LER E OUVIR HISTÓRIAS FORTALECE A MENTE E O CORAÇÃO


 A origem das contendas

4,1 De onde procedem guerras e contendas, que há entre vós? De onde, senão dos prazeres que militam na vossa carne? 2 Cobiçais, e nada tendes; matais e invejais, e nada podeis obter; viveis a lutar e a fazer guerras. Nada tendes, porque não podeis; 3 pedis, e não recebeis, porque pedis mal, para esbanjardes em vossos prazeres. 4 Infiéis, não  compreendeis que a amizade do mundo é inimiga de Deus?  Aquele, pois, que quiser ser amigo do mundo, constitui-se inimigo de Deus. 5 Ou supondes que em vão afirma a Escritura: É com ciúme que por nós anseia o Espírito, que ele fez habitar em nós? 6 Antes, ele dá maior graça; pelo que diz; Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes. 7 Sujeitai-vos, portanto, a Deus; mas resisti ao diabo, e ele fugirá de vós. 8 Chegai-vos a Deus e ele se chegará a vós outros. Purificai as mãos, pecadores; e vós que sois de ânimo dobre, limpai o coração. 9 Afligi-vos, lamentai e chorai. Converta-se o vosso riso em pranto, e a vossa alegria em tristeza. 10 Humilhai-vos na presença do Senhor, e ele vos exaltará.

A maledicência é condenada

11 Irmãos, não faleis mal uns dos outros. Aquele que fala mal do irmão, ou julga a seu irmão, fala mal de alei, e julga a lei; ora, se julgas a lei, não  és observador da lei, mas juiz. 12 Um só é Legislador e Juiz, aquele que pode salvar e fazer perecer; tu, porém, quem és, que julgas ao próximo?

A falibilidade dos projetos humanos

13 Atendei agora, vós que dizeis; Hoje, ou amanha, iremos para a cidade tal, e lá passaremos um ano, e negociaremos e teremos lucros. 14 Vós não sabeis o que sucederá amanhã. Que é a vossa vida? Sois apenas como  neblina que aparece por instante e logo se dissipa. 15 Em vez disso, devíeis dizer: Se o Senhor quiser, não só viveremos, como faremos isto ou aquilo. 16 Agora, entretanto, vos jactais das vossas arrogantes pretensões. Toda jactância semelhante a essa é maligna. 17 Portanto, aquele que sabe que deve fazer o bem e não o faz, nisso está pecando.

OBS: Epístola de Tiago


 Os pecados da língua e o dever de refreá-la

3.1 Meus irmãos, não vos torneis, muitos de vós, mestres, sabendo que havemos de receber maior juízo. 2 Porque todos tropeçamos em muitas cousas. Se alguém não tropeça no falar é perfeito varão, capaz de refrear também todo o seu corpo.3 Ora, se pomos freios na boca dos  cavalos, para  nos obedecerem, também lhes dirigimos o corpo inteiro. 4 Observai, igualmente, os navios que, sendo tão grandes e batidos de rijos ventos, por um pequeníssimo leve são dirigidos para onde queira o impulso do timoneiro. 5 Assim também a língua, pequeno órgão, se gaba de grandes cousas. Vede como uma fagulha põe em brasas tão grande selva! 6 Ora, a língua é fogo; é mundo de iniquidade; a língua está situada entre os membros de nosso corpo, e contamina o corpo  inteiro e não só põe em chamas toda a carreira da existência humana, como é posta ela mesma em chamas pelo inferno. 7 Pois toda espécie de feras, de aves, de répteis e de seres marinhos se doma e tem sido domada pelo gênero humano; 8 a língua, porém nenhum dos homens é capaz de domar; é mal incontido, carregado de veneno mortífero. 9 Com ela bendizemos ao Senhor e Pai; também com ela amaldiçoamos os homens, feitos a semelhança de Deus: 10 de uma só boca procede benção e maldição. Meus irmãos, não é conveniente que estas cousas sejam assim. 11 acaso ode a fonte jorrar do mesmo lugar o que é doce e o que ´´e amargoso? 12 Acaso, meus irmãos, pode a figueira produzir azeitonas, ou a videira, figos? Tão pouco fonte de água salgada pode dar água doce.

A sabedoria lá do alto

13 Quem entre vós é sábio e entendido? Mostre em mansidão de sabedoria, mediante condigno proceder, as suas obras. 14 Se, pelo contrário, tendes em  vosso coração inveja amargurada e sentimento faccioso, nem vos glorieis sentimento faccioso, nem vos glorieis disso, nem  mintais contra a verdade. 15 Esta não é a sabedoria que desce dá do alto; antes, é terrena, animal e demoníaca. 16 Pois onde há inveja e sentimento faccioso, aí há confusão e toda espécie de cousas ruins. 17 A sabedoria, porém, lá do alto, é primeiramente pura; depois pacífica, indulgente, tratável, plena de misericórdia e de bons frutos, imparcial, sem fingimento. 18 Ora, é em paz que se semeia o fruto da justiça, para os que provem a paz

OBS: Epístola de Tiago


Não se deve fazer acepção de pessoas

2.1 Meus irmãos, não tenhais a fé em nosso Senhor Jesus Cristo, Senhor da glória, em acepção de pessoas. 2 Se, portanto, entrar na casa sinagoga algum homem com anéis de ouro nos dedos, em trajes de luxo, e entrar também algum pobre andrajoso, 3 e tratardes com deferência o que tem os trajes de luxo e lhe disserdes: Tu, assenta-te aqui em lugar de honra; e disserdes ao pobre: Tu, fica ali em pé, ou assenta-te aqui abaixo do estrado dos meus pés, 4 não fizestes distinção entre vós mesmos, e não vos tornastes juízes tomados de perversos pensamentos? 5 Ouvi, meus amados irmãos. Não escolheu Deus os que para o mundo são pobres, para serem ricos em fé e herdeiros do reino que ele prometer aos que o amam? 6 Entretanto, vós outros menosprezastes o pobre. Não são os ricos que vos oprimem, e não são eles que vos arrastam para tribunais? 7 não são eles os que blasfemam o bom nome que sobre vós foi invocado? 8 Se vós, contudo, observais a lei régia segundo a Escritura: Amarás o teu próximo como a ti mesmo, fazeis bem; 9 se, todavia, fazeis acepção de pessoas, cometeis pecado, sendo arguidos pela lei como transgressores. 10 Pois, qualquer que guarda toda a lei, mas tropeça em um só ponto, se torna culpado de todos. 11 Porquanto, aquele que disse: Não adulterarás, também ordenou: Não matarás. Ora, se não adulteras, porém matas, vens a ser transgressor da lei. 12 Falai e tal maneira, e de tal maneira procedei, como aqueles que hão de ser julgados pela lei da liberdade. 13 Porque o juízo é sem misericórdia para com aquele que não usou de misericórdia. A  misericórdia trinfa sobre o juízo.

A fé sem obras é morta

14 Meus irmãos, qual é o proveito, se alguém disser que tem fé, mas não tiver obras? Pode, acaso, semelhante fé salvá-lo? 15 Se um irmão ou uma irmã estiverem carecidos de roupa, e necessitados do alimento cotidiano, 16 e qualquer dentre vós lhes disser: Ide em paz, aquecei-vos, e fartai-vos, sem, contudo, lhes dardes o necessário para o corpo, qual é o proveito disso? 17 Assim também a fé, se não tiver obras, por si só está morta. 18 Mas alguém dirá: Tu tens fé e eu tenho obras; mostra-me essa tua fé sem as obras, e eu, com as obras, te mostrarei a minha fé. 19 Crês, tu, que Deus é um só? Fazes bem. Até os demônios creem, e tremem. 20 Queres, pois, ficar certo, ó homem insensato, de que a fé sem as obras é inoperante? 21 Não foi por obras que nosso pai Abraão foi justificado, quando ofereceu sobre o altar o próprio filho, Isaque? 22 Vês como  a fé operava juntamente comas suas obras; com efeito, foi pelas obras que a fé se consumou, 23 e se cumpriu a Escritura, a qual diz: Ora, Abraão creu em Deus, e isso lhe foi imputado para justiça; e: Foi chamado amigo de Deus. 24 Verificais que uma pessoa é justificada por obras, e não por fé somente. 25 De igual modo, não foi também justificada por obras a meretriz Raabe, quando acolheu os emissários e os fez partir por outro caminho? 26 Porque, assim como o corpo sem espírito é morto, assim também a fé sem obras é morta.

Obs: Epistola de Tiago.


 Prefácio e saudação

1.1 Tiago, servo de Deus e do Senhor Jesus Cristo, as doze tribos que se encontram na dispersão, saudações.

Os benefícios das provações

2 Meus irmãos, tende por motivo de toda a alegria o passardes por várias provações, 3 sabendo que a provação da vossa fé, uma vez confirmada, produz perseverança. 4 Ora, a perseverança deve ter ação completa, para que sejais perfeitos e íntegros, em nada deficientes.

Como obter a sabedoria

5 Se, porém, algum de vós necessita de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente, e nada lhes impropera; e ser-lhe-á concedida.6 Peça-a, porém, com fé, em nada duvidando; pois o que duvida é semelhante a onda do mar, impelida e agitada pelo vento. 7 Não suponha esse homem que alcançará do Senhor alguma cousa;  8 homem de ânimo dobre, inconstante em todos os seus caminhos.

As circunstâncias terrenas são transitórias

9 O irmão, porém, de condição humilde glorie-se na sua dignidade, 10 e o rico na sua insignificância, porque ele passará como a flor da erva. 11 Porque o sol se levanta com seu ardente calor, e a erva seca, e a sua flor cai, e desaparece a formosura do seu aspecto; assim também se murchará o reco em seus caminhos.

A origem do pecado

12 Bem-aventurado o homem que suporta com perseverança a provação; porque, depois  de ter sido aprovado, receberá a cora, da vida, a qual o Senhor prometeu aos que o amam. 13 Ninguém, ao ser tentado, diga: Sou tentado por Deus; porque Deus não pode ser tentado pelo mal, e ele mesmo a ninguém tenta. 14 Ao contrário, cada um é tentado pela sua própria cobiça, quando esta o atrai e seduz. 15 Então a cobiça, depois de haver concebido, dá a luz o pecado; e o pecado, uma vez consumado, gera a morte.

A origem do bem

16 Não vos enganeis, meus amados irmãos. 17 Toda boa dádiva e todo dom perfeito é lá do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não pode existir variação, ou sombra de mudança.18 Pois, segundo o seu querer, ele nos gerou pela palavra da verdade, para que fossemos como que primícias das suas criatura.

A prática da palavra de Deus

19 Sabeis estas cousas, meus amados irmãos. Todo homem, pois, seja pronto para ouvir, tardio para falar, tardio para se irar. 20 Porque a ira do homem não produz a justiça de Deus. 21 Portanto despojando-vos de todas impureza e acúmulo de maldade, acolhei com mansidão a palavra em vós implantada, a qual é poderosa para salvar as vossas almas. 22 Tornai-vos, pois, praticantes da palavra, e não somente ouvinte, enganando-vos a vós mesmos. 23 Porque, se alguém é ouvinte da palavra e não praticante, assemelha-se ao homem que contempla num  espelho o seu rosto natural; 24 pois a si mesmo se contempla e se retira, e para logo se esquece de como era a sua aparência. 25  Mas aquele que considera atentamente na lei perfeita, lei da liberdade, e nela persevera, não sendo ouvinte negligente, mas operoso praticante, esse será bem-aventurado no que realizar. 26 Se alguém supõe ser religioso, deixando de refrear  a sua língua, antes enganando o próprio coração, a sua religião é vã. 27 A religião pura e sem mácula, para com o nosso Deus e Pai, é esta: visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações, e a si mesmo guardar-se incontaminado do mundo.

OBS: Epístola de Tiago.


 Os deveres sociais

13.1 Seja constante o amor fraternal. 2 Não negligencieis a hospitalidade, pois alguns, praticando-a, sem o saber acolheram anjos. 3 Lembrai-vos dos encarcerados, como se presos com eles; dos que sofrem maus tratos, como se, com efeito, vós mesmos em pessoa fosseis os maltratados. 4 Digno de honra entre todos seja o matrimônio, bem como o leito sem mácula; porque Deus julgará os impuros e adúlteros. 5 Seja a vossa vida sem avareza. Contentai-vos com as cousas que tendes; porque ele tem dito:  De maneira alguma te deixarei, nunca jamais te abandonarei. 6 Assim, afirmemos confiantemente: O Senhor é o meu auxílio, não temerei: que me poderá fazer o homem?

Os deveres espirituais

7 Lembrai-vos dos vossos guias, os quais vos pregaram a palavra de Deus; e, considerando o fim da sua vida, imitai a fé que tiveram. 8 Jesus Cristo ontem e hoje é o mesmo,  e o será para sempre. 9 Não vos deixeis envolver por doutrinas várias e estranhas, porquanto o que vale é estar o coração confirmado com graça, e não com alimentos, pois nunca tiveram proveito os que com isto se preocuparam. 10 Possuímos um altar do qual não tem direito de comer os que ministram no tabernáculo. 11 Pois aqueles animais, cujo sangue é trazido para dentro do Santo dos Santos, pelo sumo sacerdote, como oblação pelo pecado, tem os seus corpos queimados fora do acampamento. 12 Por isso foi que também Jesus, para santificar o povo, pelo seu próprio sangue, sofreu fora da porta. 13 Saíamos, pois, a ele, fora do arraial, levando o seu vitupério. 14 Na verdade, não temos aqui cidade permanente, mas buscamos a que há de vir. 15 Por meio de Jesus, pois, ofereçamos a Deus, sempre, sacrifício de louvor, que é o fruto de lábios que confessam o seu nome. 16 Não negligencieis igualmente a prática do bem e a mútua cooperação; pois velam por vossas almas, como quem deve prestar contas, para que façam isto com alegria e não gemendo;  porque isto não aproveita a vós outros. 

Algumas recomendações pessoais

18 Ora por nós, pois estamos persuadidos de termos boa consciências desejando em todas as cousas viver condignamente. 19 Rogo-vos, com muito empenho, que assim façais  a fim de que eu vos seja restituído mais depressa. 20 Ora, o Deus da paz que tornou a trazer dentre os mortos a Jesus nosso Senhor, o grande Pastor das ovelhas, pelo sangue da eterna aliança, 21 vos aperfeiçoe em todo bem para cumprirdes a sua vontade, operando em vós o que é agradável diante dele, por Jesus Cristo, a quem seja a gloria para todo o sempre. Amém. 22 Rogo-vos ainda, irmãos, que suporteis a presente palavra de exortação; tanto mais quanto vos escrevi resumidamente. 2 Saudai a todos os vossos guias, bem como a todos os santos. Os da Itália vos saúdam. 25 a graça seja com todos vós.

OBS: Aqui termina a Epístola de Paulo aos Hebreus.


 Devemos imitar o exemplo de Cristo que foi perseverante em meio as provações

12.1 Portanto, também vós, visto que temos a rodear-nos tão grande nuvem de testemunhas, desembaraçando-nos de todo peso,  e do pecado que tenazmente nos assedia, corramos com perseverança a carreira que nos está proposta, 2 olhando firmemente para o Autor e Consumador da fé, Jesus, o qual em troca da alegria que lhe estava proposta, suportou a cruz, não fazendo caso da ignominia, e está assentado a destra do trono de Deus. 3 Considerai, pois, atentamente, aquele que suportou tamanha oposição dos pecadores contra si mesmo, para que não vos fatigueis, desmaiando em vossas almas.

As provações revelam o amor paternal de Deus para cm seus filhos

4 Ora, na vossa luta contra o pecado, ainda não tendes resistido até ao sangue, 5 e estais esquecidos da exortação que, como a filhos, discorre convosco: Filho meu, não menosprezes a correção que vem do Senhor, nem desmaies quando por ele és reprovado; 6 porque o Senhor corrige a quem ama, e açoita a todo filho a quem recebe. 7 É para disciplina que perseverais ( Deus vos trata como a filhos); pois, que filho há a quem o pai não corrige? 8 Mas se estais sem correção, e que todos se tem tornado participantes, logo sois bastardos, e não filhos. 9 Além disso, tínhamos os nossos pais segundo a carne, que nos corrigiam, e os respeitávamos; não havemos de estar em muito maior submissão ao Pai dos espíritos, e então viveremos? 10 Pois eles nos corrigiam por pouco tempo, segundo melhor lhes parecia; Deus, porém, nos disciplina para aproveitamento, a fim de sermos participantes da sua santidade. 11 Toda disciplina, com efeito, no momento não parece ser motivo de alegria, mas de tristeza; ao depois, entretanto, produz fruto pacífico aos que tem sido por ela exercitados, fruto de justiça. 12 Por isso restabelecei as mãos descaídas e os joelhos trôpegos; 13 e fazei caminhos retos para os vossos pés, para que não se extravie o que é manco, antes seja curado.

A exortação a paz e a pureza

14 Seguir a paz com todos, e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor, 15 atentando diligentemente por que ninguém seja faltoso, separando-se da graça de Deus; nem haja alguma raiz de amargura que, brotando, vos perturbe e, por meio dela, muitos sejam contaminados; 16 nem haja algum impuro, ou profano, como foi Esaú, o qual, por um repasto, vendeu o seu direito de primogenitura. 17 Pois sabeis também que, posteriormente, querendo herdar a benção, foi rejeitado, pois não achou lugar de arrependimento, embora, com lágrimas, o tivesse buscado.

O Contraste entre o Sinai e o monte Sião

18 Ora, não tendes chegado ao fogo palpável e ardente, e a escuridão, e as trevas, e a tempestade, 19 e ao clangor da trombeta, e ao som de palavras tais, que,  quantos o ouviram suplicaram que não se lhes falasse mais, 20 pois já não suportavam o que lhes era ordenado: Até um animal, se tocar o monte, será apedrejado. 21 Na verdade, de tal modo era horrível o espetáculo, que Moisés disse: Sinto-me aterrado e trêmulo! 22 Mas tendes chegado ao monte Sião e a cidade do Deus vivo, a Jerusalém celestial, e a universal assembleia 23 e igreja dos primogênitos arrolados nos céus, e a Deus, o Juiz de todos, e aos espíritos dos justos aperfeiçoados, 24 e a Jesus, o Mediador de Nova Aliança, e ao sangue da aspersão que fala cousa superiores ao que fala o próprio Abel. 25 Tende cuidado, não recuseis ao que fala. Pois, se não escaparam aqueles que recusaram ouvir quem divinamente os advertia sobre a terra, muito menos nós, os que nos desviamos daquele que dos céus nos adverte, 26 aquele, cuja voz abalou, então, a terra; agora, porém, ele promete, dizendo: Ainda uma vez por todas farei abalar não só a terra, mas também, 26 Ora, esta palavra: Ainda uma vez por todas, significa a remoção dessas cousas abaladas, como tinham sido feitas, para que as cousas que não são abaladas permaneçam. 28 Por isso, recebendo nós um reino inabalável, retenhamos a graça, pela qual sirvamos a Deus de modo agradável, com reverência e santo temor; 29 porque o nosso Deus é fogo consumidor.


Obs. Este livro  foi escrito por Paulo aos Hebreus.


 A natureza da fé

11.1 Ora, a fé é a certeza de causas que se esperam, a convicção de fatos que se não veem.2 pois, pela fé, os antigos obtiveram bom testemunho. 3 Pela fé entendemos que foi o universo formado pela palavra de Deus de maneira que o visível veio a existir das cousas que não aparecem.

Exemplos de fé extraídos do Antigo Testamento. Os primeiros heróis

4 Pela fé Abel ofereceu a Deus mais excelente sacrifício do que Caim; pelo qual obteve testemunho de ser justo, tendo a aprovação de Deus quanto as suas ofertas. Por meio dela, também mesmo depois de morto, ainda fala. 5 Pela fé Enoque foi trasladado para não ver a morte; não achado, porque Deus o trasladara. Pois, antes da sua trasladação, obteve testemunho de haver agradado a Deus. 6 De fato, sem fé é impossível agradar a Deus, porquanto é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe e que se torna galardoador dos que o  buscam. 7 Pela fé Noé, divinamente instruído acerca de acontecimentos que ainda não se viam e sendo temente a Deus, aparelhou uma arca para a salvação de sua casa; pela qual condenou o mundo e se tornou herdeiro da justiça que vem da fé.

Os patriarcas

8 Pela fé Abraão, quando chamado, obedeceu, a fim de ir para um lugar que devia receber por herança; e partiu sem saber aonde ia.9 Pela fé peregrinou na terra da promessa como em  terra alheia, habitando em tendas com Isaque e Jacó, herdeiros com ele da mesma promessa; 10 porque aguardava a cidade que tem fundamentos, da qual Deus é o arquiteto e edificador.11 Pela fé, também, a própria Sara, recebeu poder para ser mãe, não obstante o avançado de sua idade, pois, teve por fiel aquele que lhe havia feito a promessa.12 Por isso também de um, alias já amortecido, saiu uma posteridade tão numerosa como as estrelas do céu, e inumerável como a areia que está na praia do mar.13 Todos estes morreram na fé, sem ter obtido as promessas, vendo-as, porém, de longe, e saudando-as, e confessando que eram estrangeiros e peregrinos sobre a terra.14 Porque os que falam desse modo manifestam estar procurando uma pátria. 15 E, se, na verdade, se lembrassem daquela de onde saíram, teriam oportunidade de voltar.16 Mas agora aspiram a uma pátria superior, isto é, celestial. Por isso, Deus não se envergonha deles, de ser chamado o seu Deus, porquanto lhes preparou uma cidade. 17 Pela fé Abraão, quando posto a prova, ofereceu Isaque; estava mesmo para sacrificar o seu unigênito aquele que acolheu alegremente as promessas, 18 a quem se havia dito: Em Isaque será chamada a tua descendência; 19 porque considerou que Deus era poderoso até para ressuscitá-lo  dentre os mortos, de onde também, figuradamente, o recobrou. 20 Pela fé, igualmente Isaque abençoou a Jacó e a Esaú, a cerca de cousas que ainda estavam para vir. 21 Pela fé Jacó , quando estava para morrer, abençoou cada um dos filhos de José, e, apoiado sobre a extremidade do seu bordão, adorou.22 Pela fé José, próximo do seu fim, fez menção do êxodo dos filhos de Israel, bem como deu ordens quanto aos seus próprios ossos.

Moisés

23 Pela fé Moisés, apenas nascido, foi ocultado por seus pais, durante três meses, porque viram que a criança era formosa; também não ficaram amedrontados pelo decreto do rei. 24 Pela fé Moisés, quando já homem feito, recusou ser chamado filho da filha de Faraó, 25 preferindo ser maltratado junto com o povo de Deus, a usufruir prazeres transitórios do pecado; 26 porquanto considerou o opróbrio de Cristo por maiores riquezas do que os tesouros do Egito, porque contemplava o galardão.27 Pela fé ele abandonou o Egito, e nem ficou amedrontado pela cólera do rei; antes permaneceu firme como quem vê aquele que é invisível. 28 Pela fé celebrou a páscoa e o derramamento do sangue, para que o exterminador não tocasse nos primogênitos dos israelitas. 29 Pela fé atravessaram o Mar Vermelho como por terra seca; tentando-o os egípcios, foram tragados de todo.

Os israelitas em Canaã

30 Pela fé ruíram as muralhas de Jericó, depois de rodeadas por sete dias. 31 Pela fé Raabe, a meretriz, não foi destruída com os desobedientes, porque acolheu com paz aos espias.32 E que mais direi ainda? Certamente me faltará o tempo necessário para referir o que há a respeito de Gideão, de Baraque, de Sansão, de Jefté, de Davi, de Samuel e dos profetas, 33 os quais, por meio da fé, subjugaram reinos, praticaram a justiça, obtiveram promessas, fecharam bocas de leões, 34 extinguiram a violência do fogo, escaparam ao fio da espada, da fraqueza tiraram força, fizeram-se poderosos em guerra, puseram em fuga exércitos de estrangeiros.35 Mulheres receberam, pela ressurreição, os seus mortos. Alguns foram torturados, não aceitando seu resgate, para obterem superior ressureição; 36 outros, por sua vez, passaram pela prova de escárnios e açoites, sim, até de algemas e prisões.37 Foram apedrejados, provados, serrados pelo meio, mortos ao fio da espada; andaram peregrinos, vestidos de peles de ovelhas e de cobras, necessitados, afligidos, maltratados 38 ( homens dos quais o mundo não era digno), errantes pelos desertos, pelos montes, pelas covas, pelos antros da terra. 39 Ora, todos estes que obtiveram bom testemunho por sua fé, não obtiveram, contudo, a concretização da promessa, 40 por haver Deus provido cousa superior a nosso respeito, para que eles, sem nós, não fossem aperfeiçoados.


Obs. Este livro  foi escrito por Paulo aos Hebreus.


 Os sacrifícios antigos eram humanos e transitórios. A expiação feita por Cristo é divina e permanente

10 Ora, visto que a lei tem sombra dos bens vindouros, não a imagem real das cousas, nunca jamais pode tornar perfeitos os ofertantes, com os mesmos sacrifícios que, ano após ano, perfeitamente, eles oferecem. 2 Doutra sorte, não teriam cessado de ser oferecidos, porquanto os que prestam culto, tendo sido purificados uma vez por todas, não mais teriam consciência de pecados? 3 Entretanto, nesses sacrifícios faz-se recordação de pecados todos os anos, 4 porque é impossível que sangue de tourou e de bodes remova pecados. 5 Por isso, ao entrar no mundo, diz: Sacrifício e oferta não quiseste, antes corpo me formaste;  6 não te deleitaste com holocaustos e floretas pelo pecado. não te deleitaste com holocaustos e ofertas pelo pecado. 7 Então eu disse: Eis aqui estou ( no rolo do livro está escrito a meu respeito), para fazer, o Deus, a tua vontade. 8 Depois de dizer, como acima: sacrifícios e ofertas não quiseste, nem holocaustos e oblações pelo nem holocaustos e oblações pelo pecado, nem com isto te deleitaste nem com isto te deleitaste ( cousas que se oferecem segundo a lei), 9 então acrescentou: Eis aqui estou para fazer, ó Deus, a tua vontade. Remove o primeiro para estabelecer o segundo. 10 Nessa vontade é que temos sido santificados, mediante a oferta do corpo e Jesus Cristo, uma vez por todas. 11 Ora, todo sacerdote se apresenta dia após dia a exercer o serviço sagrado e a oferecer muitas vezes os mesmos sacrifícios, que nunca jamais podem remover pecados; 12 Jesus, porém, tendo oferecido, para sempre, um único sacrifício pelos pecados, assentou-se a destra de Deus, 13 Aguardando, daí em diante, até que os seus inimigos sejam postos por estrado dos seus pés. 14 Porque com uma única oferta aperfeiçoou para sempre quantos estão sendo santificados. 15 E disto nos dá testemunho também o Espírito Santo;  porquanto, após ter dito: 16 Esta é a aliança que farei com eles, depois daqueles dias, diz o Senhor:; porquanto, após ter dito: 16 Esta é a aliança que farei com eles, depois daqueles dias, diz o Senhor: Porei nos seus corações as minhas leis, e sobre as suas mente as inscreverei.17 Acrescenta: Também de nenhum modo me lembrarei dos seus pecados e das sua iniquidades, para sempre. 18 Ora onde há remissão destes já não há oferta pelo pecado.

O privilégio de acesso dos crentes a presença de Deus

19 Tendo, pois, irmãos, intrepidez para entrar no Santo dos Santos, pelo sangue de Jesus.20 pelo novo e vivo caminho que ele nos consagrou pelo céu, isto é, pela sua carne, 21 e tendo grande sacerdote sobre a casa de Céus, 22 aproximemo-nos, com sincero coração, em plena certeza de fé, tendo os corações purificados de má consciência e lavado o corpo com água pura. 23 Guardemos firme a confissão da esperança, sem vacilar, pois quem fez a promessa é fiel. 24 consideramo-nos também uns aos outros, para nos estimularmos ao amor e as boas obras. 25 Não abandonemos a nossa própria congregação, como é costume de alguns; antes, façamos admoestações, alguns, antes, façamos admoestações, e tanto mais quanto vocês que o dia se aproxima.

O castigo do pecado voluntário

26 Porque, se vivermos deliberadamente em pecado, depois de termos recebido o pleno conhecimento da verdade, já  não resta sacrifício pelos pecados; 27 pelo contrário, certa expectação horrível de juízo e fogo vingador prestes a consumir os adversários. 28 Sem misericórdia morre pelo depoimento de duas ou três testemunhas quem tiver rejeitado a lei de Moisés. 29 De quanto mais severo castigo julgais vos será considerado digno aquele que calcou aos pés o filho de Deus, e profanou o sangue da aliança com o qual foi santificado, e ultrajou o Espírito da graça? 30 Ora, nós conhecemos aquele que disse: A mim pertence a vingança; eu retribuirei. E  outra vez : O Senhor julgará o seu povo. 31 Horrível causa é cair nas mão do Deus vivo.

Apelo para o passado. A recompensa não tarda

32 Lembrai-vos, porém, dos dias anteriores em que, depois de iluminados, sustentastes grande luta e sofrimentos;  33 ora expostos como em espetáculos, tanto de opróbrio, quanto de tribulações; ora tornando-vos co-participantes com aqueles que desse modo foram tratados.  34 Porque não somente vos compadecestes dos encarcerados, com aceitastes com aqueles que desse modo foram tratados. 34 Porque não somente vos compadecestes dos encarcerados, como aceitastes com alegria o espólio dos vossos bens, tendo ciência de possuirdes vós mesmos patrimônios superior e durável. 35 Não abandoneis, portanto, a vossa confiança; ela tem grande galardão. 36 Com efeito, tendes necessidade de perseverança, para  que havendo feito a vontade de Deus, alcanceis a promessa. 37 Porque ainda dentro de pouco tempo aquele que virá, e não tardará; 38 todavia, o meu justo viverá pela fé, e: Se retroceder, nele não se compraz a minha alma. 39  Nós, porém, não somos dos retrocedem para a perdição. somos entretanto, da fé, para a conservação da alma.


Obs. Este livro  foi escrito por Paulo aos Hebreus.


 Os ritos, ofertas e sacrifícios mosaicos eram imperfeitos e ineficazes

9.1 Ora, a primeira aliança também tinha preceitos de serviço sagrado, e o seu santuário terrestre. Com efeito, foi preparado o tabernáculo, cuja parte anterior, onde estávamos candeeiro, e a mesa, e a exposição dos pães, se chama o Santo Lugar; 3 por trás do segundo véu se encontrava o tabernáculo que se chama o Santo dos Santos, 4 ao qual  pertencia um altar de ouro para o incenso, e a arca da aliança totalmente coberta de ouro, na qual esta uma urna de ouro contendo o maná, a vara de Arão, que floresceu, e as tábuas da aliança; 5 e sobre ela os querubins de glória que, com a sua sombra, cobriam o propiciatório. Dessas cousas, todavia, não falaremos agora pormenorizadamente. 6 Ora, depois de tudo isto assim preparado, continuamente entram no primeiro tabernáculo os sacerdotes, para realizar os serviços sagrados; 7 mas no segundo o sumo sacerdote, ele sozinho, uma vez por ano, não sem sangue, que oferece, por si e pelos pecados de ignorância do povo; 8 querendo com isto dar a entender o Espírito Santo  que ainda o caminho do Santo Lugar não se manifestou, enquanto o primeiro tabernáculo continua erguido. 9 É isto uma parábola para a época presente; e, segundo esta, se oferecem assim dons como sacrifícios, embora estes, no tocante a consciência, sejam ineficazes para aperfeiçoar aquele que presta culto. 10 E que não passam de ordenanças da carne, baseadas somente em comidas e bebidas e diversas abluções, impostas até ao tempo oportuno de reforma.

O sacrifício de cristo não se repete, é perfeito e eficaz

11 Quando, porém, veio Cristo como sumo sacerdote dos bens já realizados, mediante o maior e mais perfeito tabernáculo, não feito por mãos, quer dizer, não desta criação, 12 não por meio de sangue de bodes e de bezerros, mas pelo seu próprio sangue, entrou no Santo dos Santos, uma vez por todas, tendo obtido eterna redenção. 13 Portanto se o sangue de bode e de touros, e a cinza de uma novilha, aspergida sobre os contaminados, os sacrífica, quanto a purificação da carne, 14 muito mais o sangue de Cristo que, pelo Espírito eteno, a si mesmo se ofereceu sem mácula a Deus, purificará a nossa consciência de obras mortas para servirmos ao Deus vivo! 15 Por isso mesmo, ele é o Mediador da nova aliança a fim de que, intervindo a morte para remissão das transgressões que havia sobe a primeira aliança, recebam a promessa da eterna herança aqueles que tem sido chamados. 16 Porque onde há testamento é necessário que intervenha a morte do testador; 17 pois um testamento só é confirmado no caso de mortos; visto que de maneira nenhuma tem força de lei enquanto vive o testador. 18 Pelo que nem a primeira aliança foi sancionada sem sangue; 19 porque, havendo Moisés proclamado todos os mandamentos segundo a lei, a todo o povo, tomou o sangue dos bezerros e dos bodes, com água, e lã tinta de escarlate, e hissopo, e aspergiu não só próprio livro, como também todo o povo, 20 dizendo: Este é o sangue da aliança, a qual Deus prescreveu  para vós outros. 21 Igualmente também aspergiu com sangue o tabernáculo e todos os utensílios do serviço sagrado.22 Com efeito, quase todas as cousas, segundo a lei, se purificam com sangue; e sem derramamento de sangue não há remissão.

O sacrifício de Cristo é eficaz para sempre

23 Era necessário, portanto, que as figuras das cousas que se acham nos céus se purificassem com tais sacrifícios, mas as próprias cousas celestiais com sacrifícios a eles superiores. 24 Porque Cristo não entrou em santuário feito por mãos, figura do verdadeiro, porém no mesmo céu, para comparecer, agora, por nós, diante de Deus. 25 nem ainda para se oferecer a si mesmo muitas vezes, como o sumo sacerdote cada ano entra no Santo dos Santos com sangue alheio. 26 Ora, neste caso, seria necessário que ele tivesse sofrido muitas vezes desde a fundação do mundo; agora, porém, ao se cumprirem  os tempos, se manifestou uma vez por todas, para aniquilar pelo sacrifício de si mesmo o pecado. 27 E, assim como aos homens está ordenado morrerem uma só vez e, depois disto, o juízo, 28 assim também cristo, tendo-se oferecido uma vez para sempre para tirar os pecados de muitos, aparecerá segunda vez , sem pecado, aos que o aguardam para a salvação.

Obs. Este livro  foi escrito por Paulo aos Hebreus.

A antiga aliança era o símbolo transitório da nova, superior e eterna, da qual Cristo é o mediador

8.1 Ora, o essencial das cousas que temos dito, é que possuímos tal sumo sacerdote, que se assentou a destra do trono da Majestade nos céus, 2 como ministro do santuário e do verdadeiro tabernáculo que o Senhor erigiu, não homem. 3 Pois todo sumo sacerdote é constituído para oferecer assim dons como sacrifícios; por isso era necessário que também esse sumo sacerdote tivesse o que oferecer. 4  Ora, se ele estivesse na terra, nem mesmo sacerdote seria, visto existirem aqueles que oferecem os dons segundo a lei, 5 os quais ministram em figura e sombra das cousas celestes, assim como foi Moisés divinamente instruído, quando estava para construir o tabernáculo; pois diz ele: Vê que faças todas as cousas de acordo com o modelo que te foi mostrado no monte. 6 Agora, com efeito, obteve Jesus ministério tanto mais excelente, quanto é ele também mediador de superior aliança instituída com ase em superiores promessas.7 Porque, se aquela primeira aliança tivesse sido sem defeito, de maneira alguma estaria sendo buscado lugar para segunda. 8 E, de fato, repreendendo-os, diz: Eis aí vem dias, diz o Senhor, e firmarei nova aliança com a casa de Israel e com a casa de Judá, 9 não segundo a aliança que fiz com seus pais, no dia em que os tomei pela mão, para os conduzir até fora da terra do Egito; pois eles não continuaram na minha aliança, e eu não atentei para eles, diz o Senhor.10 Porque esta é a aliança que firmarei com a casa de Israel, depois daqueles dias, diz o Senhor. Nas suas mentes imprimirei as minhas leis, também sobre os seus corações as inscreverei; e eu serei o seu Deus, e eles serão o meu povo. 11 E não ensinará jamais cada um ao seu próximo, nem cada um ao seu irmão, dizendo: conhece ao Senhor; porque todos me conhecerão , desde o menor deles até ao maior. 12 Pois, para com as suas iniquidades usarei de misericórdia, e dos seu pecados jamais me lembrarei. 13 Quanto ele diz Nova, torna antiquada a primeira. Ora, aquilo que se torna antiquado e envelhecido, está prestes a desaparecer.


Obs. Este livro  foi escrito por Paulo aos Hebreus.


 Melquisedeque, tipo de Cristo

7.1 Porque este Melquisedeque, rei de Salém,  sacerdote do Deus Altíssimo, que saiu ao encontro de Abraão quando voltava da matança dos reis, e o abençoou; 2 para o qual também Abraão separou o dízimo de tudo ( primeiramente se interpreta rei de justiça, depois também é rei de Salém, ou seja rei de paz; 2 sem pai, sem mãe, sem genealogia; que não teve princípio de dias, nem fim de existência, entretanto feito semelhante ao Filho de Deus), permanece sacerdote perpetuamente.

O sacerdócio de Cristo é superior ao sacerdócio levítico

4 Considerai, pois, como era grande esse a quem Abraão, o patriarca, pagou o dízimo, tirado dos melhores despojos. 5 Ora, os que dentre os filhos de Levi recebem o sacerdócio, tem mandamento de recolher, de acordo com a lei, os dízimos do povo, ou seja, dos seu irmãos, embora tenham estes descendido de Abraão; 6 entretanto, aquele cuja genealogia não se inclui entre eles, receber dízimos de Abraão, e abençoou o que tinha as promessas. 7 Evidentemente, é fora de qualquer dúvida, que o inferior é abençoado pelo superior. 8 Alias, aqui são homens mortais os que recebem dízimos, porém ali, aquele de quem se testifica que vive. 9 E, por assim dizer, também Levi, que recebe dízimos, pagou-os na pessoa de Abraão. 10 Porque aquele ainda não tinha sido gerado por seu pai, quando Melquisedeque saiu ao encontro deste.

O sacerdócio levítico teve fim, mas o de Cristo é eterno

11 Se, portanto, a perfeição houvera sido mediante o sacerdócio levítico ( pois nele baseado o povo recebe a lei), que necessidade haveria ainda de que se levantasse outro sacerdote, segundo a ordem de Melquisedeque, e que não fosse contado segundo a ordem de Arão? 12 Pois, quando se muda o sacerdócio, necessariamente há também mudança de lei. 13 Porque aquele, de quem são ditas estas cousas, pertence a outra tribo, da qual ninguém prestou serviço ao altar; 14 pois é evidente que nosso Senhor procedeu de Judá, tribo a qual Moisés nunca atribuiu sacerdotes.15 E isto é ainda muito mais evidente, quando, a semelhança de Melquisedeque,  se levanta outro sacerdote, 16 constituído, não conforme a lei de mandamento carnal, mas segundo o poder de vida indissolúvel. 17 Porquanto se testifica: Tu é sacerdote para sempre segundo a ordem de Melquisedeque. 18 Portanto, por um lado, se revoga a anterior ordenança, por causa de sua fraqueza e inutilidade 19 ( pois a lei nunca aperfeiçoou cousa alguma)  e, por outro lado, se introduz esperança superior, pela qual nos chegamos a Deus.

Cristo, sacerdote único e perfeito

20 E, visto que não é sem prestar juramento ( porque aqueles, sem juramento, são feitos sacerdotes, 21 mas este, com juramento, por aquele que lhe disse: O  Senhor jurou e não se arrependerá: Tu és sacerdote para sempre) ; 22 por isso mesmo Jesus se tem tornado fiador de superior aliança. 23 Ora, aqueles são feitos sacerdotes em maior número, porque são  impedidos pela morte de continuar; 24 este, no entanto, porque continua para sempre, tem o seu sacerdócio imutável. 25 Por isso também pode salvar totalmente os que por ele se chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles. 26 Com efeito nos convinha um sumo sacerdote, assim como este, santo, inculpável, sem mácula, separado dos pecadores, e feito mais alto do que os céus, 27 que não tem necessidade, como os sumos sacerdotes, de oferecer todos os sumos sacerdotes, de oferecer todos os dias sacrifícios, primeiro por seus próprios pecados, depois pelos do povo; porque fez isto uma vez por todas, quando a si mesmo se ofereceu. 28 Porque a lei constitui sumos sacerdotes  a homens sujeitos a fraqueza, mas a palavra do juramento, que foi posterior a lei, constitui o Filho, perfeito para sempre.


Obs. Este livro  foi escrito por Paulo aos Hebreus.

Exortação ao progresso na fé

6.1 Por isso, pondo de parte os princípios elementares da doutrina de Cristo, deixemo-nos levar para o que é perfeito, não lançando de novo a base do arrependimento de obras mortas, e da fé em Deus, 2 e o ensino de batismos e da imposição de mãos, da ressurreição dos mortos e do juízo eterno. 3 Isso faremos, se Deus permitir.

Os perigos espirituais

4 É impossível, pois, que aqueles que uma vez foram iluminados e provaram o dom celestial e se tornaram participantes, do Espírito Santo, 5 e provaram a boa palavra de Deus e os poderes do mundo vindouro, 6 e caíram, sim, é impossível outra vez renová-los para arrependimento, visto que de novo estão crucificando para si mesmos o Filho de Deus, e expondo-o a ignominia. 7 Porque a terra que absorve a chuva que frequentemente cai sobre ela, e produz espinhos e abrolhos, é rejeitada, e perto está da maldição, e o seu fim é ser queimada.


As cousas melhores e pertentes a salvação

9 Quando a vós outros, todavia, o amados, estamos persuadidos das cousas que são melhores e pertencentes a salvação, ainda que falamos desta maneira. 10 Porque Deus não é injusto para ficar esquecido do vosso trabalho e do amor que evidenciastes para com o seu nome, pois servistes e ainda servis aos santos. 11 Desejamos, porem, continue cada um de vós mostrando até ao fim a mesmo diligência para a plena certeza da esperança; 12 para que não vos torneis indolentes, mas imitadores daqueles  que, pela fé e pela, longanimidade herdam as promessas.

A imutabilidade da promessa de Deus

13 Pois quando Deus fez a promessa a Abraão, visto que não tinha ninguém superior por quem jurar, jurou por si mesmo, 14 dizendo: certamente te abençoarei, e te multiplicarei. 15 E assim, depois de esperar com paciência, obteve Abraão a promessa. 16 Pois os homens juram pelo que lhes é superior, e o juramento, servindo de garantia, para eles, é o fim de todas contenda. 17 Por isso Deus, quando quis mostrar mais firmemente aos herdeiros da promessa a imutabilidade do seu propósito, se interpôs com juramento, 18 para que, mediante duas cousas imutáveis, nas quais é impossível que Deus minta, forte alento tenhamos nós que já corremos para o refúgio, a fim de lançar não da esperança proposta; 19 a qual temos por âncora da alma, segura e firme, e que  penetra além do véu, 20 aonde Jesus, como precursor, entrou por nós,  tendo-se tornado sumo sacerdote para sempre, segundo a ordem de Melquisedeque.


Obs. Este livro  foi escrito por Paulo aos Hebreus.


 Cristo, superior ao sacerdócio da antiga aliança

5.1 Porque todo sumo sacerdote, sendo tomado dentre os homens, é constituído nas cousas concernentes a Deus, a favor dos homens, para oferecer assim dons como sacrifícios pelos pecados, 2 e capaz de condoer-se dos ignorantes e dos que erram pois também ele mesmo está rodeado e franquezas. 3 E, por estas razão, deve oferecer sacrifícios pelos pecados, assim do povo, como  de si mesmo. 4 Ninguém, pois, toma esta honra para si mesmo, senão quando chamado por Deus, como aconteceu com Arão. 5 Assim, também Cristo a si mesmo não se glorificou para se tornar sumo sacerdote, mas aquele que lhe disse: Tu és meu Filho, eu hoje te gerei; 6 como em outro lugar também diz: Tu é sacerdote para sempre, segundo a ordem de Melquisedeque. 7 Ele, Jesus, nos dias da sua carne, tendo oferecido, com forte clamor e lágrimas, orações e súplicas a que o podia livrar da morte, e tendo sido ouvido por causa da sua piedade. 8 embora sendo Filho, aprendeu a obediência pelas cousas que sofreu 9 e, tendo sido perfeiçoado, tornou-se o Autor da  salvação eterna para todos os que lhe obedecem. 10 tendo sido nomeado por Deus sumo sacerdote, segundo a ordem de Melquisedeque.

Os cristãos hebreus não tinham progredido

11 A esse respeito temos muitos cousas que dizer, e difíceis de explicar, porquanto vos tendes tornado tardios em ouvir. 12 Pois, com efeito, quando devíeis ser mestres, atendendo ao tempo decorrido, tendes novamente necessidade de alguém que vos ensine de novo quais são os princípios elementares dos oráculos de Deus; assim vos tornastes como necessitados de leite, e não de alimento sólido. 13 Ora, todo aquele que se alimenta deleite, é inexperiente  na palavra da justiça, porque é criança. 14 Mas o alimento sólido é para os adultos, para aqueles que, pela prática, tem as suas faculdades exercitadas para discernir não  somente o bem mas também o mal.


Obs. Este livro  foi escrito por Paulo aos Hebreus.

 

 A estrada no descanso de Deus pela fé

4.1 Temamos, portanto, que, sendo-nos  deixada a promessa de entrar no descanso de Deus, suceda parecer que algum de vós tenha falhado. 2 Porque também a nós foram anunciadas as boas novas, como se deu com eles; mas a palavra que ouviram não lhes aproveitou, visto não ter sido acompanhada pela fé, naqueles que a ouviram. 3 Nós, porém, que cremos, entramos no descanso; conforme  Deus tem dito: Assim jurei na minha ira: Não entrarão no meu descanso; embora, certamente, as obras estivessem concluídas desde a fundação do mundo. 4 Porque em certo lugar assim disse, no tocante ao sétimo dia: E descansou Deus, no sétimo dia, de todas as obras que fizera. 5 E novamente, no mesmo lugar: Não entrarão no meu descanso. 6 Visto, portanto, que resta entrarem alguns nele, e que, por causa da desobediência, não entraram aqueles aos quais anteriormente foram anunciadas as boas novas,  7 de novo determina certo dia. Hoje, falando por Davi, muito tempo depois, segundo antes fora declarado: Hoje, se ouvirdes a sua voz, não endureçais os vossos corações. 8 Ora, se Josué lhes houvesse dado descanso, não falaria posteriormente a respeito de outro dia. 9 Portanto, resta um repouso para o povo de Deus. 10 Porque aquele que entrou no descanso de Deus, também ele mesmo descansou de suas obras, como Deus das suas. 11 Esforcemo-nos, pois, por entrar naquele descanso, a fim de que ninguém caia, segundo o mesmo exemplo de desobediência. 12 Porque  a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até ao ponto de dividir alma e espírito, juntas e medulas e apta para discernir os pensamentos e propósitos d do coração. 13 E não há criatura que não seja manifesta na sua presença; pelo contrário, todas as cousas estão descobertas e patentes aos olhos daquele a quem temos de prestar contas.

Jesus, o sumo sacerdote que se compadece de nós

14 Tendo, pois, a Jesus, o Filho de Deus, como grande sumo sacerdote que penetrou aos céus, conservemos firmes a nossa confissão. 15 Porque não temos sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas, antes foi ele tentando em todas as cousas, a nossa semelhança, mas sem pecado. 16 acheguemo-nos, portanto, confiadamente, junto ao trono da graça, a fim de recebermos misericórdia e acharmos graça para socorro em ocasião oportuna.


Obs. Este livro  foi escrito por Paulo aos Hebreus.

Cristo é superior a Moisés. O perigo da incredulidade  e da desobediência

3.1 Por isso, santos irmãos, que participais da vocação celestial, considerai atentamente a Apóstolo e Sumo Sacerdote da nossa confissão, Jesus, 2 o qual é fiel aquele que o constituiu, como também o era Moisés e, toda a casa d Deus. 3 Jesus, todavia, tem sido considerado digno de tanto maior glória do que Moisés, quanto maior glória do que Moisés, quanto maior honra de que a casa tem aquele que estabeleceu. 4 Pois toda casa é estabelecida por alguém, mas aquele que estabeleceu todas as cousas é Deus. 5 E Moisés era fiel em toda a casa de Deus como servo, para testemunho das cousas que haviam de ser anunciadas; 6 Cristo, porém, como filho, sobre a sua casa somos nós, se guardamos firme até ao fim a ousadia e a exultação da esperança. 7 Assim, pois, como diz o Espírito Santo: Hoje se ouvirdes a sua voz, 8 não endureçais os vossos corações como foi na provocação no dia da tentação no deserto, 9 onde os vossos pais me tentaram pondo-me a prova, 10 e viram as minhas obras por quarenta anos. Por isso me indignei contra essa geração. e disse: Estes sempre erram no coração; eles também não conheceram os meus caminhos; eles também não conheceram os meus caminhos. 11 Assim jurei na minha ira: Não entrarão no me descanso. 12 Tende cuidado, irmãos, jamais aconteça haver em qualquer de vós perverso coração de incredulidade que vos afaste do Deus vivo. 13 pelo contrário, exortai-vos mutuamente cada dia, durante o tempo que se chama Hoje, a fim de que nenhum de vós seja endurecido pelo engano do pecado. 14 Porque nos temos tornado participantes de Cristo, se de fato guardarmos firme até ao fim a confiança que desde o princípio tivemos. 15 Enquanto se diz: Hoje, se ouvirdes a sua voz, não enfureçais os vossos corações como foi na provocação. 16 Ora, quais os que tendo ouvido, se rebelaram? Não foram, de fato, todos os que saíram do Egito por intermédio de Moisés?17 E contra quem se indignou por quarenta anos? Não foi contra os que pecaram cujos cadáveres caíram no deserto? 18 E contra que jurou que não entrariam no seu descanso, senão contra os que foram desobedientes? 19 Vemos, pois, que não puderam  entrar por causa da incredulidade.


Obs. Este livro  foi escrito por Paulo aos Hebreus.

O perigo da negligência


2.1 Por esta razão, importa que nós apeguemos, com mais firmeza, as verdade ouvidas, para que delas jamais nos desviemos. 2 Se, pois, se tornou firme a palavra falada por meio  de anjos, e toda transgressão e desobediência recebeu justo castigo, 3 como escaparemos nós, se negligenciarmos tão grande salvação? a qual, tendo sido anunciada inicialmente pelo Senhor, foi-nos depois confirmada pelos que a  ouviram; 4 dando Deus testemunho juntamente com , por sinais, prodígios e vários milagres, e por distribuições do Espírito Santo segundo a sua vontade. 

Jesus coroado de glória: sumo sacerdote idôneo e compassivo

5 Pois não foi a anjos que sujeitou o mundo que há de vir, sobre a qual estamos falando; 6 antes alguém, em certo lugar, eu pleno testemunho, dizendo: Quem é o  homem, que dele te lembres? ou o filho do homem, que o visites? Fizeste-o, por um pouco, menor que os anjos, de glória e de honra o coroaste [ e o constituíste sobre as obras das tuas mãos.] 8 Todas as cousa sujeitaste debaixo dos seu pés. Ora, desde que lhe sujeitou todas as cousas, nada deixou fora do seu domínio. Agora, porém, ainda não vemos todas as cousas a ele sujeitas; 9 vemos, todavia, aquele que, por um pouco, tendo sido feito menos que os anjos, Jesus, por causa do sofrimento da morte, foi coroado de glória e de honra, para que, pela graça de Deus, provasse a morte por todo homem. 10 Porque convinha que aquele, por cuja causa e por que todas a cousas existem conduzindo muitos filhos a glória, aperfeiçoasse por meio de sofrimentos o Autor da Salvação deles. 11 Pois, tanto o que santifica, como os que são santificados, todos vêm deum só. Por isso é que ele não se envergonha de lhes chamar irmão, 12 dizendo: A meus irmãos declarei o teu nome, cantar-te-ei louvores no meio da congregação; 13 e outra vez:  Eu porei nele a minha confiança. E ainda: Eis aqui estou eu, e os filhos que Deus me deu. 14 visto, pois, que os filhos tem participação comum de carne e sangue destes também ele, igualmente, participou, para que, por sua morte, destruísse aquele que tem o poder da morte, a saber, o diabo, 15 e livrasse a todos que, pelo pavor da morte estavam sujeitos a escravidão por toda a vida, 16 Pois ele, evidentemente, não socorre a anjos, mas socorre a descendência de Abraão. 17 Por isso mesmo convinha que, em todas as cousas, se tornasse semelhante aos irmãos, para ser misericordioso e fiel sumo sacerdote nas causas referentes a Deus, e para fazer propiciação pelos pecados do povo.18 Pois naquilo que ele mesmo sofreu, tendo sido tentado, é poderoso para socorrer os que são tentados.

Obs. Este livro  foi escrito por Paulo aos Hebreus.


 A revelação de Deus

1.1 Havendo Deus, outrora, falado muitas vezes, e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, 2 nestes últimos idas son falou pelo Filho a quem constituiu herdeiro de tidas as cousas, pelo qual também fez o universo.3 Ele, que é o resplendor da glória e a expressão exata do eu seu Ser, sustentando todas as cousas pela palavra do seu poder, depois de ter feito a purificação dos pecados, assentou-se a direita da Majestade nas altura, 4 tendo-se tornado tão superior aos anjos, quanto herdou mais excelente nome do que eles.

 
Cristo é o filho, os anjos são ministros

5 Pois a qual dos anjos disse jamais: Tu é meu Filho, eu hoje te gerei? E outra vez: Eu lhe serei Pai, e ele me será Filho? 6 E, novamente, ao introduzir o Primogênito no mundo, diz: E todos os anjos de Deus o adorem. 7 Ainda, quanto aos anjos, diz: Aquele que a seus anjos faz ventos, e a seus ministros, labareda de fogo; 8  mas, acerca do Filho: O teu trono, ó Deus, é para todo o sempre, e: Cetro de equidade é cetro do seu reino. 9  Amaste a justiça e odiaste a iniquidade; por isso Deus, o teu Deus, te ungiu com óleo de alegria como a nenhum dos teus companheiros. 10 Ainda: No principio, Senhor, lançaste os fundamentos da terra, e os céus sã obras das tuas mãos; 11 eles perecerão; tu, porém, permaneces; sim tidos eles envelhecerão qual vestido, 12 também, qual manto, os enrolarás, como vestidos serão igualmente mudados; tu, porém és o mesmo e os teus anos jamais terão fim. 13 Ora, a qual dos anjos jamais disse: Assenta-te a minha direita, até  que eu ponha os teus inimigos por estrado dos teus pés? 14 Não são todos eles espíritos ministradores enviados para serviço, a favor dos que hão de herdar a salvação?

Obs. Este livro  foi escrito por Paulo aos Hebreus.


 Prefácio e saudação

1.1 Paulo, prisioneiro de Cristo Jesus, e o irmão Timóteo, ao amado Filemom, também nosso colaborador, 2 e a irmã Afia, e a Arquipo , nosso companheiro e lutas, e a igreja que está em tua casa: 3 Graças e paz a vós outros da parte de Deus nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo. 

As ações de graça pela fé, o amor e a abnegação de Filemom

4 Dou graças ao meu Deus, lembrando-me sempre de ti nas minhas orações, 5 estando ciente do teu amor e da fé que tens para como o Senhor Jesus e todos os santos, 6 para que a comunhão da tua fé se torne eficiente, no pleno conhecimento de todo tem que há em nós, para com Cristo. 7 Pois, irmão tive grande alegria e conforto no teu amor, porquanto o coração dos santos tem sido reanimado por teu intermédio.

O apóstolo Paulo intercede em favor de Onésimo

8 Pois bem, ainda que eu sinto plena liberdade em Cristo para te ordenar o que convém, 9 prefiro, todavia, solicitar em nome do amor, sendo o que sou, Paulo, o velho e, agora, até prisioneiro de Cristo Jesus: 10 sim, solicito-te em favor de meu filho Onésimo, que gerei entre algemas. 11 Ele, antes te foi inútil; atualmente, porém, é útil, a ti e a mim. 12 Eu to envio de volta em pessoa, quero dizer, o meu próprio coração. 13 Eu queria conservá-lo comigo mesmo para, em teu lugar, me servir nas algemas que carrego por causa do evangelho; 14 nada, porém, quis fazer sem o teu consentimento, para que a tua bondade não venha a ser como que por obrigação, mas delivre vontade. 15 Pois, acredito que ele veio a ser afastado de ti temporariamente, a fim de que o possuísses para sempre, 16 não já como escravo; antes, muito acima de escravo, como irmão caríssimo, especialmente de mim é, com maior razão , de ti, quer na carne, quer no Senhor. 17 Se, portanto, me consideras companheiro, recebe-o , como se fosse a mim mesmo. 18 E se algum dano te fez, ou se te deve alguma cousa, lança tudo em minha conta. 19 Eu, Paulo de próprio punho, o escrevo: Eu pagarei __ para não te alegar que também tu me deves até a ti mesmo. 20 sim, irmão, que eu receba de ti no Senhor, este benefício. Reanima-me o coração em Cristo,

As comunicações pessoais. As últimas saudações e a benção

21 Certo, como estou, da tua obediência, eu te escrevo, sabendo que farás mais do que estou pedindo. 22 E ao mesmo tempo prepara-me também pousada, pois espero que, por vossas orações, vos serei restituído. 23 Saúdam-te Epafras, prisioneiro comigo, em Cristo Jesus. 24 marcos, Aristarco, Demas, Lucas, meus cooperadores. 25 A graça do Senhor Jesus Cristo seja como o vosso espírito.

OBS: Esse livro só tem um capítulo.

 


 A obediência as autoridades. A salvação pela graça leva as boas obras

3.1 Lembra-lhes que se sujeitem aos que governam, as autoridades; sejam obedientes, estejam prontos para toda boa obra, 2 não difamem a ninguém; nem sejam altercadores, mas cordatos, dando provas de toda cortesia, para com todos os homens. 3 Pois nós também, outrora, éramos néscios, desobedientes, desgarrados, escravos de toda sorte de paixões e prazeres, vivendo em malícia e inveja, odiosos e odiando-nos uns aos outros.4 Quando, porém se manifestou a benignidade de Deus, nosso Salvador, e o seu amor para com os homens,5 não por obras de justiça praticadas por nós, mas segundo sua misericórdia, ele nos salvou mediante o lavar regenerador e renovador do Espírito Santo,6  que ele derramou sobre nós ricamente, por meio de Jesus Cristo nosso Salvador, 7 a fim de que, justificados por garça , nos tronemos seus herdeiros, segundo a esperança da vida eterna.8 Fiel é a palavra, e quero que, no tocante a estas cousas, faças afirmação, confiadamente, para que os que tem crido em Deus sejam solícitos na prática de boas obras. Estas cousas são excelentes e proveitosas aos homens. 9 Evita discussões insensatas, genealogias, e contendas, e debates sobre a lei; porque não tem utilidade e são fúteis. 10 Evita o homem faccioso, depois de admoestá-lo primeira e segunda vez, 11 pois sabes que tal pessoa está pervertida e vive pecando, e por si mesma está condenada.

As recomendações particulares. As saudações finais. A benção

12 Quando te enviar Ártemas, ou Tiquico, apressa-te a vir até Nicópolis ao meu encontro. Estou resolvido a passar o inverno ali. 13 Encaminha com diligência a Zenas, o intérprete da lei, e a Apolo, a fim de que não lhes falte cousa alguma. 14 Agora, quanto aos nossos, que aprendam também a distinguir-se nas boas obras, a favor dos necessitados, para não se tornarem infrutíferos. 15 Todos os que se acham comigo te saúdam. saúda a quantos nos amam na fé. 
A graça seja com todos vós.


Obs. Este livro é o último capítulo que  foi escrito por Paulo a Tito.


 Os deveres das várias classes de pessoas crentes

2.1 Tu, porém, fala o que convém a sã doutrina: 2 Quanto aos homens idosos, que sejam temperantes, respeitáveis, sensatos,  sadios na fé, no amor e na constância. 3 Quanto as mulheres idosas, semelhantemente, que sejam sérias em seu proceder, não caluniadoras, não escravizadas a muito vinho; sejam mestras do bem, 4 fim de instruírem as jovens recém-casadas a amarem a seus maridos e a seus filhos, 5 a serem sensatas, honestas, boas donas de casa, bondosas, sujeiras a seus próprios maridos, para que a palavra de Deus não seja difamada. 6  Quanto aos moços, de igual modo, exorta-os para que,  em todas as cousas, sejam criteriosos. 7 Torna-te, pessoalmente, padrão de boas obras. No ensino, mostra integridade, reverência seja a,  8 linguagem sadia e irrepreensível, para que  o adversário seja envergonhado não tenho indignidade nenhuma que dizer a nosso respeito. 9 Quanto aos servos, que sejam, em tudo, obedientes aos seus próprios senhores, dando-lhe motivo de satisfação; não sejam respondões, 10 não furtem; pelo contrário, deem prova de toda a fidelidade, a fim de ornarem, em todas  as cousas, a doutrina de Deus, nosso Salvador.

Os gloriosos benefícios da graça salvadora de Cristo

11 Portanto a graça de Deus se manifestou salvadora a todos os homens, 12 educando-nos para que, renegadas a impiedade e as paixões mundanas, vivamos no presente século, sensata, justa e piedosamente, 13 aguardando a bendita esperança e a manifestação da glória do nosso grande Deus e Salvador Cristo Jesus, 14 o qual a si mesmo se deu por nós, a fim de remir-nos de toda iniquidade, e purificar para si mesmo um povo exclusivamente seu, zeloso de boas obras. 15 Diz estas cousas; exorta e repreende também com toda a autoridade. Ninguém te despreze.

Obs. Este livro foi escrito por Paulo a Tito.