LER E OUVIR HISTÓRIAS FORTALECE A MENTE E O CORAÇÃO

... naquele exato momento passava pelo local e notei uma aglomeração de pessoas e me aproximei. Meu Deus o sangue ainda jorrava no solo e uma vida indo embora. Muitos policias cercando o corpo que estava coberto com um pedaço de TNT branco. Rapaz moreno, short preto, sem camisa, sandálias laranja. Tudo silêncio. Como pode exatamente às 15:00 horas se cometer um assassinato. Antigamente esperavam escurecer, agora não, tanto faz ser de dia ou de madrugada a tarde ou pela manhã como foi no caso de Mercinho, que completa um ano  no dia 19 de julho. Até quando vamos ver tanto derramamento de sangue. O mundo está entregue ao maligno e o amor já não
mais existe. Quantas mães geram seu filho pensando seu futuro. Cria com tanto amor e quando cresce que comete algum erro ela bate na criança para ensinar o caminho certo e na mesma hora ela se arrepender ao vê-lo chorando, daí ela o coloca nos braços e acalenta. Imagine essa mesma mãe que criou esse filho com tanto amor encontrá-lo ao solo morto? a dor que ela não irá sentir! Quem deu a vida foi Deus e só Ele quem tem o direito de tirar, contudo o homem faz a sua própria lei, matou tem que morrer, e hoje em dia se morre por pouco. Os jovens não estão mais envelhecendo o máximo que vivem são 20 anos, porém a idade que mais morre são os de menores 17, 16,14 anos e isso é uma pena porque se envolvem com coisas erradas e o
resultado é justamente esse: cemitério ou cadeia e o pior não é nada, aqueles que conseguem soltar-se após cinco ou seis anos de cadeia   daí vai comemorar e sabe o que acontece por estar comemorando sua liberdade? Vem a moto preta e só se escuta os tiros. A vida é assim, quem entra dificilmente sai. Hoje escrevi uma coisa diferente porque me senti tão minúscula ao ver aquele corpo no chão, um jovem tão novo com uma vida toda pela frente. Agradeci a Deus por ter me dado tantos livramentos e ainda hoje aos 57 anos rogo a Deus me cubra com seu MANTO SAGRADO, COM SEU SANGUE para que eu possa morrer sem dar o direito de ninguém tirar-me a vida, porém estamos sujeitos a tudo, ninguém sabe o dia do amanhã, porque esse dia a DEUS PERTENCE.

Esse fato realmente aconteceu hoje a 500 metros de minha casa. Só vi porque passei na hora por curiosidade mais não me senti confortável,  me arrependi de ter visto.


                              28/06/2013

Engraçado nós pensamos que só existe violência contra criança hoje em dia,porém há quarenta anos já havia coisas horríveis só não eram publicadas porque não havia Conselho Tutelar.Como estou sem sono vou contar uma história que aconteceu há uns 40 anos.
Havia uma menina muito esperta e ao mesmo tempo inocente.Ao chegar em casa encontrou seu irmão mais velho chorando conversando com sua mãe, naquela época não podia se escutar a conversa dos mais velhos mesmo assim ficou curiosa para saber o motivo.Quando a menina chegou na escola encontrou sua coleguinha que lhe falou: sabia que minha irmã acabou o namoro com teu irmão?Ela inocente respondeu:Por isso que ele estava chorando contando alguma coisa a mamãe.Só isso.Quando voltou para casa não sei como surgiu o assunto e sua mãe não gostou nada desse fato ter 
se espalhado.Falou para sua filha:Não vou lhe dar uma surra mais vou fazer uma coisa que você nunca mais irá esquecer para quando vê algo que se passa dentro de casa não sair comentando.Vá ali naquela pimenteira e colha algumas e me traga.Inocente coitada, sem saber o que o estava por vir, colheu bastante pimenta e trouxe.Sua mãe encheu uma colher de sopa e começou a amassar até virar uma papinha, dai a chamou e falou:abra a boca.Inocentemente aquela criança abriu a boca e ela perversa, sem coração colocou aquela pimenta todinha na boca daquela criança.Meu Deus quanta crueldade.Coitada ela babava tanto, não sei como sua língua não caiu,contudo Deus foi tão generoso com aquela criança que nem bolhas fez em sua língua.
Hoje quando vejo na televisão:uma mãe colocou um ovo quente na boca de seu filho,ou então uma mãe esquentou uma colher e colocou no braço de seu filho, isso para mim não é novidade vi coisas piores acontecer inclusive fui testemunha de um pai que pegou sua filha quando ela tinha treze anos deu uma surra de corda que seu corpo ficou todo retalhado com hematomas que foi preciso fazer água com sal para que ela tomasse banho e não morrer de tão enxada que ficou.Isso são coisas da vida.Tem pais que não sabe educar seus filhos ao invés de bater espancam, se isso desse resultado não existiria tantos marginais presos em uma penitenciaria onde apanham feito bicho e quando terminam a pena voltam a cometer o mesmo delito.
Obs: Essa é uma obra de ficção qualquer semelhança será uma mera coincidência.  

                               23/06/2013

Deitada em minha cama, só escuto o barulho da chuva. Quantos planos havia feito para essa noite. Abertura do São João, muito vinho e churrasco etc. e tal. Tudo de água a baixo, não tenho mais aquela disposição de enfrentar chuva, assaltos, marginais, em  fim não tenho mais coragem de nada e então resolvi ficar em casa, antigamente não tinha medo de nada e hoje encontro-me prisioneira na minha própria casa onde tenho tudo e nada tenho porque vivo amedrontada com o mundo lá fora.
           Há que pontos chegamos, sermos prisioneiros em nosso próprio lar, contudo estou feliz porque tudo que eu queria fazer tive a oportunidade de realizar na minha juventude porque caso contrário estaria frita não teria aproveitado nada na  minha vida. Hoje meu marido encontra-se trabalhando é mais uma noite que vou dormir sozinha numa cama fria sem ter seu corpo para me aquecer, porém agradeço a Deus por ter me dado uma caminha fofinha, nossa quando recordo um pedacinho de minha vida, vou escrever aqui para recordar sem nenhum rancor.
1974:
Paulinho estava com um ano que nunca pude comemorar de tanta pobreza. Aprontei mais uma vez e meu pai me pôs para fora de casa. Deus para onde ir? Só tinha a casa de Pai Joca que era meu avô. Chegando lá somente com minha roupa do coro e Paulinho também contei o que tinha acontecido e ele falou que eu podia ficar lá só almoço que era bom não tinha porque ele almoçava na casa de Papai, mas café dava para fazer. Meu Deus e meu filho que vou dar a ele? Onde vou dormir? Na casa de Pai Joca tinha uma marquise ( pra quem não sabe era uma sofá sem estufado, só aquela tábua dura, daí mandei buscar a rede de Paulinho e lençol, porém Ilna (minha irmã já falecida que Deus a tenha  proibiu de Dapaz  minha madrasta mandar falando que lugar de rapariga era em baixo de uma ponte, com um candeeiro, uma esteira e uma cachorrinha. Chorei tanto, e agora que deveria fazer. Aproveitei que papai estava na feira e fui buscar. Ela me recebeu com murros e daí rolamos no chão um pau danado, nem rede nem lençol nem nada. Voltei pra casa de Pai Joca e como eu tinha dado um pau grande nela e ela não pode se vingar foi me matar com uma faca peixeira. A porta da casa de meu avô era dividida em duas partes. A parte de cima estava aberta e a de baixo tinha um ferrolho em cima e uma tramela em baixo (tramela e um pedaço de madeira bem trabalhada que serve como ferrolho) foi minha sorte, quando menos esperei foi Pai Joca gritando: cuidado Inajá, daí me baixei e a peixeira passou raspando minha cabeça, se ele não avisa ela teria conseguido me esfaquear pela maneira que ele jogou teria me matado. Foi embora mordida de raiva por não ter alcançado seus objetivos, contudo fiquei com medo de papai. Quando fui dormir naquela marquise dura, bem apertadinha Paulinho falava: dói costa e eu então o coloquei sobre meu corpo e ele adormeceu agora imagine a noite inteira sem poder me mexer para não acordar meu filho. Na manhã seguinte Pai Joca foi buscar a rede e lençol. O café que ele fazia era dentro de uma lata de leite ninho e mais no carvão sem coar e comprava três pães, um meu outro dele e outro de Paulinho. Falei pra  Pai Joca que ia até o Juiz para ele obrigar meu pai a dar pelo menos minha cama, já que mamãe havia morrido e eu tinha direito. Papai ficou revoltado falando que eu dei parte dele foi uma muvuca e terminou em pizza porque terminei voltando para casa. Recordo meu sofrimento ,mas fico feliz por ter algo para contar, tendo um passado bom ou ruim mais tenho, pior são aquela pessoas que não tiveram tempo de narrar os acontecimentos de sua vida por ter morrido cedo.

21/06/2013

E o São João chegou... volto a idade de 12 anos quando  havíamos mudado para casa nova. Tinha uma prima chamada Marilene que veio estudar em nossa casa ela era filha do Tio Mário na época soldado de Polícia e morava em Orobó. Passou uma fase difícil em sua vida como todos nós passamos e morou conosco um certo tempo depois mudou-se, mas Marilene continuou morando conosco. Era muito bom e eu não sabia que era mais uma boca que meu pai teria que sustentar, uma vez na vida alimentar uma pessoa é uma coisa, agora meses e anos é demais e nossa família já era grande, éramos 8 irmãos. Não é isso que quero lembrar, o que quero relatar aqui é um fato inesquecível que aconteceu comigo no dia do São João. Todos nós estávamos reunidos no terraço quando o Tio Mário trouxe-nos bastante fogos: estrelinha, traque de sala, traque, vela luminosa,
cobrinha, peido de veia, e diabinho, sei o nome de todos porque ficaram marcados em minha mente. Nunca tive sorte, sempre fui alvoroçada em tudo que fazia, não tinha controle sobre as coisas, queria fazer tudo ao mesmo tempo e quando vi Tio Mário com aquele pacote de fogos que nunca tinha visto, fiquei eufórica e comecei a soltar um atrás do outro sem ao menos dar a chance de outras pessoas soltarem. De longe não sabia que estava sendo observada por mamãe que logo gritou: Inajá venha cá."Deixe de ser exagerada, tudo seu e nas carreiras e por causa disso não solta mais nenhum desses fogos", entre. Meu mundo desmoronou. Meu Deus tinha apenas soltado uns cinco ou seis só que muito rápido, a festa estava começando agora e eu tinha que entrar? Tio Mário pediu a mamãe que não fizesse aquilo, porém ela como tinha palavra da
 rainha (Elizabeth) só faltava a coroa, falou que não e nesse dia me fez dormir cedo. Deitada em minha cama aos soluços, só escutava os tiros dos fogos, o cheiro de fumaça da fogueira, as gargalhadas, o  milho assado parecia está colado no meu nariz de tanto que cheirava e eu ali sem um pingo de sono mais tinha que ser obrigada a dormir e mais: com a luz apagada. Pedaço ruim na minha vida. Fecho os olhos  e vejo tudo como se fosse um filme passando em minha mente. Como mãe jamais teria a coragem de fazer uma coisa dessa com um filho meu, se estava errada, me chamasse e falasse: dê um tempo, você está muito apressada, dê chance aos outros que também querem se divertir e não fazer o que fez.

Obs. Não guardo nenhuma mágoa nem rancor de minha mãe, ela foi muito carrasca e agradeço a ela tudo que sou por ter sido podada em tudo que queria fazer é tanto que hoje sou livre como uma GAIVOTA, faço tudo que quero sem pensar nas consequências, pouco importa já fiz, mesmo que venha me prejudicar futuramente mais fiz o que tive vontade de fazer sem me preocupar com o preço alto que teria a pagar devido meus atos. Tenho 57 anos e me visto como uma pessoa de 15 anos por que? Nunca pude colocar um short nem se quer por cima do joelho, hoje uso um mais da metade de minha coxa, pouco importa os comentários. Minhas blusas são costas nua, bem cavadas, por que? Nunca tive direito de usar uma blusa com alça, quando não era quimono era de manga, que horror, puta pariu no auge da Jovem Guarda Wanderleia com aquela saia bem curtinha, Valdirene, meu Deus não aproveitei nada por isso que tudo que não  tive direito de fazer fiz e ainda hoje faço a demora é querer, não devo satisfação a ninguém vivo minha vida e quando meu marido (Carlos Antônio meu filho) vem reclamar eu falo pra ele: senta aqui. Conto a ele um pedacinho de minha vida e ele diz: VAI MINHA FILHA FAZ O QUE VOCÊ NÃO  TEVE CHANCE DE FAZER APROVEITE SÓ NÃO SE EXCEDA. Ele me dando carta branca to feita, por isso o amo, ele é tudo na minha vida, meu psicólogo, amigo, amante, pai, irmão, confidente, marido e acima de tudo um ótimo companheiro que me incentiva a fazer tudo aquilo que quero me apoiando com toda dedicação. TI AMO MEU AMOR, SEM VOCÊ EU ESTARIA FRITA PRA NÃO ESCREVER FDD.

03/06/2130