por Davi, siga a Joabe. 12 Amasa se revolvia no seu sangue no meio do caminho; vendo o moço que todo o povo parava, desviou a Amasa do caminho para o campo, e lançou sobre ele um manto; porque via que todo aquele que chegava a ele parava. 13 Uma vez afastado do caminho, todos os homens seguiram a Joabe, para perseguirem a Seba, filho de Bicri. 14 Seba passou por todas as tribos de Israel até Abel-Bete-Maaca; e apenas os beritas se ajuntaram todos, e o seguiram. 15 Vieram Joabe e os homens e o cercaram em Abel-Bete-Maaca, e levantaram contra a cidade um montão da altura do muro; e todo o povo que estava com Joabe trabalhava no muro para o derribar. 16 Então uma mulher sábia gritou de dentro da cidade: Ouvi, ouvi; dizei a Joabe: Chega-te cá, para que eu fale contigo. 17 Chegando-se ele perguntou-lhe a mulher: És tu Joabe? Respondeu: Eu sou. Ela lhe disse: Ouve as palavras de tua serva. Disse ele: Ouço. 18 Então disse ela: Antigamente se costumava dizer: Peça-se conselho em Abel: e assim davam cabo das questões. 19 Eu sou uma das pacíficas e das fiéis em Israel; e tu procuras destruir uma cidade e uma mãe em Israel; por que, pois, devorarias a herança do SENHOR? 20 Respondeu Joabe e disse: Longe, longe de mim que eu devore e destrua! 21 A cousa não é assim; porém um homem da região montanhosa de Efraim, cujo nome é Seba, filho de Bicri, levantou a mão contra o rei, contra Davi; entregai-me só este, e retirar-me-ei da cidade. Então disse a mulher a Joabe: Eis que te será lançada a sua cabeça pelo muro. 22 E a mulher, na sabedoria, foi ter com todo o povo, e cortaram a cabeça de Seba, filho de Bicri, e a lançaram a Joabe. Então tocou este a trombeta, e se retiraram da cidade, cada um para sua casa, Joabe voltou a Jerusalém a ter com rei.

Oficiais de Davi
2 Sm 8.15-18; 1 Cr 18.14-17

23 Joabe era comandante de todo o exército de Israel; e Benaia, filho de Joiada, da guarda real; 24 Adorão dos que estavam sujeitos a trabalhos forçados; Josafá, filho de Ailude, era o cronista. 25 Seva, o escrivão; Zadoque e Abiatar, os sacerdotes; 26 e também Ira, o jairita, era ministro de Davi


 Joabe reprova a Davi

19.1 Disseram a Joabe: Eis que o rei anda chorando, e lastima-se por Absalão. 2 Então a vitória se tornou naquele mesmo dia em luto para todo o povo; porque naquele dia o povo ouvira dizer; O rei está de luto por causa de seu filho. 3 Naquele mesmo  dia entrou o povo as furtadelas na cidade, como o faz quando foge envergonhado da batalha. 4 Tendo o rei coberto o rosto exclamava em alta voz: Meu filho Absalão, Absalão meu filho, meu filho! 5 Então Joabe entrou na casa do rei, e lhe disse: Hoje envergonhaste a face de todos os teus sevos, que livraram hoje a tua vida, e a vida de teus filhos, e de tuas filhas, e a vida de tuas mulheres, e de tuas concubinas, 6 amando tu aos que te aborrecem, e aborrecendo aos que te amam: porque hoje dás a entender que nada valem para contigo príncipes e servos; porque entendo agora que se Absalão vivesse, e todos nós hoje fôssemos mortos, então estarias contente. 7 Levanta-te agora, sai, e fala segundo o coração de teus servos. Juro pelo SENHOR que,  se não saíres, nenhum só homem ficará contigo esta noite; e maior mal de será isto do que todo o mal que tem vindo sobre ti desde a tua mocidade até agora. 8 Então o rei se levantou, e se assentou a porta, e o fizeram saber a todo o povo, dizendo: Eis que o rei está assentado a porta. Veio, pois, todo o povo apresentar-se diante do rei. Ora Israel havia fugido, cada um para a sua tenda. 9 Todo o povo, em todas as tribos de Israel, andava altercando entre si, dizendo: O rei nos tirou das mãos de nossos inimigos, livrou-nos das mãos dos filisteus, e agora fugiu da terra por causa de Absalão. 10 Absalão, a quem ungimos sobre nós, já morreu na peleja; agora, pois, por que vos calais, e não fazeis voltar o rei? 

Davi volta para Jerusalém

11. Então o rei Davi mandou dizer a Zadoque e a Abiatar, sacerdotes: Falai aos anciãos de Judá: Por que sereis vós os últimos em tornar a trazer o rei para a sua casa? visto que  aquilo que todo o Israel dizia já chegou ao rei, até a sua casa.12 Vós sois meus irmãos, sois meu osso e minha carne; por que, pois, sereis os últimos em tornar a trazer o rei? 13 Dizei a Amasa: Não és tu meu osso e minha carne? Deus me faça o que lhe aprouver se não vieres a ser para sempre comandante do meu exército, em lugar de Joabe. 14 Como isto moveu o rei o coração de todos os homens de Judá, como se fora um só homem, e mandaram dizer-lhe: Volta, ó rei tu e todos os teus servos. 15 Então o rei voltou, chegou ao Jordão; Judá foi a Gigal, para encontrar-se com o rei, a fim de fazê-lo passar o Jordão. 

Simei encontra-se com Davi

16. Apressou-se Simei, filho de Gera, benjamita, que era de Baurim, e desceu com os homens da Judá a encontrar-se com o rei Davi. 17  E com ele mil homens de Benjamim, como também Ziba, servo da casa de Saul, acompanhado de seus quinze filhos, e seu vinte servos, e meteram-se pelo Jordão a vista do rei. 18 e o atravessaram para fazer passa a casa real, e para fazerem o que lhe era agradável. Então Simei, filho de Gera, prostrou-se diante do rei, quando este ia passar o Jordão, 19 e lhe disse: Não me imputes, senhor, a minha culpa, e não te lembres do que tão perversamente fez teu servo, no dia em que o rei meu senhor saiu de Jerusalém; não o conserves, ó rei, em teu coração. 20 Porque eu, teu servo, deveras confesso que pequei; por isso sou o primeiro que de toda a casa de José desci a encontrar-me com o rei meu senhor. 21 Então respondeu Abisai, filho de Zeruia, e disse: Não morreria pois, Simei por isto, havendo amaldiçoado ao ungido do SENHOR? 22 Porém Davi disse: Que tenho eu convosco, filhos de Zeruia, para que hoje me sejais adversários? Morreria alguém hoje em Israel? Pois não sei eu que hoje novamente sou rei sobre Israel? 23 Então disse o rei a Simei: Não morrerás. E lho jurou.

Mefibosete encontra-se com Davi

24 Também  Mefibosete, filho de Saul, desceu a encontrar-se com o rei; não tinha tratado dos pés, nem espontado a barba, nem lavado as veste desde o dia em que o rei saíra até ao dia em que voltou em paz. 25 Tendo ele chegado a Jerusalém a encontrar-se com o rei, este lhe disse: Por que não foste comigo, Mefibosete? 26 Ele respondeu: Ó rei meu senhor, o meu servo me enganou; porque eu, teu servo dizia: Albardarei um jumento, e montarei para ir como rei; pois o teu servo é coxo. 27 Demais disto ele falsamente me acusou a mim, teu servo, diante do rei meu senhor; porém o rei meu senhor é como um anjo de Deus; faze, pois, o que melhor te parecer. 28 Porque toda a casa de meu pai não era senão de homens dignos de morte diante do rei meu senhor; contudo puseste a teu servo entre os que comem a tua mesa; que direito, pois, tenho eu de clamar ao rei? 29 Respondeu-lhe o rei: Por que ainda falas dos teus negócios? Resolvo que repartas com Ziba as terras. 30 Disse Mefibosete ao rei: Fique ele muito embora com tudo, pois já voltou o rei meu senhor em paz a sua casa.

Barzilai encontra-se com Davi

31 Também Barzilai, o gileadita, desceu de Rogelim, e passou com o rei o Jordão, para o acompanhar até a outra banda. 32 Era Barzilai mui velho, da idade de oitenta anos; ele sustentara o rei quando este estava em Maanaim, porque era homem mui rico. 33 Disse o rei a Barzilai: Vem, tu comigo e te sustentarei em Jerusalém. 34 Respondeu Barzilai ao rei: Quantos serão ainda os dias dos anos da minha vida? Não vale a pena subir com o rei a Jerusalém. 35 Oitenta anos tenho hoje; poderia eu discernir entre o bom e o mau? Poderia o teu servo ter gosto no que come e no que bebe? Poderia eu mais ouvir a voz dos cantores e cantoras? E por que há de ser o teu servo ainda pesado ao rei meu senhor? 36 Como o rei irá o teu servo ainda um pouco além do Jordão; por que há de me retribuir o rei com tal recompensa? 37 Deixa voltar o teu sevo, e morrerei na minha cidade, e serei sepultado junto de meu pai e de minha mãe; mas eis aí o teu servo Quimã; passe ele com o rei meu senhor, e faze-lhe o que bem te parece. 38 Respondeu o rei : Quimã passará comigo, e eu lhe farei como for do teu agrado, e tudo quanto desejares de mim eu te farei. 39 Havendo, pois, todo o povo passado o Jordão, e passado também o rei, este beijou a Barzilai, e o abençoou; e ele voltou para sua casa. 40 Dali passou o rei a Gilgal, e Quimã passou com ele; todo o povo de Judá e metade do povo de Israel acompanharam o rei. 41 Eis que todos os homens de Israel vieram ter com o rei, e lhe disseram: Por que te furtaram nossos irmãos, os homens da Judá, e conduziram o rei e a sua casa através do Jordão, e todos os homens da Davi com eles? 42 Então responderam todos os homens de Judá aos homens de Israel: Porque o rei é nosso parente; por que, pois. vos irais por isso? Porventura comemos a custa do rei ou nos deu algum presente? 43 Responderam os homens de Israel aos homens de Judá, e disseram: Dez tantos temos no rei, e mais a nós nos toca Davi do que a vós outros; por que, pois, fizestes pouco caso de nós? Não foi a nossa palavra a primeira para fazer voltar o nosso rei? Porém a palavra dos homens de Judá foi mais dura do que a palavra dos homens de Israel.


 18.1 Contou Davi o povo que tinha consigo, e pôs sobre eles capitães de mil e capitães de cem. 2 Davi enviou o povo, um terço sob o comando de Joabe, outro terço sobe o de Absai, filho de Zeruia,  e irmão de Joabe, e outro terço sob o de Itai, o geteu. Disse o rei ao povo:  Eu também sairei convosco. 3 Respondeu, porém o povo: Não sairás, porque, se formos obrigados a fugir, não se importarão conosco, nem ainda que metade de nós morra, pois tu vales por dez mil de nós. Melhor será que da cidade nos prestes socorro. 4 Tornou-lhes Davi: O que vos agradar, isso farei. Pôs-se o rei ao lado da porta, e todo o povo saiu a centenas e a milhares. 5 Deu ordem o rei a Joabe, a Abisai e a Itai, dizendo: Tratai com brandura o jovem Absalão, por amor de mim. Todo o povo ouviu quando o rei dava a ordem a todos os capitães acerca de Absalão. 6 Saiu, pois, o povo ao campo, a encontrar-se com Israel, e deu-se a batalha no bosque de Efraim. 7 Ali foi o povo de Israel batido diante dos servos de Davi; e naquele mesmo dia houve ali grande derrota com a perda de vinte mil homens. Porque aí se estendeu a batalha por toda aquela região; e o bosque naquele dia consumiu mais gente do que a espada.

A morte de Absalão

9 Indo Absalão montado no seu mulo, encontrou-se com os homens de Davi; entrando o mulo debaixo dos ramos espessos de um carvalho, Absalão, preso nele pela cabeça, ficou pendurado entre o céu e a terra; e o mulo, em que montava, passou adiante. 10  Vendo isto um homem, fez saber a Joabe, e disse: Vi a Absalão pendurado dum carvalho. 11 Então disse Joabe ao homem que lho fizera saber: Viste-o! Por que logo não o feriste ali, derrubando-o por terra? E forçoso me seria dar-te dez moedas de prata e um cinto. 12 Disse, porém, o homem a Joabe: Ainda que me pesassem nas mãos mil moedas de prata, não estenderia a minha mão contra o filho do rei, pois bem ouvimos que o rei te deu ordem a ti, a Abisai e a Itai, dizendo: Guardai-me o jovem Absalão. 13 Se eu tivesse procedido traiçoeiramente contra vida dele, nada disso se esconderia ao rei, e tu mesmo te oporias. 14 Então disse Joabe: Não devo perder tempo assim contigo. Tomou três dardos, e traspassou com eles o coração de Absalão, estando ele ainda vivo no meio do carvalho.15 Cercaram-no dez jovens, que levavam as armas de Joabe, e feriram a Absalão, e o mataram. 16 Então tocou Joabe a trombeta, e o povo voltou de perseguir a Israel, porque Joabe deteve o povo.  17 Levaram Absalão, e o lançaram no bosque, numa grande cova, e levantaram sobre ele mui grande montão de pedras; todo o Israel fugiu, cada um pra a sua casa. 18 Ora Absalão, quando ainda vivia, levantara para si uma coluna, que está no vale do rei, porque dizia: Filho nenhum tenho para conservar a memória do meu nome; e deu o seu próprio nome a coluna; pelo que até hoje se chama Monumento de Absalão.

Davi chora amargamente a morte de Absalão

19 Então disse Aimaás, filho de Zadoque: Deixa-me correr, e dar notícia ao rei de que já o SENHOR o vingou do  poder de seus inimigos. 20 Mas Joabe lhe disse: Tu não serás hoje o portador de novas, porém outro dia o serás; hoje não darás a nova, porque é morto o filho do rei. 21 Disse Joabe ao cusita: Vai tu, e dize ao rei o que viste. Inclinou-se a Joabe, e correu. 22 Prosseguiu Aimaás, filho de Zadoque, e disse a Joabe: Seja o que for, deixa-me também correr apos o cusita. Disse Joabe: Para que agora correrias tu, meu filho, pois não terás recompensa das novas? 23 Seja o que for, tornou Aimaás, correrei. Então Joabe lhe disse: Corre. Aimaás correu pelo caminho da planície, e passou  o cusita. 24 Davi estava assentado entre as duas portas da entras; subiu a sentinela ao terraço da porta sobre o muro, e, levantando os olhos, viu que um homem chegava correndo só. 25 Gritou, pois, a sentinela, e o disse ao rei. O rei respondeu: Se vem só, traz boas notícias. E vinha andando e chegando. 26 Viu a sentinela outro homem que corria; então gritou para a porta, e disse: Eis que vem outro homem correndo só. Então disse o rei: Também este traz boas novas. 27 Disse mais a sentinela: Vejo o correr do primeiro, parece ser o correr de Aimaás, filho de Zadoque. Então disse o rei: este homem é de bem, e trará boas novas. 28 Gritou Aimaás e disse ao rei: Paz. Inclinou-se ao rei com o rosto em terra, e disse: Bendito seja o SENHOR teu Deus, que nos entregou os homens que levantaram a mão contra o rei meu senhor. 29 Então perguntou o rei: Vai bem o jovem Absalão? Respondeu Aimaás: Vi um grande alvoroço, quando Joabe mandou o teu servo, ó rei, porém não sei o que era. 30 Disse o rei: Põe-te ao lado e espera aqui. Ele se pôs e esperou. 31 Chegou o cusita e disse: Boas novas ao rei meu senhor. Hoje o SENHOR te vingou do poder de todos os que se levantaram contra ti. 32 Então disse o rei ao cusita: Vai bem o jovem Absalão? Respondeu o cusita: Sejam como aquele os inimigos do rei meu senhor, e todos os que se levantam contra ti para o mal. 33 Então o rei, profundamente comovido, subiu a sala que estava por cima da porta, e chorou; e andando, dizia: Meu filho Absalão, meu filho, meu filho Absalão! Quem me dera que eu morrera por ti, Absalão, meu filho, meu filho!