LER E OUVIR HISTÓRIAS FORTALECE A MENTE E O CORAÇÃO



Não entendia o por quê de tantos livramentos que o Senhor Jesus havia me dado. Os anos foram se passando e as couraças, as armaduras, tudo em fim me livraram do mau. E eu perguntava: Hoje Deus mais uma vez me livrou de uma armadilha. Hoje Jesus me livrou de um inimigo oculto. Hoje Deus costurou a minha língua e eu só fiz ouvir. Hoje Deus não permitiu que o inimigo sorrisse de suas artimanhas. Louvo a Deus por isso, aos poucos estou me afastando das pessoas que procuram me derrotar porque não sei até quando suportarei insultos e provocações mesmo com todas as armaduras que Deus me deu. Resistirei ao pecado e ele te afastará de te, aos poucos vamos nos santificando até que o vaso esteja bem polido nas mãos do oleiro. Muitas vezes somos julgados por nossos atos, e chegam até a indagar qual o motivo dessa mudança. A velhice modificou sua vida? Não, cada ruga, cada cabelo branco que surge é um aprendizado para nossas vidas. Quando somos jovens não tememos nada, festas, boates, luau, músicas, bebidas e cigarro para nos alegrar nas noitadas, tudo isso acontece porque não tememos nada. Com o passar dos tempos vamos observamos que isso é só o prazer da carne, depois que a bebida passa e a dança termina, tudo volta à estaca (zero), surge um vazio, um desespero, uma angústia, daí volta a cometer os mesmos erros sem saber que estamos pecando. Se formos a uma Igreja e lá ouvirmos a palavra de Deus, voltamos cheio de Espirito Santo, uma paz inexplicável, o coração cheio de paz e tranquilidade, não sentimos falta do cigarro, da bebida para podermos nos alegrar. E 50 anos se passaram para que meus olhos fossem abertos e eu resolvi me redimir, ficar em minha casa, ler mais a Bíblia, me aprofundar mais nas palavras do Senhor, isto não significa que estão santas e sim livres de aborrecimentos e comentários inoportunos. Ver, ouvir e calar, três palavras que se soubermos usar viveremos em paz com a humanidade.

                                                             24/02/19




A nossa vida é um palco. Quem somo nós? Um verdadeiro teatro por trás das cortinas. Quem irá abri-la para mostrar realmente seu papel? Só aqueles que são mesmo corajosos e não tem medo de demonstrar o que são para a sociedade sem se preocupar com os comentários, preconceitos, falatórios etc. E o covarde? Esse é o pior que tem, não se esconde atrás de uma cortina e sim, de uma máscara, representando o seu papel de ilusão, aparentando bonzinho, mas por dentro um maquiavélico, planejando fazer a maldade com um sorriso. Papel de ilusão. Como nesse momento gostaria de tirar sua máscara e mostrar ao mundo o que realmente sente, sua verdadeira vida que queria ter, contudo derrama suas lágrimas as escondidas, um pranto que inunda seu coração. Quanta hipocrisia. Nossa vida é uma vela acesa onde a qualquer momento pode vir o vento apagá-la e tudo fica para trás. Quanta ambição, quanto mais tem, mais quer, tirando assim o pão da boca do pobre. Se todos se reunissem e dividissem o que tem seria muito bom, mas é a lei, o rico cada vez fica mais rico e o pobre cada vez mais pobre, daí desempregado, não há outra saída,  a não ser as drogas, eles entram no mundo do crime muito cedo para adquirir em um dia o que conseguiria levar três ou quatro meses para consegui, um caminho sem volta. O jovem não envelhece, a população cada vez encontramos mais idosos. É uma pena, mas a vida é assim.

                       24/02/19




Há exatamente meio século, estava eu em Bom-Jardim com meu vestido novo de chita costurado as pressas para ir à festa. Nossa quanta recordação daquela época de inocência... Tínhamos hora marcada de chegar em casa e não podíamos nos atrasar dois minutos caso contrário não iríamos mais os restantes das noites. Eram 8 noites de festas, contudo o último dia o melhor de todos não podíamos ir porque havia muita gente e o espaço era pouco daí ficávamos em casa. Vamos lá: mamãe queria que nós saíssemos de casa de seis horas onde não havia ninguém, nem o parque Lima estava funcionando, e as nove horas em pontos tínhamos que chegar. Meus Deus como era ruim, a festa ficava boa mesmo depois das nove. O dono do balanço era irmão de nosso pai por isso nos deixava dar uma voltinha de graça e quando a coisa estava boa, vinha aquela bendita taboa que colocava embaixo e aos poucos ele ia parando, por mais que puxássemos a corda mais a tábua impedia o movimento. Saindo do balanço íamos para a onda, essa onda era um barato, ela baixava e subia, gritávamos muito, era divertido. Como não tínhamos dinheiro para correr no Parque Lima, ficávamos olhando e esperando que alguém fosse bonzinho e colocasse uma de nos no meio, ou seja a roda gigante cabia três pessoa, a do meio não pagava eu ficava perto da fila pedindo para ficar no meio e daí alguém deixa eu dava minha voltinha e ia olhar os outros brinquedos.
       O cavalinho era o que eu mais gostava, ele subia e descia, encostada na grade e olhando as crianças correndo no cavalinho der repente alguém chama meu nome. Oi tudo bem, era João Galdino (In memoriam) chegou para mim e perguntou: Quer dar uma voltinha no cavalinho? Ou se quero respondi, ele comprou um ingresso e me deu, fiquei muito feliz gostava muito dele, era um pão (significa lindo).Depois que dei minha voltinha saí para passear, nossa quanta monotonia, ia até a Igreja de São Sebastião voltava até a ponte, depois tudo de novo, pra lá e pra cá, naquela época tudo bem hoje depois do caso passado não tenho mais saco pra isso, também minha juventude já se foi agora só recordações. Naquela época eu já tinha um paquera, Jesus, meus  olhos cintilavam quando o via, tinha 12 anos...amor impossível, meu primeiro amor, o homem que roubou minha infância, minha juventude, minha adolescência, mas tinha que passar por tudo que passei, é passado, o importante que vivi os momentos. 
          Hoje aos meus 62 anos livre como uma gaivota, posso fazer o que quero e na hora que quero, não sinto mais vontade de ir à FESTA DE SÃO SEBASTIÃO. Fecho os olhos e penso: será que ainda toca música com oferecimento? Assim: Atenção fulana de tal, ouça essa linda gravação que um alguém lhe oferece apaixonadamente. Aí tocava a música de Valdike Soriano, Cláudia Barroso, Nelson Gonçalves, Roberto Carlos, Noite Ilustrada, Lindomar Castilho, essa músicas era no Parque Lima que se pagava para fazer o oferecimento, e eu ficava louca para descobrir que era esse alguém, não que fosse meu nome e sim de outras pessoas nunca ninguém me ofereceu música, também eu era uma pirralha, quem se atreveria a isso, seria um escândalo. Nossa quanto tempo que não escrevo, hoje senti saudade...


                                    01/02/19