Conversei
com você e lhe convenci a não ir. Os dias se passaram montamos uma firma de enrolar
motores de ventilador, máquinas etc. Aí foi sofrimento dobrado, as humilhações
eram na frente dos funcionários, suas amizades era com funcionários safados,
chegava em casa tarde e eu sofrendo passando noites e noites acordada esperando
você chegar e a desculpa era sempre a mesma que o carro quebrou, fui fazer um
serviço e não deu certo sempre desculpas esfarrapadas que me dava. Sofri o pão que o diabo amassou. Um dia a sirigaita da secretária me matou do
coração parecia que ela era sua esposa, morri de ciúme neste dia a briga foi
feia que até a máquina da datilografia você a estourou no chão e me humilhou
mais uma vez na frente de todos os funcionários. Chorei e voltei pra casa
prometi nunca mais ir para a firma. Você com raiva de mim que só fazia atrapalhar
sua vida talvez arrependido de ter se casado novo quisesse levar uma vida de
solteiro resolveu mais uma vez me deixar.

Eu esperta arranjei um emprego e
quando você saía para a firma eu saía também. Estava trabalhando escondido
porque era só um expediente e você nem notava até que na quinta-feira o horário
era integral e você descobriu e mais uma vez a roupa foi junta numa mala para
ir embora me deixando abandonada só no mundo, mas aí eu tinha meu emprego e
dava pra me virar.

Chorei mais uma vez quase que enlouqueço, fui atrás de você e você falou que só
voltava se eu deixasse de trabalhar. Era impossível. Ficar sem trabalhar era
realmente impossível. Dois dias depois meu compadre esteve em casa daí resolvi
procurar você. Chorei implorei e terminei convencendo a voltar para mim. Fazia
tudo àquilo porque ti amava. Naquela época eu tinha minha casa, meu emprego,
podia ter partido pra outra, poderia ter deixado você, mas o meu amor era
dobrado, eu era perdidamente apaixonada por você. Ainda bem, você dentro de casa
eu trabalhando, não era feliz porque as brigas se repetiam constantemente. Um
dia chegou a noticia do fechamento da firma. Aí sim foi pior porque nessas
alturas só tínhamos uma Brasília e o resto dos carros não existiam mais.
Acabou-se tudo e fiquei enfrentando a barra sozinha mais isso não me
incomodava. Foi aí que você pediu um carro do vizinho emprestado e bateu onde
tivemos que vender uma casa para pagar o prejuízo. Naquela época o valor da casa era 40.000,00 mil e foi vendida por 17.000,00 daí
pagamos 15.000,00 do carro e 2.000,00 comprei de toalhas e lençóis para dentro de
casa. Você agora estava pior que os outros anos. Brabo, ignorante sem mais nem
por que brigava comigo, já não me batia mais, lembro-me uma vez que você não me
deixou entrar em casa, eu revoltada peguei o portão de ferro e não sei onde
encontrei tanta força que o parti ao meio e entrei.

Os dias se passando e você sem conseguir um emprego, porém a culpa não era sua
tudo aquilo fazia parte das macumbas que você havia feito no passado e que agora estaria pagando um preço caro e dobrado, por isso eu não fazia tanta questão de
botar tudo dentro de casa afinal você havia me sustentado tantos anos e por que
agora eu iria achar ruim?Até que um dia as portas do céu se abriram e Deus
mandou bênçãos. Foram oito meses de sufoco você agora estava livre para o
trabalho. Viajou a Petrolina e quando voltou já veio de carro e muito dinheiro.
Estávamos bem. Pra completar arranjei um trabalho pra você onde aí juntou com o
resto e resolvemos comprar uma casa em João Pessoa sem mesmo precisar vender a outra
porque você queria de todo jeito vender a casa e ir pra longe e eu segurei a
barra.
Continua a parte V
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