A INGRATIDÃO DE UMA FILHA

Estou de volta novamente
Para aqui eu escrever
Tudo que passa em minha mente
Para vocês leitores ler
Um fato muito importante
Que aqui eu vou dizer

Na cidade do interior

Havia uma filha ingrata
Que magoou seu pai
Por fazer coisa chata
Ele muito chorou
Mas não pode fazer nada

Com muito sacrifício
Seus estudos ele pagou
Não demorou muito tempo
Ela logo o recompensou
Fazendo o que não prestava
Seu pai muito se machucou

Era uma pessoa que tudo tinha
Porém muito ambiciosa
Queria tudo para ela
Isso a deixava ansiosa
Arrancou o último tostão do pai
Mostrando ser corajosa.

Sim meus caros leitores
Ela tinha muita coragem
Gastou todo seu dinheiro
Na sua conta fez uma raspagem
Quando ele foi fazer uma retirada
Lhe deu uma miragem

Ele não estava acreditando
Naquilo que estava vendo
Chamou o rapaz para vê
O que estava acontecendo
Seu dinheiro havia sumido
Suas pernas estavam tremendo

Quando chegou em casa
Foi a filha perguntar
O que tinha acontecido
Ela começou a chorar
Vá lá minha mãe
O caso explicar

Para ajudar a filha
Ao marido tudo contou
Seu pai achou um absurdo
Disse ela sua filha precisou
Seu coração batia tão forte
Porem aos poucos se conformou

O tempo foi se passando
Ele foi envelhecendo
Seu coração não aguentava mais
Estava já padecendo
Queria viver mais um pouquinho
Porém notava que estava morrendo

A filha um casamento encontrou
O homem não valia nada
Já tinha filhos por fora
Mas ela estava endeusada
Queria casar de todo jeito
Por ser muito ousada

Não escutou conselho
A ele se entregou
O pai fez logo o casamento
Ela muito se alegrou
Agora vou ser feliz
E pra longe se mandou

Não demorou muito tempo
O casamento não deu certo
Ela toda desconfiada
Começou a chegar por perto
Pra dentro da casa voltar
Que era seu canto certo

Seu pai com muito desgosto
Ficou desconfiado
Ela vai se socar aqui
Junto com esse amaldiçoado
Que só veio me tirar a paz
Disse ele aperreado

Uma casa já tinha construído
Onde fez um primeiro andar
Gastou tudo o que tinha
Para ela agradar
Até o sítio vendeu
Para o dinheiro completar

Mesmo assim não teve jeito
O gasto foi bem maior
Ela um agiota apresentou
Que pra ele deu um valor
Pra não ficar deselegante
Um juro bem pequeno cobrou

Que pequeno que nada
Quando o salário o pai recebia
Sobrava só um pouquinho
De sua aposentadoria
Estava dando tudo errado
Ela usou de sabedoria

Agora a casa estava terminada
Ela estava feliz
Coitado do seu pai
Continuava infeliz
Cada vez afundava mais
Assim o destino quis

Sem ter o sitio para passear
Dentro de casa ficou
Não demorou muito tempo
Uma aneurisma apresentou
Que lhe levou para o hospital
Onde de lá morto voltou

Foi uma dor muito grande
Quando suas filhas souberam
Seu pai com tanta saúde
Agora num cemitério
Iria enterra seu pai
Se tornou um caso sério

Foi com grande pesar
Que seu pai enterraram
Voltando pra suas casas
Elas logo comentaram
Como será nossas vidas
Juntas afirmaram

Mesmo estando velho
Tinha uma vida toda pela frente
Era muito alegre
E também sorridente
Gostava muito de dançar
E alegar a gente

Agora não sei o que se passa
Nunca mais voltei ao lugar
Como estará a casa
Sem a presença do titular
Deve está toda destruída
Por não ter ninguém para cuidar

A filha ficou doente
Chegou quase a morrer
Mas Deus muito bondoso
Não deixou isso acontecer
Porque ela tinha um filho pra criar
Não queria deixar a criança sofrer.

Se eu continuar escrevendo
Não vou parar o assunto
Porque são tantas safadezas
Não quero desenterrar defunto
Vou ficando for aqui
Enterrando ela junto.


OBS: Essa é uma obra de ficção, qualquer semelhança será mera coincidência.


                                  05/07/16