Quem sou eu
João Batista Mt 3.1-10;Lc3.1-9
2 Conforme está escrito na profecia de Isaías; Eis aí envio diante da tua face o meu mensageiro, o qual preparará o caminho; 3 voz do que clama no deserto: Preparai o caminho do Senhor, endireitai as veredas; 4 apareceu João Batista no deserto, pregando batismo de arrependimento para remissão de pecados.5 Saíram a ter com ele toda a província da Judéia e todos os habitantes de Jerusalém; e, confessando os seus pecados, eram batizados por ele na rio Jordão.6 As vestes de Joãos eram feitas de pelos de camelo, ele trazia um cinto de couro, e se alimentava de gafanhotos e mel silvestre.
João dá testemunho de Cristo Mt 3.11,12; Lc 3.15-17; Jo 1.19-28
7 E pregava, dizendo: Após mim vem aquele que é mais poderoso do que eu, do qual não sou digno de, curvando-me, desatar-lhe as correias das sandálias.8 Eu vos tenho batizado com água; ele, porém vos batizará com o Espírito Santo.
O batismo de Jesus Mt 3.13-17;Lc 3.21,22; Jo 1.32-34
9 Naqueles dias veio Jesus de Nazaré da Galileia e por João foi batizado no rio Jordão. 10 Logo ao sair da água, viu os céus rasgarem-se e o Espirito descendo como pomba sobre ele. 11 Então foi ouvida uma voz dos céus: Tu é o meu Filho amado, em ti me comprazo.
A tentação de Jesus Mt 4.1-11; Lc 4.1-13
12 E logo o Espírito o impeliu par o deserto, 13 onde permaneceu quarenta dias, sendo tentado por Satanás; estava com as feras, mas os anjos o serviam.
Jesus volta para a Galileia Mt 4.12-17; Lc 4.14,15
14 Depois de João ter sido preso, foi Jesus para a Galileia, pregando o evangelho de Deus, 15 dizendo: O tempo está próximo; arrependei-vos e crede no evangelho.
A vocação de Discípulos Mt 4.18-22; Lc 5.1-11
16 Caminhando junto ao mar da Galileia, viu os irmão Simão e André, que laçavam a rede ao mar, porque eram pescadores.17 Disse-lhes Jesus: Vinde após mim, e eu vos farei pescadores de homens. 18 Então eles deixaram imediatamente as redes, e o seguiram.19 Pouco mais adiante, viu Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão, que estavam no barco consertando as redes. 20 E logo os chamou. Deixando eles no barco a seu pai Zebedeu com os empregados, seguiram após Jesus.
A cura de um endemoninhado em Cafarnaum Lc 4.31-37
21 Depois entraram em Cafarnaum; e, logo no sábado, foi ele ensinar na sinagoga.22 Maravilhavam-se da sua doutrina, porque os ensinava como quem tem autoridade, e não como os escribas.23 Não tardou que aparecesse na sinagoga um home possesso de espirito imundo, o qual bradou: 24 Que temos nos contigo, Jesus Nazareno? Vieste para perder-nos? Bem sei quem és: O Santo de Deus! 25 Mas Jesus o repreendeu, dizendo: Cala-te, e sai desse homem.26 Então o espírito imundo, agitando-o violentamente, e bradando em alta voz, saiu dele. 27 Todo se admiraram, a ponto de perguntarem entre si: Que vem a ser isto? Uma nova doutrina! com autoridade ele ordena aos espíritos imundos, e eles lhe obedecem!28 Então correu célere a fama de Jesus em todas as direções, por toda a circunvizinhanças da Galileia.
A cura da sogra de Pedro Mt 8.14,15; Lc 4.38,39
29 E, saindo eles da sinagoga, foram, com Tiago e João, diretamente para a casa de Simão e André.30 A sogra de Simão achava-se acamada, com febre; e logo lhe falaram a respeito dela.31 Então, aproximando-se, tomou-a pela mão; e a febre a deixou, passando ela a servi-los.
Muita outras curas Mt 8.16,17; Lc 4.40,41
32 À tarde, ao cair do sol, trouxeram a Jesus todos os enfermos, e endemoninhados. 33 Toda a cidade estava reunida à porta.34 E ele curou muitos doentes de toda sorte de enfermidades; também expeliu muitos demônios, não lhes permitindo que falassem, porque sabiam que ele era.
Jesus se retira para orar
35 Tendo-se levantado alta madrugada, saiu, foi para um lugar deserto, e ali orava.36 Procuravam-no diligentemente Simão e os que com ele estavam. 37 Jesus, porém lhes disse: Vamos a outros lugares, às povoações vizinhas, a fim de que eu pregue também ali, pois para isso é que eu vim. 39 Então foi por toda a Galileia, pregando nas sinagogas deles e expelindo os demônios.
A cura de um leproso Mt 8.1-4 ; Lc 5.12-16
40 Aproximou-se dele um leproso rogando-lhe, de joelhos: Se queres podes purificar-me.41 Jesus , profundamente compadecido, estendeu a mão, tocou-o, e disse-lhe: Quero, fica limpo! 42 No mesmo instante lhe desapareceu a lepra, e ficou limpo.43 Fazendo-lhe então veemente advertência, logo o despediu, 44 e lhe disse: Olha, não digas nada a ninguém; mas vai, mostra-te ao sacerdote e oferece pela tua purificação o que Moisés determinou, para servir de testemunho ao povo. 45 Mas, tendo ele saído, entrou a propalar muitas cousas e a divulgar a notícia, ao ponto de não mais poder Jesus entrar publicamente em qualquer cidade, mas permanecia fora, em lugares ermos; e de toda parte vinham ter com ele.
Jesus entregue a Pilatos Mc 15.1;Lc23.1,2; Jo 18.28-32
27.1 Ao romper o dia, todos os principais sacerdotes e os anciãos do povo entraram em conselho contra Jesus, para o matarem;2 e, amarrando-o, levaram-no e o entregaram ao governador Pilatos.
O suicídio de Judas
3 Então Judas, o que o traiu, vendo que Jesus fora condenado, tocado de remorso, devolveu as trinta moedas de prata aos principais sacerdotes e aos anciãos, dizendo: 4 Pequei, traindo sangue inocente. Eles, porém responderam: Que nos importa? Isso é contigo. 5 Então Judas, atirando para o santuário as moedas de prata, retirou-se e foi enforcar-se. 6 E os principais sacerdotes, tomando as moedas, disseram: Não é lícito deitá-las no cofre das ofertas, porque é preço de sangue.7 E, tendo deliberado, compraram com elas o campo do oleiro, para cemitério de forasteiros.8 Por isso aquele campo tem sido chamado até ao dia de hoje Campo de Sangue.9 Então se cumpriu o que foi dito por intermédio do profeta Jeremias: Tomaram as trinta moedas de prata, preço em que foi estimado aquele a quem alguns dos filhos de Israel avaliaram;10 e as deram pelo campo do oleiro, assim como me ordenou o Senhor.
Jesus perante Pilatos Mc 15.1-15; Lc 23.3-5; Jo 18.33-40
11 Jesus estava em pé ante o governador; este o interrogou, dizendo: És tu o rei dos judeus? Respondeu-lhe Jesus: Tu o dizes. 12 E, sendo acusado pelos principais sacerdotes e pelos anciãos, nada respondeu. 13 Então lhe perguntou Pilatos: Não ouves quantas acusações te fazem? 14 Jesus não respondeu nem uma palavra, vindo com isto a admirar-se grandemente o governador.15 Ora, por ocasião da festa, costumava o governador soltar ao povo um dos presos, conforme eles quisessem. 16 Naquela ocasião tinham eles um preso muito conhecido, chamado Barrabás. 17 Estando, pois, o povo reunido, perguntou-lhe Pilatos: A quem queres que eu vos solte, a Barrabás ou a Jesus, chamado Cristo? 18 Porque sabia que por inveja o tinham entregado.19 E, estando ele no tribunal, sua mulher mandou dizer-lhe: Não te envolvas com esse justo; porque hoje, em sonho, muito sofri por seu respeito.20 Mas os principais sacerdotes e os anciãos persuadiram o povo a que pedisse Barrabás e fizesse morrer Jesus. 21 De novo perguntou-lhes o governador: Qual dos dois quereis que eu vos solte? Responderam eles: Barrabás. 22 Replicou-lhes Pilatos: Que farei então de Jesus, chamado Cristo? Seja crucificado! responderam todos. 23 Que mal fez ele? perguntou Pilatos. Porém, cada vez clamavam mais: Seja crucificado! 24 Vendo Pilatos que nada conseguia, antes, pelo contrário, aumentava o tumulto, mandando vir água, lavou as mãos perante o povo, dizendo: Estou inocente do sangue deste [ justo] ; fique o caso convosco! 25 E o povo todo respondeu: Caia sobre nós o seu sangue, e sobre nossos filhos!26 Então Pilatos lhes soltou Barrabás; e, apos haver açoitado a Jesus, entregou-o para ser crucificado.
Jesus entre aos soldados Mc 15.16-20; Jo 19.1-3
27 Logo a seguir, os soldados do governador, levando Jesus para o pretório, reuniram em torno dele toda a corte.28 Despojando-o das vestes, cobriram-no comum manto escarlate; 29 tecendo uma cora de espinhos, puseram-lhe na cabeça, e na mão direita um caniço; e, ajoelhando-se diante dele, o escarneciam, dizendo: Salve, rei dos judeus! 30 E, cuspindo nele, tomaram o caniço, e davam-lhe com ele na cabeça. 31 Depois de o terem escarnecido, despiram-lhe o manto, e o vestiram com as suas próprias vestes. Em seguida o levaram para ser crucificado.
Simão leva a cruz do Senhor Mc 15.33-41;Lc 23.44-49; Jo 19.28-30
45 Desde a hora sexta até à hora nona houve trevas sobre toda a terra.46 Por volta da hora nona, clamou Jesus em alta voz, dizendo: Eli, Eli, lamá sadactâni,que quer dizer: Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?47 E alguns dos que ali estavam, ouvindo isto, diziam: Ele chama por Elias.48 E logo um deles correu a buscar uma esponja, e, tendo-a embebido de vinagre e colocado na ponta de um caniço, deu-lhe a beber.49 Os outros, porém diziam: Deixa, vejamos se Elias vem salvá-lo.50 E Jesus, clamando outra vez com grande voz, entregou o espírito. 51 Eis que o véu do santuário se rasgou em duas partes, de alto a baixo: tremeu a terra, fenderam-se as rochas, 52 abriram-se os sepulcros e muitos corpos de santos, que dormiam, ressuscitaram; 53 e saindo dos sepulcros depois da ressurreição de Jesus, entraram na cidade santa e apareceram a muitos. 54 O centurião e os que com ele guardavam a Jesus, vendo o terremoto e tudo o que se passava, ficaram possuídos de grande temor, e disseram: Verdadeiramente este era Filho de Deus. 55 Estavam ali muitas mulheres, observando de longe: eram as que vinham seguindo a Jesus desde a Galileia, para o servir;56 entre elas estavam Maria Madalena, Maria mãe de Tiago e de José, e a mulher de Zebedeu.
O sepultamento de Jesus Mc 15.42-47; Lc 23.50-56; Jo 19.38-42
57 Caindo a tarde, veio um homem rico de Arimatéia, chamado José, que era também discípulo de Jesus. 58 Este foi ter com Pilatos e lhe pediu o corpo de Jesus, Então Pilatos mandou que lho fosse entregue. 59 E José, tomando o corpo, envolveu-o num pano limpo de linho, 60 e o depositou no seu túmulo novo, que fizera abrir na rocha; e, rolando uma grande pedra para a entrada do sepulcro, se retirou. 61 Achavam-se ali, sentadas em frente da sepultura, Maria Madalena e a outra Maria.
A guarda do sepulcro
62 No dia seguinte, que é o dia depois da preparação, reuniram-se os principais sacerdotes e os fariseus e, dirigindo-se a Pilatos,63 disseram-lhe: Senhor, lembramo-nos de que aquele embusteiro, enquanto vivia, disse: Depois de três dias ressuscitarei. 64 Ordena, pois, que o sepulcro seja guardado com segurança até ao terceiro dia, para não suceder que, vindo os discípulos, o roubem e depois digam ao povo: Ressuscitou dos mortos: e será o último embuste pior que o primeiro. 65 Disse-lhes Pilatos: Aí tendes uma escolta; ide e guardai o sepulcro como bem vos parecer.66 Indo eles, montaram guarda ao sepulcro, selando a pedra e deixando ali a escolta.
OBS: Essa será minha obrigação de editar todos os dias um capítulo do Novo Testamento começando do primeiro livro que é o de Mateus.
Plano para tirar a vida de Jesus Mc 14.1,2; Lc 22.1,2; Jo 11.45-53
26.1 Tendo Jesus acabado todos estes ensinamentos, disse a seus discípulos:2 Sabeis que daqui a dois dias celebrar-se-á a páscoa; e o Filho do homem será entregue para ser crucificado.3 Então os principais sacerdotes e os anciãos do povo se reuniram no palácio do sumo sacerdote, chamado Caifás;4 e deliberaram prender Jesus, à traição, e matá-lo. 5 Mas diziam: Não durante a festa, para que não haja tumulto entre o povo.
Jesus ungido em Betânia Mc. 14.3-9; Jo 12.1-8
6 Ora, estando Jesus em Betânia, em casa de Simão, o leproso, 7 aproximou-se dele uma mulher, trazendo um vaso de alabastro cheio de precioso bálsamo, que lhe derramou sobre a cabeça, estando ele à mesa.8 Vendo isto, indignaram-se os discípulos e disseram: Para que este desperdício? 9 Pois este perfume podia ser vendido por muito dinheiro, e dar-se aos pobres. 10 Mas Jesus, sabendo disto, disse-lhe: Por que molestais esta mulher? Ela praticou boa ação para comigo. 11 Porque os pobres sempre os tendes convosco, mas a mim nem sempre tendes; 12 pois, derrabando este perfume sobre o meu corpo, ela o fez para meu sepultamento. 13 Em verdade vos digo: Onde for pregado em todo o mundo este evangelho, será também contado o que ela fez, para memória sua.
O pacto da traição Mc 14.10,11; Lc 22. 3-6
14 Então um dos doze, chamado Judas Iscariotes, indo ter com os principais sacerdotes, propôs:15 Que me quereis dar, e eu vô-lo entregarei? E pagaram-lhe trinta moedas de prata. 16 E desse momento em diante buscava ele uma boa ocasião para o entregar.
Os discípulos preparam a páscoa Mc 14.12-16; Lc 22. 7-3
17 No primeiro dia dos pães asmos, vieram os discípulos a Jesus e lhe perguntaram: Onde queres que te façamos os preparativos para comeres a páscoa? 18 E ele lhes respondeu: Ide à cidade ter com certo homem. e dizei-lhe: O Mestre manda dizer: O meu tempo está próximo; em tua casa celebrarei a páscoa com os meu discípulos. 19 E eles fizeram como Jesus lhes ordenara, e prepararam a páscoa.
O traidor é indicado Mc 14.17-21; Lc 22.21-23; Jo 13.21-30
20 Chegada a tarde, pôs-se ele à mesa com os doze discípulos. 21 E enquanto comiam, declarou Jesus: Em verdade vos digo que um dentre cós me trairá. 22 E eles, muitíssimo contristados, começaram um por um a perguntar-lhe: Porventura sou eu. Senhor? 23 E ele respondeu: O que mete comigo a mão no prato, esse me trairá.24 O filho do homem vai, como está estrito a seu respeito, mas ai daquele por intermédio de quem o Filho do homem está sendo traído! Melhor lhe fora não haver nascido! 25 Então Judas, que o traía, perguntou: Acaso sou eu, Mestre? Respondeu-lhe Jesus: Tu o disseste.
A ceia do Senhor Mc 14.22-26; Lu 22.14-20; 1 Co 11.23-26
26 Enquanto comiam, tomou Jesus um pão e, abençoando-o, o partiu e o deu aos discípulos, dizendo: tomai, comei: isto é o meu corpo.27 A seguir tomou um cálice e, tendo dado graças, o deu aos discípulos, dizendo: Bebei dele todos; 28 porque isto é o meu sangue, o sangue da [nova] aliança, derramado em favor de muitos, para remissão de pecados.29 E digo-vos que, desta hora em diante, não beberei deste fruto da videira, até aquele dia em que o hei de beber, novo, convosco no reino de meu Pai.30 E, tendo cantado um hino, saíram para o Monte das Oliveiras.
Pedro é avisado Mc 14.27-31; Lc 22.31-34; Jo 13.36-38
31 Então Jesus lhes disse: Esta noite todos vós vos escandalizareis comigo; porque está escrito: Farei o pastor, e as ovelhas do rebanho ficarão dispersas.32 Mas, depois da minha ressurreição, irei adiante de vós para a Galileia.33 Disse-lhe Pedro: ainda que venhas a ser um tropeço para todos, nunca o serás para mim. 34 Replicou-lhe Jesus: Em verdade te digo que, nesta mesma noite, antes que o galo cante, tu me negarás três vezes. 35 Disse-lhe Pedro: ainda que me seja necessário morrer contigo, de nenhum modo te negarei. E todos os discípulos disseram o mesmo.
Jesus no Getsêmani Mc 14.32-42; Lc 22.40-46
36 Em seguida, foi Jesus com eles a um lugar chamado Getsêmani, e disse a seus discípulos: Assentai-vos aqui, enquanto eu vou ali orar;37 e, levando consigo a Pedro e aos dois filhos de Zebedeu, começou a entristecer-se e a angustiar-se. 38 Então lhes disse: A minha alma está profundamente triste até à morte: ficai aqui e vigiai comigo. 39 Adiantando-se um pouco, prostrou-se sobre o seu rosto, orando e dizendo: meu Pai: Se possível, passe de mim este cálice! Todavia, não seja como eu quero, e , sim como tu queres. 40 E, voltando para os discípulos, achou-os dormindo; e disse a Pedro: então, nem uma hora pudestes vós vigiar comigo? 41 vigiai e orai, para que não estreis em tentação; o espírito, na verdade, esta pronto, mas a carne é fraca. 42 Tornando-se a retirar-se, orou de novo dizendo: Meu Pai, se não é possível passar de mim este cálice sem que eu o beba, faça-se a tua vontade. 43 E, voltando, achou-os outra vez dormindo; porque os seus olhos estavam pesados. 44 deixando-os novamente, foi orar pela terceira vez, repetindo as mesmas palavras. 45 Então voltou para os discípulos e lhes disse: ainda dormis e repousai! eis que é chegada a hora , e o Filho do Homem está sendo entregue nas mão de pecadores. 46 Levantai-vos, vamos! Eis que o traidor se aproxima.
Jesus é preso Mc 14.43-50; Lc 22.47-53; Jo 18.2-11
47 Falava ele ainda, e eis que chegou Judas, em dos doze e com ele grande turba com espadas e cacetes, vinda da parte dos principais sacerdotes e dos anciãos, do povo;48 Ora, o traidor lhes havia dado este sinal: Aquele a quem e beijar, é esse: prendei-o.49 E logo, aproximando-se de Jesus lhe disse: Salve Mestre! e o beijou.50 jesus, porém, lhe disse: Amigo para que vieste? Nisto, aproximando-se eles, deitaram as mãos em jesus, o prenderam.51 E eis que um dos que estavam com Jesus, estendendo a mão, sacou da espada, e, golpeando o servo do sumo sacerdote, cortou-lhe a a orelha.52 Então Jesus lhe disse: Embainha a tua espada; pois todos os que lançam mão da espada, à espada perecerão.53 Acaso pensas que não posso rogar o meu Pai, e ele me mandaria neste momento mais de doze legiões de anjos? 54 Como, pois, se cumpririam as Escrituras, segundo as quais assim deve suceder? 55 Naquele momento disse Jesus às multidões: Saístes com espadas e cacetes para prende-me, como a um salteador? Todos os dias, no templo eu me assentava [convosco] ensinando, e não me prendestes. 56 Tudo isto, porém aconteceu para que se cumprissem as Escrituras dos profetas. Então os discípulos todos deixando-o fugiram.
Jesus perante a Sinédrio Mc 14.53-65; Lc 22.66-71 Jo 18.19-24
57 E os que prenderam a Jesus o levaram à casa de Caifás, o sumo sacerdote, onde se haviam reunido os escribas e os anciãos. 58 Mas Pedro o seguia de longe até ao pátio do sumo sacerdote e, tendo entrado, assentou-se entre os serventuários, para ver o fim. 59 Ora, os principais sacerdotes e todos o Sinédrio procuravam algum testemunho falso conta jesus, a fim de o condenarem à morte. 60 E não acharam, apesar de se terem apresentado muitas testemunhas falsas. Mas afinal compareceram duas, afirmando: 61 Este disse: Posso destruir o santuário de Deus e reedificá-lo em três dias. 62 E, levantando-se o sumo sacerdote, perguntou a Jesus: Nada respondes ao que estes depõem contra ti?63 Jesus, porém, guardou silêncio. E o sumo sacerdote lhe disse: Eu te conjuro pelo Deus vivo que nos digas se tu és o Cristo, o Filho de Deus.64 Respondeu-lhe Jesus: Tu o disseste; entretanto, eu vos declaro que desde agora vereis o Filho do homem assentado à direita direita do Todo-poderoso, e vindo sobre as nuvens do céu. 65 Então o sumo sacerdote rasgou as suas veste, dizendo: Blasfemou! que necessidade mais temos de testemunhas? eis que ouvistes agora a blasfêmia! 66 Que vos parece? Responderam eles: É réu de morte. 67 Então uns cuspiram-lhe no rosto e lhe davam murros, e outros o esbofeteavam, dizendo: 68 Profetiza-nos, ó Cristo, quem é que te bateu!
Pedro nega a Jesus Mc 14.66-72; Lc 22.55-62; Jo 18.15-18,25-27
69 Ora, estava Pedro assentado fora no pátio; e, aproximando-se uma criada, lhe disse: Também tu estavas com Jesus, o galileu.70 Ele, porém, o negou diante de todos, dizendo: Não sei o que dizes. 71 E, saindo para o alpendre, foi ele visto por outra criada a qual disse aos que ali estavam: Este também estava com Jesus, o Nazareno. 72 E ele negou outra vez com juramento: Não conheço tal homem. 73 Logo depois, aproximou-se os que ali estavam, disseram a Pedro: Verdadeiramente és também um deles, porque o teu modo de falar o denuncia. 74 então começou ele a praguejar e a jurar: Não conheço esse homem! E imediatamente cantou o galo.75 Então Pedro se lembrou da palavra que Jesus lhe dissera: Antes que o galo cante, tu me negarás três vezes. E saindo dali, chorou amargamente.
O sermão profético. A destruição do templo Mc 13. 1,2; Lc 21. 5-9
24.1 Tendo Jesus saído do templo, ia-se retirando, quando se aproximaram dele os seus discípulos para lhe mostrar as construções do templo.2 Ele, porém lhes disse: Não vedes tudo isto? Em verdade vos digo que não ficará aqui pedra sobre pedra, que não seja derrubada.
O princípio das dores Mc 13.3-13; Mc 21. 7-19
3 No Monte das Oliveiras, achava-se Jesus assentado, quando se aproximaram dele os discípulos, em particular, e lhe pediram: Dize-nos quando sucederão estas cousas, e que sinal haverá da tua vinda e da consumação do século. 4 E ele lhes respondeu: Vede que ninguém vos engane. 5 Porque virão muitos em meu nome, dizendo: Eu sou o Cristo, e enganarão a muitos. 6 E certamente ouvireis falar de guerras e rumores de guerras; vede, não vos assusteis, porque é necessário assim acontecer, mas ainda não é o fim. 7 Portanto se levantará nação contra nação, reino contra reino, e haverá fomes e terremotos em vários lugares;8 porém, tudo isto é o principio das dores. 9 Então sereis atribulados, e vos matarão. Sereis odiados de todas as nações, por causa do meu nome. 10 Nesse tempo, muitos hão de se escandalizar, trair e odiar uns aos outros; 11 levantar-se-ão muitos falsos profetas e enganarão a muitos. 12 E por se multiplicar a iniquidade, o amor se esfriará de quase todos.13 Aquele, porém, que perseverar até ao fim, esse será salvo. 14 E será pregado este evangelho do reino por todo o mundo, para testemunho a todas as nações. Então virá o fim.
A grande tribulação Mc 13.14-23; Lc 21.20-24
15 Quando, pois, virdes o abominável da desolação de que falou o profeta Daniel, no lugar santo ( quem lê, entenda)16 então, os que estiverem na Judéia fujam para os montes; 17 quem estiver sobre o eirado não desça a tirar de casa alguma cousa; 18 e quem estiver no campo não volte atrás para buscar a sua capa.19 Ai das que estiverem grávidas e das que amamentam naqueles dias! 20 Orai para que a vossa fuga não se dê no inverno, nem no sábado; 21 porque nesse tempo haverá grande tribulação, como desde o princípio do mundo até agora não tem havido, e nem haverá jamais. 22 Não tivessem aqueles dias sido abreviados, e ninguém seria salvo; mas por causa dos escolhidos tais dias serão abreviados. 23 Então se alguém vos disser: Eis aqui o Cristo! ou : Ei-lo ali ! não acrediteis; 24 porque surgirão falsos cristos e falsos profetas operando grande sinais e prodígios para enganar, se possível, os próprios eleitos.25 Vede que vô-lo tenho predito.26 Portanto, se vos disserem: Eis que ele está no deserto! não saiais: ei-lo no interior da casa! não acrediteis. 27 Porque assim como o relâmpago sai do oriente e se mostra até no ocidente, assim há de ser a vinda do Filho do homem. 28 Onde estiver o cadáver, aí se ajuntarão os abutres.
A vinda do Filho do homem Mc 13.24-27; Lc 21. 25-28
29 Logo em seguida à tribulação daqueles dias, o sol escurecerá, a lua não dará a sua claridade, as estrelas cairão do firmamento e os poderes dos céus serão abalados.30 Então aparecerá no céu o sinal do Filho do homem; todos os povos da terra se lamentarão e verão o Filho do homem vindo sobre as nuvens do ceu com poder e muita glória.31E ele enviará os seus anjos, com grande clangor de trombeta, os quais reunirão os seus escolhidos, dos quatro ventos, de uma a outra extremidade dos céus.
A parábola da figueira. Exortação à vigilância Mc 13.28-37; Lc 21.29-36
32 Aprendei, pois, a parábola da figueira: quando já os seus ramos se renovam e as folhas brotam, sabeis que está próximo o verão. 33 Assim também vos: quando virdes todas estas cousas, sabei que está próximo, às portas.34 Em verdade vos digo que não passará esta geração sem que tudo isto aconteça.35 Passará o céu e a terra, porém as minhas palavras não passarão.36 Mas a respeito daquele dia e hora ninguém sabe, nem os anjos dos céus, nem o Filho, senão somente o Pai.37 Pois assim como foi nos dias de Noé, também será a vinda do Filho do homem.38 Porquanto, assim como nos dias anteriores ao dilúvio, comiam e bebiam, casavam e davam-se em casamento, até ao dia em que Noé entrou na arca,39 e não o perceberam, senão quando veio o dilúvio e os levou a todos, assim será também a vinda de Filho do homem. 40 Então dois estarão no campo, um será tomado, e deixado o outro; 41 duas estarão trabalhando num moinho, uma será tomada, e deixada a outra. 42 Portanto, vigiai, porque não sabeis em que dia vem o vosso Senhor. 43 Mas considerai isto: Se o pai de família soubesse a que hora viria o ladrão, vigiaria e não deixaria que fosse arrombada a sua casa.44 Por isso ficai também vos apercebidos; porque, à hora em que não cuidais, o Filho do homem virá.
A parábola do bom servo e do mau Lc 12.44-48
45 Quem é, pois, o servo fiel e prudente a quem o senhor confiou os seus conservos para dar -lhes o sus tento a seu tempo? 46 Bem- aventurado aquele servo a quem seu senhor, quando vier, achar fazendo assim.47 Em verdade vos digo que lhe confiará todos os seus bens. 48 Mas se aquele servo, sendo mau, disser consigo mesmo; Meu senhor demora-se, 49 e passar a espancar os seus companheiros, e a comer e beber com ébrios,50 virá o senhor daquele servo em dia em que não o espera, e em hora que não sabe, 51 e castigá-lo-á. lançando lhe a sorte com os hipócritas; ali haverá choro e ranger de dentes