Com
mais esperança do que nunca estava aquela mulher ali. Ela esperou vinte anos
até que o dia chegou. A companhia tocou e ela foi vê quem era. Tomou um susto
ao ver aquele rapaz tão alto, moreno, afilado e reconheceu aqueles traços tão
familiar. Ficou ali parada quando o rapaz perguntou:
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A senhora é Inajá?
__
Sim sou eu, respondeu aquela mulher com voz trêmula.
__
Meu Deus até que em fim lhe encontrei vovó, falou. Vovó, vovó a senhora ainda
está viva me esperando, eu lhe procurei tanto. Quantos anos eu passei lhe
procurando... Fui enganado vovó até que um dia consegui vê seu BLOG e comecei a
ler e fiquei calado e passei a investigar sua vida e daí eu descobri tudo. Ou
vovó! Como eu queria ter calçado os sapatinhos, luvinhas e toquinhas de crochê
que a senhora fazia para ajudar nas compras e pagar os estudos de meu pai...
Sei que a senhora fazia os
sapatinhos com tanto amor e tenho certeza que, a senhora muito chorou por não
poder fazer para mim. Passei esse tempo todo sem lhe conhecer, mas ainda há
tempo. Olhe Vovó, eu soube que a senhora não entrou na Igreja com Papai no dia
do casamento dele e quando eu perguntei pela minha Vó ele respondeu que a
senhora o abandonou, porém eu não acreditei.
Também
tomei conhecimento que a senhora sofreu
muito todos esses anos, mas não tem importância hoje eu estou aqui para pedir a
senhora que venha para o meu casamento, já que papai lhe desprezou eu vou lhe
dar esse gosto. Prepare-se, pinte suas unhas, ajeite estes cabelos grisalhos,
alugue uma roupa bem bonita que amanhã eu venho lhe buscar e farei uma surpresa
tanto pra mamãe como pra papai. Eu ti amo vovó. Beijou-a e saiu.

João Pessoa 11 de julho de 2031, ou
meu Deus eu viajei no futuro são 11 de julho de 2011.
Mais uma história de minha criação.
Inajá Nunes
Obs: Essa não é uma obra de ficção.
Obs: Essa não é uma obra de ficção.