Já passa da
meia noite. O menino Jesus já nasceu. Estou sem sono e resolvi ir até a praia
por ser uma noite linda com lua cheia e estrelada. O mar está calmo. Sento-me
na praia e começo a pegar a areia enchendo minha mão e daí lembro Deus com sua
sabedoria, Ele sabe quantos grãos de areia existem na praia. Olho bem distante
e lá está uma luz lá no infinito dentro do mar onde se confunde com o
firmamento. É um navio que está
ancorado dando uma festa de gala e tudo indica que é de turismo, pode ser que
seja até o de Roberto Carlos que está sempre nessas viagens, cantando e
encantando seus fãs. Olhando direitinho dar para ver que as águas estão
coladas ao céu. Der repente surge um vulto vindo do mar, e eu fico toda
arrepiada porque cada vez mais ele vai se aproximando de mim. Olho e vejo
aquele lindo rapaz todo de branco, de olhos azuis, estatura mediana e corpo de
atleta. Senta-se ao meu lado e começa a conversar, as palavras que saem de sua
boca me deixa enlouquecida e fico encanta. Como já tinha ouvido falar nesse
belo rapaz imaginei logo: É o Boto, e realmente acertei. Ele perguntou como
estava minha vida, respondi que gostaria de estar no fundo do mar admirando os
peixes, as flores e plantas linda que lá existem. Ele me pergunta se eu queria
ficar lá para sempre e ter a vida eterna, mesmo que surgisse a solidão eu
estaria rodeada de várias companhias iguais a mim, daí pediu para que eu
cantasse um pouco. Sem entender de que se tratava comecei a cantarola, ele
gostando de minha voz falou: elas vão te ensinar uma linda música que irá
chamar atenção de todos os rapazes que imediatamente irão se apaixonar por
você. Está mesmo decidida? Perguntou ele. Sim, respondi, e quando menos esperei
estava me transformando numa linda sereia, daí imaginei: Meu Deus não sei nadar
e agora? Que nada, poderia ir até o fundo do mar porque minha calda balançava
pra lá e para cá e quando dei por mim estava no fundo do mar onde minha irmã
desejou estar lá pra nunca mais voltar, e inspirada em seu poema inédito, li
gostei e resolvi criar o Boto para realizar o sonho que ela teve e não
conseguiu que era realmente ser uma sereia; eu por ser mais esperta fui em
busca desse sonho, agora se ela quiser que faça o mesmo e nos encontraremos lá
no fundo do mar sendo duas sereias eternamente e assim não morreremos ficando
eternizada para sempre e quando houver qualquer desentendimento é só se
esconder por trás das enormes pedras que lá existe, passar algum tempo e
quando a saudade vier voltar para o ponto de partida e ambas abraçadas irão dar
vários mergulhos no fundo do mar. Só para descontrair: dar até para brincar de
esconde esconde.
OBS: Essa é uma obra de ficção, qualquer semelhança será mera coincidência. Inspirada em um poema inédito
“ A Sereia” composto por minha irmã.
26/12/17
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