Quem sou eu
O plano para tirar a vida a Jesus
Mt 26.1-5; Mc 14.10,11
22.1Estava próxima a festados pães asmos, chamada páscoa. 2Preocupavam-se os principais sacerdotes e os escribas em como tirar a vida a Jesus; porque temiam o povo.
O pacto da traição
Mt 26.14-16; Mc 14.10,11
3 Ora, Satanás entrou em Judas chamado Iscariotes, que era um dos doze. 4 Este foi entender-se com os principais sacerdotes e os capitães de como lhes entregaria a Jesus; 5 então eles se alegraram e combinaram em lhe dar dinheiro. 6 Judas concordou e buscava uma boa ocasião de lho entregar sem tumulto.
Os discípulos preparam a páscoa
Mt 26. 17-19; Mc 14.12-26
7 Chegou o dia dos pães asmos em que importava comemorar a páscoa. 8 Jesus, pois, enviou Pedro e João, dizendo: Ide preparar-nos a páscoa para que a comamos. 9 Eles lhe perguntaram: Onde queres que a preparemos? 10 Então lhes explicou Jesus: Ao entrardes na cidade encontrareis um homem com um cântaro de água; segui-o até a casa em que ele entrar, 11 e dizei ao dono da casa: O Mestre manda perguntar-te: Onde é o aposento no qual hei de comer a páscoa com os meus discípulos?12 Ele vos mostrará um espaçoso cenáculo mobilado; ali fazei os preparativos13, E, indo, tudo encontraram como Jesus lhes dissera, e prepararam a páscoa.
A última páscoa
14 Chegada a hora, pôs-se Jesus a mesa, e com ele os apóstolos. 15 E disse-lhes: Tenho desejado ansiosamente comer convosco esta páscoa, antes do meu sofrimento.16 Pois vos digo que nunca mais a comerei, até que ela se cumpra no reino de Deus. 17 E, tomando um cálice, havendo dado graças, disse: Recebei e reparti entre vós; 18 pois vos digo que de agora em diante não mais beberei do fruto da videira, até que venha o reino de Deus.
A ceia do Senhor
Mt 26.26-30; Mc 14.22-26
19 E, tomando um pão, tendo dado graças, o partiu e lhes deu, dizendo; Isto é o meu corpo oferecido por vós; fazei isto em memória de mim.20 Semelhantemente, depois de cear, tomou o cálice, dizendo: Este é o cálice da nova aliança no meu sangue derramado em favor de vós. 21 Todavia a mão do traidor está comigo a mesa. 22 Porque o filho do homem, na verdade, vai segundo o que está determinado, mas ai daquele por intermédio de quem ele está sento traído! 23 Então começaram a indagar entre si sobre quem seria dentre eles o que estava para fazer isto.
Seja o maior como o menor
24 Suscitaram também entre si uma discussão sobre qual deles parecia se o maior.25 Mas Jesus lhes disse: Os reis dos povos dominam sobre eles, e os que exercem autoridade são chamados benfeitores.26 Mas vós não sois assim; pelo contrário, o maior e entre vós seja como o menor; e aquele que dirige seja como o que serve.27 Pois qual é maior: quem está a mesa, ou quem serve? Porventura não é quem está a mesa? Pois, no meio de vós, eu sou como quem serve. 28 Vós sois os que tendes permanecido comigo nas minhas tentações. 29 Assim como meu Pai me confiou um reino, eu vô-lo confio, 30 para que comais e bebais a minha mesa no meu reino; e vos assentareis em tronos para julgar as doze tribos de Israel.
Pedro é avisado
Mt 26.31-35; Mc 14.27-31
31 Simão, Simão, eis que Satanás vos reclamou para vos peneirar como trigo. 32 Eu, porém, roguei por ti, para que a tua fé não desfaleça: tu, pois, quando te converteres, fortalece os teus irmãos.33 Ele, porém, respondeu: Senhor, estou pronto a ir contigo, tanto para prisão, como para a morte. 34 Mas Jesus lhe disse; Afirmo-te, Pedro, que hoje três vezes negarás que me conheces, antes que o galo cante.
As duas espadas
35 A seguir Jesus lhes perguntou: Quando vos mandei sem bolsa, sem alforje e sem sandálias, faltou-vos porventura alguma cousa? Nada, disseram eles. 36 Então lhes disse: Agora, porém, quem tem bolsa, tome-a, como também o alforje; e o que não tem espada, venda a sua capa e compre uma.37 Pois vos digo que importa que se cumpra em mim o que está escrito: Ele foi contado com os malfeitores. Porque o que a mim se refere está sendo cumprido. 38 Então lhe disseram: Senhor, eis aqui duas espadas, Respondeu-lhes: Basta.
Jesus no Getsêmani
Mt 26.36-46; Mc 14.32-42
39 E, saindo, foi, como de costume, para o Monte das Oliveiras; e os discípulos o acompanharam. 40 Chegando ao lugar escolhido, Jesus lhes disse: Orai, para que não entreis em tentação. 41 Ele, por sua vez se afastou, cerca de um tiro de pedra, e, de joelhos, orava, 42 dizendo: Pai, se queres, passa de mim este cálice; contudo, não se faça a minha vontade, e, sim a tua.43 Então lhe apareceu um anjo do céu que o confortava. 44 E, estando em agonia, orava mais intensamente. E aconteceu que o seu suor se tornou como gotas de sangue caindo sobre a terra, 45 Levantando-se da oração, foi ter com os discípulos e os achou dormindo de triste, e disse-lhe: Por que estais dormindo? Levantai-vos, e orai, para que não entreis em tentação.
Jesus é preso
Mt 26.47-56; Mc 14.43-50; Jo 18. 1-11
47 Falava ele ainda, quando chegou uma multidão; e um dos doze, o chamado Judas, que vinha a frente deles, aproximou-se de Jesus para o beijar. 48 Jesus, porem, lhe disse: Judas, com um beijo trais o Filho do homem? 49 Os que estava ao redor dele, vendo o que ia suceder, perguntaram: Senhor, feriremos a espada? 50 Um deles feriu o servo do sumo sacerdote, e cortou-lhe a orelha direita. 51 Mas Jesus acudiu, dizendo: Deixai, basta. E, tocando-lhe a orelha, o curou. 52 Então, dirigindo-se Jesus aos principais sacerdote, capitães do templo e anciãos que vieram prendê-lo, disse: Saístes com espadas e cacetes como para deter um salteador? 53 Diariamente, estando eu convosco no templo, não pusestes as mãos sobre mim. Esta, porém, é a vossa hora e o poder das trevas.
Pedro nega a Jesus
Mt 26.69-75; Mc 14.66-72; Jo 18. 15-18, 25-27
54 Então, prendendo-o, o levaram e o introduziram na casa do sumo sacerdote. Pedro seguia de longe. 55 E quando acenderam fogo no meio do pátio, e juntos se assentaram, Pedro tomou lugar entre eles.56 Entrementes uma criada, vendo-o assentado ao fogo, fitando-o, disse: Este também estava com ele. 57 Mas Pedro negava, dizendo: Mulher, não o conheço. 58 Pouco depois, vendo-o outro, disse: Também tu és dos tais. Pedro, porém, protestava: Homem, não sou. 59 E, tendo passado cerca de uma hora, outro afirmava, dizendo: Também este verdadeiramente estava com ele, porque também é galileu. 60 Mas Pedro insistia: Homem, não compreendo o que dizes. E logo, estando ele ainda a falar, cantou o galo. 61 Então, voltando-se o Senhor, fixou os olhos em Pedro, e Pedro se lembrou da palavra do Senhor, como lhe dissera: Hoje três vezes me negarás, antes de cantar o galo. 62 Então Pedro, saindo dali, chorou amargamente.
Os guardas zombam de Jesus
63 Os que detinham Jesus zombavam dele, davam-lhe os olhos, diziam: Profetiza-nos quem é o que te bateu. 65 E muitas outras cousas diziam contra ele, blasfemando.
Jesus perante o Sinédrio
Mt 26.57-68; Mc 14.53-65
66 Logo que amanheceu, reuniu-se a assembleia dos anciãos do povo, assim os principais sacerdotes como os escribas, e o conduziram ao Sinédrio, onde lhe disseram: 67 Se tu és o Cristo, dize-nos. Então Jesus lhes respondeu: Se vô-lo disser, não o acreditareis; 68 também, se vos perguntar, de nenhum modo me respondereis.69 Desde agora estará sentado o Filho do homem a direita do Todo-poderoso Deus.70 Então disseram todos: Logo tu és o Filho de Deus? E ele lhes respondeu: Vós dizeis que eu sou. 71 Clamaram, pois: Que necessidade mais temos de testemunho? porque nós mesmos o ouvimos da sua própria boca.
A autoridade de Jesus e o batismo de João
Mt 21.23-27; Mc 11.27-33
20.1 Aconteceu que, num daqueles dias, estando Jesus a ensinar o povo no templo e a evangelizar, sobrevieram os principais sacerdotes e os escribas, juntamente com os anciãos, 2 e o arguiram nestes termos: Dize-nos: Com que autoridade fazes estas cousas? ou quem te deu esta autoridade? 3 Respondeu-lhes : Também eu vos farei uma pergunta; dize-me: 4 O batismo de João era dos céus ou dos homens? 5 Então eles arrazoavam entre si: Se dissermos: Do céu, ele dirá: Por que não acreditaste nele? 6 Mas se dissermos: Dos homens, o povo todo nos apedrejará; porque está convicto de ser João um profeta.7 Por fim responderam que não sabiam. 7 Por fim responderam que não sabiam. 8 então Jesus lhes replicou: Pois nem eu vos digo com que autoridade faço estas cousas.
A parábola dos lavradores maus
Mt 21.33-46; Mc 12.1-12
9 A seguir, passou Jesus a proferir ao povo esta parábola: Certo homem plantou uma vinha, arrendou-a a lavradores e ausentou-se do país por prazo considerável. 10 No devido tempo mandou um servo aos lavradores para que lhe dessem do fruto da vinha; os lavradores, porém, depois de o espancarem, o despacharam vazio. 11 Em vista disso, enviou-lhe outro servo; mas eles também a este espancaram e, depois de o ultrajarem, o despacharam vazio. 12 Mandou ainda um terceiro; também a este, depois de o ferirem, expulsaram. 13 Então disse o dono da vinha: Que farei? Enviarei o meu filho amado; talvez o respeitem. 14 Vendo-o, porém, os lavradores, arrazoavam entre si, dizendo: Este é o herdeiro; matemo-lo, para que a herança venha a ser nossa. 15 E, lançando-o fora da vinha, o mataram, Que lhes fará, pois, o dono da vinha? 16 Virá, exterminará aqueles lavradores e passará a vinha a outros. Ao ouvirem isto disseram: Tal não aconteça! 17 Mas Jesus, fitando-os, disse: Que quer dizer, pois, o que está escrito: A pedra que os construtores rejeitaram, esta veio a ser a principal pedra, angular?18 Todo o que cair sobre esta pedra, ficará em pedaços; e aquele sobre quem ela cair, ficará reduzido a pó.
A questão do tributo
Mt 22.15-22; Mc 12.13-17
19 Naquela mesma hora os escribas e os principais sacerdotes procuravam lançar-lhe as mãos, pois perceberam que em referencia eles dissera esta parábola: mas temiam o povo.20 Observando-o, subornaram emissários que se fingiam de justos para verem se o apanhavam em alguma palavra, a fim de entregá-lo a jurisdição e a autoridade do governador. 21 Então o consultaram dizendo: Mestre, sabemos que falas e ensinas retamente, e não te deixas levar de respeitos humanos, porém ensinas o caminho de Deus segundo a verdade; 22 é lícito pagar tributo a César, ou não?23 Mas Jesus, apercebendo-lhes o ardil, respondeu: 24 Mostrai-me um denário. De quem é a efígie e a inscrição? Prontamente disseram: De César. Então lhes recomendou Jesus: 25 Dai, pois, a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus. 26 Não puderam apanhá-lo em palavras alguma diante do povo; e, admirados da sua resposta, calaram-se.
Os saduceus e a ressurreição
Mt 22.23-33; Mc 12.18-27
27 Chegando alguns dos saduceus, homens que dizem não haver ressurreição, 28 perguntaram-lhe: Mestre, Moisés nos deixo escrito que, se morrer o irmão de alguém, sendo casado, e contudo não deixar filhos, seu irmão case com a viúva e suscite descendência ao falecido.29 Ora, havia sete irmãos: o primeiro casou e morreu sem filhos; 30 o segundo e o terceiro também desposaram a viúva; 31 igualmente os sete não tiveram filhos, e morreram. 32 Por fim morreu também a mulher. 33 Esta mulher, pois, no dia da ressurreição, de qual deles será esposa? porque os sete a desposaram. 34 Então lhes acrescentou Jesus: Os filhos deste mundo casam-se e dão-se em casamento; 35 mas os que são havidos por dignos de alcançar a era vindoura e a ressurreição dentre os mortos, não casam nem se dão em casamento.36 Pois não podem mais morrer, porque são iguais aos anjos, e são filhos de Deus, sendo filhos da ressurreição.37 E que mortos hão de ressuscitar, Moisés o indicou no trecho referente a sarça, quando chama ao Senhor o Deus de Abraão, o Deus de Isaque e o Deus de Jacó.38 Ora, Deus não é Deus de mortos, e, sim, de vivos; porque para ele todos vivem. 39 Então disseram alguns dos escribas: Mestre, respondeste bem. 40 Dali por diante não ousaram mais interrogá-lo.
O Cristo, Filho de Davi
Mt 22.41-46; Mc 12. 35-37
41 Mas Jesus lhes perguntou: como podem dizer que o Cristo é filho de Davi? 42 Visto como o próprio Davi afirma no livro dos Salmos: Disse o Senhor ao meu Senhor: Assenta-te a minha direita, 43 até que eu ponha os teus inimigos por estrado dos teus pés. 44 Assim, pois, Davi lhe chama Senhor, e como pode ser ele seu filho?
Jesus censura os escribas
Mt 23.1-12; Mc 12.38-40
45 Ouvindo-o todo o povo, recomendou Jesus a seus discípulos: 46 Guardai-vos dos escribas, que gostam de andar com vestes talares, e muito apreciam as saudações nas praças, as primeiras cadeiras nas sinagogas e os primeiros lugares nos banquetes; 47 os quais devoram as casas das viúvas e, para o justificar, fazem longas orações; estes sofrerão juízo muito mais severo.