E aquela cidadezinha pacata de interior bem enfeitadinha todos conheciam todos é tanto que quando alguém perguntava por outra pessoa sempre dava o endereço correto.O tempo passou mas, a cidade não cresceu continuava sempre aquele tiquinho. Havia os coronéis e até major titulo adquirido através de bens. Nesta cidade tinha uma coletoria onde os agricultores costumavam pedir dinheiro emprestado no começo do ano assinando promissórias com juros altíssimos, os ricos ficavam mais ricos e os pobres sobreviviam, final do ano estavam ali pagando o que havia pedido emprestado e renovando tudo outra vez. Também tinha um coronel que emprestava dinheiro naquela época nem se sabia o que era agiota se fosse hoje... Só havia um homem que mandava nessa cidade dava terras mas queria o voto e nunca perdeu uma eleição, entrava ele terminava o mandato ele colocava outro no lugar e ficava por trás mandando em tudo (hoje chamamos de laranja) e assim o tempo foi passando. A cidade como todos sabem sempre tem algo diferente que chama atenção dos habitantes, quem vem de fora fica admirado ao ver uma obra de arte (hoje turistas). Havia em frente a Igreja principal um monumento que foi apelidado de PIRULITO DO PADRE, ai como era lindo, ficava no meio de um grande pátio em frente ao Colégio das Freiras, era um ponto turístico. Certo dia resolveram demolir houve muita gente que chorou ao ver o PIRULITO DO PADRE NO CHÃO, ninguém nunca falou por qual motivo fizeram essa demolição e quem sabia tinha que ficar calado caso contrário...Os anos foram se passando e a cidade sempre aquela coisinha pequena, sem emprego,só agricultura mesmo, agora quem tinhas posses mesmo era um dono de farmácia, de padaria, um comerciante esse sim a tendência era só crescer porque não havia concorrentes tinha que morrer ali mesmo. Havia também no começo da rua um outro monumento chamado CLORETO que ficava perto de uma ponte, parecia um carrossel onde as crianças costumavam brincar tanto entrando dentro como atravessando por cima bastava passar a perna já estava do outro lado, esse também demoliram. Antes da ponte tinha uma única Maternidade Mauricio de Medeiros que deveria ser tombada pela autoridade maior da cidade, junto o Posto médico, também acabaram e pra completar uma linda praça que ficava em frente também foi destruída, o tradicional posto de gasolina que ficava junto a praça também foi retirado. A cidade era tão pequena que o governante não tinha iniciava de criar algo novo, como por exemplo ao invés de desmanchar construir. Sim o Dique jamais poderia esquecer, era onde o trem ia beber água era assim que falavam, e a estação? Nossa são muitas as recordações. Lembro que começaram a construir um hospital no ano de mil novecentos e cocada, nunca terminaram lá ficou como depósito de ratos e baratas por muitos e muitos anos. A cerâmica onde era fabricado tijolos em fim durante o tempo que esse governante passou era uma verdadeira escravidão, até que um dia ele perdeu e aí a cidade começou a crescer, desenvolveu de tão forma que ninguém conhece mais ninguém. Tudo tem que haver um desenvolvimento mas as raízes onde estão? Deveriam serem tombados os patrimônios públicos, porque quando alguém regressasse a sua cidadezinha iria recordar seu tempo de infância, e quem sabe até repetir as mesmas brincadeiras de antigamente. Na cidade deveria haver um guia para dizer que O PIRULO DO PADRE foi criado em tal ano, em homenagem a fulano, o Dique onde o trem ia beber água, a estação, a primeira maternidade, o primeiro posto de saúde, a pracinha, a primeira bomba de gasolina, mesmo que não funcionasse mas ficaria só a bomba como se chamava naquela época. ONDE ESTÃO AS RAÍZES? Quem morou nessa cidadezinha e volta fecha os olhos para rever tudo em sua memória porque tudo não passou de uma lenda. Se não existe mais, nunca existiu.
OBS: Essa é uma obra de ficção, qualquer semelhança será mera coincidência.
26/07/2016
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