LER E OUVIR HISTÓRIAS FORTALECE A MENTE E O CORAÇÃO


            Estava presa há um passado que não conseguia me livrar dele, muito sofrimento aguardando sempre tua volta, mendigando as migalhas de teu amor que nunca sobrava nem se quer um fiapo assim posso dizer, contudo consegui, assim posso dizer. Eu me amo e por me amar tanto que sou muito radical eu amo, amo, amo, dou minha vida pela pessoa amada, porém quando surge o desamor é o final. Não gosto de ser dessa maneira, mas infelizmente não mando em meus sentimentos.             Você irá notar a minha mudança, contudo irá fazer de conta que não está acontecendo nada, devido sua maneira de ser. Amei você por nós dois infelizmente tudo que tem começo têm fim e acabou. Nossa estou pronta para voar, nasci mesmo para ser uma Gaivota e não me canso de falar que sou uma Gaivota. Poderia transformar esse desabafo em poesia porque sou poeta, mas não estou a fim de fazer rimas nesse momento, quem sabe em outra oportunidade eu não farei?
            Por hora quis deixar registrado para não esquecer tal acontecimento, não colocarei data para não ficar tão claro façamos de conta que esse fato foi passado há vinte anos. Livre, livre, livre, livre...


Deus inteligência me deu
Para escrever o que eu quiser
Foi o que sucedeu
Para minha poesia fazer

Sou poeta e repentista
Do meu avô isso eu herdei
Só não me tornei artista
Porque estudar não procurei

Hoje faço minhas poesias
Quando surge inspiração
Começo a fazer fantasias
Dentro do meu coração.


.
Às vezes nas minhas tristezas
Faço poesias de lamúrias
Porém tenho minhas riquezas
Que são minhas aventuras.

12/07/2012                   22h54min


Madrugada fria
Chove muito lá fora
Eu aqui na minha nostalgia
Pensando onde você está agora

A casa está vazia
Minha cama é muito larga
Como nessa hora lhe  queria
Para me tirar dessa vida amarga

Tenho tudo que quero
Nada me falta agora
Mas teu amor ainda espero
Sua volta  não vejo a hora

Como é ruim esperar
Por um alguém partiu
Sei que não irá voltar
E meu coração feriu.

12/07/2012                       22h40min


            Cidade pobre de um interior. Comércio era a agricultura. Naquele tempo em 1950 o custo de vida era muito caro, formatura ou alguma profissão era difícil. Havia uma mulher por nome MARIA DOS ANJOS que aos dois anos ficara órfã de mãe e com muito esforço, sacrifício e força de vontade, ela conseguiu ser uma professora e costureira. Casou, mas não fez um bom casamento. Seu marido era um bêbado e batia muito nela, mesmo assim coitada conseguiu segurar o casamento não sei por quanto tempo porque já soube dessa estória por alto, sei que ela teve quatro filhos e no último ele a deixou.
            E agora? Que faria aquela mulher com seus filhos para vestir, calçar, alimentar... Sofreu, ralou e tocou a vida pra frente. Certo dia chegou um rapaz franzino, moreno novinho, dez anos mais novo que ela para se matricular na sua escola. Era ele um pobre agricultor, vendia cará e batata na feira. Como pode um rapaz tão novo casar com uma mulher com quatro filhos? Foi uma barra, porém isso aconteceu; para provar o seu amor ele ainda registrou o caçula como filho legítimo: FERNANDO GOMES DA SILVA.
            Fernando que saudades... Loiro, cabelos grandes e cacheados brincavam com sua irmã de cozinhado e às vezes vestia até seus vestidos, tinha o apelido de tamborete, mas não foi do agrado de sua mãe e logo foi esquecido. Cresceu, estudou com muito esforço terminando o primeiro grau e foi para o quartel. Como sofreu... A noite colocava os pés dentro de uma bacia com água para estudar e não dormir porque o cansaço era grande, foi assim que terminou o segundo grau entrando na universidade e se formando em Engenheiro de Pesca primeiro curso no Brasil.
            Foi aspirante, recebeu a espada de oficial no exército e saiu como segundo tenente da reserva. Continuou lutando, parecia um sonho aquilo tudo e ele ficava pensado: Meu Deus! Como pode um menino do interior que sua mãe não teve condições nem de fazer seu enxoval de bebe que foi feito com as sobras de fazenda de mortalhas, ou seja, quando uma pessoa morria sua mãe era quem fazia as mortalhas, daí ela fazia camisetas, lençóis. E agora ele era um DOUTOR.
             Depois da morte de sua mãe em 1975 ele sumiu, foi embora para a Bahia distanciando-se de todos principalmente da família. Quase não dava notícias, bebia muito. O contato com ele era só por telefone. Ajudava seu pai vez por outra mandando algum dinheiro. Dos enteados foi o único que o reconheceu como pai principalmente o esforço que ele fez para criá-los. O tempo passou e ele comprou carros, casas, granjas inclusive nessa granja tinham uma boa plantação de cacau. Nunca quis casar, chegou até a morar com algumas mulheres, mas não levou a sério. Terminou sozinho aos 53 anos no seu apartamento muito bem mobiliado; de tudo tinha no apto. Era um luxo parecia um apto. de boneca de tão arrumado e zelado.
            Certa vez a vizinha notou que ele não saía do apto. estava muito esquisito, daí resolveram chamar os bombeiros onde eles arrombaram a porta adentrando o encontrou com o umbigo para fora porque ele mesmo havia tirado água de sua barriga. Levaram-no para o hospital e o médico deu o diagnóstico como cirrose hepática. Permaneceu ali por vinte dias era mês de fevereiro e março dia vinte e um ele chegava ao hospital Português onde ficou internado. Aí começou sua luta contra a morte. Já havia tirado água de sua barriga duas vezes, emagreceu, meu DEUS deu pena... Aquele homem tão bonito, forte, saudável, agora estava um morto vivo, coro e osso. Muito sofrimento, mas ele foi esperto, pagou um bom plano de saúde já estava aposentado, com o dinheiro da aposentadoria ele pagava todas suas despesas inclusive o cigarro porque fumava demais, não precisou mendigar a ninguém.
             A doença foi se agravando cada vez mais vindo a falecer no dia vinte e um de abril de dois mil e três só não sei a hora porque não fui informada.
Morria FERNANDO. Agora vem a parte repugnante: não deixou que ele fosse sepultado na sua terra Natal, seu pai queria levá-lo, mas tomaram a frente de tudo negando dar o corpo. Por ser oficial do EXÉRCITO seu ataúde deveria ser coberto com a Bandeira Brasileira, teria honras militares inclusive com salvas de tiros, um Engenheiro pra muito não pode ser muita coisa, mas pra ele tinha sido uma vitória. Dr. Fernando, aí sim ele teria um funeral digno de honras, estudou trabalhou,tinha dinheiro suficiente para fazer um enterro digno. Porém tudo isso não passou de um sonho. É uma coisa que não se pode voltar atrás, é um remorso para o resto da vida principalmente para quem tem consciência.

 RESULTADO:
         Enterraram o Dr. FERNANDO. Um velório pobre, sobre uma pedra de necrotério. As duas coras de honras que foram levadas por seu pai e sua irmã não tiveram local para serem colocadas porque não existia uma porta coroas para pendurá-las. Ficaram sobre o caixão que por sinal de quinta categoria que não conseguiram fechá-lo, ficando assim aberto vendo a hora se espatifar, e o corpo cair devido à madeira que parecia mais de papelão quase se desmanchando. Era o caus. Porém o pior estava por vir. Segue o funeral; chega a um cemitério muito bonito. Ficou o carro da funerária em frente esperando por mais de quarenta minutos que chegasse o carrinho para por sobre ele o ataúde para ser conduzido até seu túmulo.
             Já era quase seis horas quando chegou um homem arrastando um carrinho e com muita pressa foi colocado o caixão sobre ele e arrastado como se estivesse transportando uma mercadoria qualquer. Ninguém da família teve a iniciativa de pelo menos pegar no carrinho para que ele não fosse tão rápido, porque quem leva o caixão até o túmulo são os familiares, mas o coveiro estava com tanta pressa porque já havia outro esperando o carro que ele saiu arrastando a duzentos por hora, quanto mais se andava mais distante ficava do túmulo. Como foi longa a caminhada, escurecia... por mais que se andasse não chegava ao local. As ruas calçadas foram se acabando e chegaram as de barro.
            Meu Deus onde vão enterrar o Doutor! Como pode ser tudo está piorando por aqui, pensei... Que surpresa! No final do cemitério que era enorme, no muro do final mesmo estava uma gaveta aberta. Não acredito, um homem que tanto lutou , trabalhou vai ser sepultado aqui?Meu Deus, ele não é indigente. Não foi encontrado na rua como mendigo, sem parentes nem der entes para ser enterrado de uma maneira tão desprezível. Quanto ódio havia no coração de quem fez esse sepultamento... Foi como se fosse uma vingança, uma inveja por não ter conseguido realizar o que Fernando realizou por não ter sido um doutor como ele foi daí com ódio, frustrado, recalcado, resolveu fazer essa coisa horrível.
            Seu pai chorava muito e o desgosto foi maior ainda por vê seu filho ser enterrado como indigente.                                       
            Que vontade eu tive de gritar tudo que estava sentindo ali. Que humilhação foi feita com o Dr. Para completar quando o coveiro terminou de fechar a gaveta pegaram um pedaço de pau e escreveram qualquer coisa no barro que nem quis olhar. Só ouvi quando perguntaram à data do nascimento dele, não era para ter feito aquilo, se não tiveram coragem de preparar uma placa deixasse em branco pelo menos ninguém iria saber quem era, marcaria só o número 210. Tem nada não Dr. Quem fez isso jamais terá sossego e receberá a recompensa de Deus. O senhor Dr. Não teve direito de um enterro digno. Morreu pobre como nasceu, É triste, mas é a realidade.
            Ele conseguiu tantos bens, carros, apartamentos, granjas etc., contudo foi por força do destino que Deus quis assim, talvez o senhor tenha feito algo para não ter esse recebimento, pois só temos aquilo que merecemos.
FATO VERÍDICO ACONTECIDO NA CIDADE DO RECIFE ONDE TUDO PRESENCIEI NÃO É UMA OBRA DE FICÇÃO


* 26 de setembro 1950
+21 de abril de 2003


O assunto continua sendo você meu pedacinho. Não vou dizer que sinto saudades porque você mal conversava comigo. Mesmo assim eu o amo muito, Queria tanto você ao meu lado, jamais eu queria que você ficasse comigo para sempre, você tinha que se casar, mas a casa era tão grande e você deveria morar comigo, eu só tenho você de filho, mas fui uma péssima mãe não fiz nada para que você se orgulhasse de mim. Dou-te razão por tudo, eu acho que faria a mesma coisa ou talvez não fizesse, tive minha mãe porém nunca procurei saber o que ela fez ou deixou de fazer,pouco importa quem foi ela no passado.


19/05/2010 
    Sinto-me só. Carlos sai de casa logo cedo. A casa fica vazia, acordo tarde, ai de mim se não fosse o meu crochê.Passo as tarde sentada em frente a TV, Já não gosto mais de sair a violência está grande.Quando o telefone toca meu coração bate. Penso que é meu pedacinho.Ele não me dar notícias.Como é ruim a ansiedade...creio que ele não vai mais me procurar.
   A noite chega,com ela vem Carlos já cansado da batalha e vai dormir e eu continuo só.Como é triste a solidão...mesmo assim sou feliz nada me tem faltado, Carlos é um ótimo marido, dono de casa, amigo, amante, pai, confidente, e acima de tudo psicólogo porque escuta tudo calado.Eu o amo muito.
   Agora vou dormir.


Véspera de Natal. Sinto-me só. Hoje faz 27 anos que nasceu meu segundo filho. Não tive o prazer de criá-lo. Fiquei com você meu pedacinho, amor de minha vida, meu filho querido e amado. Ti amo tanto, meu pedacinho meu. Agora você está longe, sinto tua falta. Há um ano comprei tua roupa de Natal e Ano Novo. Você não me deu o prazer de lhe vê vestido. Senti tanto, chorei calada, sofro calada e só Deus sabe o meu sentimento.
            Saí e comprei uma roupa para Joan resolvi adotá-lo, tudo que eu queria dar a você é a ele que eu dou. Ficou no teu lugar. Ele conversa comigo, joga canastra, compra o pão e passa o tempo todo ao meu lado, sinto-me feliz. Você foi um filho ingrato. Passava uma semana falando comigo e três meses entregado. Deixou de me pedir a benção, me desprezou. Nunca me senti tão desprezada em toda a minha vida. Mesmo assim me conformo e vivo com minha solidão.

19/05/2010



Vivo em minha casinha
Sinto-me solitária
Jantando sempre sozinha
Essa é minha vida diária

Como não tive infância
Gosto muito de jogar
Me sinto com criança
Levando a vida a brincar





Tranquila é minha vida
Os problema eu procuro
Sempre na minha lida
Sem pensar no futuro

Já sofri muito por amor
Agora resolvi não mais sofrer
Não suporto tanta dor
Esse problema vou resolver

Está difícil demais
Porém irei conseguir
Me humilhar nunca mais
Meu caminho irei prosseguir

10/09/2007 23h50min




Depois que foste embora
Fiquei só a meditar
Será que devo ficar sozinha
Ou por outro em seu lugar

Oito anos se passou
Sem você aparecer
Um outro amor você encontrou
Deixando-me sozinha a sofrer

Os dias foram se passando
Um amor eu encontrei
E a ele fui me dedicando
Até que me apaixonei

Mesmo assim sinto saudade
Do tempo que passou
Não tinha felicidade
Mas suportava aquela dor

Não estou feliz por completo
Porque ainda resta recordação
Dos anos que ficamos juntos
Pra depois vir à separação

Cada qual foi pro seu lado
Construir um novo lar
Vivendo longe um do outro
Estou sempre a recordar

A saudade que eu sinto
Tu também estás sentido
Não se pode mais dar jeito
Nem continuar nos iludindo

Agora que tudo acabou
Vamos nova vida viver
O futuro a Deus pertence
Porém ainda sofro por você.


13/03/1995





























     Faz muitos dias que não tenho noticias suas. Meu pedacinho você não imagina o meu sofrimento e as lágrimas que tenho derramado por você, choro escondido para que Carlos não perceba. Só eu e Deus é quem sabe o que eu tenho passado. Tento me enganar. Faço com outra pessoa tudo aquilo que eu queria fazer com você, mas não tive chance. Ontem estudei com ele até 02: horas da manhã. Meu Deus como eu queria ter feito isso com você, mas você nunca deixou nunca me deu uma oportunidade de aproximação.
Sempre manteve distância de mim. Hoje faz sete meses e quatro dias que você foi embora. Não tenho mais objetivo de vida. Não tenho futuro, tudo está bom para mim, não faço nenhum plano, sou uma morta viva, vagando nesse mundo de meu Deus até chegar a hora da minha morte. Não vivo a vida, a vida é quem me leva tudo pra mim está bom. Se ao menos você me procurasse...
       Ah! Meu Deus como eu espero esse momento... Aí sim eu iria sorrir e como eu iria sorrir hoje choro, mas é assim mesmo. Amo-te de todo meu coração de toda minha alma jamais saísse do meu pensamento. O dia que você voltar eu estarei de braços abertos, mas é muito difícil mesmo assim te aguardo.
                                                    
  Tua mãe.

OBS: TENHO QUE ESPERAR DEITADA PORQUE EM PÉ IREI CANSAR.

                                                                  02/042003