LER E OUVIR HISTÓRIAS FORTALECE A MENTE E O CORAÇÃO


Em uma noite linda quando a lua brilhava no céu juntamente com as estrelas eis que der repente surge aquele homem mais velho que Maria Helena que logo se encantou pelos lindos cabelos grisalhos. Ninguém é idiota, dava para perceber que ele era casado, ela porem fechou os olhos para isso e resolveu curtir a noite onde rolou um amor a primeira vista. Ela já tinha uma filha onde havia saído de um casamento e estava sem casa para morar devido ter perdido seus pais muito cedo e uma órfã sozinha no mundo é difícil a sobrevivência por isso resolveu encontra-lo mais vezes e daí quando menos se esperou estava ela em uma bela casa, digo bela porque quem morava de favor e agora em sua própria casa se sentiria num palácio. Os dias foram se passando e por um momento a Roda Gigante em que eles estavam parou mesmo no alto. Foram anos de muito prazer, festas, viagens, curtições, badalações só que ela nunca passou do que era, por mais que colocasse um vestido melhor, continuava a mesma gata borralheira, sem estudo, sem educação, queria aparentar uma coisa que não era e por isso se tornava mais ainda antipática. Desse relacionamento nasceu um filho que ia crescendo, depois veio mais dois e quando menos esperou ela estava com três filhos de um homem rico, mas que era casado, contudo ela estava feliz porque seus filhos teriam os mesmos direitos que os legítimos dele. Nunca parou para pensar como estava a esposa do seu amante. Quantas noites aquela mulher não havia passado chorando esperando a hora dele chegar sabendo que ele estava nos braços de outra... Nossa como ele bebia, bebia demais principalmente quando chegava o final de semana que eles iam a praia quase não conseguia chegar em casa de tão embriagado. Curtia a cachaça, tomava um banho, mas sempre estava de volta para sua casa, lá era diferente, muito conforto e o ambiente de elite, não era como na casa da amante que só tinha gentalha. Aí a Roda Gigante deu um giro, depois de muitos anos ele abandona sua esposa aquela que conheceu na sua juventude, que já estavam envelhecendo juntos para morar definitivamente com a amante. Foi uma alegria total para ela, foi um troféu que havia recebido depois de tantos anos agora tinha um homem que era só dela. Quanto a ele não foi uma boa escolha, deixou seu palácio para morar em uma choupana, ambiente totalmente diferente do seu, daí teve que ajustar algumas coisas na casa já que ele iria morar agora queria um pouco de conforto, porque quando não temos passamos, porem quando temos e perdemos, sentimos  já havíamos experimentado o que era bom. Tudo mudou, os hábitos e costumes agora haviam virado rotina e tinha que ser do jeito que ele queria, agora ele estava em casa mandando porque antes não mandava era só hóspede, porém a partir do momento que ele resolveu definitivamente assumir seus três bastardos a coisa era outra. Não passou muito tempo, as coisas começaram a mudar, já não havia mais diálogo entre eles e daí a rotina fez com que todo aquele estimulo fosse embora e bateu aquela tristeza no peito do homem tão grande que do jeito que ele abandonou sua esposa agora estava querendo abandonar sua amante porque viu que realmente amava sua esposa. Ele começou a ficar triste ao ponto de adoecer de saudade. Já não bebia mais e nem tão pouco queria ir para as baladas e praias, passava o tempo só deitado. Levou mais um ano para a Roda Gigante girar e dessa vez a cadeira ficou em baixo. Ele esperou passar o ano novo para tomar uma decisão, mas era difícil por causa das crianças e ele foi fazendo a cabeça de cada um devagarzinho até que chegou o dia, ele pegou suas roupas colocou dentro de seu carro e foi embora. Voltou para sua esposa que o recebeu de braços abertos e falou: todos esses anos eu te esperei, não namorei ninguém só te esperando. Te mostrei como é grande o meu amor por você por mais que fui magoada perdoou tudo nem precisa se desculpar, só em você ter voltado para mim é uma vitória. Agora a Roda Gigante está lá em cima com esse casal e a amante está em baixo, sofrendo e passando por tudo quanto a esposa passou. Ninguém espere colher feijão onde plantou pedra, só colhemos aquilo que plantamos. Tem pessoas que falam assim: O amanhã pertence a Deus, sim a Ele pertence, mas se você fizer mau a alguém não espere que Deus vai lhe dar um dia bom amanhã, ou então: Não sei o que fiz para sofrer tanto... faz uma retrospectiva e verás o motivo de teu sofrimento, e também não adianta chorar o leite derramado, tem que compra outro leite e tomar cuidado para não derramar outra vez. Pois é, a vida é uma Roda Gigante uma hora estamos em cima e outra hora em baixo, devemos tomar cuidado com palavras, atos e ações.


OBS: Essa é uma obra de ficção qualquer semelhança será uma mera coincidência.

                                                     24/12/17
Senhor até quando estarei aqui esperando um milagre? O telefone não toca, a campainha não toca, tudo é silêncio. Estou só, não quis sair aguardando momento de o telefone tocar ou alguém me chamar. Entra Natal e sai Natal e Deus que está no céu continua a me castigar pelos pecados do passado. Senhor será que morrerei sem ver meu filho amado? Por que o Senhor endurece seu coração igual fez a do Faraó. Estou fraca, já desenganada, minhas esperanças estão acabando e tenho medo que se por acaso chegar esse dia já esteja no fim. Nunca pensei que fosse pagar um preço tão caro pelos erros cometidos na minha juventude, mas o Senhor a de convir que a criação que a mim foi dada, foi a mais cruel de todas, nada me faltava e faltava tudo, amor, conversas, debates em fim não tive nada, sempre fui só e rejeitada por todos, não tenho culpa de ser insuportável a pontos de ser excluída da sociedade.
Pouco me importa se me amam ou não, para mim só basta uma pessoa: Senhor Deus a quem me apego todos os dias e tem me dado forças para carregar minha cruz sem ao menos tentar cortar um pedacinho dela para que ela se torne mais leve, de que adiantaria ter o amor de todos da terra e perder o amor que Jesus tem para comigo? Na alegria e na dor, na riqueza e na pobreza, na saúde e na doença, estarei sempre te louvando o Deus porque Tu me fortalece e me dar a força de sobreviver nesse mundo tão injusto. Onde está minha família nesse momento? Somos em seis, eles se multiplicaram, filhos netos e até quem sabe bisnetos. Meus pais foram embora, contudo me conformo com a minha família que somos em dois, meu marido e eu. Mundo cruel onde a desigualdade impera na multidão, uns com muitos e outros sem nada, o rico quer sempre mais riqueza tirando dos pobres, e quando morrer o que vai levar? Nada, só a alma para prestar contas a Deus. Se todos se unissem tratassem como Deus manda, como irmãos o mundo não estaria assim entregue ao maligno, pai matando filho, irmão matando irmão, estupros na família em fim o Apocalipse está aí e todos estão cegos, só pensam no poder e prejudicar os mais fracos. Não quero ficar nesse mundo de horror, já deu o que tinha que dar, mas tem que se cumprir a profecia, porque está escrito que nos fins dos tempos haveria tudo isso, caso contrário Deus seria mentiroso. Já é tarde, estou só, marido trabalhando, filho que não chega nem ligar, neto que não aparece, um verdadeiro caus. Não estou me lamentando estou apenas curando as minhas feridas para que elas logo virem cicatrizes e então deixe de doer e sangrar, porque estou vendo a hora dela ter uma hemorragia e eu não suportar mais, está muito difícil, ai de mim se não fosse a fé e a dedicação que tenho em meu Deus mesmo assim ainda preciso tomar um remedinho para acalmar porque sou humana. Porém passado esta data tão importante que é o Nascimento de Jesus Cristo Filho do Deus Vivo, ainda resta uma esperança que é o Ano Novo. Quem sabe se este ano não receberei a minha graça? Vamos aguardar.


Obs: Essa não é uma obra de ficção e sim de uma pessoa que veio me visitar para expor seu problema e de acordo com minhas conversas saiu daqui feliz porque descobriu que existem pessoas que estão em situações piores do que a dela, como por exemplo: Sem um lar para morar, no leito de um hospital, em UTI, fase terminal no Lauriano, encarcerados, etc. Tudo é no tempo falei para ela, aguarde o tempo de Deus, se Ele quiser fará esse milagre, caso contrário Ele sabe de todas as coisas.

                            24/12/17

     
CADA DIA QUE SE PASSA MEU BLOG SE ESTENDE CADA VEZ MAIS E SÓ TENHO A AGRADECER A TODOS VOCÊ QUE MESMO NO ANONIMATO CONTINUAM LENDO MINHA POESIAS, CONTOS, IMAGINAÇÕES, PEDAÇOS DE MINHA VIDA, LITERATURA DE CORDEL EM FIM FICO GRATA POR ISSO. MUITO GRATA.


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MINHA GRATIDÃO A TODOS OS PAÍSES QUE ME VISITARAM HOJE.


                            02/12/17

Roberta não estava mais a fim de festas, ela era muito retraída e devido os fatos acontecidos no passado resolveu então se isolar e aprendeu a andar sozinha, é tanto que para onde ia gostava de sair sem companhia porque não tinha hora nem para sair nem para chegar era livre como uma gaivota.
Sempre sozinha sem participar de nada, sua amiga resolveu lhe pregar uma peça. Chegou para ela e falou: Estou precisando de você, espero que atenda meu pedido.
Meu celular está quebrado e como sei que você tem uma boa máquina fotográfica, gostaria que você fosse a festa de meu aniversário para fotografar. Roberta não poderia negar nada aquela amiga, pois só existia ela mesmo de fiel, daí falou: Olhe minha filha lhe emprestarei a máquina e você pede para outra pessoa tirar, não é a máquina que você quer? Sim respondeu ela, porém quero que você mesmo fotografe, não adianta me dar, não aceito. Sua amiga entregou a ela um convite com duas senhas e falou, é pra ir mesmo, estou lhe aguardando. Roberta ficou meia cabreira. Sua amiga era esperta, contudo ela era mais ainda e pensou: Ela tá me enrolando... essa estória de foto é só tapia, deixa pra lá vou pensar e resolvo depois. Chegou o grande dia. Roberta foi tomar banho porque a festa começava as 18:00 horas, quando ela estava debaixo do chuveiro, deu um estalo na sua cabeça, como se fosse um sino e  imediatamente ela ligou os fatos. Não é a máquina que ela precisa e sim minha presença, esse foi um jeito que ela havia arranjado de tirá-la de casa. Chegou toda feliz na casa da amiga e começou a fotografar, não quis sentar em mesa alguma, cumprimentava as pessoas que eram bastante familiares, reviu vários amigos, nossa foi um encontro com pessoas que ela não via há muito tempo. Der repente as pilhas da máquina descarregou e ela foi falar com a amiga o acontecido, e ela gargalhou, e falou: Eu queria mesmo era que você viesse a minha festa foto não importa e sim sua presença. Roberta ficou por ali meia sem jeito e sentou lá no cantinho recuado até o término, quando um rapaz se aproxima dela e fala: virou fotógrafa agora? Seu coração disparou e não pode conter a emoção, era um amigo que não via há mais de um ano, um amigo querido que viu seu nascimento, acompanhou seu crescimento, casamento, formatura e por fim seus filhos. Sua mente deu um giro de 360 graus e chorou em seu ombro, ele ficou meio sem jeito e perguntou: Por que chora, o que aconteceu? Roberta só balançava a cabeça porque não podia falar, e ele insistia perguntando, tanta coisa ela queria dizer naquela hora, a distancia, a falta que ele lhe fazia, a saudade que ela sentia, seu coração apertava tanto, até que ele entrou em um assunto e ela olhando para outro lado porque não tinha jeito de encará-lo, mesmo assim tudo passou, se despediram e ele foi embora. Essa festa foi muito boa pelo menos Roberta encontrou seu grande amigo.


Obs: Essa é uma obra de ficção qualquer semelhança será mera coincidência.


                                            02/12/17.
Depois que você se foi
Nada para mim tem valor
Meu coração ainda dói
Com a falta do teu amor

Foram momentos inesquecíveis
Os quais trago sempre na lembrança
Também tiveram momentos horríveis
Mas depois vinham a bonança

Como se nada tivesse acontecido
Continuamos amigos
Porem uma coisa te digo
Foi bom você ter sumido





Hoje não sei por onde andas
Nem tão pouco procuro saber
Vou ao mar pergunto as ondas
Mas elas não querem responder

Como responder se não falam
Fico somente a admirar
Aquele vai e vem das águas
Formando as belas ondas no mar.







                                                         01/12/17


mês não lembro, mas o ano sim.Eu tinha só quatro anos, nada entendia só via o corre corre, as trouxas de lençóis sendo feitas, minha irmã caçula tinha um ano foi a primeira a ser levada da casa... foi assim: começou a chover, nossa relâmpagos e trovões, o céu chega ficava claro quando dava um relâmpago eu não tinha medo,contudo se escutava em seguida o barulho que parecia o mundo se acabando.Morávamos na rua da Palha e o rio passava por trás de nossa casa.Papai tinha comprado uma outra casa perto da estação do trem e lá fez um ponto de comércio, naquela época se chamava Barraca, vendia: caldo de cana, pão doce, banana, aguardente, refresco e mamãe fazia os mais variados tipos de doce em calda, o que eu mais gostava era o de banana e também o de coco com mamão, sim contei isso para dar um ponto de referência caso o rio começasse a encher.E a chuva continuava, der repente surge a cabeça da cheia, eram as águas dos rios se encontrando e formando uma enchente. Daí mais que depressa nos mudamos para a barraca antes que a ponte ficasse inundada porque aí ficaria impossível de passar,no interior onde eu morava existia uma ponte que separava a cidade, por ser construída baixa a cheia quando vinha chegava a cobri-lá daí fazia o maior estrago na cidade.Quando meus irmãos terminaram de fazer a mudança, tinha a de pai Joca também, Dindinha minha avó não podia andar e eles a levaram numa marquesa ( canapé largo com assento de palhinha), ela era muito doentinha e tinha asma, eu amava minha vó foi ela que me ensinou a recitar poesias quando pequena, me sentava na janela e falava os versos para que eu decorasse... então, todos agasalhados e agora tinha que esperar a chuva passar, a maternidade também servia de abrigo para aqueles que não tinha onde ficar. Era um caus.Passado a chuva que pareceu um dilúvio, foi a maior cheia depois da de 1945 se não me engano.Nossa casa a água entrou e na medição deu mais de metro. Muita lama, foi horrível.Quando acalmou o repórter foi fotografar a situação de calamidade que ficou a cidade, e quem estava de costa na foto? Eu, cabelos como sempre longos enrolados com dois cachos, uma calçola horrível, foi a minha primeira foto de top less .Quero aqui agradecer a Manoel Souto por ter procurado esse jornal e me enviado a foto.

OBS :Essa não é uma obra de ficção é um pedacinho da minha vida.

                               28/11/17


Chegou o momento de sonhar, recordar o que passou e jamais as águas que passam por baixo de uma ponte pode voltar, são águas passadas mesmo assim é bom sonhar e recordar o passado, comparando com o presente e tentando adivinhar como será o futuro.Quando criança costumava acordar cedo com mamãe para ver o romper da aurora,não sei se é assim a frase correta, contudo estou repetindo o que ela falava.Era lindo ver o sol nascendo e as nuvens ficando avermelhadas,  era a chegada do sol. Daí saíamos andando, naquela época não existia assaltos, estupros,pedófilos etc, era uma paz total, então íamos pela rua da Palha, passava para o Catolé onde madrinha Mena morava, e voltávamos por um atalho que tinha pelo rio que entrava no beco da padaria de Seu João Domingos,daí sai na  rua de seu Manoel Pedro casado com dona Ambrosina pai de Taninha, Zé minhas agulhas ( eu o chamava assim porque gostava de fazer tricô e esperava que alguém fosse trocar os raios da bicicleta para poder ele pegar dois raios fazer as pontas e me dar ) tinha Ilda Zefinha, também, era uma família grande, quando chegava em casa já passava das seis da manhã.Papai já tinha ido ao sítio cortar cana para poder fazer o caldo no moinho porque não existia ainda elétrico tinha que ser na mão mesmo e para que não ficasse muito pesado o motor, a cana era caiana e grossa daí ele partia ao meio.Tinha meu avô que nós chamávamos com ele Pai Joca, ai meu Deus só Jesus na causa.Ele não gostava de meu pai e era uma coisa séria,papai plantava uma coisa, ele arrancava, as vezes pai Joca fazia uma coisa e papai que desmanchava e assim viveram muitos anos  como gato e rato. Converteu-se ao cristianismo e daí começou a ler e decorar a Bíblia  para sair pregando com quem encontrasse na rua. Também fazer um moinho para gerar energia e com suas contabilidades dando uma de engenheiro tentava levantar um quilo com um peso de dois quilos. Impossível como poderia o menor levantar o maior? Todo dinheiro que pegava era para comprar gesso onde fazia as peças feito uma catraca como experiência para depois transformá-las em madeira.
Como ele  morava sozinho por ser viúvo, transformou sua cozinha num quarto de experiências, me lembro que tinha uma roda de madeira que parecia uma roda gigante, coitado, morreu e nunca fez sua criação.Meu avô era muito bom para mim inclusive quando saí de casa fui morar com ele.Ele falou que iria passar a casa no meu nome quando morresse para que eu não ficasse desamparada.Nossa era muito engraçado. Ele fazia café dentro de uma lata de leite ninho sem coar, comprava dois pães um para mim e outro para ele e só voltávamos a comer a noite... O tempo foi passando e ela não podia continuar naquela vida e foi embora da cidade para capital onde encontrou um trabalho e ficou morando na casa de sua irmã.

OBS: Essa não é uma obra de ficção e sim um pedaço de minha vida.

                                                               28/11/17



Quando eu era pequena costumava ir a feira com meu pai que vendia batata e cará todas as quartas e sábados.Um dia de quarta-feira enquanto ele vendia resolvi dar uma voltinha e fiquei encantada com umas bolinhas de gude bem novinha parecia de vidro, quando o homem do banco deu as costas eu enchi minha mão e saí toda desconfiada, tinha mais ou menos umas cinco ou seis porque minha mão era pequena e não dava para pegar muitas, mais ou menos eu tinha uns seis ou sete anos. Peguei as bolinha fui em Dona Lita ela vendia doce e pedi uma bolsinha de papel para colocar um negócio dentro, não falei o que era, então ela me deu. Voltei para junto de meu pai e não via a hora de voltar para casa e jogar bolinha de gude. Ao término da feira saímos e ao chegar perto de casa dei uma massadinha antes de entrar pois estava bolando um plano de como chegar com aquelas bolinhas, foi aí que acendeu uma luz: deixo ela aqui no coqueiro entro em casa dou um tempo saio pego e falo pra mamãe que achei. Tudo certo foi isso que fiz. Quando mamãe me perguntou contei o que havia tramado, ela então me levou ao local para mostrar, ou melhor fazer a reconstituição depois ela voltou e mandou eu dizer tudo de novo, em fim nessas alturas eu já desconfiava que ela sabia que eu estava mentindo.Muito séria falou para mim: Olhe dentro dos meus olhos, foi aí que comecei a chorar e contei toda verdade.Sabia que iria levar uma surra das grandes,mas ela não fez nada, apenas disse: deixe dentro do saquinho e sábado iremos devolver ao dono.Não mamãe, não faça isso, me dê uma surra, não quero passar por essa vergonha. Ela não falou mais nada nem tocou no assunto na quinta, na sexta, então pensei que ela havia esquecido. No sábado de 8:00 horas ela disse: Inajá tome um banho que vamos devolver as bolinhas de gude.Chorei, implorei que ela não fizesse  uma coisa daquela, não teve acordo. Pegou minha mão e saímos. Quando chegamos na feira ela foi de banco em banco e falava: Minha filha tirou essas bolinhas de gude do seu banco? Não senhora, eu não vendo bolinhas de gude. Da mesma forma no outro, no outro, no outro e quando chegou no que eu havia tirado, o homem olhou para mim, viu minha expressão de desespero, vergonha e falou: Não senhora, não foi aqui e mesmo que tivesse sido, ela é uma criança, deixe-a brincar.Mamãe notou que havia sido ali e devolveu ao homem que imediatamente colocou nas minhas mãos e falou: são suas vá brincar.Eu não quis receber,mas mamãe falou, ele esta lhe dando pode ficar.Voltamos para casa, fui direto para cama, chorei que o lençol ficou ensopado.Não quis comer, que vergonha, como iria para feira outra vez. Mamãe vendo o meu sofrimento chegou para mim e falou: 

__ " Minha filha, não me queira mal, se fiz isso hoje foi para seu próprio bem, se eu estivesse dado uma surra você esqueceria e logo estaria fazendo tudo outra vez, hoje você pegou umas bolinhas, amanhã poderia pegar outro objeto e quando menos esperasse estaria aí sendo uma ladra, podendo ser presa e seu fim seria triste.Temos que cuidar enquanto se é pequeno porque depois que crescer será difícil. Agora levante-se e vá brincar com as bolinhas. Eu levantei e peguei as bolinhas,contudo não tive coragem de brincar porque cada vez que as via me lembrava que havia FURTADO daí joguei fora.Nunca mais peguei em nada que não  me pertencia, poderia ver o que fosse...
       Passei uns dias com raiva da minha mãe hoje agradeço a ela por tudo que me fez, se todas as mães fizessem o que a minha fez comigo naquela época, hoje não existiria tantos ladrões. Chegou com um objeto em casa a mãe tem por obrigação saber de onde veio a origem daquele objeto. Toda criança com idade de seis a dez anos tem essa tendência de pegar as coisas escondido principalmente, lápis, borracha, apontador, carrinho, boneca em fim qualquer coisa.
        Mães estejam atentos a seus filhos.

OBS: Essa não é uma obra de ficção é um caso verídico, que apos ter se passado 55 anos ainda está vivo tanto na minha lembrança como também de pessoas que presenciaram o fato.


                                                                 21/12/17


Família grande, cidade do interior, tudo difícil, mas se vivia tranquilo, quando chegava alguma notícia de assassinato era um assombro, roubo nem se fala. As crianças brincavam de barra bandeira nas calçadas à noite, outras sentavam-se para ouvir estórias, os meninos jogavam bola e pião, tempo bom. Não havia  maldade naquela época, surgia uma grande amizade de infância que é um tempo irrecuperável, quem aproveitou muito bem, caso contrário não viveu. Naquela cidade existia três irmãos e o auge era a revista de quadrinho como o Tio Patinhas, Pato Donald e seus três sobrinhos: Hunguinho, Zezinho e Luizinho. Após o almoço quando eles entravam de férias costumavam fazerem caminhadas pelo sítio e andavam quilômetros e quilômetros e só a tardinha regressavam. Existia também três meninas que costumavam fazer a mesma caminhada, eram como se fossem irmãos, quem saísse primeiro pegava um pedaço de pau e saia riscando o chão para mostrar o caminho que estavam percorrendo. O tempo passou e surgiu um namoro de criança entre os casais. Muito pequeno sem saber como se beijava na boca foram até a casa de sua tia e lá tomaram água foi quando uma delas pegou o menino e deu um beijo na boca dele. Ficou um trauma até hoje porque ele falou que ela havia cuspido em sua boca. ( risos).
O tempo foi passando e a menina engravidou e foi morar com seu avô. Não é que o pirralha depois que todos dormiam pulava a janela e ia atrás da menina... Foi aí que surgiu uma atração entre ambos, mas uma coisa sem futuro, um passa tempo porque ninguém pensava em nada, eram bobos, ela não, era esperta e além do mais tinha experiência  de vida, sua idade era quatro ou três anos a mais que a dele. Como a cidade era pequena, logo a menina ficou falada por ser mãe solteira e praticamente foi expulsa daquele lugar, ninguém lhe dava um emprego, as janelas eram batidas na sua cara quando ela passava em frente, muitas cuspiam  quando a viam, não tinha direito nem se quer de participar de nada naquela cidade, coitada entrou inocentemente em uma danceteria e foi convidada a se retirar, em fim uma exclusão total. Resolveu partir. Foi embora para outro estado bem longe. Encontrou um trabalho em uma loja quando der repente surgiu aquele MENINO QUE CRESCEU, muito bonito, charmoso, falou pra ela que não aguentou a saudade e tinha ido em busca dela. Foram morar juntos com uma condição: Nunca voltaria ao seu interior com ela porque tinha vergonha nem de mãos dadas ele faria isso, seria um pra lá e outro pra cá. Que horror... Ela ficou com ele e se estrepou, sofreu, apanhou, foi humilhada e abandonada, só que ela não foi abandonada sozinha, trazia dentro de seu ventre mais um filho...Meu Deus, eu gosto de contar esse casos para que sirva de lição para outras pessoas, porque hoje tudo é moderno, antigamente só a misericórdia, soube que ela deu a volta por cima e vive muito feliz, ele por sua vez, fez uma besteira, sofreu um pouco, contudo vive muito bem, depois de vários anos se encontraram e vocês acreditam que ficaram juntos? Não uma só vez e sim várias, depois perderam o contato. Em conversa com a mesma quando me relatou um pedacinho de seu passado disse que quem fazia o arrumadinho era a irmã dela, depois que ela se mudou não deu mais notícias daí para cá, pararam de  se encontrar. Depois de todo sofrimento que aquela mulher passou ainda gosta dele e tem saudade, falei pra ela deixar pra lá e como resposta: FOI, É, E SERÁ SEMPRE O MEU AMIGO DE INFÂNCIA. Sim ainda por cima além de ter o perdoado por todo o mau que  lhe causou ainda guarda um macacão Jeans que ele lhe deu de presente na última vez que se encontraram. 



OBS: Essa é uma obra de ficção qualquer semelhança será uma mera coincidência.


                                    18/11/17 
Amanheceu... fogão do lado de fora da casa, a lenha verde muito difícil para acender o fogo, a sorte que pendurado no telhado estava as cascas de laranja que era descascada sem quebrar saiam inteirinhas e eram penduradas no telhado para secar, com isso ajudava a acender o fogo. Na cozinha dentro de uma bacia estava o milho que ficava de molho de um dia para o outro porque ficava mole e no dia seguinte era ralado onde se fazia o cuscuz para o café. Olhando aquele tonel vazio porque não havia água encanada, uma das filhas já se preparava para enchê-lo com a água do riacho que ficava atrás da casa, essa água serviria para colocar no banheiro porque não havia descarga, lavar os pratos e tomar banho. Outra filha já colocava a rodilha feita de pano para apoiar o pote de barro na cabeça que ia buscar água doce na cacimba que ficava longe, essa era a água para beber no verão porque no inverno o patriarca da casa colocava umas formas (jarras) de barro coberto a boca com um pano de saco em baixo da biqueira porque quando chovia enchia com água da chuva. Enquanto isso outra filha juntava a roupa suja para ser lavava no rio que ficava em baixo de um pontilhão, para ajudar a economizar o sabão colocava folhas de melão e assim as roupas era ensaboada, colocadas para quará, sob as pedras, enquanto isso ela aproveitava para tomar banho naquela água corrente, depois recolhia e enxaguava colocava sob as pedras outra vez para secar e quando já passava das 11:00 horas estava de volta com aquela trouxa de roupa prontas para serem passadas a ferro. Um ferro muito pesado, que era colocado dentro carvão e soprava por um buraquinho que ele tinha atrás. Como saber se já estava no ponto? Era só colocar a ponta do dedo na saliva e colocar em baixo dele.
As roupas melhores dos homens que trabalhavam tinham que serem engomadas, fazia aquela goma de araruta e com outro pano passava sobre a peça da roupa, porque o vinco da calça e nas mangas da camisa eram indispensáveis. Enquanto isso a outra filha já ia para o sítio plantar feijão e milho, três caroços de milho e dois de feijão, o pai ia fazendo uma cova uma atrás da outra, e a filha colocava as sementes dentro da cova e cobria com um dos pés, o ruim de tudo era a colheita do algodão, furava muito os dedos, as vezes uma das filhas colhia por cima e quando o pai olhava falava: volte e termine de colher. Esse algodão era vendido: com caroço era um preço e sem era outro. Enquanto estava no sítio a matriarca costurava finos vestidos e ainda ensinava, a casa nunca era limpa porque existia retalho de pano para tudo quanto era lado e o marido sempre reclamava, porque nunca viu a casa limpa, era de domingo a domingo. Sentada no chão no cantinho da parede estava uma das filhas fazendo os abainhados das saías godê que era interminável, tinha que ser de espinha peixe e não poderia aparecer do lado direito do vestido, caso contrário sua mãe fazia ela desmanchar e fazer tudo de novo, tinha que ser rápido porque a demanda era muito grande e somente ela para ajudar. No Natal as filhas ficavam ansiosas para vestir o vestido novo, e a mãe só fazendo os de fora, quando chegava três horas da tarde as filhas desesperas porque não daria mais tempo de costurar cinco vestidos, daí sua mãe pegava uma peça de tecido tudo da mesma cor, as vezes florido, e jogava em cima da mesa, cortava as cavas, o pescoço, costura reta para não mostrar as curvas e pronto, estava feito os vestidos, não tinha um babadinho, um bico, nenhum modelo as vezes o abainhado saia até alinhavado porque não dava tempo...


                       
              TENHO QUE PARAR ... VOLTEI HÁ 50 ANOS NO TEMPO.

OBS: Essa é uma obra de ficção qualquer semelhança será mera coincidência.

                                  15/11/17