
Eu mandava no dinheiro, ou melhor administrava para que tudo desse certo. Lembro-me quando você tirou seu PIS e eu notei que faltava mais da metade. Briguei tanto com você, queria saber com que havia gasto tanto dinheiro e depois de uma briga tão grande você mandou buscar na casa de Benedita o restante. Chegando lá estava um pacotinho quando abri para ver o que era. Nossa! era uma caixinha de música que ainda hoje guardo comigo foi horrível a maneira como ganhei mesmo assim ainda a tenho. As brigas continuaram, até que você arranjou algo para me ocupar. Começamos a fabricar garrafinhas. Você comprou um frízer, caixas de isopor e essências. O geladinho ia de vento em poupa. O trabalho agora era dobrado. Você não queria me ajudar. Chegamos até a ir vender na praia. Enquanto eu saía com aquele isopor nas costas vendendo a um e a outro você ficava sentado esperando que eu terminasse de vender tudo e voltarmos para casa. Um dia eu fiquei nervosa porque você não queria me ajudar e a guerra começou. Garrafinha para um lado e para outro foi aquela bagunça e aí começou o bate boca e pancadarias. Tudo destruído dentro de segundos. Ficamos intrigados,
você vendou tudo. Minha paz acabou. Ô sofrimento e lamentação. Continuamos vivendo e seu enteado sempre presenciando tudo, acompanhando passo a passo toda aquela trajetória. Um dia um acidente. Minha irmã tentou suicídio e veio morar conosco. Você começou a trabalhar dobrado. Sozinho para dar de comer a seis pessoas. Meu cunhado só queria beber, eu vendo você se matando e ele de braços cruzados comecei a falar que estava errado aquilo. Você falou que eu tivesse cuidado com minha irmã porque ela estava dando em cima de você, naquele desespero, aí resolvi procurar saber se meu cunhado havia recebido a indenização e tinha dado uma de doido não colaborando com as despesas de casa nem se quer com o pão para seus próprios filhos. Quando cheguei em casa para contar toda verdade já passava das 22:00min porque eu havia ido a Ouro Preto na casa de minha irmã para saber as novidades. Chovia muito cheguei toda molhada e lhe contei tudo. Foi aí que passei por mentirosa porque meu cunhado disse que era mentira e você acreditou nele chegou até a me agredir e me expulsar de casa mais uma vez. Não saí porque não tinha para onde ir. Quanto sofrimento e eu perguntava até quando teria que suportar. Tudo que eu fazia era para seu próprio bem porque ti amava e não queria ver você se matando de trabalhar para sustentar um vagabundo. Você não me entendia e não via que tudo aquilo era para seu próprio bem. Chorei me lamentei e você com sua criancice muito menino não ouvia meus conselhos pensava que eu queria mandar em você. Até que você abriu os olhos e alugou uma casa e eles foram embora. Para minha felicidade as portas do céu se abriram e você comprou nossa primeira casa.
Mudamos e a felicidade foi dobrada agora estávamos morando no que era nosso. Daí você comprou a outra casa vizinha, ficamos com duas e depois da sua viagem a Petrolina tomei conhecimento que a outra casa alugada em Casa Amarela estava morando três homens e o aluguel estava sendo pago por você para eles morarem. Morri de ciúmes, cega, louca de raiva fui até lá e confirmei, e deduzi que eles tinha uma irmã e você estava de olho nela daí estava se sujeitando a pagar 80.000,00 de aluguel para o pessoal. Dei 24 horas para eles desocuparem a casa, rodei a baiana mesmo, e vim embora. Quando você chegou de Petrolina no lugar de vir direto para casa foi para casa deles e lá tomou conhecimento do dos fatos. Chegou em casa e eu fiz uma festa e você ficou de cara feia e quando pagou o táxi que ele foi embora o pau rolou. Você queria que eu fosse pedir desculpas me obrigando a me humilhar, eu fizesse uma coisa que era impossível, pedir desculpas, isso eu não poderia fazer e mais uma vez fui agredida, você juntou sua roupa falando que ia me deixar já que eu me negava a sair de dentro de casa. Deus eu ia viver de que? A venda que tínhamos o movimento era muito fraco, pedi que você não fosse mesmo
e mesmo assim você juntou suas roupas sem dizer nada jogou dentro do carro e partiu, eu não acreditava que você ia, mas você se foi. Já passava das 23:00horas quando isso aconteceu. Quanta palhaçada. Quando você chegou em frente ao posto policial tinha um quebra mola e você diminuiu a velocidade e eu gritei: Volte por favor, não vá embora eu ti amo estou aqui de joelhos no meio da rua implorando que não vá. Você parou o carro e voltou, mas me prometeu que não ia agora, mas sim no dia seguinte.
Continua a parte IV.
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