LER E OUVIR HISTÓRIAS FORTALECE A MENTE E O CORAÇÃO


A circuncisão dos filhos de Israel

5.1 Sucedeu que, ouvindo todos os reis dos amorreus, que habitavam desta banda do Jordão, ao ocidente, e todos os reis dos cananeus, que estavam ao pé do mar, que o SENHOR tinha secado as águas do Jordão de diante dos filhos de Israel, até que passamos, desmaiou-se-lhe o coração e não houve mais  alento neles, por causa dos filhos de Israel. 2 Nesse tempo disse o SENHOR a Josué: Faze facas de pederneira e passa de novo a circuncidar os filhos de Israel.3 Então Josué fez para si facas de pederneira, e circuncidou os filhos de Israel em Gibeate-Aralote.4 Foi esta a razão por que Josué os circuncidou:  todo o povo que tinha saído do Egito, os homens, todos os homens de guerra, eram já mortos no deserto, pelo caminho. 5 Porque todo o povo que saíra estava circuncidado,  mas a nem um deles que nascera no deserto, pelo caminho, depois de terem saído do Egito, haviam circuncidado. 6 Porque quarenta anos andaram os filhos de Israel pelo deserto, até se acabar toda a gente dos homens de guerra, que saíram do Egito, que obedeceram a voz do SENHOR, aos quais o  SENHOR  tinha jurado que lhes não havia de deixar ver a terra que o SENHOR sob juramento prometeu dar a seus pais; terra que mana leite e mel. 7 Porem em seu lugar pôs a seus filhos; a estes Josué circuncidou; porquanto estavam incircuncisos, porque os não circuncidaram no caminho. 8 Tenho sido circuncidada todas a nação ficaram no seu lugar no arraial, até que sararam. 9 Disse mais o SENHOR a Josué: Hoje resolvi de sobre vós o opróbrio de Egito? pelo que o nome daquele lugar se chamou Gilgal, até o dia de hoje.

Celebra-se a páscoa

10 Estando, pois, os  filhos de Israel acampados em Gilgal, celebraram a páscoa no dia catorze do mês, a tarde nas campinas de Jericó. 11 Comeram do fruto da terra, no dia seguinte a páscoa; pães asmos e grãos tostados comeram nesse mesmo dia.  12 No dia imediato, depois que comeram do produto da terra, cessou o maná, e não o tiveram mais os filhos de Israel. mas nesse ano comeram das novidades da terra de Canaã.

Deus aparece a Josué

13 Estando Josué ao pé de Jericó, levantou os olhos, e olhou: eis que se achava em pé diante dele um homem que trazia na mão uma espada nua; chegou-se Josué a ele, e disse-lhe: És tu dos nossos, ou dos nossos adversários? 14 Respondeu ele: Não; sou príncipe do exército do SENHOR, e acabo de chegar. Então Josué se prostrou sobre o seu rosto na terra, e o adorou, e disse-lhe: Que diz meu senhor ao seu servo? 15 Respondeu o príncipe do exército do SENHOR  JOSUÉ: Descalça as sandálias de teus pés, porque o lugar em que estás é santo. E fez Josué assim.


 As doze pedras tiradas do meio do Jordão

4.1 Tendo, pois, todo o povo passado o Jordão falou o Senhor a Josué, dizendo: 2 Tomai do povo doze homens, um de cada tribo, 3 e ordenai-lhes dizendo: Daqui do meio do Jordão, do lugar onde, parados, pousaram os sacerdotes os pés, tomai doze pedras; e levai-as convosco e depositai-as no alojamento em que haveis de passar esta noite. 4 Chamou, pois, Josué os dozes homens, que escolhera dos filhos de Israel: 5 um de cada tribo, e disse-lhes: Passai adiante da arca do SENHOR vosso Deus, ao meio do Jordão; e cada um levante sobre o ombro uma pedra, segundo o número das tribos dos filhos de Israel; 6 para que isto seja por sinal entre vós; e quando vossos filhos no futuro perguntarem, dizendo: Que vos significam estas pedras? 7 Então lhes direis que as águas do Jordão, foram cortadas diante da arca da aliança do SENHOR; em passando ela foram as águas do Jordão cortadas. Estas pedras serão para sempre por memorial aos filhos de Israel. 8 Fizeram, pois, os filhos de Israel como Josué ordenara, e levantaram doze pedras do meio do Jordão como o SENHOR havia dito a Josué, segundo o número das tribos dos filhos de Israel: e levaram-nas consigo ao alojamento, e as depositaram ali. 9 Levantou Josué doze pedras no meio do Jordão, no lugar em que parados, pousaram os pés os sacerdotes que levavam a arca da aliança; e ali estão até ao dia de hoje. 10 Porque os sacerdotes que levavam a arca  haviam parado no meio do Jordão em pé, até que se cumpriu tudo quanto o SENHOR, por intermédio de Moisés, ordenara a Josué falasse ao povo; e o povo se apressou, e passou.11 Tendo passado todo o povo, então passou a arca do SENHOR,  e os sacerdotes, a vista de todo o povo. 12 Passaram os filho de Ruben, e os filhos de Gade, e a meia tribo de Manassés, armados na frente dos filhos de Israel, como Moisés lhes tinha dito;13 uns quarenta mil homens de guerra armados passaram diante do SENHOR para a batalha, as campinas de Jericó. 14 Naquele dia o Senhor engrandeceu a Josué na presença de todo o Israel: e respeitaram-no todos os dias da sua vida, como haviam respeitado a Moisés. 15 Disse, pois, o SENHOR a Josué: 16 Dá ordem aos sacerdotes que subam do Jordão. 17 Então ordenou Josué aos sacerdotes, dizendo: subi do Jordão. 18 Ao subirem do meio do Jordão os sacerdotes, que levavam a da aliança do SENHOR, e assim que as plantas dos seus pés  se puseram  na terra seca, as águas do Jordão se tornaram ao seu lugar, e corriam, como dantes sobre todas as suas ribanceiras. 19 Subiu, pois, do Jordão o povo no dia dez do primeiro mês;  e acamparam-se em Gigal, da banda oriental de Jericó.20 As doze pedras, que tiraram do Jordão, levantou-as Josué em coluna em Gilgal. 21 E disse aos filhos de Israel: Quando no futuro vossos filhos perguntarem a seus pais, dizendo: Que significam estas pedras? 22 Fareis saber a vossos filhos, dizendo: Israel passou em seco este Jordão. 23 Porque o SENHOR vosso Deus fez secar as águas do Jordão diante de vós, até que passásseis, como o SENHOR vosso Deus fez ao Mar Vermelho, ao qual secou perante nós, até que passamos. 24 Para que todos os povos da terra conheçam que a mão do SENHOR é forte; a fim de que temais ao SENHOR  vosso Deus todos os dias


 A passagem do Jordão

3.1 Levantou-se, pois, Josué de madrugada, e, tendo ele e todos os filhos de Israel partido de Sitim, vieram até ao Jordão e pousaram ali antes que passassem. 2 Sucedeu, ao fim de três dias, que os oficiais passaram pelos meio do arraial, 3 e ordenaram ao povo, dizendo; Quando virdes a arca da aliança do SENHOR  vosso Deus, e que os levitas sacerdotes a levam, partireis vós também do vosso lugar, e a seguireis. 4 Contudo haja a distância de cerca de dois mil côvados entre vós e ela. Não vos chegueis a ela, para que conheçais o caminho pelo qual haveis de ir; visto que por tal caminho nunca passastes antes. 5 Disse Josué ao povo: Santificai-vos, porque amanhã o SENHOR fará maravilhas no meio de vós. 6 E também falou aos sacerdote, dizendo: Levantai a arca da aliança, e passai adiante do povo. Levantaram, pois, a arca da aliança e foram andando adiante do povo. 7 Então disse o SENHOR  a Josué: Hoje começarei a engrandecer-te perante os olhos de todo o Israel, para que saibam que, como fui com Moisés, assim serei contigo. 8 Tu, pois, ordenarás aos sacerdotes que levam a arca da aliança, dizendo: Ao  chegardes a borda das águas do Jordão, pararei aí. 9 Então disse Josué: Nisto conhecereis que o Deus vivo está no meio de vós, e que de todo lançará de diante de vós os cananeus, os heteus, os heveus, os fereseus, os girgaseus, os amorreus, e os jebuseus. 11 Eis que a arca da aliança do SENHOR de toda a terra passa o Jordão diante de vós. 12 Tomai, pois, agora, doze homens das tribos de Israel, um de cada tribo; 13 porque há de  acontecer que, assim que as plantas dos pés dos sacerdotes que levam a arca do SENHOR, o Senhor de toda a terra, pousem nas águas do Jordão, serão elas cortadas, a saber, as  que vem de cima e se amontoarão. 14 Tendo partido o povo das suas tendas, para passar o Jordão, levando os sacerdotes a arca da aliança diante do povo;15 e quando os que levavam a arca chegaram até ao Jordão e os seus pés se olharam na borda das águas (porque o Jordão transbordava sobre todas as suas ribanceiras, todos os dias da sega).16 pararam-se as águas, que vinham de cima; levantaram-se num montão, muito longe da cidade Adã que fica ao lado de Sartã; e as que desciam ao mar da Aratá, que é o Mar Salgado, foram de todo cortadas; então passou o povo defronte de Jericó. 17 Porém os sacerdotes que levavam a arca da aliança do SENHOR, pararam firmes no meio do Jordão, e todo o Israel passou a pé enxuto, atravessando o Jordão.
                                               


 Espias a Jericó. Raabe

2.1 De Sitim enviou Josué, filho de Num, dois homens, secretamente, como espias, dizendo: andai, e observai a terra e a Jericó. Foram, pois, e entraram na casa duma mulher, prostituta, cujo nome era Raabe, e pousaram ali. 2 Então se deu notícia ao rei de Jericó, dizendo: Eis que esta noite vieram aqui uns homens dos filhos de Israel para espiar a terra. 3 Mandou, pois, o rei de Jericó dizer a Raabe: Faze sair os homens que vieram a ti e entraram na tua casa, porque vieram espiar toda a terra.4 A mulher, porém havia tomado e escondido os dois homens; e disse: É verdade que os homens vieram a mim, porém eu não sabia donde eram. 5 Havendo-se de fechar a porta, sendo já escuro, eles saíram; não sei para onde se foram: ide após eles depressa, porque os alcançareis. 6 Ela, porém, os fizera subir ao eirado, e os escondera entre as canas de linho, que haviam disposto em ordem no eirado. 7 Foram-se  aqueles homens após os espias pelo caminho que dá aos vaus do Jordão: e, havendo saído os que iam após eles, fechou-se a porta. 8 Antes que os espias se deitassem, foi ela ter com eles ao eirado, 9 e lhes disse: Bem sei que o SENHOR vos deu esta terra, e que o pavor que infundis caiu sobre sós, e que todos os moradores da terra estão desmaiados. 10 Porque temos ouvido que o SENHOR secou  as águas do Mar Vermelho diante de vós, quando saíres do Egito; e também o que fizestes aos dois reis dos amorreus, a Seom e a Ogue, que  estavam além do Jordão, os quais destruístes. 11 Ouvindo isto, desmaiou-nos o coração, e em ninguém mais há ânimo algum, por causa da vossa presença; porque o SENHOR  vosso Deus é Deus em cima nos céus e em baixo na terra. 12 Agora, pois, jurai-me, vos peço, pelo SENHOR que assim como usei de misericórdia para convosco, também dela usei para com a casa de meu pai; e que me dareis um sinal certo, 13 de  que conservareis a vida a meu pai e a minha mãe, como também a meus irmãos e a minhas irmãs, com tudo o que tem, e de que livrareis as nossas vidas da morte. 14 Então lhe disseram os homens: A nossa vida responderá pela vossa se não denunciardes esta nossa missão;  e,  será , pois, que, dando-nos o SENHOR  esta terra, usaremos contigo de misericórdia e de fidelidade. 15 Ela  então os fez descer por uma corda pela janela, porque a casa em que residia estava sobre o muro da cidade. 16 E disse-lhes: Ide-vos ao monte, para que porventura, vos não encontrem os  perseguidores; escondei-vos lá três dias, até que eles voltem; e depois tomarei o vosso caminho. 17 Disseram-lhe os homens: Desobrigados seremos deste teu juramento que nos fizeste jurar, 18 se, vindo nós a terra, não atares este cordão de fio de escarlata a janela por onde nos fizeste descer; e não recolheres em casa contigo a teu pai, e a tua mãe, e a teus irmãos e a toda a família de teu pai.19 Qualquer que sair para fora da porta da tua casa o seu sangue lhe cairá sobre a cabeça, e nós seremos inocentes; mas o sangue de qualquer que estiver contigo em casa, caia sobre a nossa cabeça, se alguém nele puser mão. 20 Também, se tu denunciares esta nossa missão seremos desobrigados do teu juramento que nos fizeste jurar. 21 E ela disse: Segundo as vossas palavras, assim seja. Então os despediu; e eles se foram; e ela atou o cordão de escarlata a janela. 22 Foram-se, pois, e chegaram  ao monte, e ali ficaram três dias, até que voltaram os perseguidores; porque os perseguidores os procuraram por todo o caminho, porém não os acharam.23 Assim os dois homens voltaram, desceram do monte, passaram, e vieram a Josué, filho de Num, e lhe contaram tudo quanto lhes acontecera; 24 e disseram a Josué: Certamente o SENHOR nos deu toda esta terra nas nossas mãos, e todos os seus moradores estão desmaiados diante de nós.


 Deus fala a Josué e anima-o

1.1Sucedeu depois da morte de Moises, servo do SENHOR, que este falou a Josué, filho de Num, servidor de Moises dizendo:2 Moises, meu servo, é morto; dispõe-te agora, passa este Jordão, tu e todo este povo, a terra que eu dou aos filhos de Israel. 3 Todo lugar que pisar a planta do vosso pé vô-lo tenho dado,  como eu prometi a Moisés. 4 Desde o deserto e do Líbano, até ao grande rio, o rio Eufrates, toda a terra dos heteus, e até ao Grande Mar para o poente do sol, será o vosso termo. 5 Ninguém te poderá resistir todos os dias da tua vida; como fui com Moises, assim serei contigo, não te deixarei nem te desampararei.6 Sê forte e corajoso, porque tu farás a este povo herdar a terra que, sob juramento, prometi dar a seus pais. 7 Tão somente sê forte e mui corajoso para teres o cuidado de fazer segundo toda a lei que meu servo Moisés te ordenou; dela não te  desvies, nem para a direita nem para a esquerda, para que sejas bem sucedido por onde quer que  andares.8 Não cesses de falar deste livro da lei; antes medita nele dia e noite, para que tenhas cuidado de fazer segundo a tudo quanto nele está escrito; então farás prosperar o teu caminho e serás bem sucedido. 9 Não to mandei eu? Se forte e corajoso; não temas, nem  te espantes, porque o SENHOR  teu Deus é contigo, por onde quer que andares.

Preparação para atravessar a Canaã

10 Então deu ordem Josué aos príncipes do povo, dizendo: 11 Passai pelo meio do arraial, e ordenai ao povo, dizendo: Provede-vos de comida, porque dentro de três dias passareis este Jordão, para que entreis a terra vos dá o SENHOR  vosso Deus, para a possuirdes. 12 Falou Josué aos rubenitas, e aos gaditas, e a meio tribo de Manassés, dizendo:13 Lembrai-vos do que vos ordenou Moisés, servo do SENHOR,  dizendo: O SENHOR  vosso Deus vos concede descanso, e vos dá esta terra.14 Vossas mulheres, vossos meninos e vosso gado fiquem na terra que Moisés vos deu desta banda do Jordão; porém vós passareis armados na frente de vossos irmãos, todos os valentes, e os ajudareis; 15 até que o SENHOR conceda descanso a vossos irmãos, como a vós outros, e eles também tomem posse da terra que o SENHOR  vosso Deus lhes dá; então tornareis a terra da vossa herança, e possuíreis a que vos deu Moisés, servo do SENHOR, desta banda do Jordão, para  nascente do sol. 16 Então responderam a Josué, dizendo: Tudo quanto nos ordenaste faremos, e aonde quer que nos enviares iremos. 17 como em tudo obedecemos a Moisés, assim obedeceremos a ti: tão somente seja o  SENHOR teu Deus contigo, como foi com Moisés. 18 Todo homem que se rebelar contra as tuas ordens e não obedecer as tuas palavras em tudo quanto lhe ordenares, será morto: tão somente sê forte e corajoso.



A confissão de Jó


 42.1 Então respondeu Jó ao Senhor: 2 Bem sei que tudo podes, e nenhum dos teus planos pode ser frustrado. 3 Quem é aquele, como disseste, que sem conhecimento encobre o conselho? 3 Quem é aquele, como disseste, que sem conhecimento encobre o conselho?  Na verdade falei do que não entendia; cousas maravilhosas demais para mim, cousas que eu não conhecia. 4 Escuta-me, pois, havias dito, eu falarei; eu te perguntarei, e tu me ensinarás. 5 Eu te conhecia só de ouvir, mas agora os meus olhos te veem. 6 Por isso me abomino, e me arrependo no pó e na cinza.


Deus repreende os três amigos de Jó


7 Tendo o Senhor falado estas palavras a Jó, disse também a Elifaz, o temanita:  A minha ira se acendeu contra ti, e contra os teus dois amigos; porque não dissestes de mim o que era reto, como o meu servo Jó. 8 Tomai, pois, sete novilhos e sete carneiros, e ide ao meu servo Jó, e oferecei holocaustos por vós. O meu servo Jó orará por vós;  porque dele aceitarei a intercessão, para que eu não vos trate segundo a vossa loucura; porque vós não falastes de mim  que era reto, como o meu servo Jó. 9 Então foram Elifaz, o temanita, e Bildade, o suíta, e Zofar, o naamatita, fizeram como o Senhor lhes ordenara; e o Senhor aceito a oração de Jó.


Deus restaura a prosperidade de Jó


10 Mudou o SENHOR a sorte de Jó, quando este orava pelos seus amigos; e deu-lhe o dobro de tudo o que antes possuíra. 11 Então vieram a ele todos os seus irmãos, e todas as suas irmãs, e todos quantos dantes o conheceram e comeram com ele em sua casa, e se condoeram dele, e o consolaram de todo o mal que o SENHOR lhe havia enviado; cada um lhes deu dinheiro e um anel de ouro. 12 Assim abençoou o SENHOR  o último estado de Jó mais do que o primeiro; porque veio a ter catorze mil ovelhas, sei mil camelos, mil juntas de bois e mil jumentas. 13 Também teve outros sete filhos três filhas. 14 Chamou o nome da primeira Jemima, o da outra Querzia, e o da terceira Quérem-Hapuque. 15 Em toda aquela terra não se acharam mulheres tão formosas como as filhas de Jó; e seu pai lhes deu herança entre seus irmãos.16 Depois disto viveu Jó cento e quarenta anos; e viu a seu filhos e aos filhos de seus filhos, até a quarta geração. 17 Então morreu Jó, velho e farto de dias.


Aqui termina a história de Jó, o homem que nunca desprezou ou condenou Deus por ultrapassar tantos momentos infelizes, tudo lhe foi tirado pelo diabo e sempre firme com Deus. Deus me deu Deus tomou e assim passou pela prova e no final teve sua recompensa. As vezes pensamos que Deus está nos castigando, Deus não castiga seus filhos o diabo é quem nos faz pensar que nossas provas vem de Deus.


                               FIM




 41.1. Podes tu, com anzol, apanhar o crocodilo, ou lhe travar a língua com uma corda? 2 Podes meter-lhe no nariz uma vara de junco? ou furar-lhe as bochechas com um gancho? 3 Acaso te fará muitas súplicas? ou te falará palavras brandas? 4 Fará ele acordo contigo? ou tomá-lo-ás por servo para sempre? 5 Brincarás com ele, como se fora um passarinho? ou tê-lo-ás preso a correia para as tuas meninas? 6 Acaso os teus sócios negociam com ele? ou o repartirão entre os mercadores?  7 Encher-lhe-ás a pele de arpões? ou a cabeça de farpas? 8 Põe a tua mão sobre ele, lembra-te da peleja, e nunca mais o intentarás. 9 eis que a gente se engana em sua esperança; acaso não será o homem derribado só em vê-lo? 10 Ninguém há tão ousado que se atreva a despertá-lo. Quem é, pois,  aquele que pode erguer-se diante de mim? 11 Quem  primeiro me deu a mim, para que eu haja de retribuir-lhe? Pois o que está debaixo de todos os céus é meu. 12 Não me calarei a respeito dos seus membros, nem da sua grande força, nem da graça da sua compostura.13 Quem lhe abrirá as vestes do seu dorso? ou lhe penetrará a couraça dobrada? 14 Quem abriria as portas do seu rosto? Pois em roda dos seus dentes está o terror. 15 A fileiras de suas escamas são o seu orgulho, cada uma bem encostada como por um selo que as ajusta. 16 A tal ponto uma se chega a outra que entre elas não entra nem o ar. 17 Umas as outras se ligam, aderem entre sí, e não se podem separar. 18 cada um dos seus espirros faz resplandecer luz, e os seus olhos são como as pestanas da alva. 19 Da sua boca saem tochas; faíscas de fogos saltam dela. 20 Das suas narinas procede fumo, como duma panela fervente, ou de juncos que ardem. 21 O seu hálito faz incender os carvões; e da sua boca sai chama. 22 No seu pescoço reside a força; e diante dele salta o desespero. 23 suas partes carnudas são bem pegadas entre si; todas fundidas nele, e imóveis. 24 O seu coração é firme como uma pedra, firme como a mó de baixo. 25 Levantando-se ele, tremem os valentes; quando irrompe ficam como que fora de si. 26 Se o golpe de espada o alcança de nada vale, nem de lança de dardo ou de flecha. 27 Para ele o ferro é palha, e o cobre pau podre. 28 A seta o não faz fugir;  as pedras das fundas se lhe tornam em restolho. 29 Os cacetes atirados são para ele como palha, e ri-se do brandir da lança. 30 Debaixo no ventre há escamas pontiagudas; arrasta-se sobre a lama, como um instrumento de debulhar. 31 As profundezas faz ferver, como uma panela; torna o mar como caldeira de unguento. 32 Após si deixa  um sulco luminoso; o abismo parece ter-se encanecido, 33 Na terra não tem ele igual, pois foi feito para nunca ter medo. 34 Ele olha com desprezo tudo o que é alto; é rei sobre todos os animais orgulhosos.


 40.1 Disse mais o Senhor a Jó: 2 Acaso quem usa de censuras contenderá com o Todo-poderoso? Quem assim argui a Deus que responda.

A resposta humilde de Jó

3 Então Jó respondeu ao Senhor, e disse: 4 Sou indigno; que te responderia eu? Ponho a mão na minha boca. 5 Uma vez falei, e não replicarei, aliás, duas vezes, porém não prosseguirei.

As manifestações do poder de Deus

6 Então o Senhor do meio de um redemoinho, respondeu a Jó: 7 cinge agora os teus lombos como homem; eu te perguntarei, e tu me responderás. 8 acaso anularás tu, de fato, e meu juízo? Ou me condenarás, para te justificares? 9 Ou tens braço como Deus, ou podes trovejar com a voz como ele faz? 10 Orna-te, pois, de excelência e grandeza, veste-te de majestade e de glória. 11 Derrama as torrentes da tua ira, e atenta para todo soberbo, e abale-o. 12 Olha para todo soberbo, e humilha-o, calca aos pés os perversos no seu lugar. 13 Cobre-os juntamente no pó, encerra-lhe o rosto no sepulcro. 14 Então também eu confessarei a teu respeito que a tua mão direita te dá vitória. 15 Contempla agora o hipopótamo, que eu criei contigo, que come a era como o boi. 16 Sua força está nos seus lombos, e o seu poder nos músculos do seu ventre. 17 Endurece a sua cauda como cedro; os tendões das suas coxas estão entretecidos. 18 Os seus ossos são como todos de bronze, e seu arcabouço como barras de ferro. 19 Ele é obra-prima dos feitos de Deus; o que o fez o proveu de espada. 20 Em verdade os montes lhe produzem pasto, onde todos os animais do campo folgam. 21 Deita-se debaixo dos lotos, no esconderijo dos canaviais e da lama. 22 Os lotos o cobrem com sua sombra; os salgueiros do ribeiro o cercam. 23 Se um rio transborda, ele não se apressa; fica tranquilo ainda que o Jordão se levante até a sua boca. 24 Acaso pode alguém apanhá-lo, quando ele está olhando?


n

 39.1 Sabes tu o tempo em que as cabras monteses tem os filhos, ou cuidaste das corças quando dão suas crias? 2 Podes contar os meses que cumprem? Ou sabes o tempo do seu parto? 3 Elas encurvam-se, para terem seus filhos, e lançam de si as suas dores. 4 Seus filhos se tornam robustos, crescem no campo aberto, saem, e nunca mais tornam para elas. 5 Quem despediu livre o jumento selvagem, e quem soltou as prisões ao asno velos, 6 Ao qual dei o ermo por casa, e a terra salgada por moradas? 7 Ri-se do tumulto da cidade, não ouve os muitos gritos do arreeiro. 8 Os montes são o lugar do seu pasto, e anda a procura de tudo o que está verde. 9 Acaso quer o boi selvagem servir-te? Ou passará ele a noite junto da tua manjedoura? 10 Porventura podes prendê-lo ao sulco com cordas? Ou gradará ele os vales após ti? 11 Confiarás nele, por ser grande a sua força, ou deixarás a seu cuidado o teu trabalho? 12 Farás dele que te traga para a casa o que semeaste e o recolha na tua eira? 13 A avestruz  bate alegre as asas; acaso, porém, tem asas e penas de bondade? 14 Ela deixa os seus ovos na terra, e os aquenta no pó, 15 E se esquece de que algum pé os pode esmagar, ou de que podem pisá-los os animais do campo. 16 Trata com dureza os seus filhos, como se não fossem seus; embora seja em vão o seu trabalho, ela está tranquila,  17 Porque Deus lhe negou sabedoria, e não lhe deu entendimento; 18 Mas quando de um salto se levanta para correr, ri-se do cavalo e do cavaleiro. 19 Ou dás tu força ao cavalo, ou revestirás o seu pescoço de crinas? 20 acaso o fazes pular como ao gafanhoto? Terrível é o fogoso respirar das suas ventas. 21 Escrava no vale, folga na sua força, e sai ao encontro dos armados. 22 Ri-se do temor, e não se espanta; e não torna atrás por causa da espada. 23 sobre ele chocalha a aljava, flameja a lança e o dardo. 24 de fúria e ira devora o caminho, e não se contem ao som da trombeta. 25 Em cada sonido da trombeta, ele diz: Avante! Cheira  de longe a batalha, o trovão dos príncipes e o alarido. 26 Ou é pela tua inteligência que voa o falcão, estendendo as asas para o sul?  27 Ou é pela tua inteligência que voa o falcão, estendendo as asas para o sul? 27 Ou é pelo teu mandado que se remonta a águia e faz alto o seu ninho? 28 Habita no penhasco, onde faz a sua morada, sobre o cume do penhasco, em lugar seguro. 29 Dali descobre a presa; seus olhos a avistarem de longe. 30 Seus filhos chupam sangue; onde há mortos, ela aí está.


 O Senhor convence a Jó de ignorância

38.1 Depois disto o Senhor, do meio de um redemoinho, respondeu a Jó: 2 Quem é este que escurece os meus desígnios com palavras sem conhecimento? 3 Cinge, pois, os teus lombos como homem, pois eu te perguntarei, e tu me farás saber. 4 Onde estavas tu, quando eu lançava os fundamentos da terra? Dize-mo, se tens entendimento. 5 Quem lhe pôs as medidas, se é que o sabes? Ou quem estendeu sobre ela o cordel? 6 Sobre que estão fundadas as suas bases, ou quem lhe assentou a pedra angular, 7 Quando as estrelas da alva juntas alegremente cantavam, e rejubilavam todos os filhos de Deus? 8 Ou quem encerrou o mar com portas, quando irrompeu da madre; 9 Quando eu lhe pus as nuvens por vestidura, e a escuridão por fraldas? 10 Quando eu lhe tracei limites e lhe pus ferrolhos e portas, 11 E disse: até aqui virás, e não mais adiante, e aqui se quebrará o orgulho das tuas ondas? 12 Acaso desde que começaram os teus dias deste ordem a madrugada, ou fizeste a alva saber o seu lugar, 13 Para que se apegasse as orlas da terra, e desta fossem os perversos sacudidos? 14 A terra se modela coo o barro debaixo do selo, e tudo se apresenta como vestidos; 15 Dos perversos se desvia a sua luz, e o braço levantado para ferir se quebranta. 16 Acaso entraste nos mananciais do mar, ou percorreste o mais profundo do abismo?17 Porventura te foram reveladas as portas da morte, ou viste essas portas da região tenebrosa? 18 Tens ideia nítida da largura da terra? Dize-mo se o sabes. 19 Onde está o caminho para a morada da luz? E, quanto as trevas, onde é o seu lugar? 20 Para que as conduzas aos seus limites, e discirnas as veredas para a sua casa? 21 Tu o sabes, porque nesse tempo eras nascido, e porque é grande o número dos teus dias! 22  Acaso entraste nos depósitos da neve, e viste os tesouros da saraiva, 23 Que eu retenho até ao tempo da angústia, até ao dia da peleja e da guerra? 24 Onde está o caminho para onde se difunde a luz e se espalha o vento oriental sobre a terra? 25 Quem abriu regos para o aguaceiro, ou caminho para os relâmpagos dos trovões; 26 Para que se faça chover sobre a terra, onde não há ninguém, e no ermo em que não há gente; 27 Para dessedentar a terra deserta e assolada, e para fazer crescer os renovos da erva? 28 acaso a chuva tem pai? Ou quem gera as gotas do orvalho? 29 De que ventre procede o gelo? E quem dá a luz a geada do céu?  30 As águas ficam duras como a pedra, e a superfície das profundezas se torna compacta. 31 Ou poderás tu atar as cadeias do Sete-estrelo, ou  soltar os laços do Órion? 32 Ou fazer aparecer os signos do Zodíaco, ou guiar a Ursa com seus filhos? 33 Sabes tu as ordenanças dos céus, podes estabelecer a sua influência sobre a terra? 34 Podes levantar a tua voz até as nuvens, para que a abundância das águas te cubra? 35 Ou ordenarás aos relâmpagos que saiam, e te digam: Eis-nos aqui? 36 Quem pôs sabedoria nas camadas de nuvens? Ou quem deu entendimento ao meteoro? 37 Quem pode numerar com sabedoria as nuvens? Ou os odres dos céus, quem os pode despejar? 38 Para que o pó se transforme em massa sólida e os torrões se apeguem uns aos outros. 39 Caçarás, porventura, a presa para a leoa? Ou saciarás a fome  dos leõezinhos, 40 Quando se agacham nos covis, e estão a espreita nas covas? 41 Quem prepara aos corvos o seu alimento, quando os seus pintainhos gritam a Deus e andam vagueando,  por não terem que comer?


A professora pediu que Joan Filho fizesse um cordel e ele me pediu ajuda, foi muito interessante porque ele não sabia fazer a rimas direito e eu dei uma mãozinha.

.

Minha gente eu vou contar

Uma história verdadeira

De um menino educado

Que não gosta de brincadeira

Ele é muito sério

As vezes até severo

Devido essa besteira

 

Quando seus pais se casaram

Ele nem sonhava nascer

Mas começou a barriga da mãe crescendo

Dentro dela passou a crescer

Aquele menino gordinho

Que nasceu bem bonitinho

Com seus pais a aparecer

 

O tempo se encarregou

Ele logo grande ficando

Começou a estudar

A seus pais alegrando

Tem uma irmãzinha querida

Que por ela dá a vida

Pra isso estar se educando

 

Tem uma vó que ama

Ele sempre com ela estar

Muito braba e exigente

Chega até a ele irritar

Mas o que ele pode fazer

Ela só quer seu bem querer

E sempre lhe ajudar

 

 

Esse menino sou eu

Joan Filho é o meu nome

Estudo no Colégio IEPMA

Para ser um grande homem

A meus pais dar prazer

A minha professora agradecer

Quando me tornar esse homem.

 

 

                  06/06/24

 

  



 37.1 Sobre isto treme também o meu coração, e salta do seu lugar. 2 Dai ouvidos ao trovão de Deus, estrondo que sai da sua boca; 3 Ele o solta por debaixo de todos os céus,  e os seu relâmpago até aos confins da terra. 4 Depois deste, ruge a sua voz, troveja com o estrondo da sua majestade, e já ele não retém o relâmpago quando lhe ouvem a voz. 5 Com a sua voz troveja Deus maravilhosamente; faz grandes cousas, que nós não compreendemos. 6 Porque ele diz a neve: Cai sobre a terra; e a chuva e ao aguaceiro: Sede fortes. 7 assim torna ele inativas as mãos de todos os homens, para que reconheçam as obras dele, 8 E as alimárias entram nos seus esconderijos e ficam nas suas cavernas.9 De suas recamaras sai o pé-de-vento, e dos ventos do norte o frio. 10 Pelo sopro de Deus se dá a geada, e as largas águas se congelam. 11 Também de umidade carrega as densas nuvens, nuvens que espargem os relâmpagos. 12 Então elas, segundo o rumo que ele dá, se espalham para uma e outra direção, para fazerem tudo o que lhes ordena sobre a redondeza da terra. 13 E tudo isso faz ele vir para disciplina, se convém a terra, ou para exercer a sua misericórdia.14 Inclina, Jó, os teus ouvidos a isto, para, e  considera as maravilhas de Deus. 15 Porventura sabes tu como Deus as opera, e como faz resplandecer o relâmpago da sua nuvem? 16 Tens tu notícias do equilíbrio das nuvens e das maravilhas daquele que é perfeito em conhecimento? 17 Que faz aquecer as tuas vezes, quando há calma sobre a terra por causa do vento sul? 18 Ou estendeste com ele o firmamento, que é sólido como espelho fundido?  19 Ensina-nos o que lhe diremos; porque nós, envoltos em trevas, nada lhe podemos expor. 20 Contar-lhe-ia alguém o que tenho dito? Seria isso desejar o homem ser devorado. 21 Eis que o homem não pode olhar para o sol que brilha no céu, uma vez passado o vento que o deixa limpo. 22 Do norte vem o áureo esplendor, pois Deus está cercado de tremenda majestade. 23 Ao Todo-poderoso  não o podemos alcançar; ele é grande em poder, porém não perverte o juízo e a plenitude da justiça; 24 Por isso os homens o temem; ele não olha para os que se julgam sábios.


 No sofrer do homem Deus lhe visa o bem

36.1 Prosseguiu Eliú, e disse: 2 Mais um pouco de paciência e te mostrarei que ainda tenho argumentos a favor de Deus. 3 De longe trarei o meu conhecimento, e ao meu Criador atribuirei a justiça. 4 Porque na verdade, as minhas palavras não são falsas; contigo está quem é senhor do assunto. 5 Eis que Deus é mui grande, contudo a ninguém despreza;  é grande na força da sua compreensão. 6 Não poupa vida ao perverso, mas faz justiça aos aflitos. 7 Dos justos não tira os seus olhos; antes com os reis no trono os assenta para sempre, e são exaltados. 8 Se estão presos em grilhões, e amarrados com cordas de aflição,  9 Ele lhes faz ver as suas obras, as suas transgressões, e que se houveram com soberba. 10 Abre-lhes também os ouvidos para a instrução, e manda-lhes que se convertam da iniquidade. 11 Se o ouvirem e o servirem, acabarão seus dias em felicidade, e os seus anos em delícias. 12 Porém se não o ouvirem, serão traspassados pela lança, e morrerão na sua cegueira. 13 Os ímpios de coração amontoam para si a ira; e agrilhoados por Deus não clamam  por socorro.14 Perdem a vida na sua mocidade, e morrem entre os prostitutos cultuais. 15 Ao aflito livra por meio da sua aflição, e pela opressão lhe abre os ouvidos. 16 Assim também procura tirar-te das fauces da angústia para um lugar espaçoso, em que não há aperto, e as iguarias da tua mesa seriam cheias de gordura; 17 Mas tu te enches do juízo do perverso, e, por isso o juízo e a justiça te alcançarão. 18 Guarda-te, pois, de que a ira não te induza a escarnecer, nem te desvie a grande quantia do resgate.19 Estimaria ele as tuas lamúrias e todos os teus grandes esforços, para que te vejas livre da tua angústia? 20 Não suspires pela noite, em que povos serão tomados do seu lugar. 21 Guarda-te, não te inclines para a iniquidade; pois isso preferes a tua miséria. 22 Eis que Deus se mostra grande em seu poder!  23 Quem lhe prescreveu o seu caminho, ou quem lhe pode dizer: Praticaste a injustiça?

Eliú  exalta a majestade de Deus

24 Lembra-te de lhe magnificares as obras que os homens celebram. 25 Todos os homens as contemplam; de longe as admira o homem. 26 Eis que Deus é grande, e não o podemos compreender; o número dos seus anos não se pode calcular. 27 Porque atrai para si as gotas de água que de seu 
vapor destilam em chuva, 28 A qual as nuvens derramam, e gotejem sobre o homem abundantemente. 29 Acaso pode alguém entender o estender-se das nuvens, e os trovões do seu pavilhão? 30 Eis que estende sobre elas o seu relâmpago e encobre as profundezas do mar. 31 Pois por estas cousas julga os povos e lhes dá mantimento em abundância.32 Enche as mãos de relâmpagos e os dardeja contra o adversário. 33 O fragor da tempestade dá notícias a respeito dele, dele que é zeloso na sua ira contra a injustiça. 



 Deus não ouve os aflitos, porque estes não tem fé

35.1 Disse mais Eliú: 2 Achas que é justo dizeres: Maior é aminha justiça do que a de Deus? 3 Porque dizes: De que me serviria ela? Que proveito tiraria dela mais do que do meu pecado? 4 Dar-te-ei  resposta, a ti e aos teus amigos contigo. 5 Atenta para os céus, e vê; contempla as altas nuvens acima de ti. 6 Se pecas, que mal lhe causas tu? Se as tuas transgressões se multiplicam, que lhe fazes? 7 Se és justo, que lhe dás, ou que recebe ele da tua mão? 8 A tua impiedade só pode fazer o mal ao homem como tu mesmo; e a tua justiça dar proveito ao filho do homem. 9 Por causa das muitas opressões os homens clamam, clamam por socorro contra o braço dos poderosos. 10 Mas ninguém diz: Onde está Deus que me fez, que inspira canções  de louvor durante a noite, 11 Que nos ensina mais do que aos animais da terra, e nos faz mais sábios do que as aves dos céus? 12 Clamam, porém ele não responde, por causa da arrogância dos maus. 13 Só gritos vazios Deus não ouvirá, nem atentará para eles o Todo-poderoso. 14 Ainda que dizes que não o vês, a tua causa está diante dele; por isso espera nele. 15 Mas agora, porque Deus na sua ira não está punindo, nem fazendo muito caso das transgressões, 16 Abre Jó a sua boca, com palavras vãs, amontoando frases de ignorante.

ó 


 Eliú justifica a Deus

34.1 Disse mais Eliú: 2 Ouvi, o sábios, as minhas razões; vós, entendidos, inclinai os ouvidos para mim. 3 Porque o ouvido prova as palavras, como o paladar a comida. 4 O que é direito escolhamos para nós; conheçamos entre nós o que é bom. 5 Porque Jó disse: Sou justo, e Deus tirou o meu direito. 6 apesar do meu direito, sou tido por mentiroso; a minha ferida é incurável, sem que haja pecado em mim. 7 Que homem há como Jó, que bebe a zombaria como água? 8 E anda em companhia dos que obram a iniquidade, e caminha com homens perversos? 9 Pois disse: De nada aproveita ao homem e comprazer-se em Deus. 10 pelo que vós, homens sensatos, escutai-me: Longe de Deus o praticar ele a perversidade, e do Todo-poderoso o cometer injustiça; 11 Pois retribuirá ao homem segundo as suas obas, e faz que a cada um toque segundo o seu caminho. 12  Na verdade,  Deus não procede maliciosamente; nem o Todo-poderoso perverte o juízo. 13 Quem lhe  confiou o universo? 14 Se Deus pensasse apenas em si mesmo, e para si recolhesse o seu espírito e o seu sopro, 15 Toda a carne juntamente expiraria, e o homem voltaria para o pó. 16 Se, pois, há em ti entendimento, ouve isto;  inclina os ouvidos ao som das minha palavras. 17 Acaso governaria o que aborrecesse o direito? E quererás tu condenar aquele que é justo e poderoso? 18 Dir-se-á a um rei: Oh! vil? ou aos príncipes: Oh! perversos? 19 Quanto menos aquele, que não faz acepção das pessoas de príncipes, nem estima ao rico mais do que ao pobre: porque todos são obras de suas mãos. 20 De repente morrem. a meia-noite os povos sã perturbados, e passam, e os poderosos são tomados por força invisível. 21 Os olhos de Deus estão sobre os caminhos do homem, e veem  todos  os seus passos. 22 Não há trevas nem sombra assaz profunda,  onde se escondam  os que obram a iniquidade. 23 Pois Deus não precisa observar por muito tempo o homem antes de o fazer ir a juízo perante ele, 24 Quebranta os fortes, sem os inquerir, e põe outros em seu lugar. 25 Ele conhece, pois, as suas obras; de noite os transtorna, e ficam moídos. 26 Ele os fere como a perversos a vista de todos; 27 Porque dele se desviaram e não quiseram compreender nenhum de seus caminhos, 28 E assim fizeram que o clamor do pobre subisse até Deus, e este ouviu o lamento dos aflitos. 29 Se ele aquietar-se, quem o condenará? Se encobrir o rosto, quem o poderá contemplar, seja um povo, seja um homem? 30 Para que o ímpio não reine e não haja quem iluda o povo. 31 Se alguém diz a Deus: Sofri, não pecarei mais. 32 O que não vejo, ensina-mo tu; se cometi injustiça, jamais a tornarei a praticar, 33 Acaso deve ele recompensar-te segundo tu queres,  ou não queres? Acaso deve ele dizer-te: Escolhe tu, e não eu; declara o que sabes, fala? 34 Os homens sensatos dir-me-ão,  dir-me-á  o sábio que me ouve; 35 Jó falou sem conhecimento, e nas suas palavras não há sabedoria. 36 Oxalá fosse Jó provado até ao fim, porque ele respondeu como homem de iniquidade. 37 Pois ao seu pecado acrescenta rebelião, entre nós, com desprezo, bate ele as palmas, e multiplica as suas palavras contra Deus.




 Eliú repreende a Jó

33.1 Ouvi, pois, Jó, as minhas razões, e dá ouvidos a todas as minhas palavras. 2 Passo agora a falar, em minha boca fala a minha língua. 3 As minhas razões provam a sinceridade do meu coração, e os meus lábios proferem o puro saber. 4 O Espírito de Deus me fez; e o sopro de Todo-poderoso me dá vida. 5 Se podes contestar-me, dispõe bem as tuas razões perante mim e apresenta-te.  6 Eis que diante de Deus sou como tu és; também eu sou formado do barro. 7 Por isso não te inspiro terror, nem será pesada sobre ti a minha mão. 8. Na verdade, falaste perante mim, e eu ouvi o som das tuas palavras. 9 Estou limpo sem transgressão; puro sou e não tenho iniquidade. 10 Eis que Deus procura pretextos contra mim, e me considera como seu inimigo. 11 Põe no tronco os meus pés, e observa todas as minhas veredas. 12 Nisto não tens razão, eu te respondo; porque Deus é  maior do que o homem. 13 Por que contendes com ele, afirmando que não te dá contas de nenhum dos seus atos? 14 Pelo contrário, Deus fala de um modo, sim, de dois modos, mas o homem não atenta para isso. 15 Em sonho ou em visão de noite, quando cai sono profundo sobre os homens, quando adormecem na cama, 16 Então lhes abre os ouvidos, e lhes sela a sua instrução,  17 Para apartar o homem do seu desígnio e livrá-lo da soberba; 18 Para guardar a sua alma da cova, e a sua vida de passar pela espada. 19 Também no seu leito é castigado com dores, com incessante contenda nos seus ossos; 20 De modo que a sua vida abomina o pão, e a sua alma a comida apetecível. 21 A sua carne, que se via, agora desaparece e os seus ossos, que não se viam, agora se descobrem.22 A sua alma se vai chegando a cova, e a sua vida aos portadores, da morte. 23 Se com ele houver um anjo intercessor, um dos milhares, para declarar ao homem o que lhe convém, 24 Então Deus terá misericórdia dele, e dirá ao anjo: Redime-o, para que não desça a cova; achei resgate. 25 Sua carne se robustecerá com o vigor da sua infância, e ele tornará aos dias da sua juventude. 26 Deveras orará a Deus, que lhe será propício; ele, com júbilo, verá a face de Deus, e este lhe restituirá a sua justiça. 27 Cantará diante dos homens, e dirá: pequei, perverti o direito, e não fui punido segundo merecia. 28 Deus redimiu a minha alma de ir para cova; e a minha vida verá a luz. 29 Eis que tudo isto é de Deus, duas e três vezes para com o homem, 30 Para reconduzir da cova a sua alma, e o alumiar com a luz dos vivente. 31 Escuta, pois, ó Jó, ouve-me; cala-te, e eu falarei. 32 se tens alguma cousa que dizer, responde-me; fala, porque desejo justificar-te. 33 Se não escuta-me. Cala-te, e ensinar-te-ei a sabedoria.






 Eliú irado contra Jó e seus três amigos

32.1 Cessaram aqueles três homens de responder a Jó no tocante ao se ter ele por justo aos seus próprios olhos.2 Então se acendeu a ira de Eliú, filho de Baraquel, o buzita, da família de Rão; acendeu-se a sua ira contra Jó, porque este pretendia ser mais justo do que Deus.3 Também a sua ira se acendeu contra os três amigos, porque, mesmo não achando eles o que responder, condenavam Jó. 4 Eliú, porem esperara para falar a Jó, pois eram demais idade do que ele. 5 Vendo Eliú, porem esperara para falar a Jó, pois eram de mais idade do que ele. 5 Vendo Eliú que já não havia resposta na boca daqueles três homens, a sua ira se acendeu.

Eliú vinga o seu direito de responder a Jó

6 Disse Eliú, filho de Baraquel, o buzita: Eu sou de menos idade, e vós sois idosos; arreceei-me e temi de vos declarar a minha opinião. 7 Dizia eu: Falem os dias, e a multidão dos anos ensine a sabedoria. 8 Na verdade, há um espírito no homem, e o sopro do Todo-poderoso o faz entendido. 9 Os de mais idade não é que são os sábios, nem os velhos os que entendem o que é reto. 10 Pelo que digo: Dai-me ouvidos, e também eu declararei a minha opinião. 11 Eis que aguardei as vossas palavras, e dei ouvidos as vossas considerações enquanto,  quem sabe, buscáveis o que dizer, 12 Atentando, pois, para vós outros, eis que nenhum de vós houve que refutasse a Jó, nem que respondesse as suas razões. 13 Não vos desculpeis, pois, dizendo: Achamos sabedoria nele; Deus pode vencê-lo, e não o homem. 14 Ora ele não me dirigiu palavra alguma, nem eu lhe retorquirei com as vossas palavras. 15 Então pasmados, já não respondem, faltam-lhe as palavras. 16 Acaso devo esperar, pois não falam, estão parados, e nada mais respondem? 17 Também eu concorrerei com a minha resposta; declararei a minha opinião. 18 Porque tenho muito que falar, o meu espírito me constrange. 19 Eis que dentro em mim sou como o vinho, sem respiradouro, como odres novos, prestes a arrebentar-se. 20 Permiti, pois, que eu fale para desafogar-me; abrirei os meus lábios, e responderei.21 Não farei acepção de pessoas, nem usarei de lisonjear; em caso contrário em breve me levaria o meu Criador.

Jó declara sua integridade

31. Fiz aliança com meus olhos; como, pois, os fixaria eu numa donzela? 2 Que porção, pois, teria eu do Deus lá de cima, e que herança do Todo-poderoso desde as alturas? 3 acaso não é a perdição para o iníquo, e o infortúnio par os que praticam a maldade? 4 Ou não vê Deus os meus caminhos, e não conta todos os meus passos? 5 Se andei com falsidade, e se o meu pé se apressou para o engano    6 ( Pese-me a Deus em balanças fiéis, e conhecerá aminha integridade); 7 Se os meus passos se desviaram do caminho, e se o meu coração segue os meus olhos, e se as minhas mãos se apegou qualquer mancha, 8 Então semeie eu e outro como, e sejam arrancados os renovos do meu campo. 9  Se  o meu coração se deixou seduzir por causa de mulher, se andei a espreita a porta do meu próximo, 10 Então moa minha mulher para outro, e outros se encurvem sobre ela. 11 Pois seria isso um crime hediondo, delito a punição de juízes; 12 Pois seria fogo que consome até a destruição, e desarraigaria toda a minha renda.13 Se desprezei o direito do meu servo ou da minha serva, quando eles contendiam comigo, 14 Então que faria eu quando Deus se levantasse?  E, inquirindo ele a causa, que lhe responderia eu? 15 Aquele que me formou no ventre materno, não os fez também a eles?  Ou não é o mesmo que nos formou na madre?  16 Se retive o que os pobres desejavam, ou fiz desfalecer os olhos da viúva; 17  Ou se  sozinho comi o meu bocado, e o órfão dele não participou 18 ( Porque desde a minha mocidade cresceu comigo como se eu lhe for ao pai, e desde o ventre da minha mãe fui guia da viúva); 19 Se a alguém vi perecer por falta de roupa, e ao necessitado por não ter coberta; 20 se os seus lombos não me abençoaram, se ele não se aquentava com a lã dos meus cordeiros; 21 Se eu levantei a mão contra o órfão, por me ver apoiado pelos juízes da porta, 22 Então caia a omoplata do meu ombro, e seja arrancado o meu braço da articulação. 23 Porque o castigo de Deus seria para mim um assombro, e eu não poderia enfrentar a sua majestade. 24 se no ouro pus a minha esperança, ou disse ao ouro fino:  Em ti confio; 25 Se me alegrei por serem grandes os meus bens, e por ter a minha mão alcançado muito; 26 Se olhei para o sol, quando resplandecia, ou para a lua, que caminhava esplendente, 27 E o meu coração se deixou enganar em oculto, e beijos lhes atirei com a mão, 28  Também isto seria delito a punição de juízes;  pois assim negaria eu ao Deus lá de cima. 29 Se me alegrei da desgraça do que me tem ódio, e se exultei quando o mal o atingiu 30 ( Também não deixei pecar a minha boca, pedindo com imprecações a sua morte); 31 Se a gente da minha tenda não disse: Ah!  que haverá aí que não se saciou de carne provida por ele!  32 O estrangeiro não pernoitava na rua; as minhas portas abria ao viandante, 33 Se, como Adão encobri as minhas transgressões, ocultando o meu delito no meu seio; 34 Porque eu temia a grande multidão, e o desprezo das famílias me apavorava, de sorte que me calei e não saí da  porta.35 Oxalá eu tivesse quem me ouvisse! Eis aqui a minha defesa assinada! Que o Todo-poderoso me responda! Que o meu adversário escreva a sua acusação!  36 Por certo que a levaria sobre o meu ombro, atá-la-ia sobre mim como coroa; 37 Mostrar-lhe-ia  o número dos meus passos; como príncipe me chegaria a ele. 38 Se a minha terra clamar contra mim, e se os seus sulcos juntamente chorarem; 39 Se comi os seus frutos sem tê-la pago devidamente, e causei a morte aos seus donos, 40 Por trigo me produza cardos, e por cevada, joio. Fim das palavras de Jó.
 


 Jó lamenta a miséria em que caiu

30.1 Mas agora se riem de mim os de menos idade do que eu, e cujos pais eu teria desdenhado de por ao lado dos cães do meu rebanho.2 De que também me serviria a força das suas mãos?  homens cujo vigor já pereceu. 3 De míngua e fome se debilitaram;  roem os lugares secos, desde muito  em ruínas e desolados. 4 Apanham malvas e folhas dos arbustos, e se sustentam de raízes de zimbro. 5 do meio dos homens são expulsos; grita-se contra eles, como se grita atrás de um ladrão. 6 Habitam nos desfiladeiros sombrios, nas cavernas da terra e das rochas. 7 Bramam entre os arbustos, e se ajuntam debaixo dos espinheiros.8 São filhos de doidos, raça infame, e da terra são escorraçados. 9 Mas agora sou a sua canção de motejo, e lhes sirvo de provérbio. 10 Abominam-me, fogem para longe de mim, e não se abstêm de me cuspir no rosto. 11 Porque Deus afrouxou a corda do meu arco, e me oprimiu; pelo que sacudiram de si o reio perante o meu rosto. 12 A direita se levanta uma súcia, e me empurra, e contra mim prepara o seu caminho de destruição. 13 Arruinaram a minha vereda promovem a minha calamidade;  gente para quem já não há socorro. 14 Vêm contra mim como por uma grande brecha, e se revolvem avante entre as ruínas, 15 sobrevieram-me a pavores, como pelo vento é varrida a minha honra. como nuvem passou a minha felicidade.  16 Agora dentro em mim se em derramas a alma; os dias da aflição se apoderaram de mim. 17 A noite me verruma os ossos e os desloca e não descansa o mal que me rói, 18 pela grande violência do meu mal está desfigurada minha veste mal que me cinge como a gola da minha túnica. 19 Deus, tu me lançaste na lama e me tornei semelhante ao pó e a cinza. 20 Clamo a ti, e não me respondes; estou em pé, mas apenas olhas para mim. 21 Tu foste cruel contra mim; coma fora da tua mão tu me combateste. 22 Levantas-me sobre o vento e me fazes cavalgá-lo; dissolves-me no estronde da tempestade.23 Pois eu seu que me levarás a morte e a casa destinada a todo vivente. 24 De um montão de ruínas não estenderá o homem a mão, e na sua desventura não levantará um grito por socorro? 25 Acaso não chorei sobre aquele que atravessava dia difíceis, ou não se angustiou a  minha alma pelo  necessitado?  26 Aguardava eu o bem e eis que me veio o mal; esperava a luz,  veio-me a escuridão. 27 O meu íntimo se agita sem cessar. e os de aflição me sobrevêm. 28 Ando de luto, sem a luz do sol; levanto-me na congregação e clamo por socorro, 29 sou irmão dos chacais, e companheiro de avestruzes. 30 Enegrecida se me cai a pele, e os meus osso queimam  em febre. 31 Por isso a minha harpa se me tornou em prantos de luto, e aminha flauta em vos dos que choram.


 Jó lembra-se do seu primeiro estado feliz

29.1 Prosseguiu Jó no seu discurso, e disse: 2 Ah! quem me dera ser como fui nos meses passados, como nos dias em que Deus me guardava! 3 Quando fazia resplandecer a sua lâmpada sobre a minha cabeça, quando eu, guiado por sua luz, caminhava pelas trevas;  5 Quando o Todo-poderoso ainda estava comigo, e os meus filhos em redor de mim. 6 Quando eu lavava os meus pés em leite, e da rocha me corriam ribeiros de azeite! 7 Quando saía para a porta da cidade, e na praça me era dado sentar-me, 8 Os moços me viam, e se retiravam. os idosos se levantavam e se punham em pé; 9 Os príncipes reprimiam as suas palavras, e punham a mão sobre a boca; 10 A voz dos nobres emudecia, e a sua língua se apegava ao paladar. 11 Ouvindo-me algum ouvido, esse me chamava feliz; vendo-me algum olho, dava testemunho de mim; 12 Porque eu livrava os pobres que clamavam, e também o órfão que não tinha quem o socorresse. 13 A benção do que estava a perecer vinha sobre mim, e eu fazia rejubilar-se o coração da viúva, 14 Eu me cobria de justiça, e esta me servia de veste; como manto e turbante era a minha equidade. 15 Eu me fazia de olhos para o cego, e de pés para o coxo. 16 dos necessitados era pai, e até as cousas dos desconhecidos eu examinava. 17 Eu quebrava os queixos dos iníquos, e dos seus dentes lhe fazia eu cair a vítima. 18 Eu dizia: No meu ninho expirarei, multiplicarei os meus dias como a areia. 19 A minha raiz se estenderá até as águas, e o orvalho ficará durante a noite sobre os meus ramos; 20 A minha honra se renovará em mim, e o meu arco se reforçará na minha mão. 21 Os que me ouviam esperavam o meu conselho e guardavam silêncio para ouvi-lo.22 Havendo eu falado não replicavam; as minhas palavras caíam sobre eles como orvalho. 23 Esperavam-me como a chuva, abriam a boca, como chuva de primavera. 24 Sorria-me para eles quando não tinham confiança; e a luz do meu rosto não desprezavam. 25 Eu lhes escolhia o caminho, assentava-me como chefe, e habitava como rei entre as suas tropas, como quem consola os que pranteiam.


 O homem apropria-se das riquezas da terra

28.1 Na  verdade, a prata tem suas minas, e o ouro, que se refina, o seu lugar. 2 O ferro tira-se da terra, e da pedra se funde o cobre. 3 os homens põem termo a escuridão, e até aos últimos confins procuram as pedras ocultas nas trevas e na densa escuridade. 4 Abrem entrada para minhas  longe da habitação dos homens, esquecidos dos transeuntes, e, assim, longe deles, dependurados, oscilam de um lado para outro. 5 Da terra procede o pão, mas em baixo é revolvida como por fogo. 6 Nas sua pedras se encontra safira, e há pó que contém ouro. 7 Essa vereda, a ave de rapina a ignora, e jamais a viram os olhos do falcão. 8 Nunca a pisaram feras majestosas nem o leãozinho parrou por ela. 9 Estende o homem a sua mão contra o rochedo, e revolve os montes desde as sua raízes. 10 Abre canais nas pedras, e os seu olhos veem tudo o que há de mais precioso. 11 Tapa os veios de água e nem uma gota sai deles, e traz a luz o que estava escondido.

A verdadeira sabedoria é dom de Deus

12 Mas onde se achará a sabedoria? e onde está o lugar do entendimento? 13 O homem não conhece o valor dela, nem se acha ela na terra dos vivente. 14  O abismo diz: Ela não está comigo. 15 Não se dá por ela ouro fino, nem se pesa prata em câmbio dela. 16 O seu valor não se pode avaliar pelo ouro de Ofir, nem pelo precioso ônix, nem pela safira. 17 O ouro não se iguala a ela, nem o cristal; ela não trocará por joia de ouro fino; 18 Ela faz esquecer  o coral e o cristal; a aquisição da sabedoria é melhor que a das pérolas. 19 Não se lhe igualará o topázio da Etiópia, nem se pode avaliar por ouro puro. 20 Donde, pois, vem a sabedoria, e onde está o lugar do entendimento? Está encoberta aos olhos de  todo vivente, e oculta as aves do céu.22 O  abismo e a morte dizem: Ouvimos com os nossos ouvidos a sua fama. 23 Deus lhe entende o caminho, e ele é quem sabe o seu lugar.  24 Porque ele perscruta até as extremidades da terra, vê tudo o que há debaixo dos céus. 25 Quando regulou o peso do vento, e fixou a medida das águas; 26 Quando determinou leis para a chuva e caminho para o relâmpago dos trovões; 27 Então viu ele a sabedoria e a manifestou; estabeleceu-a, e também a esquadrinhou. 28 E disse ao homem; Eis que temor do Senhor é a sabedoria, e o apartar-se do mal é o entendimento. 


 Jó descreve a sorte dos perversos

27.1 Prosseguindo Jó em seu discurso, disse: 2 Tão certo como vive o SENHOR, que me tirou o direito, e o Todo-poderoso, que amargurou a minha alma, 3 Enquanto em mim estiver a minha vida, e o sopro de Deus nos meus narizes, 4 Nunca os meus lábios falarão injustiça, nem a minha língua pronunciará engano. 5 Longe de mim que eu vos dê razão, até que eu expire, nunca afastarei de mim a minha integridade, 6 A minha justiça me apegarei e não a largarei; não me reprova a minha consciência por qualquer dia da minha vida.7 seja como o  perverso o meu inimigo, e o que me levantar contra mim como o injusto.8 Porque qual será a esperança do ímpio, quando lhe for cortada a vida, quando Deus lhe arrancar a alma? 9 Acaso ouvirá Deus o seu clamor, em lhe sobrevindo a tribulação? 10 Deleitar-se-á o perverso no Todo-poderoso, e invocará a Deus em todo o tempo? 11 Ensinar-vos-ei o que encerra a mão de Deus, e não vos ocultarei o que está com o Todo-poderoso.12 Eis que todos vós já vistes isso; por que, pois, alimentais vãs noções?13 Eis qual será da parte de Deus a porção do perverso, e a herança que os opressores receberão do Todo-poderoso:14 Se os seus filhos se multiplicarem, será para a espada, e a sua prole não se fartará de pão. 15 Os que ficarem dela, a peste os enterrará, e as suas viúvas não chorarão. 16 Se o perverso amontoar prata como pó, e acumular vestes como barro. 17 Ele os acumulará, mas o justo é que o vestirá, e o inocente repartirá a prata. 18 Ele edifica a sua casa como a da traça, e como a choça que o vigia constrói. 19 Rico se deita, com a sua riqueza, abre os seus olhos, e já não a vê. 20 Pavores se apoderam dele como inundação, de noite a tempestade o arrebata. 21 O vento oriental o leva, e ele se vai; varre-o com ímpeto do seu lugar. 22 Deus lança isto sobe ele, e não o poupa, a ele que procura fugir precipitadamente da sua mão; 23 A sua queda lhe batem palmas, a saída o apupam con assobios.


Hoje estava pensando... Depois que comecei a ler direitinho a Bíblia, comecei a aprender alguma coisa oculta e que Jesus fala por parábolas. O fim está próximo quando a árvore não der mais frutos. Fiquei a pensar: A árvore não der mais frutos? que Jesus quis dizer com isso? Daí cheguei a seguinte conclusão, se eu estiver errada alguém deixe nos comentários para que eu possa entender melhor. Vamos lá:

1º As mulheres estão deixando de ter filhos.

2º Os homens fazendo vasectomia.

3º Mulheres com mulheres

4° Homens com homens.

5º Feminicídio todos os dias.

  Pronto os cinco pontos para não haver mais a continuidade dos frutos. A terra continuará só com os que habitam nela. Parou a população, essa é a verdade. Na minha opinião " quando a árvore não der mais frutos" eu acho que esse é o significado, essa é minha opinião agora gostaria que alguém me dessa outra nos comentários.


 Jó afirma a soberania de Deus

26.1 Jó, porém, respondeu: 2 Como sabes ajudar ao que não tem força! e prestar socorro ao braço que não tem vigor! 3 como sabes aconselhar ao que não tem sabedoria! e revelar plenitude de verdadeiro conhecimento! 4 com a ajuda de quem proferes tais palavras?  E de quem é o espírito que fala em ti? 5 As almas dos mortos tremem debaixo das águas com seus habitantes. 6 O além está desnudo perante ele, e não há coberta para o abismo. 7 Ele estende o norte sobre o vazio e faz pairar a terra sobre o nada. 8 Prede as águas em densas nuvens não se rasgam debaixo delas. 9 Encobre a face do seu trono, e sobre ele estende a sua nuvem, 10 Traçou um círculo a superfície das águas até aos confins da luz e das trevas. 11 As colunas do céu trem, e se espantam da sua ameaça. 12 com a sua força fende o mar, e com o seu entendimento abate o adversário. 13 Pelo seu sopro aclara os céus, a sua mão fere o dragão veloz. 14 Eis que isto são apenas as orlas dos seus caminhos! Que leve sussurro temos ouvido dele! Mas o trovão do seu poder, quem o entenderá?


Bildade nega que o homem possa justificar-se diante de Deus

25.1 Então respondeu Bildade, o suíta: 2 A Deus pertence o domínio e o poder, ele faz reinar a paz nas alturas celeste. 3 Acaso tem número os seus exércitos? E sobre quem não se levanta a sua luz? 4 como pois seria justo o homem perante Deus, e como seria puro aquele que nasce de mulher? 5 Eis que até a lua não tem  brilho, e as estrelas não são puras aos olhos dele. 6 Quanto menos o homem, que é gusano, e o filho do homem, que é verme?