E o São João chegou... volto a idade de 12 anos quando havíamos mudado para casa nova. Tinha uma prima chamada Marilene que veio estudar em nossa casa ela era filha do Tio Mário na época soldado de Polícia e morava em Orobó. Passou uma fase difícil em sua vida como todos nós passamos e morou conosco um certo tempo depois mudou-se, mas Marilene continuou morando conosco. Era muito bom e eu não sabia que era mais uma boca que meu pai teria que sustentar, uma vez na vida alimentar uma pessoa é uma coisa, agora meses e anos é demais e nossa família já era grande, éramos 8 irmãos. Não é isso que quero lembrar, o que quero relatar aqui é um fato inesquecível que aconteceu comigo no dia do São João. Todos nós estávamos reunidos no terraço quando o Tio Mário trouxe-nos bastante fogos: estrelinha, traque de sala, traque, vela luminosa,
cobrinha, peido de veia, e diabinho, sei o nome de todos porque ficaram marcados em minha mente. Nunca tive sorte, sempre fui alvoroçada em tudo que fazia, não tinha controle sobre as coisas, queria fazer tudo ao mesmo tempo e quando vi Tio Mário com aquele pacote de fogos que nunca tinha visto, fiquei eufórica e comecei a soltar um atrás do outro sem ao menos dar a chance de outras pessoas soltarem. De longe não sabia que estava sendo observada por mamãe que logo gritou: Inajá venha cá."Deixe de ser exagerada, tudo seu e nas carreiras e por causa disso não solta mais nenhum desses fogos", entre. Meu mundo desmoronou. Meu Deus tinha apenas soltado uns cinco ou seis só que muito rápido, a festa estava começando agora e eu tinha que entrar? Tio Mário pediu a mamãe que não fizesse aquilo, porém ela como tinha palavra da
rainha (Elizabeth) só faltava a coroa, falou que não e nesse dia me fez dormir cedo. Deitada em minha cama aos soluços, só escutava os tiros dos fogos, o cheiro de fumaça da fogueira, as gargalhadas, o milho assado parecia está colado no meu nariz de tanto que cheirava e eu ali sem um pingo de sono mais tinha que ser obrigada a dormir e mais: com a luz apagada. Pedaço ruim na minha vida. Fecho os olhos e vejo tudo como se fosse um filme passando em minha mente. Como mãe jamais teria a coragem de fazer uma coisa dessa com um filho meu, se estava errada, me chamasse e falasse: dê um tempo, você está muito apressada, dê chance aos outros que também querem se divertir e não fazer o que fez.
cobrinha, peido de veia, e diabinho, sei o nome de todos porque ficaram marcados em minha mente. Nunca tive sorte, sempre fui alvoroçada em tudo que fazia, não tinha controle sobre as coisas, queria fazer tudo ao mesmo tempo e quando vi Tio Mário com aquele pacote de fogos que nunca tinha visto, fiquei eufórica e comecei a soltar um atrás do outro sem ao menos dar a chance de outras pessoas soltarem. De longe não sabia que estava sendo observada por mamãe que logo gritou: Inajá venha cá."Deixe de ser exagerada, tudo seu e nas carreiras e por causa disso não solta mais nenhum desses fogos", entre. Meu mundo desmoronou. Meu Deus tinha apenas soltado uns cinco ou seis só que muito rápido, a festa estava começando agora e eu tinha que entrar? Tio Mário pediu a mamãe que não fizesse aquilo, porém ela como tinha palavra da
rainha (Elizabeth) só faltava a coroa, falou que não e nesse dia me fez dormir cedo. Deitada em minha cama aos soluços, só escutava os tiros dos fogos, o cheiro de fumaça da fogueira, as gargalhadas, o milho assado parecia está colado no meu nariz de tanto que cheirava e eu ali sem um pingo de sono mais tinha que ser obrigada a dormir e mais: com a luz apagada. Pedaço ruim na minha vida. Fecho os olhos e vejo tudo como se fosse um filme passando em minha mente. Como mãe jamais teria a coragem de fazer uma coisa dessa com um filho meu, se estava errada, me chamasse e falasse: dê um tempo, você está muito apressada, dê chance aos outros que também querem se divertir e não fazer o que fez.

03/06/2130
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