LER E OUVIR HISTÓRIAS FORTALECE A MENTE E O CORAÇÃO

 IMORTAL COLÉGIO SANT' ANA. 

ENTREVISTA 

Inajá Nunes -  Ex-aluna.


01 - Foi através de um convite da freira que chegou ao Colégio? Foram tempos difíceis na nova escola?

  Papai era feirante, vendia cará e batata nas quartas e sábados durante a feira livre da cidade sendo um dos fundadores e entre seus fregueses estava a Irmã Constantina que fazia as compras para o Colégio, surgindo ali uma relação de amizade e respeito. Estudei  o primário no GRUPO ESCOLAR RAIMUNDO HONÓRIO onde fui muito feliz e guardo as melhores recordações. Ao  terminar a 5ª série me submeti ao Exame de Admissão do Colégio, uma espécie de vestibular à época, sendo aprovada de imediato iniciando ali o curso Ginasial e meu pai em comum acordo com a Irmã Constantina combinou a forma de pagamento das mensalidades . De caderneta em mãos, anotava tudo o que era vendido às religiosas e no final do ano ele fazia a prestação de contas e em contrapartida atualizava com o pagamento integral dos  meus estudos e caso ainda fosse possível,  deixava a matrícula em dia do ano seguinte. Tudo era muito difícil e por vezes me sentia excluída. Colégio elitista por um lado e aluna oriunda de família com poucos recursos de outro. Uma estada que durou quatro anos com muitas histórias e desafios.

02 -  É motivo de orgulho ter tido uma mãe costureira fina e exemplar? Muitas emoções durante o desfile cívico?

Mamãe era uma costureira mãos de fada, sua fama ia da cidade, região e até da capital pernambucana.  Suas clientes lhe procuravam para confeccionar seus belíssimos vestidos de noiva cujo modelo era escolhido através da Revista Figurino. Ela se esmerava e o resultado   era cliente satisfeita e feliz. Desejava ter uma farda que fosse tal qual a de Guiomar, saia plissada com um dedo de uma prega à outra. Mamãe costurava a minha com quase dois dedos que seria usada por vários anos e séries. Os tempos eram outros e as dificuldades também.
O desfile 7 de setembro era um momento muito feliz,  gostava de usar trajes no referido evento ocupando posição de destaque, mamãe ficava apreensiva, tratava-se de um gasto extra e com muito sacrifício e de tanto lhe implorar acabava realizando o meu desejo, embora que nunca tive a oportunidade de ser pelotão. Entretanto, estava vivendo aquele momento muito feliz.

03 - Havia empatia no respeito as religiões? Narre suas lembranças do Onomástico da Madre

Pai Joca era meu avô que optou por ser protestante e desejava que seus netos o seguisse. Mantinha o hábito de ler a Bíblia,  decorar versículos e nos ensinar com o bom exemplo .Um certo dia no Colégio, enquanto estávamos rezando o Pai Nosso falei que estava faltando o restante, " Porque teu é o reino, o poder e a Glória para todo sempre amém". A Irmã Verônica se posicionou contrária a minha ideologia com grosserias e palavras de ordem. Em seguida, falei que iria levar minha Bíblia para comprovar o que havia dito. Paguei um preço alto por isso. Meus pais estavam sempre sendo chamados para ouvir reclamações a meu respeito. Em outro momento, fui obrigada a me fazer presente na missa e um detalhe nem me confessei, nem fiz a Primeira Comunhão, minha curiosidade era descobrir o sabor da hóstia e ao receber trouxe para casa e comentei com uma amiga chegando aos ouvidos da religiosa que interpretou de várias formas meu ato, fui suspensa por três dias e quase expulsa.
Sempre me apresentava no Onomástico da Madre. Deveria ter sido atriz, amava  contracenar. Lembro de uma peça intitulada A Primavera, minha  personagem tinha uma vida muito difícil chamada Maria Helena e Linda, filha de Dr. Benon cantava, enquanto eu dançava espalhando pétalas de rosas no chão. A Madre se emocionava e muito.

04 -  Quais são suas lembranças das aulas de Educação Física? Descreva suas colegas de turma do curso Ginasial.

Amava as aulas de Educação Física. Havia saudáveis competições entre as colegas, sempre me esforçava para ser destaque. A farda era uma blusa branca de malha com o escudo do Colégio  e short azul apertado e curto, o meu era um pouco folgado e acima do joelho, mamãe costurava aos moldes dela.
No início do curso Ginasial, fizemos uma turminha composta por  Betinha, Mª José Guerra, Neném, Irlaneide e eu. Éramos inseparáveis...Ainda lembro da inesquecível  Maria Isabel Travassos que era bem franzina, morava em Umbuzeiro- PB, um doce de pessoa que sentava ao meu lado, complementando  temos Iraci, Lalá, Lourdinha que era um doce de pessoa, por sinal muito meiga, Adelma, Severina, Ana Gomes, Aparecida, Alde, Margarida, Mariquinha, Neide, Neves, Eurides, Ana Aleixo. Lúcia Germana e  Maria Aguiar, ambas de outra cidade e as internas Guiomar e Irailde. Já se passaram 50 anos. Todas moram no meu coração.

05 - Cite uma disciplina e professora inesquecível . Um momento feliz no Colégio?

Duas professoras tornaram- se  inesquecíveis no Colégio. Dona Salete,  sabia quando eu estava com problemas e me deixava bem a vontade fazendo minhas estrelinhas no caderno. Não tenho notícias da mesma e Dona Marly,  só em eu olhar parece que lia meus pensamentos. Partiu cedo, fiquei muito triste e  chorei muito. O Professor Rubens era também excelente. A disciplina que mais gostava era Artes e para realizar as atividades utilizava o material de Neném. Quando a referida colega apresentava sua atividade feita por mim era só elogios da freira e quando o fato foi descoberto, a religiosa disse tudo ao contrário e ainda a proibiu de me emprestar o material. Havia um muro entre eu e a freira que dificultava meu progresso.  

06 - Cursou datilografia no Colégio? Conhecer a clausura era um desejo das alunas?.

Não fui aluna do curso de Datilografia do Colégio e praticamente não visitava a  Biblioteca. Alimentava o desejo de desvendar o segredo da Clausura. Por que não podíamos entrar? Qual mistério por trás daquela porta? Certa vez a Irmã Verônica me flagrou no momento em que estava colocando a mão no trinco para entrar e tentou me prender no quarto escuro, dei uma carreira tão grande que meus livros ficaram lá e mais uma vez uma série de reclamações. Creio que muitas ex- alunas alimentavam o mesmo desejo.

07 - Havia nota no boletim das alunas em  comportamento ? Analise sua professora de Português.

O comportamento regido pelos padrões da época era exigido ao pé da letra, do contrário teria sérias consequências, no meu caso ao chegar em casa apanhava de corda fina e ainda com nó. Era um tempo de muito tradicionalismo, reflexo da ditadura sem liberdade até para sorrir.  Mamãe foi um exemplo, nos amou no sentido mais completo da palavra e nos acompanhava em tudo, das notas ao resultado final, aprovadas por média era sua meta, recuperação não aceitaria, alegava que era nossa única atividade e reprovação seria um pesadelo e como resposta uma boa surra. Fui uma jovem rebelde com visão a frente do meu tempo.
A Madre Superiora era a professora de Português, sua presença imperava medo e  respeito. A poesia de Olavo Bilac até hoje sei declamar, garanti um dez durante sua aula.  Lembro de uma colega de sala que ao ser chamada ao quadro ficava tão pálida dando a impressão que iria desmaiar e as mãos molhadas de suor. 

08 - Qual a sensação ao ser informada da extinção do Colégio? Há respeito aos patrimônios da cidade?

Quanto a extinção do Colégio achei uma barbaridade. Um ponto histórico onde o prédio deveria ser tombado e nele fazer um Museu. Aproveito para expressar meu repúdio com relação a destruição do Pirulito do Padre, da Pracinha que ficava em frente a Maternidade, do Coreto que ficava depois da ponte , brinquei muito ali. A história municipal fica cada vez mais pobre.

09 - Liste as proibições inerentes ao regimento escolar? Participava das festas juninas com entusiasmo?
 
Assistir aula com o fardamento incompleto, saia curta de forma alguma, entre tantas regras que por vezes burlava e pagava as consequências. Era terminantemente proibida pela minha mãe de participar das festas juninas. Achava bonito aquela tradição. 

10 - Quais eram as internas de sua época? Analise Inajá por Inajá.

Guiomar e as irmãs Krause são minhas referências quando o assunto é internas,  andava bem ligeirinho porque era um salto do internato para a escola. 
Tive que ser forte, foram muitas tempestades e pouco apoio para superá- las. Sou de uma geração que era regrada por padrões sociais a risca e o empoderamento feminino tão falado nos dias atuais ontem tinha uma representatividade, a entrevistada. Deus me blindou e me ilumina dando forças para um sempre recomeço." Ele" é poderoso. Sou graduada em  Letras e  Pós Graduanda em Supervisão e Orientação Educacional. Publiquei um livro de poesias e mantenho um blog onde conto pedacinhos de minha infância,  toda minha trajetória em forma de contos e poesias.
Me orgulho de ser o que sou entre erros e acertos. Sou feliz por ter conquistado minha  independência. O importante é ter JESUS no coração. Me vejo inserida na história da Fênix, a ave mitológica norte- americana. Grato Manoel pela oportunidade.


OBS: Essa não é uma obra de ficção. Quero agradecer  MANOEL SOUTO ARRUDA por ter me dado essa oportunidade de expressar meus sentimentos e aos 45 anos afastada de meu Torrão Natal ainda tive o reconhecimento e a satisfação de ser lembrada por algumas amigas que deixei, amigas ímpares. Manoel toda minha gratidão a você, foi por sua causa que afastei vários fantasmas do meu passado. Hoje estou feliz. Se eu escapar dessa Pandemia Maldita a minha primeira viajem será a Bom-Jardim porque faz mais de um  ano que não sei o que sair de casa. Estou sobrevivendo esperando essa chuva passar para retornar o meu cotidiano.

                                     João Pessoa, 06/06/2021


 Hoje minha amiga ligou para me contar uma coisa que aconteceu com ela. Meu Deus começou tudo outra vez. Ela me contou assim:

Minha amiga, meu coração estava com a ferida cicatrizada há mais de 18 anos quando de repente o cascão foi arrancado e ele voltou a sangrar que atingiu todos os meus órgãos, voltou minha insônia, passei a ficar só dentro de uma rede nos finais de semana, em fim, uma tristeza. Vou te contar uma coisa: sabe aquele filho que te falei? pois é, me mandou umas mensagens e eu pensei que tudo agora iria dar certo. Passado três dias não aguentei mais e resolvi ligar, precisava saber se era ele realmente. Liguei, o celular chamou, chamou, chamou eu vi que ele estava online e não atendeu. Entrei em desespero, quantas interrogações naquele momento eu queria perguntar para ele... passado alguns minutos ele manda um áudio que não quero nem mais ouvir, sei decorado todas as palavras e o que mais me chocou foi quando ele falou que primeiro tinha que saber se eu havia mudado. Fiquei com ódio no coração, vi a hora enfartar. Eu mudar? mudar como? Sou o que sou, não vou mudar para agradar A ou B. Tive vontade de falar que mudei  só os cabelos que eram pretos e agora estão brancos e mesmo assim estou pintando. Quer dizer que ele só irá querer saber de mim depois que eu mudar? Nunca não, agora vai se passar mais 18 anos estarei com 83 anos quando ele virá me procurar outra vez. Meu coração está partido, sangrando, ferido, nunca era para ele ter me procurado através de mensagem. Batia na minha porta: Bom dia mamãe posso dar uma palavrinha com a senhora? __ Sim entre meu filho. __ Mamãe já se passaram 19 anos que não tenho contato com a senhora, gostaria de voltar a lhe considerar como minha mãe, sei que a senhora fez muita coisa errada na sua juventude e eu lhe abandonei, hoje não me interessa o que a senhora fez ou anda fazendo, a senhora é minha mãe e lhe aceito como a senhora é, sei que não tem jeito mesmo, e assunto encerrado. Um final de semana vinha na minha casa, passava mais um mês vinha novamente, ligava, passava mensagem, chamada de vídeo e a paz voltaria a reinar, mas não, quer saber se eu mudei para poder se aproximar de mim.

MUDEI MEU FILHO: depois que você foi embora para não enlouquecer fui estudar e repeti tudo de novo. Terminei meu segundo grau e fiz Universidade, me formei em Letra, fiz Pós Graduação em Supervisão e Orientação Educacional, Escrevi um livro de Poesias onde vendi mais de 200 exemplares inclusive tem um na Editora e outro na Academia Brasileira de Letras em Brasília porque é registrado, tirei minha habilitação, sai de um Fusca e comprei um Sedam do ano quitado, estou aposentada, reformei toda minha casa, continuo com meu marido 30 anos de convivência, adotei um menino lindo que agora está já com 9 anos, onde ensinei a caminhar, andar de bicicleta, extrai seu primeiro dentinho, acompanhei suas primeiras palavras, hoje faz o 4°ano no IEPMA  colégio de Flávia minha sobrinha, ele é a razão do meu viver. Deus o colocou em minha vida, porque viu meu sofrimento em saber que eu tinha um neto e nunca pude ver, não pude nem se quer fazer um sapatinho de crochê para ele... Deus O Todo Poderoso olhou pra mim e falou: Pare de chorar, olha o que estou te dando. Meu neto de coração, eu o amo, ele tem seu quarto, sua televisão, passa a manhã comigo a tarde o levo para a escola e vou buscá-lo,  a noite o pai quando volta do trabalho passa e o leva, as vezes dorme aqui em casa e assim tem sido meus dias. Essa foi minha mudança, agora continuo a mesma de sempre, fazendo tudo que tenho vontade, não devo satisfação a ninguém, quem quiser me aceite como sou.

Depois que ela me contou tudo isso falei: Sossega teu coração, não chora nem liga pra esse filho, deixa pra lá, um dia ele vem na sua porta, aguarde. Ela falou que iria esperar.


OBS: Essa é uma obra de ficção qualquer semelhança será mera coincidência.   

 

 


MORAL DA ESTÓRIA: Uma má filha é:  má mãe, má amiga, má irmã má em tudo. Tentou fazer faculdade e não conseguiu terminar, ninguém sabe o motivo, por isso não chegou a exercer algum cargo, não é pós graduada, não teve condições de comprar um carro; não tem uma casa própria, e para pagar suas maldades feita com sua mãe vive morando quase no quintal dela, caso contrário ou estaria na rua ou entro da casa da sogra. Fez tantas intrigas que sua prima não suportando mais pediu para deixar o supermercado, contudo ela está muito bem de vida. Quanto sua vida conjugal nada posso relatar aqui porque tudo dá processo e tenho que ter provas, mas são coisas arrepiantes, eu acho que o marido sabe de tudo, mas dá uma de doido para continuar vivendo. Os dias vão se passando e não sei por quanto tempo vai durar a capa que ela traz em suas costas, quando ela cair talvez eu tenha conhecimento para descobrir já que não estou mais trabalhando lá e mudei de bairro.

                                                               

                                                       21/05/17

São arquivos que tenho no meu computador que só agora resolvi publicar.

OBS: Essa é uma obra de ficção, qualquer semelhança será mera coincidência.


Do outro lado da cidade a filha estava feliz porque agora ocupava a gerência, e se considerava a dona de tudo. Fez logo uma reforma nos funcionários tirando alguns e entrevistando outros, reformou aqui e ali, ordens vai ordens vem, foi uma reviravolta de 360 graus. Agora que ela estava trabalhando diariamente não podia gastar tanta gasolina, foi aí que começou a pedir dinheiro a sua mãe para o abastecimento do carro. Chegava atrasada, um aperreio danado. O dinheiro agora não dava mais para custear suas dívidas: aluguel, água, luz, telefone e ainda alimentação. Mesmo por ser uma filha má sua mãe não mediu distância falou que iria dar um jeito em sua vida. Foi no banco e fez mais um empréstimo. Como sua casa tinha um terreno muito grande resolveu fazer na lateral uma casa para ela bem aconchegante. A construção começou e quando ela ia comprar qualquer coisa sua filha ia junto e encaixava algo para sua casa na conta dela. Afinal terminou a mãe fazendo toda casa da filha. Chegou o dia da mudança, tudo em paz. Ela levou seu marido que era engenheiro para administrar o supermercado ao lado dela( engenheiro não entende nada dessa área). Com a morte de seu pai sua mãe ficou só, mas tem sempre um filho que não abandona de jeito nenhum, estão sempre passeando juntos para distraí-la um pouco, ele é muito bom para ela, ao passo que a filha que mora de favor não a convida para canto algum, pelo contrário sai e entra sem lhe dar satisfação nenhuma, também para que dar, ela é totalmente independente. No supermercado trabalha uma prima dele onde é bastante humilhada. Conversando com ela soube que: quando chega a hora do trabalho ela vai com o coração nos pés vendo a hora ser demitida por ela, porque se ela teve a coragem de pôr seu irmão para fora, imagina uma prima... a perseguição é grande ela já não caiu fora porque sua mãe gosta muito dela devido sua dedicação, nunca faltou, chega sempre na hora certa e trata bem seus clientes. Ele por sua vez chamou alguns dos funcionários e os proibiu deles falarem com ela, fizesse de conta que ela não existiria naquele estabelecimento. Assim foi feito, choro, angústia, decepções, mas ela estava ali, firme e forte blindada por Deus. Tudo que tem começo tem fim e o fim chegou. Um dia a prima olhou para o Céu agradeceu a Deus por ter lhe dado tantos livramentos naquele supermercado onde houve até um arrombamento e creio que ficou um ponto de interrogação até hoje, levaram na época apurado de três dias e mercadorias, a prima trincou e não quebrou, sim voltando ao assunto, agradeceu a Deus e falou: Hoje entrego meu cargo no Supermercado. Não deu o gosto dele demiti-la. Saiu de cabeça erguida e nunca mais voltou nem para uma visita...

Continua a parte final


OBS: Essa é uma obra de ficção qualquer semelhança será mera coincidência.

 

O tempo passou. Nada na vida dessa criatura dava certo, até seu marido que era engenheiro não pode mais assumir o cargo porque já tinha muito no mercado. Começou aí o sofrimento. Seu pai adoeceu e ela teve que tomar conta dele, com muita má vontade ia ficar um pouco enquanto sua mãe descansava. Ela muito esperta pensou: Isso não vai ficar assim. Tenho que tirar algum proveito disso. Possuía um carro, mas como não era do ano tramou: Vou dar o meu de entrada e financio o restante descontando no contracheque de meu pai, coloco até o seguro, um mês eu pago, o outro dou um pedaço atrasado, o outro me esqueço, minha mãe não vai ficar me cobrando mesmo... e assim fez. Quer dizer o carro foi adquirido de forma ilícita, uma pessoa dessa não pode ser feliz nem progredir. Como sua mãe era dona de um grande supermercado de nome, já estava cansada daí colocou ela para trabalhar lá, todavia um filho já trabalhava com ela desde cedo, por ser filho, não foi ser gerente do Supermercado, ele foi para embalagem, depois caixa, quando adquiriu a confiança da mãe passou a gerenciar. Nossa quando ele chegou que viu seu irmão ocupando a cadeira que pertencia a sua mãe ficou irada, queria de toda maneira tomar o lugar dele. Não podia, ele tinha ralado para chegar onde chegou, até que um dia houve uma discussão entre ambos e ela foi correndo e chorando em casa, falando para a mãe que havia sido humilhada na frente de todos. A mãe ficou com muita raiva do filho chegando até a tratá-lo mau, ela ficou feliz ao ver a desavença entre ambos. Como o filho tinha feito seu pezinho de meia investido seu dinheiro em imóveis não pensou duas vezes, tinha que separar de sua mãe. Sentaram e conversaram. Sua mãe muito agradecida por tudo que ele havia feito prometeu ajudá-lo no que fosse necessário. Procuraram um terreno e fizeram empréstimos, ele vendeu alguns imóveis e começaram a construção. O Supermercado estava lindo, faltava as mercadorias, e clientela já que a concorrência era grande, mesmo assim ele colocava preços baixos e conquistou seus clientes tratando-os bem.

Continua...

OBS: Essa é uma obra de ficção qualquer semelhança será mera coincidência.



Nasceu aquela linda criança, onde a mãe dedicou mais carinho por ser a caçula e nessa época já estava em condições de dar uma boa vida muito embora sua madrinha pediu para criar porque não tinha nenhuma filha, contudo a mãe não deu ouvidos e falou: onde come quatro come cinco. Eles cresceram com boa formação e cada qual seguiu seu destino. A menina foi diferente dos outros era invejosa, mau agradecida, orgulhosa, gostava de humilhar os outros, em fim uma criatura má. Estudou e quando estava prestes a formar entrou em atrito com sua mãe que tanto contribuiu para sua formatura ao passo que o pai nunca mexeu uma palha para incentivar seus filhos, a mãe foi sempre o homem e a mulher da casa. Tudo pronto para o término do seu curso, só faltava a Monografia. Este é um livro especial onde há um agradecimento que nunca poderá ser rasurado, é irreversível o que se escreve nele. Quando a mãe pegou para ler o agradecimento tinha o nome de um homem que ela nunca ouviu falar, a filha agradecia a ele tudo que havia conseguido, todo incentivo e dedicação que teve foi a ele que ela atribuiu seus agradecimentos. Sua mãe ficou chocada quando leu aquilo, mas como mãe é mãe, passou a mão na cabeça e fez de conta que nada tinha acontecido, porém no fundo do coração ela sentia e chorava. O tempo passou e logo encontrou um emprego que ganhava muito bem, foi no Banco do Brasil onde o empregado só sai por roubo, carteira assinada, tudo transcorria perfeitamente até que não houve rendimento da parte dela, a produção era muito baixa e então foi demitida. E agora o que fazer? Como ajudar o marido nas despesas de casa? Foi um caus. Revoltada com a vida começou a olhar a vida de seus irmãos e notou o quanto eles haviam progredido. Ficou isolada chegando ao ponto de intrigar-se com sua mãe. No dia das mães todos os filhos estavam reunidos e felizes, ela chegou entrou no quarto e foi para o computador. Nesse dia seu tio estava em sua casa e notou que todos estavam juntos menos ela. Então ele saiu a sua procura e a encontrou dentro de um quarto no computador, foi aí que seu tio falou: Você não vai dar um abraço em sua mãe? Ela respondeu: Não. Minha filha falou o tio, vá falar com sua mãe, hoje é dia das mães não lhe dê esse desgosto. Sabe a resposta? Só se ela vier de joelhos me pedir perdão. Como pode uma coisa dessa? Eu já vi filho pedir perdão a mãe, agora mãe pedir perdão a filho... 

Continua...


OBS: Essa é uma obra de ficção qualquer semelhança será mera coincidência.







































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      Tem 599 postagens. Estou passando por um momento difícil ,perdi um ente querido e continuo de luto sem inspiração para nada.


 

Essa espera dessa passagem durou quase um mês até que chegou o dia. Feliz juntou suas roupas e falou pra dona da casa que viajaria no dia seguinte. Foi o dia mais longo de sua vida. Na saída ela agradeceu pelos dias que havia passado em sua casa, pela comida e dormida que tinha recebido. A mulher não lhe deu nem se quer um biscoito para ela comer no meio do caminho que era longe três dias de viagem. Chegando na rodoviária trocou o papel pela passagem e o rapaz olhou pra ela e falou: Você tem algum dinheiro? Ela respondeu: Nenhum centavo. Como você vai fazer uma viagem tão longa sem nenhum tostão? e como resposta: Deus proverá. Ele colocou a mão no bolso e deu a ela o equivalente hoje a 10,00 reais. Ela agradeceu entrou no ônibus feliz porque estava indo embora para longe. Primeira parada para jantar e tomar banho quem quisesse. Ela estava dormindo e não desceu. Depois que o ônibus havia dado partida deixou passar uns cinco minutos e falou: Esse ônibus não vai parar para jantar? O rapaz que estava do seu lado respondeu: Já parou você dormia achei que não queria descer. E a viajem prosseguia. Ao amanhecer outra parada e a estória se repetia, mas na hora do almoço o rapaz desconfiado falou: Eu sei que você não está dormindo, desse jeito você não chegará viva, creio que está sem dinheiro, venha que pago seu almoço, janta, banho até chegarmos, e assim aquele anjo de Deus bancou aquela criatura durante toda viajem. No caminho para passar o tempo ela contou sua vida completa. Quando chegaram ele a convidou para morar com ele, falou que tinha um emprego bom e casa própria, que cuidaria do bebe como se fosse dele, ela falou que não e iria seguir seu caminho, um adeus e até nunca. Chegou ao seu destino, contou tudo que havia acontecido entre ela e o primo da casa onde ela voltou a morar. A prima ficou horrorizada e lhe deu guarida, nisso chega uma colega do interior também e fala que vai lhe arranjar um emprego. No dia seguinte a leva para uma empresa de ônibus onde fez um teste e passou, bonita e cheia de charme o dono da aviação ficou logo de olho, ele era baixo, feio e buchudo, gostava de bater nos empregados e ficar por isso mesmo, sua fama era horrível. Ela chegava de 4:40 horas entrava no ônibus e só saía às 9:30. Era cobradora de ônibus. O lugar onde morava era muito perigoso. Ela já estava de dois meses quando começou a trabalhar daí quando a barriga estava já crescendo, comprou uma cinta e apertava o bebe o dia inteiro para que ninguém desconfiasse principalmente o dono da aviação. Um dia conheceu um motorista que fazia a mesma linha que ela só que era como sol e lua,  quando ela chegava no terminal ele havia saído e assim por diante. O horário dele era de meio dia só meio período já o dela era integral. Um dia ele pegou o ônibus onde ela trabalhava e foi até lá conversar com a mesma. Surgiu então uma amizade entre ambos. Passaram a se encontrar, e ele foi conhecer o lugar onde ela morava. Dia seguinte para sua surpresa ele falou que havia falado com seu pai o qual consentiu que ela fosse morar lá. Nossa quanta felicidade, mas ao chegar na casa de seu pai ficou desapontada ao saber que seu filho era casado e morava três casas passando a do pai. Quanta decepção; por que ele havia mentido? Ficaram por ali e quando pensou que não estavam morando juntos, ele largou a mulher e ficou com ela, só que nunca se encontraram porque ela saía cedinho e chegava a noite, nas folgas ficava descansando porque a barriga já estava crescendo. Esse motorista falou para o pai dele que tinha engravidado aquela mulher por isso achou na obrigação de ampará-la. Tudo certo seu pai ficou contente, mas Deus não se alegrou com esse acontecimento porque um lar estava sento desfeito e havia mentiras em toda conversa. Não passou muito tempo ele voltou para mulher dele. Era confusão todo dia, briga, ela ficava esperando quando ele chegava e rolava pau, até que ele voltou. Quando ela teve menino não podia trazer pra casa porque o filho não era dele, ela não podia criar, já tinha um no interior, já tinha dado outro e esse seria o terceiro. Nossa quanto sofrimento, essa criatura nunca soube o que era infância, adolescência, ficou adulta antes do tempo, antes dos 17 anos já estava vivendo no mundo, ou livro para ensinar as pessoas...

OBS.: Essa não é uma obra de ficção é um pedaço de minha vida.






Esses 500,00 mil era justamente o dinheiro que ele já o havia dado antes, justamente a passagem completa para São Paulo. Quando ela colocou o dinheiro na bolsa e voltou até a loja a vendedora num instante a queria levar para sua casa, mas de olho no dinheiro que ela havia conseguido. Ela falou, não precisa volto para São Paulo amanhã mesmo. Quando ela chegou na praça o pai de seu filho estava sentado, ela abriu a bolsa e mostrou-lhe o dinheiro. Ele perguntou com quem ela havia se deitado para ganhar tanto dinheiro de uma só vez, ela respondeu: Com meu irmão. Bom voltaram para a pensão juntaram suas roupas, só que o dinheiro só dava a passagem dela, e ele que se virasse. Nossa ele começou a chorar, dizendo que não queria mais voltar para São Paulo, resumindo, quando chegaram na rodoviária, as malas estavam separadas, ela falou: fica aí que vou aquiEla pensou: Voltar para o interior de novo? Tava lascada mesmo porque o dinheiro só dava pra ela e ele como ficaria? Na hora de fazer as malas, ela tinha separado suas roupas em outra e foram para rodoviária. Estavam na fila quando der repente ela falou: Não compre as passagens agora que vou ali. Saiu e na primeira casa bateu a mulher abriu a porta e ela falou: Vim aqui para encontrar minha família, mas eles se mudaram, estou jogada na rodoviária, soube que governador ajuda pessoas a voltarem para sua terra, daí eu lavo, passo, cozinho não precisa a senhora me pagar nada apenas pela comida e dormida e quando o governador me der o dinheiro eu vou embora, a senhora me aceita? É vá pegar suas roupas você fica aqui. Ela saiu correndo pegou a mala e falou pra ele: Fique com todo o dinheiro, nunca mais quero lhe ver, vou ficar por aqui até conseguir minha passagem para outro estado. Pode ir embora. Mais uma vez estava aquela criatura só. Meu Deus como sofreu, contudo, tinha um propósito na vida: vencer. Foi até o palácio de governador e falou com ele daí só tinha vaga no final de fevereiro. Continuou trabalhando e a mulher perguntava todo dia quando ela ia embora para poder lhe dar mais trabalho e antes de ir deixar a casa um brinco. Nada podia comer só  o necessário, as uvas e maças serviam só para encher a geladeira e quando estavam apodrecidas eram jogadas fora e comprava outra, um dia ela sentiu  vontade de comer uma uva e tirou do cantinho e quando amanheceu a dona falou que estava faltando uma uva do cacho, pois é, ela contava. Daí antes que chegasse o final do mês ela resolveu dar uma passada no palácio para ver se conseguia alguma coisa onde foi impedida de entrar, porém não contou estória, uma vacilo que o guarda deu, ela saiu correndo e chegou até o governador e de joelhos pediu sua passagem, comovido  fez um escrito pra lá e deu a mesma falando que não poderia trocar por dinheiro, que serviria só como a passagem, ela muito lhe agradeceu foi até a rodoviária e marcou para o dia seguinte à noite.
Continua....

OBS: Essa não é uma obra de ficção, são momentos que passei na minha vida.


 

...Foi um inferno, daí decidiram voltar para sua terra Natal e depois regressariam. Meu Deus, quanto sofrimento. Ela foi visitar seu pai e seu filho de um outro relacionamento, não tinha dinheiro para nada, daí ela recorreu mais uma vez ao seu irmão que lhe deu a passagem de volta a São Paulo. Quando o rapaz viu o dinheiro falou que ela tinha que dá a ele porque caso contrário ele não confiava nela, tinha certeza que ela iria embora sozinha. Como uma otária pegou todo o dinheiro e entregou nas mãos dele e marcaram uma data para se encontrarem e voltar a São Paulo. No dia exato do combinado ela o encontrou na Rodoviária no Recife e ele falou que tinha gasto o dinheiro com bebidas no Carnaval e o que tinha só dava para eles irem até Natal. Fazer o que em Natal? Se ao menos ela não estivesse grávida as coisas seriam diferentes, mesmo assim compraram as passagens e seguiram viajem. Ela por ser desenrolada conseguiu um emprego ele não podia porque teria que servir o exército era de menor. Nisso eles moravam em uma pensão, o dinheiro acabou e ele empenhou um relógio. Desesperada saiu a procura de ajuda. Não tinha dinheiro para ficar na pensão, ele ficou na praça sentado e ela saiu sem destino, estava com muita fome daí viu uma manga verde foi aí que ela pediu a dona da casa que lhe desse aquela manga pois estava com desejo. Depois entrou nas maiores lojas pedindo uma ajuda para voltar a São Paulo. Encontrou um proprietário de uma loja que logo lhe ofereceu dinheiro, mas em troca teria que dar uma saidinha com ele. E assim foram todas as lojas, foi então que ela expos o caso a uma das vendedoras onde pediu abrigo e falou que não tinha onde dormir porque o dinheiro havia acabado, ela falou que não poderia ajudá-la. Quando ela olhou viu um banco onde o irmão dela trabalhava não podia pedir mais dinheiro porque ele já o havia dado, então ela falou para a vendedora: meu irmão trabalha no banco e ela respondeu: Se ele trabalha por que você está nessa situação? Vá lá e peça a ele. Não posso respondeu ela, ele já me deu o suficiente e eu gastei, daí ela respondeu: você mente. Irritada ela foi até o banco e encontrou um amigo lá´. Contou sua estória e pediu que ele ligasse para seu irmão que pelo amor de Deus a ajudasse só mais essa vez que ela prometeria nunca mais lhe pedir um centavo. Ele negou, falou que não lhe dava mais um tostão. Desesperada ele surtou. A ameaça começou, ou você me dar ou começo a quebrar tudo aqui dentro. Então para evitar um escândalo ele mandou me dar 500.00 mil e nada mais.
Continua...


OBS: Essa não é uma obra de ficção é um pedacinho de minha vida, se não escrevo fico pirada.