LER E OUVIR HISTÓRIAS FORTALECE A MENTE E O CORAÇÃO

MAIS UM PEDACINHO

Êta mês de agosto ruim, deveria ser mês do desgosto. Se vivo estivesse meu filho estaria um homem lindo completaria 43 anos, deveria já está casado, eu teria vários netos, mas por ironia do destino não chegou a concretizar meu sonho, morreu novo quase no dia que completava ano, dia 30 de agosto de 2002.Saudades muitas saudades, não esqueço um segundo de meu filho querido que tanto trabalhei lutei para cria-lo, mas Deus sabe todas as coisas e como acredito na ressurreição, um dia Deus irá ressuscitá-lo eu creio. Quinze anos sem meu filho amado vai fazer agora em agosto, contudo vou vivendo procurando na multidão alguém parecido com ele para relembrar de quando ele era vivo, mas coração de mãe é assim, ele sangra todos os dias, é uma ferida que fica escorrendo que as vezes penso que não vou aguentar. Queria tanto chegar para ele e conversar, contar que consegui me aposentar, que continuo trabalhando mesmo com meus 61 anos me sinto jovem disposta como se tivesse 35 anos. O dia das mães se aproxima e eu como sempre fico sozinha. Tudo que se planta colhe e eu estou colhendo pelo meu passado comprometedor. Não estou me lamentando, simplesmente narrando os fatos, não quero ser comparada como pobrezinha...coitadinha... isso jamais quero que aconteça porque o pior sentimento que um ser humano pode ter por outro é pena, isso seria humilhante para mim, por isso sou realista, cuidado com os pensamentos. Minha vida estava predestinada, como escapar do destino? Nasci em um século muito atrasado para minha mente, se fosse hoje tudo seria normal, mas infelizmente naquela época era uma desonra para uma família ter uma filha que fosse mãe solteira, ela era banida da sociedade, expulsa de casa entregue ao livro da vida onde de tudo iria aprender. Eu tinha cabeça por isso trabalhei e sobrevivi. Hoje chove muito, eu não gosto de chuva me traz recordações tristes, não consigo me libertar do passado que para mim vive sempre presente, nada de bom tenho que recordar de minha infância a não ser meus passeios pelo sítio quando pegava cigarra, levava almoço para papai que estava fazendo farinha e pedia a ele um beiju com bastante coco e que fosse feito por baixo da farinha.
  1. Minha vida na barraca de meu pai me comunicando com todo tipo de gente, acho que é por isso que não seleciono as pessoas para mim todas são iguais, talvez por ter sido tão podada em minha vida tendo minhas asinhas cortadas, uma gaivota que sonhava em ser livre...Hoje não admito ordens e faço tudo que me convém. Posso usar roupas curtas, shorts minúsculos, uso biquíni, vou a clubes dançantes, não bebo nem fumo porque fiz uma promessa com Deus caso contrário estava com meus vícios e não pretendo mudar só Deus quando tocar no meu coração como Ele já fez porque para os outros não dou satisfação, quem quiser que me engula como sou ou então tome água para não se engasgar, a única pessoa que comunico o que vou fazer é a meu marido. Como não tenho um sofá para deitar e contar a um psicólogo nem tão pouco procuro um psiquiatra dedico minha vida em escrever pedacinhos do que passei para aliviar um pouco a mente e não surtar, daí compartilho meus ais com vocês que sempre estão atentos ao que escrevo para decifrar os enigmas, só que desta vez é da minha vida que falo, não uma obra de ficção. Minha vida é um livro aberto já descrevo para não dar o direito de ninguém comentar a pessoa que sou porque se forem falar algo a resposta é: Quem? Inajá? Nossa sei de tudo dela..  Não ligo para nenhum comentário;

    OBS: Essa não é uma obra de facção, mas quem sabe se em algum lugar exista alguém que passou pelos mesmo procedimentos que passei e sente vergonha em descrevê-los?                                                                    
     07/05/16

0 comments:

Postar um comentário

MEUS SINCEROS AGRADECIMENTOS A TODOS OS LEITORES ESPECIALMENTE AOS MEUS COMENTARISTAS.