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 A amizade entre Davi e Jônatas

20 1. Então fugiu Davi da casa dos profetas, em Ramá, e veio, e disse a Jônatas: Que fiz eu? qual é a minha culpa? e qual é o meu pecado diante de teu pai, que procura tirar-me a vida? 2 Ele lhe respondeu: Tal não suceda; não serás morto. Meu pai não faz cousa nenhuma, nem grande nem pequena, sem primeiro me dizer; porque, pois, meu pai me ocultaria isso? Não há nada disso. 3 Então Davi respondeu enfaticamente: Mui bem sabe teu pai que da tua parte achei mercê; pelo que disse consigo: Não sabia isto Jônatas, para que não se entristeça. Tão certo como vive o SENHOR, e tu vives, Jônatas, apenas há um passo entre mim e a morte. 4 Disso Jônatas a Davi: O que tu desejares, eu te farei. 5 Disse Davi a Jônatas: Amanhã é a lua nova, em que sem falta deveria assentar-me com o rei para comer; mas deixa-me ir, e esconder-me-ei no campo, até a terceira tarde. 6 Se teu pai notar a minha ausência, dirás: Davi  me pediu muito que o deixasse ir a toda pressa Belém, sua cidade; porquanto se faz lá o sacrifício anual para toda a família. 7 Se disser assim: Está bem, então te servo terá paz; porém se muito se indignar, sabe que já o mal está de fato determinado por ele. 8 Usa, pois, de misericórdia para com o teu servo, porque lhe fizeste entrar contigo em aliança no SENHOR; se, porém, há em mim culpa, mata-me tu mesmo; por que me levarias a teu pai? 9 Então disse Jônatas: Longe de ti tal cousa; porém se dalguma sorte soubesse que já este mal estava de fato determinado por meu pai, para que viesse sobre ti, não to declararia eu? 10 Perguntou Davi a Jônatas: Quem tal me fará saber, se pôr acaso teu pai te responder asperamente? 11 Então disse Jônatas a Davi: Vem, e saiamos ao campo. E saíram.

Jônatas faz aliança com Davi

12 E disse Jônatas a Davi: O SENHOR, Deus de Israel, seja testemunha. Amanhã, ou depois de amanhã, a estas horas sondarei a meu pai; se algo houver favorável a Davi, eu to mandarei dizer. 13 Mas se meu pai quiser fazer-te mal, faça com Jônatas o SENHOR o que a este aprouver, se não to fizer saber eu, e não te deixar ir embora, para que sigas em paz. E seja o SENHOR contigo, como tem sido com meu pai. 14 Se eu então ainda viver, porventura não usarás para comigo da bondade  do SENHOR, para que não morra? 15 Nem tão pouco contarás jamais da minha casa a tua bondade; nem ainda quando o SENHOR desarraigar da terra a todos os inimigos de Davi. 16 Assim fez Jônatas aliança com a casa de Davi, dizendo: Vingue o SENHOR os inimigos de Davi. 17Jonatas fez jurar a Davi de novo , pelo amor que este lhe tinha, porque Jônatas o amava com todo o amor da sua alma. 18 Disse-lhe Jônatas: Amanhã é a lua nova; perguntar-se-á por ti porque o teu lugar estará vazio. 19 ao terceiro dia descerás apressadamente e irás para o lugar em que te escondeste no ida do ajuste;  e fica junto a pedra de Ezel. 20 Atirarei três flechas para aquela banda, como quem atira ao alvo. 21 Eis que mandarei o moço, e lhe direi: Vai, procura as flechas então para vem, Davi, porque tão certo como vive vem,  Davi, porque tão certo como vive o SENHOR, terás paz, e  nada há que temer. 22 Porém se disse ao moço: Olha que as fechas estão para lá de ti, vai-te embora; porque o  SENHOR te manda ir. 23 Quando aquilo de que eu e tu falamos, eis que o SENHOR está entre mim e ti para sempre, 24 Escondeu-se, pois Davi no campo. e, sendo a lua nova, pôs-se o rei a mesa para comer. 25 Assentou-se o rei na sua cadeira, segundo o costume, no lugar junto a parede; Jônatas defronte dele, e Abner ao lado de Saul; mas o lugar de Davi estava desocupado. 26 Porém naquele dia não disse Saul nada, pois pensava: Aconteceu-lhe alguma cousa, pela qual não está limpo; talvez contaminado. 27 sucedeu também ao outro dia,  segundo da lua nova, que o lugar de Davi continuava desocupado; disse, pois, Saul a Jônatas, seu filho: Por que não veio comer o filho de Jessé nem ontem nem hoje? 28 Respondeu Jônatas a Saul: Davi me pediu encarecidamente que deixasse ir a Belém. 29 Ele me disse: Peço-te que me deixes ir, porque a nossa família tem um  sacrifício na cidade, e um de meus irmãos insiste comigo para que eu vá. Se, pois, agora achei mercê aos teu olhos, peço-te que me deixes partir, para que veja a meus irmãos. Por isso não veio a mesa do rei.

Saul irado contra Jônatas

30 Então se acendeu a ira de Saul contra Jônatas, e disse-lhe: Filho de mulher perversa e rebelde; não sei eu que elegeste o filho de Jessé , para vergonha do recato de tua mãe? 31 Pois enquanto o filho de Jessé, viver sobre a terra nem tu estarás seguro, nem seguro o teu reino; pelo que manda buscá-lo agora, porque deve morrer. 32 Então respondeu Jônatas a Saul, seu pai, e lhe disse: Por que há de ele morrer? Que fez ele? 33 Então Saul atirou-lhe com a lança para o ferir; com isso entendeu Jônatas que de fato seu pai já determinara matar a Davi. 34 Pelo que Jônatas, todo encolerizado, se levantou da mesa, e neste segundo dia da lua nova não comeu pão, pois ficara muito sentido por causa de Davi a quem seu pai havia ultrajado. 

Jonatas despede-se de Davi

35 Na manhã seguinte, saiu Jônatas ao campo, no tempo ajustado com Davi, e levou consigo um rapaz. 36 Então disse ao seu rapaz: corre a buscar as flechas que eu atirar, Este correu, e ele atirou uma flecha, que fez passar além do rapaz. 37 Chegando o rapaz ao lugar da flecha que Jônatas havia atirado, Gritou Jônatas atrás dele e disse: Não está a flecha mais para lá de ti? 38 Tornou Jônatas a fritar: Apressa-te, não te demores. O rapaz e Jônatas apanhou as flechas e voltou ao seu senhor. 39 O rapaz não entendeu cousa alguma; só Jônatas e Davi sabiam deste ajuste. 40 Então Jônatas deu as suas armar ao rapaz que o acompanhava, e disse-lhe: Anda, leva-as a cidade. 41 Indo-se o rapaz, levantou-se Davi do lado do sul, e prostrou-se rosto em terra três vezes; e beijaram-se um ao outro, e choraram juntos, Davi, porém , muito mais.42 Disse Jônatas a Davi: Vai-te em paz, porquanto juramos ambos em nome do SENHOR, dizendo: o SENHOR seja para sempre entre mim e ti, e entre a minha descendência e a tua. 43 Então se levantou Davi, e se foi; e Jônatas entrou na cidade.


 Jônatas intercede por Davi

19.1 Falou Saul a Jônatas, seu filho, e a todos os sevos, sobre matar a Davi. Jônatas, filho de Saul, mui afeiçoado a Davi, 2 e o fez saber a este, dizendo: Meu pai, Saul, procura matar-te; acautela-te, pois, pela manhã, fica num lugar oculto, e esconde-te. 3 Eu sairei e estarei ao lado de meu pai no campo onde estás; falarei a teu respeito a meu pai, e verei o que houver, e te farei saber. 4 Então Jônatas falou bem de Davi a Saul, seu pai, e lhe disse: Não peque o rei contra seu servo Davi, porque ele não pecou contra ti, e os seus feitos para contigo tem sido mui importantes. 5 Arriscando ele a sua vida, feriu os filisteus, e efetuou o SENHOR grande livramento a todo o Israel; tu mesmo o viste, e te alegraste; por que, pois, pecarias contra sangue inocente, matando a Davi sem causa? 6 Saul atendeu a voz de Jônatas, e jurou: Tão certo como vive o SENHOR, ele não morrerá. 7 Jônatas chamou a Davi, contou-lhe todas estas palavras e o levou a Saul; e esteve Davi perante este como dantes.

Saul procura de novo matar a Davi

8 Tornou a haver guerra, e, quando Davi pelejou contra os filisteus e os feriu com grande derrota, e fugiram diante dele, 9 o espírito maligno da parte do SENHOR tornou sobre Saul; estava este assentado em sua casa, e tinha na mão a sua lança, enquanto Davi dedilhava o seu instrumento músico.10 Procurou Saul encravar a Davi na parede, porém ele se desviou do seu golpe, indo a lança ferir a parede; então fugiu Davi, e escapou. 11 Porém Saul, naquela mesma noite, mandou mensageiros a casa de Davi, que vigiassem, para ele o matar pela manhã; disto soube Davi por Mical sua mulher, que lhe disse: Se não salvares a tua vida esta noite, amanhã serás morto.

Mical engana a seu pai e salva a Davi

12 Então Mical desceu Davi por uma janela; e ele se foi, fugiu e escapou. 13 Mical tomou um ídolo do lar e o deitou na cama, e pôs-lhe a cabeça um tecido de pelos de cabra, e o cobriu com um manto. 14 Tendo Saul enviado mensageiros que trouxessem a Davi, ela disse: Está doente. 15 Então Saul mandou mensageiros que viessem a Davi, ordenando-lhes: Trazei-mo mesmo na cama, para que o mate. 16 Vindo, pois, os mensageiros, eis que estava na cama o ídolo do lar, e o tecido de pelos de cabra ao redor de sua cabeça. 17 Então disse Saul a Mical: Por que assim me enganaste, e deixaste ir e escapar o meu inimigo? Respondeu-lhe Mical: Porque ele me disse: Deixa-me ir, se não eu te mato.

Saul e seus mensageiros profetizam

18 Assim Davi fugiu e escapou, e veio a Samuel, a Ramá, e lhe contou tudo quanto Saul lhe fizera; e se retiraram, ele e Samuel, e ficaram na casa dos profetas. 19 Foi dito a Saul: Eis que Davi está na casa dos profetas, em Ramá. 20 Então enviou Saul mensageiros para trazerem a Davi, os quais viram um grupo de profetas profetizando, onde estava Samuel que lhes presidia; e o Espírito de Deus veio sobre os mensageiros de Saul, e também eles profetizaram. 21 Avisado disto, Saul enviou outros mensageiros, e também estes profetizaram; então enviou Saul ainda uns terceiros, os quais também profetizaram. 22 Então foi também ele mesmo a Ramá, e chegando ao poço grande que estava em Secu, perguntou: Onde estão Samuel e Davi? Responderam-lhe: Eis que estão na casa dos profetas, em Ramá. 23 Então foi para a casa dos profetas em Ramá; e o mesmo Espírito de Deus veio sobre ele, que, caminhando, profetizava até chegar a casa dos profetas em Ramá.24 Também ele despiu a sua túnica e profetizou diante de Samuel, e sem ela esteve deitado em terra todo aquele dia e toda aquela noite; pelo que se diz: Também Saul está entre os profetas?


 Tudo estava preparado para um belo final de semana em São Paulo, nada melhor que descansar um pouco a mente depois de meses de trabalho. Passagem na mão, malas prontas rumo a um belo risote onde iria passar dois dias ao lado do seu esposo e depois voltaria para sua rotina normal. Horário antecipado para fazer o check-in com a preocupação de nada sair errado. Olhou a previsão do tempo em São Paulo, céu ensolarado, aproveitou e colocou seu biquíni para dar uns mergulhos na piscina e aproveitar o máximo. Bom o que era doce acabou. Hora de fazer as malas e voltar para seu habitat porque é assim, gira o mundo, mas acaba sempre de onde saiu ( sua casa lógico), porque muitas pessoas viajam tanto mais nunca ficam por lá, sempre está voltando para sua terra natal e foi isso que aconteceu com o casal. Quando chegaram no aeroporto, notou que o tempo estava mudado. Previsão de chegada ao seu destino 17:00 horas, isso é, o que eles falam porque não sabe o que irá acontecer no meio daquelas nuvens. Quando o avião aproxima do aeroporto determinado surge aquela voz tranquilizante: Senhores passageiros temos que atrasar um pouco o pouso devido a mal visibilidade para a aterrissagem, contudo nada de anormal. E aí começou a saga, muita turbulência, a cabeça dela balançava pra lá e pra cá, o marido não sabia onde colocar a perna que tremia feito uma vara verde. Ai começou o terrorismo, ela por ter assistido muito filme analisou o que estava acontecendo e começou a falar para o marido: Assisti a um filme onde o pouso foi forçado e o avião teve que ficar fazendo viravoltas para gastar o combustível e quando aterrissar  não explodir. Coitado do marido, ficava só com aquela perna tremendo e ela aterrorizando mais ainda: "Vamos entregar nossas almas a Deus, pedir que perdoe nossos pecados". Ela estava na janela ele no meio e a outra cadeira estava vazia porque a moça havia saído por isso ela começou a dizer tais coisas. O avião estava com 200 passageiros, não se ouvia uma voz, todos tensos, e aquele barulho enorme, porque a chuva não está acima do avião e sim por baixo e quando ela olhava pela janela só via tudo branco. Nossa o pânico aumentava a cada segundo. Deus com sua infinita bondade e misericórdia não permitiu que houvesse uma tragédia e  o avião pousou apos 15 minutos no ar só dando voltas. Desceram atónitos e para completar o restante da viagem, todo o percurso para sua casa as ruas estavam alagadas devido dois dias seguidos de chuva. Foi um caus, não sei como não enfartaram, principalmente o marido, porque a mulher atormentou muito o juízo do coitado. Chegando em casa estavam famintos e foram até uma padaria ou cafeteria sei lá como fala, comer macaxeira com carne de sol. Com a barriguinha cheia voltaram para casa e foram curtir o resto da chuva em sua caminha coberta com seu edredom, juntamente com Téo, Belinha e o novato que esqueci o nome. ( seus gatos).

OBS: Essa é uma obra de ficção, qualquer semelhança será mera coincidência.  

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 A amizade de Jônatas para com Davi

18.1 Sucedeu que, acabando Davi de falar com Saul, a alma de Jônatas se ligou com a de Davi; e Jônatas o amou, como a sua própria alma. 2 Saul naquele dia o tomou, e não lhe permitiu que tornasse para casa de seu pai. 3 Jônatas e Davi fizeram aliança; porque Jônatas o amava como a sua própria alma. 4 Despojou-se Jônatas da capa que vestia e o deu a Davi, como também a armadura, inclusive a espada, o arco, e o cinto. 5 Saía Davi aonde quer que Saul o enviavam e se conduzia com prudência; de modo que Saul o pôs sobe tropas do seu exército, e era ele benquisto de todo o povo, e até dos próprios servos de Saul.

O cântico das mulheres indigna a Saul

6 Sucedeu, porém, que, vindo Saul e o seu exército, e voltando também Davi de ferir os filisteus, as mulheres de todas as cidades de Israel saíram ao encontro do rei Saul, cantando e dançando, com tambores, com júbilo e com instrumentos de música. 7 As mulheres se alegravam e, cantando alternadamente, diziam: Saul feriu os seus milhares, porém Davi os seus dez milhares. 8 Então se indignou muito, pois estas palavras lhe desagradaram em extremo; e disse: Dez milhares deram elas a Davi, e a mim somente milhares; na verdade, que lhe falta, senão o reino? 9 Daquele dia em diante, Saul não via a Davi com bons olhos. 10 No dia seguinte um espírito maligno da parte de Deus se apossou de Saul, que teve uma crise de raiva em casa; e Davi, como nos outros dias, dedilhada a harpa; Saul, porém trazia na mão uma lança, 11 que arrojou, dizendo: Encravarei a Davi na parede. Porém Davi se desviou dele por duas vezes. 12 Saul temia a Davi, porque o SENHOR era com este e se tinha retirado de Saul.13 Pelo que Saul o afastou de si, e o pôs por chefe de mil; ele fazia saídas e entradas militares diante do povo. 14 Davi lograva bom êxito em todos os seus empreendimentos, pois o SENHOR  era com ele. 15 Então vendo Saul que Davi lograva bom êxito, tinha medo dele. 16 Porém todo o Israel e Judá amava a Davi, porquanto fazia saídas e entradas  militares diante deles.

Saul intenta matar Davi pela astúcia

17 Disse Saul a Davi: Eis aqui Merabe, minha filha mais velhas, que te darei por mulher; sê-me somente filho valente e guerreia as guerras do SENHOR; porque Saul dizia consigo: Não seja contra ele a minha mão, e, sim, a dos filisteus.18 Respondeu Davi a Saul: Quem sou eu, e qual é a minha vida e a família de meu pai em Israel, para vir a ser eu genro do rei? 19  sucedeu, porém, que ao tempo em que Merabe, filha de Saul, devia ser dada a Davi, foi dada por mulher a Adriel, meolatita.

Mical ama a Davi e casa com ele

20 Mas Mical, a outra filha de Saul, amava a Davi. Contaram-no a Saul, e isso lhe agradou. 21 Disse Saul: Eu lha darei, para que ela lhe sirva de laço, e para que a mão dos filisteus venha a ser contra ele. Pelo que Saul disse a Davi: com esta segunda serás hoje meu genro. 22 Ordenou Saul aos seus servos; Falai confidencialmente a Davi, dizendo: Eis  que o rei tem afeição por ti, e todos os seus servos te amam; consente, pois, em ser genro do rei. 23 Os servos de Saul falaram estas palavras a Davi, o qual respondeu: Parece-vos cousa de somenos ser genro do rei, sendo eu homem pobre e de humilde condição?  24 Os servos de Saul lhe referiram isto, dizendo: Tais foram as palavras que falou Davi. 25 Então disse Saul: Assim direis a Davi: O rei não deseja dote algum, mas cem prepúcios de filisteus, para tomar vingança dos inimigos do rei. Porquanto Saul tentava fazer cair a Davi pelas mãos dos filisteus. 26 Tendo os servos de Saul referido estas palavras a Davi, agradou-se este de que viesse a ser genro do rei. Antes de vencido o prazo, 27 dispôs-se Davi e partiu com os seus homens, e feriram dentre os filisteus duzentos homens; trouxe os seus prepúcios, e os entregou todos ao rei, para que lhe fosse genro. Então Saul lhe deu por mulher a sua filha Mical. 28 Viu Saul, e reconheceu que o SENHOR era com Davi; e Mical, filha de Saul , o amava. 29 Então Saul temeu ainda mais a Davi, e continuamente foi seu inimigo. 30 Cada vez que os príncipes dos filisteus saíam a batalha, Davi lograva mais êxito do que todos os servos de Saul; portanto o seu nome se tornou muito estimado.


  O desafio de Golias

17.1 Ajuntaram os filisteus as suas tropas para a guerra e congregaram-se em Socó, que está em Judá, e acamparam-se entre Socó e Azeca, em Efes-Damim. 2 Porém Saul e os homens de Israel se ajuntaram e acamparam no vale de Elá, e ali ordenaram a batalha contra os filisteus. 3 Estavam estes num monte da banda dalém e os israelitas no outro monte da banda daquém; e entre eles o vale. 4 Então saiu do arraial dos filisteus um homem guerreiro, cujo nome era Golias, de Gate, da altura de sela côvados e um palmo. 5 Trazia na cabeça um capacete de bronze, e vestia uma couraça de escamas cujo peso era de cinco mil siclos de bronze. 6 Trazia caneleiras de bronze nas penas, e um dardo de bronze entre os ombros. 7 A haste da sua lança era como o eixo do tecelão, e a ponta da sua lança de seiscentos siclos de ferro, e diante dele ia o escudeiro. 8 Parou, clamou as tropas de Israel, e disse-lhe: Para que sais formando-vos em linha de batalha? Não sou eu filisteu e vós servos de Saul? Escolhei dentre vós um homem que desça contra mim. 9 Se ele puder pelejar comigo, e me ferir, seremos vossos servos; porém, se eu vencer, e o ferir, então sereis nossos servos, e nos servireis. 10 Disse mais o filisteu: Hoje afronto as tropas de Israel: Dai-me um homem, para que ambos pelejamos. 11 Ouvindo Saul e todo o Israel estas palavras do filisteu, espantaram-se, e temeram muito.

Davi enviado a seus irmãos

12 Davi era filho daquele efrateu de Belém de Judá, cujo nome era Jessé, que tinha oito filhos; nos dias de Saul era já velho e adiantado em anos entre os homens. 13 Apresentaram-se os três filhos mais velhos de Jessé a Saul,  e o seguiram a guerra; chamavam-se; Eliabe, o primogênito, o segundo Abinadabe e o terceiro Sama. 14 Davi era o mais moço; só os três maiores seguiram a Saul. 15 Davi, porém, ia a Saul, e voltava para apascentar as ovelhas de seu pai em Belém. 16 Chegava-se, pois, o filisteu pela manhã e a tarde; e apresentou-se por quarenta dias. 17 Disse Jessé a Davi, seu filho: Leva, peço-te, para teus irmãos um efa deste grão tostado estes dez pães, e corre a levá-los ao acampamento, a teus irmãos. 18 Porém estes dez queijos leva-os ao comandante de mil; e visitarás a teus irmãos, a ver se vão bem; e trarás uma prova de como passam. 19 Saul, e eles, e todos os homens de Israel estão no vale de Elá, pelejando com os filisteus. 20 Davi, pois, no dia seguinte, se levantou de madrugada, deixou as ovelhas a um guarda, carregou-se, e partiu, como Jessé lhe ordenara; e chegou ao acampamento quando já as tropas saíam para formar-se em ordem de batalha, e, a gritos, chamavam a peleja. 21 Os israelitas e filisteus se puseram em ordem, fileira contra fileira. 22 Davi, deixando o que trouxera aos cuidados do guarda da bagagem, correu a  batalha; e, chegando perguntou a seus irmãos se estavam bem. 23 Estando Davi ainda a falar com eles, eis que vinha subindo do exército dos filisteus o duelista, cujo nome era Golias, o filisteu de Gate, e falou as mesmas cousas que antes falara, e Davi o ouviu.

O gigante Golias insulta os israelitas

24 Todos os israelitas, vendo aquele homem, fugiam de diante dele, e temiam grandemente; 25 e diziam uns aos outros: Vistes aquele homem que subiu? pois subiu para afrontar a Israel. A quem o matar o rei o cumulará de grandes riquezas, e lhe dará por mulher a filha, e a casa de seu pai isentará de impostos em Israel. 26 Então falou Davi aos homens que estavam consigo, dizendo: Que farão aquele homem que ferir a este filisteu, e tirar a afronta de sobre Israel? Quem é, pois, esse incircunciso filisteu, para afrontar os exércitos do Deus vivo? 27 E o povo lhe repetiu as mesmas palavras, dizendo: Assim farão ao homem que ferir. 28 Ouvindo-o Eliabe, seu irmão mais velho, falar aqueles homens, acendeu-se-lhe a ira contra Davi, e disse: Por que desceste aqui? E a quem deixaste aquelas  poucas ovelhas no deserto? Bem conheço a tua presunção, e a tua maldade; desceste apenas para ver a peleja. 29 Respondeu Davi: Que fiz eu agora? Fiz somente uma pergunta. 30 Desviou-se dele para outro, e falou a mesma cousa;  e o povo lhe tornou a responder como dantes.

Davi dispõe-se a pelejar contra o gigante

31 Ouvidas as palavras que Davi falara, anunciaram-nas a Saul, que mandou chamá-lo. 32 Davi disse a Saul: Não desfaleça o coração de ninguém por causa dele; teu servo irá, e pelejará contra o filisteu. 33 Porém Saul disse a Davi: Contra o filisteu não poderás ir para pelejar com ele; pois tu és ainda moço, e ele guerreiro desde a sua mocidade. 34 Respondeu Davi a Saul: Teu servo apascentava as ovelhas de seu pai; quando veio um leão, ou um urso, e tomou um cordeiro do rebanho, 35 eu saí apos  ele, e o feri, e livrei o cordeiro da sua boca; levantando-se ele contra mim, agarrei-o pela barba, e o feri, e o matei, 36 O teu servo matou, assim o leão como o urso; este incircunciso filisteu será como um deles; porquanto afrontou os exércitos do Deus vivo. 37 Disse mais Davi: O SENHOR me livrou das garras do leão, e das do urso; ele me livrará da mão deste filisteu. Então disse Saul a Davi: Vai-te, e o SENHOR seja contigo.38 Saul vestiu a Davi da sua armadura, e lhe pôs sobre a cabeça um capacete de bronze, e o vestiu de uma couraça. 39 Davi cingiu a espada sobre a armadura, e experimentou andar, pois jamais o havia usado; então disse Davi a Saul: Não posso andar com isto, pois nunca o usei. E Davi tirou aquilo de sobre si. 40 Tomou o seu cajado na mão, escolheu para si cinco pedras lisas do ribeiro, e as pôs no alforje de pastor, que trazia, a saber, no surrão, e,  lançando mão da sua funda, foi-se chegando ao filisteu.

Davi encontra-se com o gigante e mata-o

41 O filisteu também  se vinha chegando a Davi e o seu escudeiro ia adiante dele. 42 Olhando o filisteu, e vendo a Davi, o desprezou, porquanto era moço ruivo, e e boa aparência. 43 Disse o filisteu a Davi; Sou eu algum cão, para vires a mim com paus? E, pelos seus deuses, amaldiçoou o filisteu a Davi. 44 Disse mais o filisteu a Davi: Vem a mim, e darei a tua carne as aves do céu, e as bestas-feras do campo.  45 Davi, porém disse ao filisteu: Tu vens contra mim com espada, e com lança, e com escudo; eu, porém, vou contra ti em nome do SENHOR dos Exércitos, o Deus dos exércitos de Israel, a quem tens afrontado. 46 Hoje mesmo o SENHOR te entregará na minha mão; ferir-te-ei, tirar-te-ei a cabeça, e os cadáveres do arraial dos filisteus darei hoje mesmo as  aves dos céus e as bestas-feras da terra; e toda a terra saberá que há Deus em Israel. 47 Saberá toda esta multidão que o SENHOR salva, não com espada, nem com lança, porque do SENHOR é a guerra, e ele vos entregará nas nossas mãos. 48 Sucedeu que, dispondo-se o filisteu a encontrar-se com Davi, este se apressou e, deixando as suas fileiras, correu de encontro ao filisteu. 49 Davi meteu a mão no alforje, e tomou dali uma pedra e com com a funda lha atirou, a feriu o filisteu na testa; a pedra encravou-se-lhe na testa, e ele caiu com o rosto em terra. 50 Assim prevaleceu Davi contra o filisteu, com uma funda e com uma pedra, e o feriu e o matou; porém não havia espada na mão de Davi. 51 Pelo que correu Davi, e, lançando-se sobre o filisteu, tomou-lhe a espada desembainhou-a,  e o matou, cortando-lhe com ela a cabeça. Vendo os filisteus que era morto o seu herói, fugiram. 52 Então os homens de Israel e Judá se levantaram, e jubilaram, e perseguiram os filisteus, até Gate, e até as portas de Ecrom. E caíram filisteus feridos pelo caminho de Saaraim até Gate e até Ecrom. 53 Então voltaram os filhos de Israel de perseguirem os filisteus e lhes despojaram os acampamentos. 54 Tomou Davi a cabeça do filisteu, e a trouxe a Jerusalém; porém as armas dele pô-las Davi na sua tenda. 55 Quando Saul viu sair Davi a encontrar-se com o filisteu, disse a Abner, o comandante do exército: De quem é filho este jovem, Abner? Respondeu Abner: Tão certo como tu vives, ó rei, não o sei. 56 Disse o rei: Pergunta, pois, de quem é filho este jovem. 57 Voltando Davi de haver ferido o filisteu, Abner o tomou e levou a presença de Saul, trazendo ele na mão a cabeça do filisteu. 58 Então  Saul lhe perguntou: De quem és filho, jovem? Respondeu Davi: Filho de teu servo Jessé belemita. 

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 Samuel enviado a Jessé

16.1 Disse o SENHOR a Samuel: Até quando terás pena de Saul, havendo-o eu rejeitado, para que não reine sobre Israel? Enche um chifre de azeite, e vem; enviar-te-ei a Jessé, o belemita; porque dentre os seus filhos me provi de um rei. 2 Disse Samuel: Como irei eu? pois Saul o saberá, e me matará. Então disse o SENHOR: Toma contigo um novilho, e dize: Vim para sacrificar ao SENHOR. 3 Convidarás a Jessé ao sacrifício;  eu te mostrarei o que hás de fazer, e ungir-me-ás a quem eu te designar. 4 Fez, pois, Samuel o que dissera o SENHOR, e veio a Belém. Saíram-lhe ao encontro os anciãos da cidade, tremendo, e perguntaram: É de paz a tua vinda? 5 Respondeu ele: É de paz; vim sacrificar ao SENHOR. Santificai-vos, e vinde comigo ao sacrifício. Santificou ele a Jessé e a seus filhos, e os convidou para o sacrifício. 6 sucedeu que, entrando eles, viu a Eliabe, e disse consigo: Certamente está perante o SENHOR o seu ungido. 7 Porém o SENHOR disse a Samuel: Não atentes para a sua aparência, nem para  a sua altura, porque o rejeitei, porque o SENHOR não vê o exterior, porém o SENHOR, o coração. 8 Então chamou Jessé a Abinadabe, e o fez passar diante de Samuel, o qual disse: Nem a este escolheu o SENHOR. 9 Então Jessé fez passar a Sama, porém Samuel disse: Tão pouco a este escolheu o SENHOR. 10 Assim fez passar Jessé a seus sete filhos diante de Samuel; porém Samuel disse a Jessé: O SENHOR não escolheu a estes. 11 Perguntou Samuel a Jessé: Acabaram-se os teu filhos? Ele respondeu: Ainda falta o mais moço, que está apascentando as ovelhas. Disse, pois, Samuel a Jessé: Manda chamá-lo, pois não nos assentaremos a mesa sem que ele venha. 12 Então mandou chamá-lo, e fê-lo entrar. Era ele ruivo, de belos olhos e boa aparência. Disse o SENHOR: Levanta-te, e unge-o, pois este é ele. 13 Tomou Samuel o chifre de azeite, e o ungiu no meio de seus irmãos; e daquele dia em diante o Espírito do SENHOR se apossou de Davi. Então Samuel se levantou, e foi para Ramá.

Davi tange sua harpa perante Saul

14 Tendo-se retirado de Saul o Espírito do SENHOR, da parte deste um espírito maligno o atormentava. 15 Então os servos de Saul lhe disseram: Eis que agora um espírito maligno, enviado de Deus, te atormenta. 16 Manda, pois, senhor nosso que teus servos, que estão em tua presença, busquem um homem que saiba tocar harpa; e será que, quando o espírito maligno da parte do SENHOR vier sobre ti, então ele a dedilhará, e te acharás melhor. 17 Disse Saul aos seus servos: Buscai-me, pois, um homem que saiba tocar bem e trazei-mo. 18 Então respondeu um dos moços, e disse: Conheço um filho de Jessé, o belemita, que sabe tocar, e é forte e valente, homem de guerra, sisudo em palavras, e de boa aparência; e o SENHOR é com ele. 19 Saul enviou mensageiros a Jessé, dizendo: Envia-me Davi, teu filho, o que está com as ovelhas. 20 Tomou, pois, Jessé um jumento e o carregou de pão, um odre de vinho e um cabrito, e enviou-os a Saul, e esteve perante ele; este o amou muito, e o fez seu escudeiro. 22 Saul mandou dizer a Jessé: Deixa estar a Davi perante mim, pois me caiu em graça. 23 E sucedia que, quando o espírito maligno da parte de Deus  vinha sobre Saul, Davi tomava a harpa, e a dedilhava; então Saul sentia alívio, e se achava melhor, e o espírito maligno se retirava dele.


 A desobediência de Saul e a sua rejeição

15.1 Disse Samuel a Saul: Enviou-me o SENHOR a ungir-te rei sobre o seu povo, sobre Israel; atenta, pois, agora as palavras do SENHOR. 2 Assim diz o SENHOR dos Exércitos: Castigarei a Amaleque pelo que fez a Israel; ter-se oposto a Israel no caminho, quando este subia do Egito. 3 Vai, pois, agora e fere a Amaleque, e destrói totalmente a tudo o que tiver; nada lhe poupes, porém matarás  homem e mulher, meninos e crianças de peito, bois e ovelhas, camelos e jumentos. 4 Saul convocou o ovo, e os contou em Telaim, duzentos mil homens de pé, e dez mil homens de Judá. 5 chegando, pois, Saul a cidade de Amaleque, pôs emboscadas no vale. 6 E disse aos queneus: Ide-vos, retirai-vos e saí do meio dos amalequitas, para que eu vos não destrua juntamente com eles, porque usastes de misericórdia com todos os filhos de Israel, quando subiram do Egito. Assim  os queneus se retiraram do meio dos amalequitas. 7 Então feriu Saul os amalequitas desde Havilá até chegar a Sur, que está defronte do Egito. 8 Tomou vivo a Agague, rei dos amalequitas; porém a todo o povo destruiu ao fio da espada. 9 E Saul e o povo pouparam a Agague, e o melhor das ovelhas e dos bois, e os animais gordos e os cordeiros e o melhor que havia, e não os quiseram destruir totalmente; porém a toda cousa vil e desprezível destruíram. 10 Então veio a palavra do SENHOR a Samuel, dizendo: 11 Arrependo-me de haver constituído rei a Saul; porquanto deixou de me seguir, e não executou as minhas palavras. Então Samuel se contristou, e toda a noite clamou ao SENHOR. 12 Madrugou Samuel para encontrar a Saul pela manhã. e anunciou-se aquele: Já chegou Saul ao Carmelo,  e eis que levantou para si um monumento, e, dando volta, passou e desceu a Gigal. 13 Veio, pois, Samuel a Saul, e este lhe disse: Bendito sejas tu do SENHOR; executei as palavras do SENHOR. 14 então disse Samuel: Que balido, pois, de ovelhas é este nos meus ouvidos, e o mugido de bois que ouço? 15 Respondeu Saul: De Amaleque os trouxeram; porque  o povo poupou o melhor das ovelhas e dos bois para os sacrificar ao SENHOR teu Deus; o resto, porém, destruímos totalmente. 16 Então disse Samuel a Saul: Espera, e te declararei o que o SENHOR me disse esta noite. Respondeu-lhe Saul: Fala. 17 Prosseguiu Samuel: Porventura, sendo tu pequeno aos teus olhos, não foste por cabeça das tribos de Israel, e não te ungiu o SENHOR rei sobre ele?18 Enviou-te o SENHOR a este caminho, e disse: Vai, e destrói totalmente a estes pecadores, os amalequitas, e peleja contra eles, até exterminá-los. 19 Por que, pois, não atentaste a voz do SENHOR, mas te lançaste ao despojo, e fizeste o que era mal aos olhos do SENHOR?  20 Então disse Saul a Samuel: Pelo contrário, dei ouvido a voz do SENHOR, e seguiu o caminho pelo qual o SENHOR  me enviou; e trouxe a Agague, rei de Amaleque, e os amalequitas os destruí totalmente; 21 mas o povo tomou do despojo ovelhas e bois, o melhor do designado a destruição para oferecer ao SENHOR teu Deus em Gilgal. 22 Porém Samuel disse: Tem porventura o SENHOR tanto prazer em holocaustos e sacrifícios quanto em que se obedeça a sua palavra? Eis que o obedecer é melhor do que o sacrificar, e o atender melhor do que a gordura de carneiros. 23 Porque a rebelião é como  o pecado de feitiçaria, e a obstinação é como a idolatria e culto e ídolos de lar. Visto que rejeitaste a palavra do SENHOR, ele também te rejeitou a ti, para que não sejas rei. 24 Então disse Saul a Samuel: Pequei, pois transgredi o mandamento do SENHOR e as tuas palavras; porque temi o povo, e dei ouvidos a sua voz. 25 Agora, pois, te rogo, perdoa-me o meu pecado, e volta comigo, para que adore ao SENHOR. 26 Porém Samuel disse a Saul: Não tornarei contigo; visto que rejeitaste a palavra do SENHOR, já ele te rejeitou a ti, para que não sejas rei sobre Israel. 27 virando-se Samuel para se ir. Saul o segurou pela orla do manto, e este se rasgou. 28 Então Samuel lhe disse: O SENHOR rasgou hoje de ti o reino de Israel, e o deu ao teu próximo, que é melhor do que tu. 29 Também a Glória de Israel não mente nem se arrepende; porquanto não é homem, para que se arrependa. 30 Então disse Saul: Pequei; honra-me, porém, agora diante de Israel; e volta comigo, para que adore ao SENHOR teu Deus. 31 Então Samuel seguiu a Saul, e este adorou ao SENHOR. 

Samuel mata a Agague

32 Disse Samuel: Traze-me aqui a Agague, rei dos amalequitas. Agague veio a ele, confiante; e disse: Certamente já se foi a amargura da morte. 33 Disse, porém, Samuel: Assim como a tua espada desfilhou mulheres, assim desfilhada ficará tua mão entre as mulheres. E Samuel despedaçou a Agague perante o SENHOR em Gilgal. 34 Então Samuel se foi a Ramá; e Saul subiu a sua casa, a Gibeá de Saul. 35 Nunca mais viu Samuel e Saul até ao dia da sua morte, porém tinha pena de Saul. O SENHOR se arrependeu de haver constituído Saul rei sobre Israel.

 A vitória de Jônatas sobre os filisteus

14.1 Sucedeu que um dia disse Jônatas, filho de Saul, ao seu jovem escudeiro: Vem passemos a guarnição dos filisteus, que está do outro lado. Porém nã o fez saber a seu pai. 2 Saul se encontrava na extremidade de Gibeá, debaixo da romeira em Migrom; e o povo que estava com ele eram cerca de seiscentos homens. 3 Aíja, filho de Aitube, irmão de Icabode, filho de Finéias, filho de Eli, sacerdote do SENHOR em Silo, trazia a estola sacerdotal, O povo não sabia que Jônatas tinha ido. 4 Entre os desfiladeiros pelos quais Jônatas procurava passar a guarnição dos filisteus, deste lado havia uma penha íngreme, e do outro, outra: uma se chamava Bozez; a outra, Sené. 5 Uma delas se erguia ao norte defronte de Micmás, a outra ao sul defronte de Gibeá. 6 Disse, pois, Jônatas ao seu escudeiro: Vem, passemos a guarnição destes incircuncisos; porventura o SENHOR nos ajudará nisto, porque para o SENHOR nenhum impedimento há delivrar com mitos ou com poucos. 7 Então o seu escudeiro lhe disse: Faze tudo segundo inclinar o teu coração; eis-me aqui contigo, a tua disposição será a minha. 8 Disse, pois, Jônatas: Eis que passaremos aquele homens e nos daremos a conhecer a eles. 9 Se nos disserem assim: Parai até que cheguemos a vós outros, então ficaremos onde estamos, e não subiremos a eles. 10 Porém se disserem: Subi a nós; então subiremos, pois o SENHOR no-los entregou nas mãos. Isto nos servirá de sinal. 11 Dando-se, pois, ambos a conhecer a guarnição dos filisteus, disseram estes: Eis que já os hebreus estão saindo dos buracos em que se tinham escondido. 12 Os homens da guarnição responderam a Jônatas e ao seu escudeiro, e disseram: Subi a nós, e nós vos daremos uma lição. Disse Jônatas ao escudeiro: Sobe atrás de mim, porque o SENHOR  os entregou nas mãos de Israel. 13 Então trepou Jônatas de gatinha, e o seu escudeiro atrás: e os filisteus caíram diante de Jônatas, e o seu escudeiro os matava atrás dele. 14 Sucedeu esta primeira derrota, em que Jônatas e o seu escudeiro mataram perto de vinte homens, em cerca de meia jeira de terra. 15 Houve grande espanto no arraial, no campo e em todo o povo; também a mesma guarnição e os saqueadores tremeram, e até a terra se estremeceu; e tudo passou a ser um terror de Deus. 16 Olharam as sentinelas de Saul em Gibeá de Benjamim, e eis que a multidão se dissolvia, correndo uns para cá, outros para lá. 17 Então disse Saul ao povo que estava com ele: Ora contai, e vede quem é que saiu dentre nós. Contaram, e eis que nem Jônatas nem o seu escudeiro estava ali. 18 Saul disse a Aíja: Traze aqui a arca de Deus (porque naquele dia ela estava com os filhos de Israel). 19 Enquanto Saul falava ao sacerdote, o alvoroço que havia no arraial dos filisteus crescia mais e mais, pelo que disse Saul ao sacerdote: Desiste de trazer a arca. 20 Então Saul e todo o povo que estava com ele se ajuntaram, e vieram a peleja; e a espada de um era contra o outro, e houve mui grande tumulto. 21 Também com os filisteus dantes havia hebreus, que subiram com eles ao arraial; e também estes se ajuntaram com os israelitas que estavam com Saul e Jônatas. 22 Ouvindo, pois, todos os homens de Israel que se esconderam pela região montanhosa de Efraim que os filisteus fugiram eles também os perseguiram de perto na peleja. 23 assim livrou o SENHOR a Israel naquele dia, e a batalha passo além de Bete-Áven. 

O voto de Saul

24 Estavam os homens de Israel angustiados naquele dia, porquanto Saul conjurara o povo, dizendo: Maldito o homem que comer pão antes de anoitecer, para que me vingue de meus inimigos. Pelo que todo o povo se absteve de provar pão. 25 Todo o povo chegou a um bosque onde havia mel no chão. 26 chegando o povo ao bosque, eis que corria mel; porém ninguém chegou a mão a boca, porque o povo temia a conjuração. 27 Jônatas, porém, não tinha ouvido quando seu pai conjurara o povo, e estendeu a ponta da vara que tinha na mão, e a molhou no favo de mel; e, levando a mão a boca, tornaram a brilhar os seus olhos. 28 Então respondeu um do povo: Teu pai conjurou solenemente o povo, e disse: Maldito o homem que comer hoje pão; estava exausto o povo. 29 Então disse Jônatas: Meu pai turbou a terra; ora vede como brilham os meus olhos por ter eu provado um pouco deste mel. 30 Quanto mais se o povo hoje tivesse comido livremente do que encontrou do despojo de seus inimigos; porém desta vez não foi tão grande a derrota dos filisteus. 31 Feriram, porém, aquele dia aos filisteus, desde Micmás até Aijalom. O povo se achava exausto em extremo; 32 e, lançando-se ao despojo, tomaram ovelhas, bois e bezerros, e os mataram no chão, e o os comeram com sangue. 33 Disto informaram o Saul, dizendo: Eis que o povo peca contra o SENHOR, comendo com sangue. Disse ele: Procedestes aleivosamente; revolvei-me para aqui hoje uma grande pedra. 34 Disse mais Saul: Espalha-vos entre o povo, e dizei-lhe: Cada um me traga o seu boi, a sua ovelha, e matai-os aqui, e comei, e não pequeis contra o SENHOR, comendo com sangue. Então todo o povo trouxe de noite, cada um o seu boi de que já lançara mão, e os mataram ali. 35 Edificou Saul um altar ao SENHOR: este foi o primeiro altar que lhe edificou. 

Jônatas salvo pelo povo

36 Disse mais Saul: Desçamos esta noite no encalço dos filisteus e despojemo-los, até o raiar do dia, e não deixemos de resto um homem sequer deles. E disseram: Faze tudo o que bem te parecer. 37 Disse, porém, o sacerdote: Cheguemo-nos aqui a Deus. Então consultou Saul a Deus, dizendo: Descerei no encalço dos filisteus? Entregá-los-ás na mão de Israel? porém aquele dia o SENHOR não lhe respondeu. 38 Então disse Saul: chegai-vos para aqui, todos os chefes do povo, e informai-vos, e vede qual o pecado que hoje se cometeu. 39 Porque tão certo como vive o SENHOR que salva a Israel, ainda que com meu filho Jônatas esteja a culpa, seja morto. Porém nenhum de todo o povo lhe respondeu. 40 Disse mais a todo o Israel: Vós estareis dum lado, e eu e meu filho Jônatas do outro. Então disse o povo a Saul: Faze o que bem te parecer. 41 Falou, pois Saul foram indicados por sorte, e o povo saiu livre. 42 Disse Saul: Lançai a sorte entre mim e Jônatas, meu filho. E foi indicado Jônatas. 43 Disse então Saul a Jônatas: Declara-me o que fizeste. E Jônatas: Declara-me o que fizeste. E  Jônatas lhe disse: Tão somente provei um pouco de mel com a ponta da vara que tinha na mão. Eis-me aqui ; estou pronto a morrer. 44 Então disse Saul: Deus me faça o que bem lhe aprouver; é certo que morrerás, Jônatas. 45 Porém o povo disse a Saul: Morrerá Jônatas, que efetuou tamanha salvação em Israel? Tal não suceda. Tão cero como vive o SENHOR, não lhe há de cair no chão um só cabelo da cabeça! pois foi com Deus que fez isso hoje. Assim o povo salvou a Jônatas, para que não morresse. 46 E Saul deixou de perseguir os filisteus; e estes se foram para a sua terra. 47 Tendo Saul assumido o reinado de Israel, pelejou contra todos os seus inimigos em redor; contra Moabe, os filhos de Amom, e Edom; contra os reis de Zoba e os filisteus; e para onde quer que se voltava, era vitorioso. 48 Houve varonilmente e feriu os amalequitas, e libertou a Israel da mão dos que o saqueavam. 49 Os filhos de Saul eram Jônatas, Isvi e Malquisua; os nomes de suas duas filhas eram: o da mais velha Merabe, o da mais nova Mical. 50 A mulher de Saul chamava-se Ainoã, filha de Aimaás. O nome do general do seu exército, Abner, filho de Ner, tio de Saul. 51 Quis era pari de Saul; e Ner, pai de Abner, era filho de Abiel. 52 Por todos os dias de Saul houve forte guerra contra os filisteus, pelo que Saul a todos os homens fortes e valentes que via, os agregava a si.


 Rosto de sofrimento de tantas exclusões sociais, familiares, escolaridades etc. Esta sou quem vai descrever realmente o que é ser MÃE SOLO porque senti na pele. Eu sou uma Mãe solo.
Eis minha homenagem

Neste dia das mãe venho aqui expressar toda minha solidariedade a essas mães guerreiras que teve a responsabilidade de criar seus filhos lhe dando educação sem a presença e o apoio do pai. Há 51 anos a mulher que engravidasse sem ter marido se chamava mãe solteira, já a mãe solo exerce a paternidade de forma individual. Ela é quem assume as afetividades materna e paterna preenchendo a lacuna que o pai deixou. Os desafios são grandes, a responsabilidade maior ainda através da criação no mundo em que vivenciamos hoje. Sua vida e desgastante, desde o amanhecer até o anoitecer, porque ela terá que suprir todas as necessidades de uma casa e ainda a educação de seus filhos.
Eu tive três filhos: O primeiro que fiquei na casa com meus pais. Com a morte de minha mãe fiquei totalmente órfã e o sofrimento aumentou mais ainda quando engravidei do segundo. Cidade de interior, atrasado seria eu uma vergonha para família, meu pai resolveu então colocar um xeque-mate na história : Você escolhe: um dentro de casa ou os dois embaixo de uma ponte. Como o meu primeiro já tinha um ano e quatro meses de nascido e esse que viria ainda não havia visto seu rosto, resolvi optar por ficar com um em casa. Daí apareceu uma moça e que tinha mais seis irmãs e o levou. Esse eu sabia onde estava. Ela foi para o cartório e o registrou como filho legítimo. Meu sofrimento aumentava a cada dia, não conseguia emprego, o colégio onde estudava não me aceitou mais, só faltava um ano para eu me formar em professora, nas ruas as janelas e portas eram fechadas quando eu passava, outras cuspiam, não conseguia entrar em um barzinho para tomar um refrigerante que era expulsa, foi um verdadeiro tormento em toda minha vida, daí surgiu o pensamento de ir para São Paulo ganhar um dinheiro e assumir de vez o meu filho. Saiu um rapaz da mesma cidade onde eu morava e foi tirar meu sossego em São Paulo, uma cidade tão grande e ele tinha que me encontrar justamente onde morava. Engravidei e ele me abandonou. Sozinha sem ter casa onde morar fui obrigada a dar meu filho a um doutor chamado Fabrício, em Santos. Voltei para minha cidade vi meu filho, e fui para a capital trabalhar que ficava perto de minha cidade onde encontrei um casamento e peguei meu filho de volta, agora onde estariam os dois? jamais poderia juntá-los. Um eu sabia onde estava, agora o outro deveria está em pais estrangeiro, naquela época muitos bebês eram vendidos, o tráfico era grande. Depois de 45 anos eu não tinha mais esperança de nada, essa criança que doei ao Dr. Fabrício aparece, e isso me deixou tranquila podendo agora morrer porque só faltava essa peça para completar o meu quebra cabeça. Hoje sou feliz porque tenho encontrado a criança que coloquei no mundo.
As mães solo: Quero parabenizá-las por não ter tomado a atitude que tomei doando meus filhos, vocês são realmente umas guerreiras que não tiveram medo de enfrentar a vida e os preconceitos que esta sociedade imunda nos oferece. Hoje é muito comum ser mãe solteira agora pense há meio século! Era um absurdo. Neste dia que se comemora o dia das mães espero que seus filhos tenham reconhecido o esforço que vocês fizeram para criá-los, que eles tenham reconhecido as noites de sono que você passaram quando estava doente, correndo para a farmácia comprar o remédio porque não tinha o pai que fosse fazer isso. As brigas de criança na escola que teve de resolver porque não tinha um pai presente para tomar as decisões. Filhos de mãe solo, valorize sua mãe, veja o que ela passou para lhes criar, nunca despreze aquela que deixou de viver para lhe dar a vida.

Guerra entre os israelitas e os filisteus

13.1 Um ano reinara Saul em Israel. No segundo ano de seu reinado sobre o povo, 2 escolheu para si três mil homes de Israel; estava com Saul dois mil em Micmás e na região montanhosa de Betel, e mil estavam com Jonatas em Gibeá de Benjamim; e despediu o resto do povo, cada um para sua casa. 3 Jônatas derrotou a guarnição dos filisteus que estava em Gibeá, o que os  filisteus ouviram; pelo que Saul fez tocar a trombeta por toda a terra, dizendo: Ouçam isso os hebreus. 4 Todo o Israel ouviu dizer: Saul derrotou a guarnição dos filisteus, e também Israel se fez odioso aos filisteus. Então o povo foi convocado para junto de Saul em Gilgal. 5 Reuniram-se os filisteus para pelejar contra Israel: trinta mil carros, e seis mil cavaleiros, e povo em multidão como a areia que está a beira-mar; e subiram, e se acamparam em Micmás, ao oriente de Bete-Áven. 6 Vendo, pois, os homens de Israel que estava em apuros ( porque o povo estava apertado), esconderam-se pelas cavernas, e pelos buracos, e pelos penhascos, e pelos túmulos, e pelas cisternas. 7 Também alguns dos hebreus passaram o Jordão para a terra de Gade e Gileade; e o povo que permaneceu com saul este ainda em Gilgal, se encheu de temor.

Saul oferece sacrifício e é reprovado por Samuel

8 Esperou Saul sete dias, segundo o prazo determinado por Samuel, não vindo, porém, Samuel a Gilgal, o povo se foi espalhando dali. 9 Então disse Saul: Trazei-me aqui o holocausto e ofertas pacíficas. E ofereceu holocausto. 10 Mal acabara ele de oferecer o holocausto, eis que chega Samuel; Saul lhe saiu ao encontro, para o saudar. 11 Samuel perguntou: Que fizeste? Respondeu Saul: Vendo que o povo se ia espalhando daqui, e que tu não vinhas nos dias aprazados, e os filisteus já se tinham ajuntado em Micmás, 12 eu disse comigo: Agora descerão os filisteus contra mim a Gilgal, e ainda não obtive a benevolência do SENHOR; e, forçado pelas circunstancias, ofereci holocaustos. 13 Então disse Samuel e Saul: Procedes nesciamente em não guardar o mandamento que o SENHOR teu Deus te ordenou; pois teria agora o SENHOR confirmado o teu reino sobre Israel para sempre. 14 Já agora não subsistirá o teu reino. O SENHOR buscou para si um homem que lhe agrada, e já lhe ordenou que seja príncipe sobre o seu povo, porquanto não guardaste o que o SENHOR te ordenou. 15 Então se levantou Samuel, e subiu de Gilgal a Gibeá de Benjamim. Logo Saul contou o povo que se achava com ele, cerca de seiscentos homens. 16 Saul e Jônatas, seu filho, e o povo, que se achava com eles, ficaram em Geba de Benjamim, porém os filisteus se acamparam em Micmás. 17 Os saqueadores saíram do campo dos filisteus em três tropas; uma delas tomou o caminho de Ofra a terra de Saul; 18 outra tomou o caminho de Bete-Horom; e a terceira, o caminho a cavaleiro do vale de Zeboim, na direção do deserto. 19 Ora em toda a terra de Israel nem um ferreiro se achava, porque os filisteus tinham dito: Para que os hebreus não façam espada nem lança. 20 Pelo que todo o Israel tinha de descer ao filisteus para amolar a relha do seu arado, e a sua enxada, e o seu machado, e a sua foice. 21 Estavam, pois, embotados os fios das relhas, das enxadas, dos forcados e dos machados, e não se podia nem aguçar uma aguilhada. 22 Sucedeu que, no dia da peleja, não se achou nem espada, nem lança na mão de nenhum do povo que estava com Saul e com Jônatas; porém se acharam com Saul e com Jônatas, seu filho. 23 Saiu a guarnição dos filisteus ao desfiladeiro de Micmás.