LER E OUVIR HISTÓRIAS FORTALECE A MENTE E O CORAÇÃO


 A natureza da fé

11.1 Ora, a fé é a certeza de causas que se esperam, a convicção de fatos que se não veem.2 pois, pela fé, os antigos obtiveram bom testemunho. 3 Pela fé entendemos que foi o universo formado pela palavra de Deus de maneira que o visível veio a existir das cousas que não aparecem.

Exemplos de fé extraídos do Antigo Testamento. Os primeiros heróis

4 Pela fé Abel ofereceu a Deus mais excelente sacrifício do que Caim; pelo qual obteve testemunho de ser justo, tendo a aprovação de Deus quanto as suas ofertas. Por meio dela, também mesmo depois de morto, ainda fala. 5 Pela fé Enoque foi trasladado para não ver a morte; não achado, porque Deus o trasladara. Pois, antes da sua trasladação, obteve testemunho de haver agradado a Deus. 6 De fato, sem fé é impossível agradar a Deus, porquanto é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe e que se torna galardoador dos que o  buscam. 7 Pela fé Noé, divinamente instruído acerca de acontecimentos que ainda não se viam e sendo temente a Deus, aparelhou uma arca para a salvação de sua casa; pela qual condenou o mundo e se tornou herdeiro da justiça que vem da fé.

Os patriarcas

8 Pela fé Abraão, quando chamado, obedeceu, a fim de ir para um lugar que devia receber por herança; e partiu sem saber aonde ia.9 Pela fé peregrinou na terra da promessa como em  terra alheia, habitando em tendas com Isaque e Jacó, herdeiros com ele da mesma promessa; 10 porque aguardava a cidade que tem fundamentos, da qual Deus é o arquiteto e edificador.11 Pela fé, também, a própria Sara, recebeu poder para ser mãe, não obstante o avançado de sua idade, pois, teve por fiel aquele que lhe havia feito a promessa.12 Por isso também de um, alias já amortecido, saiu uma posteridade tão numerosa como as estrelas do céu, e inumerável como a areia que está na praia do mar.13 Todos estes morreram na fé, sem ter obtido as promessas, vendo-as, porém, de longe, e saudando-as, e confessando que eram estrangeiros e peregrinos sobre a terra.14 Porque os que falam desse modo manifestam estar procurando uma pátria. 15 E, se, na verdade, se lembrassem daquela de onde saíram, teriam oportunidade de voltar.16 Mas agora aspiram a uma pátria superior, isto é, celestial. Por isso, Deus não se envergonha deles, de ser chamado o seu Deus, porquanto lhes preparou uma cidade. 17 Pela fé Abraão, quando posto a prova, ofereceu Isaque; estava mesmo para sacrificar o seu unigênito aquele que acolheu alegremente as promessas, 18 a quem se havia dito: Em Isaque será chamada a tua descendência; 19 porque considerou que Deus era poderoso até para ressuscitá-lo  dentre os mortos, de onde também, figuradamente, o recobrou. 20 Pela fé, igualmente Isaque abençoou a Jacó e a Esaú, a cerca de cousas que ainda estavam para vir. 21 Pela fé Jacó , quando estava para morrer, abençoou cada um dos filhos de José, e, apoiado sobre a extremidade do seu bordão, adorou.22 Pela fé José, próximo do seu fim, fez menção do êxodo dos filhos de Israel, bem como deu ordens quanto aos seus próprios ossos.

Moisés

23 Pela fé Moisés, apenas nascido, foi ocultado por seus pais, durante três meses, porque viram que a criança era formosa; também não ficaram amedrontados pelo decreto do rei. 24 Pela fé Moisés, quando já homem feito, recusou ser chamado filho da filha de Faraó, 25 preferindo ser maltratado junto com o povo de Deus, a usufruir prazeres transitórios do pecado; 26 porquanto considerou o opróbrio de Cristo por maiores riquezas do que os tesouros do Egito, porque contemplava o galardão.27 Pela fé ele abandonou o Egito, e nem ficou amedrontado pela cólera do rei; antes permaneceu firme como quem vê aquele que é invisível. 28 Pela fé celebrou a páscoa e o derramamento do sangue, para que o exterminador não tocasse nos primogênitos dos israelitas. 29 Pela fé atravessaram o Mar Vermelho como por terra seca; tentando-o os egípcios, foram tragados de todo.

Os israelitas em Canaã

30 Pela fé ruíram as muralhas de Jericó, depois de rodeadas por sete dias. 31 Pela fé Raabe, a meretriz, não foi destruída com os desobedientes, porque acolheu com paz aos espias.32 E que mais direi ainda? Certamente me faltará o tempo necessário para referir o que há a respeito de Gideão, de Baraque, de Sansão, de Jefté, de Davi, de Samuel e dos profetas, 33 os quais, por meio da fé, subjugaram reinos, praticaram a justiça, obtiveram promessas, fecharam bocas de leões, 34 extinguiram a violência do fogo, escaparam ao fio da espada, da fraqueza tiraram força, fizeram-se poderosos em guerra, puseram em fuga exércitos de estrangeiros.35 Mulheres receberam, pela ressurreição, os seus mortos. Alguns foram torturados, não aceitando seu resgate, para obterem superior ressureição; 36 outros, por sua vez, passaram pela prova de escárnios e açoites, sim, até de algemas e prisões.37 Foram apedrejados, provados, serrados pelo meio, mortos ao fio da espada; andaram peregrinos, vestidos de peles de ovelhas e de cobras, necessitados, afligidos, maltratados 38 ( homens dos quais o mundo não era digno), errantes pelos desertos, pelos montes, pelas covas, pelos antros da terra. 39 Ora, todos estes que obtiveram bom testemunho por sua fé, não obtiveram, contudo, a concretização da promessa, 40 por haver Deus provido cousa superior a nosso respeito, para que eles, sem nós, não fossem aperfeiçoados.


Obs. Este livro  foi escrito por Paulo aos Hebreus.


 Os sacrifícios antigos eram humanos e transitórios. A expiação feita por Cristo é divina e permanente

10 Ora, visto que a lei tem sombra dos bens vindouros, não a imagem real das cousas, nunca jamais pode tornar perfeitos os ofertantes, com os mesmos sacrifícios que, ano após ano, perfeitamente, eles oferecem. 2 Doutra sorte, não teriam cessado de ser oferecidos, porquanto os que prestam culto, tendo sido purificados uma vez por todas, não mais teriam consciência de pecados? 3 Entretanto, nesses sacrifícios faz-se recordação de pecados todos os anos, 4 porque é impossível que sangue de tourou e de bodes remova pecados. 5 Por isso, ao entrar no mundo, diz: Sacrifício e oferta não quiseste, antes corpo me formaste;  6 não te deleitaste com holocaustos e floretas pelo pecado. não te deleitaste com holocaustos e ofertas pelo pecado. 7 Então eu disse: Eis aqui estou ( no rolo do livro está escrito a meu respeito), para fazer, o Deus, a tua vontade. 8 Depois de dizer, como acima: sacrifícios e ofertas não quiseste, nem holocaustos e oblações pelo nem holocaustos e oblações pelo pecado, nem com isto te deleitaste nem com isto te deleitaste ( cousas que se oferecem segundo a lei), 9 então acrescentou: Eis aqui estou para fazer, ó Deus, a tua vontade. Remove o primeiro para estabelecer o segundo. 10 Nessa vontade é que temos sido santificados, mediante a oferta do corpo e Jesus Cristo, uma vez por todas. 11 Ora, todo sacerdote se apresenta dia após dia a exercer o serviço sagrado e a oferecer muitas vezes os mesmos sacrifícios, que nunca jamais podem remover pecados; 12 Jesus, porém, tendo oferecido, para sempre, um único sacrifício pelos pecados, assentou-se a destra de Deus, 13 Aguardando, daí em diante, até que os seus inimigos sejam postos por estrado dos seus pés. 14 Porque com uma única oferta aperfeiçoou para sempre quantos estão sendo santificados. 15 E disto nos dá testemunho também o Espírito Santo;  porquanto, após ter dito: 16 Esta é a aliança que farei com eles, depois daqueles dias, diz o Senhor:; porquanto, após ter dito: 16 Esta é a aliança que farei com eles, depois daqueles dias, diz o Senhor: Porei nos seus corações as minhas leis, e sobre as suas mente as inscreverei.17 Acrescenta: Também de nenhum modo me lembrarei dos seus pecados e das sua iniquidades, para sempre. 18 Ora onde há remissão destes já não há oferta pelo pecado.

O privilégio de acesso dos crentes a presença de Deus

19 Tendo, pois, irmãos, intrepidez para entrar no Santo dos Santos, pelo sangue de Jesus.20 pelo novo e vivo caminho que ele nos consagrou pelo céu, isto é, pela sua carne, 21 e tendo grande sacerdote sobre a casa de Céus, 22 aproximemo-nos, com sincero coração, em plena certeza de fé, tendo os corações purificados de má consciência e lavado o corpo com água pura. 23 Guardemos firme a confissão da esperança, sem vacilar, pois quem fez a promessa é fiel. 24 consideramo-nos também uns aos outros, para nos estimularmos ao amor e as boas obras. 25 Não abandonemos a nossa própria congregação, como é costume de alguns; antes, façamos admoestações, alguns, antes, façamos admoestações, e tanto mais quanto vocês que o dia se aproxima.

O castigo do pecado voluntário

26 Porque, se vivermos deliberadamente em pecado, depois de termos recebido o pleno conhecimento da verdade, já  não resta sacrifício pelos pecados; 27 pelo contrário, certa expectação horrível de juízo e fogo vingador prestes a consumir os adversários. 28 Sem misericórdia morre pelo depoimento de duas ou três testemunhas quem tiver rejeitado a lei de Moisés. 29 De quanto mais severo castigo julgais vos será considerado digno aquele que calcou aos pés o filho de Deus, e profanou o sangue da aliança com o qual foi santificado, e ultrajou o Espírito da graça? 30 Ora, nós conhecemos aquele que disse: A mim pertence a vingança; eu retribuirei. E  outra vez : O Senhor julgará o seu povo. 31 Horrível causa é cair nas mão do Deus vivo.

Apelo para o passado. A recompensa não tarda

32 Lembrai-vos, porém, dos dias anteriores em que, depois de iluminados, sustentastes grande luta e sofrimentos;  33 ora expostos como em espetáculos, tanto de opróbrio, quanto de tribulações; ora tornando-vos co-participantes com aqueles que desse modo foram tratados.  34 Porque não somente vos compadecestes dos encarcerados, com aceitastes com aqueles que desse modo foram tratados. 34 Porque não somente vos compadecestes dos encarcerados, como aceitastes com alegria o espólio dos vossos bens, tendo ciência de possuirdes vós mesmos patrimônios superior e durável. 35 Não abandoneis, portanto, a vossa confiança; ela tem grande galardão. 36 Com efeito, tendes necessidade de perseverança, para  que havendo feito a vontade de Deus, alcanceis a promessa. 37 Porque ainda dentro de pouco tempo aquele que virá, e não tardará; 38 todavia, o meu justo viverá pela fé, e: Se retroceder, nele não se compraz a minha alma. 39  Nós, porém, não somos dos retrocedem para a perdição. somos entretanto, da fé, para a conservação da alma.


Obs. Este livro  foi escrito por Paulo aos Hebreus.


 Os ritos, ofertas e sacrifícios mosaicos eram imperfeitos e ineficazes

9.1 Ora, a primeira aliança também tinha preceitos de serviço sagrado, e o seu santuário terrestre. Com efeito, foi preparado o tabernáculo, cuja parte anterior, onde estávamos candeeiro, e a mesa, e a exposição dos pães, se chama o Santo Lugar; 3 por trás do segundo véu se encontrava o tabernáculo que se chama o Santo dos Santos, 4 ao qual  pertencia um altar de ouro para o incenso, e a arca da aliança totalmente coberta de ouro, na qual esta uma urna de ouro contendo o maná, a vara de Arão, que floresceu, e as tábuas da aliança; 5 e sobre ela os querubins de glória que, com a sua sombra, cobriam o propiciatório. Dessas cousas, todavia, não falaremos agora pormenorizadamente. 6 Ora, depois de tudo isto assim preparado, continuamente entram no primeiro tabernáculo os sacerdotes, para realizar os serviços sagrados; 7 mas no segundo o sumo sacerdote, ele sozinho, uma vez por ano, não sem sangue, que oferece, por si e pelos pecados de ignorância do povo; 8 querendo com isto dar a entender o Espírito Santo  que ainda o caminho do Santo Lugar não se manifestou, enquanto o primeiro tabernáculo continua erguido. 9 É isto uma parábola para a época presente; e, segundo esta, se oferecem assim dons como sacrifícios, embora estes, no tocante a consciência, sejam ineficazes para aperfeiçoar aquele que presta culto. 10 E que não passam de ordenanças da carne, baseadas somente em comidas e bebidas e diversas abluções, impostas até ao tempo oportuno de reforma.

O sacrifício de cristo não se repete, é perfeito e eficaz

11 Quando, porém, veio Cristo como sumo sacerdote dos bens já realizados, mediante o maior e mais perfeito tabernáculo, não feito por mãos, quer dizer, não desta criação, 12 não por meio de sangue de bodes e de bezerros, mas pelo seu próprio sangue, entrou no Santo dos Santos, uma vez por todas, tendo obtido eterna redenção. 13 Portanto se o sangue de bode e de touros, e a cinza de uma novilha, aspergida sobre os contaminados, os sacrífica, quanto a purificação da carne, 14 muito mais o sangue de Cristo que, pelo Espírito eteno, a si mesmo se ofereceu sem mácula a Deus, purificará a nossa consciência de obras mortas para servirmos ao Deus vivo! 15 Por isso mesmo, ele é o Mediador da nova aliança a fim de que, intervindo a morte para remissão das transgressões que havia sobe a primeira aliança, recebam a promessa da eterna herança aqueles que tem sido chamados. 16 Porque onde há testamento é necessário que intervenha a morte do testador; 17 pois um testamento só é confirmado no caso de mortos; visto que de maneira nenhuma tem força de lei enquanto vive o testador. 18 Pelo que nem a primeira aliança foi sancionada sem sangue; 19 porque, havendo Moisés proclamado todos os mandamentos segundo a lei, a todo o povo, tomou o sangue dos bezerros e dos bodes, com água, e lã tinta de escarlate, e hissopo, e aspergiu não só próprio livro, como também todo o povo, 20 dizendo: Este é o sangue da aliança, a qual Deus prescreveu  para vós outros. 21 Igualmente também aspergiu com sangue o tabernáculo e todos os utensílios do serviço sagrado.22 Com efeito, quase todas as cousas, segundo a lei, se purificam com sangue; e sem derramamento de sangue não há remissão.

O sacrifício de Cristo é eficaz para sempre

23 Era necessário, portanto, que as figuras das cousas que se acham nos céus se purificassem com tais sacrifícios, mas as próprias cousas celestiais com sacrifícios a eles superiores. 24 Porque Cristo não entrou em santuário feito por mãos, figura do verdadeiro, porém no mesmo céu, para comparecer, agora, por nós, diante de Deus. 25 nem ainda para se oferecer a si mesmo muitas vezes, como o sumo sacerdote cada ano entra no Santo dos Santos com sangue alheio. 26 Ora, neste caso, seria necessário que ele tivesse sofrido muitas vezes desde a fundação do mundo; agora, porém, ao se cumprirem  os tempos, se manifestou uma vez por todas, para aniquilar pelo sacrifício de si mesmo o pecado. 27 E, assim como aos homens está ordenado morrerem uma só vez e, depois disto, o juízo, 28 assim também cristo, tendo-se oferecido uma vez para sempre para tirar os pecados de muitos, aparecerá segunda vez , sem pecado, aos que o aguardam para a salvação.

Obs. Este livro  foi escrito por Paulo aos Hebreus.

A antiga aliança era o símbolo transitório da nova, superior e eterna, da qual Cristo é o mediador

8.1 Ora, o essencial das cousas que temos dito, é que possuímos tal sumo sacerdote, que se assentou a destra do trono da Majestade nos céus, 2 como ministro do santuário e do verdadeiro tabernáculo que o Senhor erigiu, não homem. 3 Pois todo sumo sacerdote é constituído para oferecer assim dons como sacrifícios; por isso era necessário que também esse sumo sacerdote tivesse o que oferecer. 4  Ora, se ele estivesse na terra, nem mesmo sacerdote seria, visto existirem aqueles que oferecem os dons segundo a lei, 5 os quais ministram em figura e sombra das cousas celestes, assim como foi Moisés divinamente instruído, quando estava para construir o tabernáculo; pois diz ele: Vê que faças todas as cousas de acordo com o modelo que te foi mostrado no monte. 6 Agora, com efeito, obteve Jesus ministério tanto mais excelente, quanto é ele também mediador de superior aliança instituída com ase em superiores promessas.7 Porque, se aquela primeira aliança tivesse sido sem defeito, de maneira alguma estaria sendo buscado lugar para segunda. 8 E, de fato, repreendendo-os, diz: Eis aí vem dias, diz o Senhor, e firmarei nova aliança com a casa de Israel e com a casa de Judá, 9 não segundo a aliança que fiz com seus pais, no dia em que os tomei pela mão, para os conduzir até fora da terra do Egito; pois eles não continuaram na minha aliança, e eu não atentei para eles, diz o Senhor.10 Porque esta é a aliança que firmarei com a casa de Israel, depois daqueles dias, diz o Senhor. Nas suas mentes imprimirei as minhas leis, também sobre os seus corações as inscreverei; e eu serei o seu Deus, e eles serão o meu povo. 11 E não ensinará jamais cada um ao seu próximo, nem cada um ao seu irmão, dizendo: conhece ao Senhor; porque todos me conhecerão , desde o menor deles até ao maior. 12 Pois, para com as suas iniquidades usarei de misericórdia, e dos seu pecados jamais me lembrarei. 13 Quanto ele diz Nova, torna antiquada a primeira. Ora, aquilo que se torna antiquado e envelhecido, está prestes a desaparecer.


Obs. Este livro  foi escrito por Paulo aos Hebreus.


 Melquisedeque, tipo de Cristo

7.1 Porque este Melquisedeque, rei de Salém,  sacerdote do Deus Altíssimo, que saiu ao encontro de Abraão quando voltava da matança dos reis, e o abençoou; 2 para o qual também Abraão separou o dízimo de tudo ( primeiramente se interpreta rei de justiça, depois também é rei de Salém, ou seja rei de paz; 2 sem pai, sem mãe, sem genealogia; que não teve princípio de dias, nem fim de existência, entretanto feito semelhante ao Filho de Deus), permanece sacerdote perpetuamente.

O sacerdócio de Cristo é superior ao sacerdócio levítico

4 Considerai, pois, como era grande esse a quem Abraão, o patriarca, pagou o dízimo, tirado dos melhores despojos. 5 Ora, os que dentre os filhos de Levi recebem o sacerdócio, tem mandamento de recolher, de acordo com a lei, os dízimos do povo, ou seja, dos seu irmãos, embora tenham estes descendido de Abraão; 6 entretanto, aquele cuja genealogia não se inclui entre eles, receber dízimos de Abraão, e abençoou o que tinha as promessas. 7 Evidentemente, é fora de qualquer dúvida, que o inferior é abençoado pelo superior. 8 Alias, aqui são homens mortais os que recebem dízimos, porém ali, aquele de quem se testifica que vive. 9 E, por assim dizer, também Levi, que recebe dízimos, pagou-os na pessoa de Abraão. 10 Porque aquele ainda não tinha sido gerado por seu pai, quando Melquisedeque saiu ao encontro deste.

O sacerdócio levítico teve fim, mas o de Cristo é eterno

11 Se, portanto, a perfeição houvera sido mediante o sacerdócio levítico ( pois nele baseado o povo recebe a lei), que necessidade haveria ainda de que se levantasse outro sacerdote, segundo a ordem de Melquisedeque, e que não fosse contado segundo a ordem de Arão? 12 Pois, quando se muda o sacerdócio, necessariamente há também mudança de lei. 13 Porque aquele, de quem são ditas estas cousas, pertence a outra tribo, da qual ninguém prestou serviço ao altar; 14 pois é evidente que nosso Senhor procedeu de Judá, tribo a qual Moisés nunca atribuiu sacerdotes.15 E isto é ainda muito mais evidente, quando, a semelhança de Melquisedeque,  se levanta outro sacerdote, 16 constituído, não conforme a lei de mandamento carnal, mas segundo o poder de vida indissolúvel. 17 Porquanto se testifica: Tu é sacerdote para sempre segundo a ordem de Melquisedeque. 18 Portanto, por um lado, se revoga a anterior ordenança, por causa de sua fraqueza e inutilidade 19 ( pois a lei nunca aperfeiçoou cousa alguma)  e, por outro lado, se introduz esperança superior, pela qual nos chegamos a Deus.

Cristo, sacerdote único e perfeito

20 E, visto que não é sem prestar juramento ( porque aqueles, sem juramento, são feitos sacerdotes, 21 mas este, com juramento, por aquele que lhe disse: O  Senhor jurou e não se arrependerá: Tu és sacerdote para sempre) ; 22 por isso mesmo Jesus se tem tornado fiador de superior aliança. 23 Ora, aqueles são feitos sacerdotes em maior número, porque são  impedidos pela morte de continuar; 24 este, no entanto, porque continua para sempre, tem o seu sacerdócio imutável. 25 Por isso também pode salvar totalmente os que por ele se chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles. 26 Com efeito nos convinha um sumo sacerdote, assim como este, santo, inculpável, sem mácula, separado dos pecadores, e feito mais alto do que os céus, 27 que não tem necessidade, como os sumos sacerdotes, de oferecer todos os sumos sacerdotes, de oferecer todos os dias sacrifícios, primeiro por seus próprios pecados, depois pelos do povo; porque fez isto uma vez por todas, quando a si mesmo se ofereceu. 28 Porque a lei constitui sumos sacerdotes  a homens sujeitos a fraqueza, mas a palavra do juramento, que foi posterior a lei, constitui o Filho, perfeito para sempre.


Obs. Este livro  foi escrito por Paulo aos Hebreus.

Exortação ao progresso na fé

6.1 Por isso, pondo de parte os princípios elementares da doutrina de Cristo, deixemo-nos levar para o que é perfeito, não lançando de novo a base do arrependimento de obras mortas, e da fé em Deus, 2 e o ensino de batismos e da imposição de mãos, da ressurreição dos mortos e do juízo eterno. 3 Isso faremos, se Deus permitir.

Os perigos espirituais

4 É impossível, pois, que aqueles que uma vez foram iluminados e provaram o dom celestial e se tornaram participantes, do Espírito Santo, 5 e provaram a boa palavra de Deus e os poderes do mundo vindouro, 6 e caíram, sim, é impossível outra vez renová-los para arrependimento, visto que de novo estão crucificando para si mesmos o Filho de Deus, e expondo-o a ignominia. 7 Porque a terra que absorve a chuva que frequentemente cai sobre ela, e produz espinhos e abrolhos, é rejeitada, e perto está da maldição, e o seu fim é ser queimada.


As cousas melhores e pertentes a salvação

9 Quando a vós outros, todavia, o amados, estamos persuadidos das cousas que são melhores e pertencentes a salvação, ainda que falamos desta maneira. 10 Porque Deus não é injusto para ficar esquecido do vosso trabalho e do amor que evidenciastes para com o seu nome, pois servistes e ainda servis aos santos. 11 Desejamos, porem, continue cada um de vós mostrando até ao fim a mesmo diligência para a plena certeza da esperança; 12 para que não vos torneis indolentes, mas imitadores daqueles  que, pela fé e pela, longanimidade herdam as promessas.

A imutabilidade da promessa de Deus

13 Pois quando Deus fez a promessa a Abraão, visto que não tinha ninguém superior por quem jurar, jurou por si mesmo, 14 dizendo: certamente te abençoarei, e te multiplicarei. 15 E assim, depois de esperar com paciência, obteve Abraão a promessa. 16 Pois os homens juram pelo que lhes é superior, e o juramento, servindo de garantia, para eles, é o fim de todas contenda. 17 Por isso Deus, quando quis mostrar mais firmemente aos herdeiros da promessa a imutabilidade do seu propósito, se interpôs com juramento, 18 para que, mediante duas cousas imutáveis, nas quais é impossível que Deus minta, forte alento tenhamos nós que já corremos para o refúgio, a fim de lançar não da esperança proposta; 19 a qual temos por âncora da alma, segura e firme, e que  penetra além do véu, 20 aonde Jesus, como precursor, entrou por nós,  tendo-se tornado sumo sacerdote para sempre, segundo a ordem de Melquisedeque.


Obs. Este livro  foi escrito por Paulo aos Hebreus.


 Cristo, superior ao sacerdócio da antiga aliança

5.1 Porque todo sumo sacerdote, sendo tomado dentre os homens, é constituído nas cousas concernentes a Deus, a favor dos homens, para oferecer assim dons como sacrifícios pelos pecados, 2 e capaz de condoer-se dos ignorantes e dos que erram pois também ele mesmo está rodeado e franquezas. 3 E, por estas razão, deve oferecer sacrifícios pelos pecados, assim do povo, como  de si mesmo. 4 Ninguém, pois, toma esta honra para si mesmo, senão quando chamado por Deus, como aconteceu com Arão. 5 Assim, também Cristo a si mesmo não se glorificou para se tornar sumo sacerdote, mas aquele que lhe disse: Tu és meu Filho, eu hoje te gerei; 6 como em outro lugar também diz: Tu é sacerdote para sempre, segundo a ordem de Melquisedeque. 7 Ele, Jesus, nos dias da sua carne, tendo oferecido, com forte clamor e lágrimas, orações e súplicas a que o podia livrar da morte, e tendo sido ouvido por causa da sua piedade. 8 embora sendo Filho, aprendeu a obediência pelas cousas que sofreu 9 e, tendo sido perfeiçoado, tornou-se o Autor da  salvação eterna para todos os que lhe obedecem. 10 tendo sido nomeado por Deus sumo sacerdote, segundo a ordem de Melquisedeque.

Os cristãos hebreus não tinham progredido

11 A esse respeito temos muitos cousas que dizer, e difíceis de explicar, porquanto vos tendes tornado tardios em ouvir. 12 Pois, com efeito, quando devíeis ser mestres, atendendo ao tempo decorrido, tendes novamente necessidade de alguém que vos ensine de novo quais são os princípios elementares dos oráculos de Deus; assim vos tornastes como necessitados de leite, e não de alimento sólido. 13 Ora, todo aquele que se alimenta deleite, é inexperiente  na palavra da justiça, porque é criança. 14 Mas o alimento sólido é para os adultos, para aqueles que, pela prática, tem as suas faculdades exercitadas para discernir não  somente o bem mas também o mal.


Obs. Este livro  foi escrito por Paulo aos Hebreus.

 

 A estrada no descanso de Deus pela fé

4.1 Temamos, portanto, que, sendo-nos  deixada a promessa de entrar no descanso de Deus, suceda parecer que algum de vós tenha falhado. 2 Porque também a nós foram anunciadas as boas novas, como se deu com eles; mas a palavra que ouviram não lhes aproveitou, visto não ter sido acompanhada pela fé, naqueles que a ouviram. 3 Nós, porém, que cremos, entramos no descanso; conforme  Deus tem dito: Assim jurei na minha ira: Não entrarão no meu descanso; embora, certamente, as obras estivessem concluídas desde a fundação do mundo. 4 Porque em certo lugar assim disse, no tocante ao sétimo dia: E descansou Deus, no sétimo dia, de todas as obras que fizera. 5 E novamente, no mesmo lugar: Não entrarão no meu descanso. 6 Visto, portanto, que resta entrarem alguns nele, e que, por causa da desobediência, não entraram aqueles aos quais anteriormente foram anunciadas as boas novas,  7 de novo determina certo dia. Hoje, falando por Davi, muito tempo depois, segundo antes fora declarado: Hoje, se ouvirdes a sua voz, não endureçais os vossos corações. 8 Ora, se Josué lhes houvesse dado descanso, não falaria posteriormente a respeito de outro dia. 9 Portanto, resta um repouso para o povo de Deus. 10 Porque aquele que entrou no descanso de Deus, também ele mesmo descansou de suas obras, como Deus das suas. 11 Esforcemo-nos, pois, por entrar naquele descanso, a fim de que ninguém caia, segundo o mesmo exemplo de desobediência. 12 Porque  a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até ao ponto de dividir alma e espírito, juntas e medulas e apta para discernir os pensamentos e propósitos d do coração. 13 E não há criatura que não seja manifesta na sua presença; pelo contrário, todas as cousas estão descobertas e patentes aos olhos daquele a quem temos de prestar contas.

Jesus, o sumo sacerdote que se compadece de nós

14 Tendo, pois, a Jesus, o Filho de Deus, como grande sumo sacerdote que penetrou aos céus, conservemos firmes a nossa confissão. 15 Porque não temos sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas, antes foi ele tentando em todas as cousas, a nossa semelhança, mas sem pecado. 16 acheguemo-nos, portanto, confiadamente, junto ao trono da graça, a fim de recebermos misericórdia e acharmos graça para socorro em ocasião oportuna.


Obs. Este livro  foi escrito por Paulo aos Hebreus.

Cristo é superior a Moisés. O perigo da incredulidade  e da desobediência

3.1 Por isso, santos irmãos, que participais da vocação celestial, considerai atentamente a Apóstolo e Sumo Sacerdote da nossa confissão, Jesus, 2 o qual é fiel aquele que o constituiu, como também o era Moisés e, toda a casa d Deus. 3 Jesus, todavia, tem sido considerado digno de tanto maior glória do que Moisés, quanto maior glória do que Moisés, quanto maior honra de que a casa tem aquele que estabeleceu. 4 Pois toda casa é estabelecida por alguém, mas aquele que estabeleceu todas as cousas é Deus. 5 E Moisés era fiel em toda a casa de Deus como servo, para testemunho das cousas que haviam de ser anunciadas; 6 Cristo, porém, como filho, sobre a sua casa somos nós, se guardamos firme até ao fim a ousadia e a exultação da esperança. 7 Assim, pois, como diz o Espírito Santo: Hoje se ouvirdes a sua voz, 8 não endureçais os vossos corações como foi na provocação no dia da tentação no deserto, 9 onde os vossos pais me tentaram pondo-me a prova, 10 e viram as minhas obras por quarenta anos. Por isso me indignei contra essa geração. e disse: Estes sempre erram no coração; eles também não conheceram os meus caminhos; eles também não conheceram os meus caminhos. 11 Assim jurei na minha ira: Não entrarão no me descanso. 12 Tende cuidado, irmãos, jamais aconteça haver em qualquer de vós perverso coração de incredulidade que vos afaste do Deus vivo. 13 pelo contrário, exortai-vos mutuamente cada dia, durante o tempo que se chama Hoje, a fim de que nenhum de vós seja endurecido pelo engano do pecado. 14 Porque nos temos tornado participantes de Cristo, se de fato guardarmos firme até ao fim a confiança que desde o princípio tivemos. 15 Enquanto se diz: Hoje, se ouvirdes a sua voz, não enfureçais os vossos corações como foi na provocação. 16 Ora, quais os que tendo ouvido, se rebelaram? Não foram, de fato, todos os que saíram do Egito por intermédio de Moisés?17 E contra quem se indignou por quarenta anos? Não foi contra os que pecaram cujos cadáveres caíram no deserto? 18 E contra que jurou que não entrariam no seu descanso, senão contra os que foram desobedientes? 19 Vemos, pois, que não puderam  entrar por causa da incredulidade.


Obs. Este livro  foi escrito por Paulo aos Hebreus.

O perigo da negligência


2.1 Por esta razão, importa que nós apeguemos, com mais firmeza, as verdade ouvidas, para que delas jamais nos desviemos. 2 Se, pois, se tornou firme a palavra falada por meio  de anjos, e toda transgressão e desobediência recebeu justo castigo, 3 como escaparemos nós, se negligenciarmos tão grande salvação? a qual, tendo sido anunciada inicialmente pelo Senhor, foi-nos depois confirmada pelos que a  ouviram; 4 dando Deus testemunho juntamente com , por sinais, prodígios e vários milagres, e por distribuições do Espírito Santo segundo a sua vontade. 

Jesus coroado de glória: sumo sacerdote idôneo e compassivo

5 Pois não foi a anjos que sujeitou o mundo que há de vir, sobre a qual estamos falando; 6 antes alguém, em certo lugar, eu pleno testemunho, dizendo: Quem é o  homem, que dele te lembres? ou o filho do homem, que o visites? Fizeste-o, por um pouco, menor que os anjos, de glória e de honra o coroaste [ e o constituíste sobre as obras das tuas mãos.] 8 Todas as cousa sujeitaste debaixo dos seu pés. Ora, desde que lhe sujeitou todas as cousas, nada deixou fora do seu domínio. Agora, porém, ainda não vemos todas as cousas a ele sujeitas; 9 vemos, todavia, aquele que, por um pouco, tendo sido feito menos que os anjos, Jesus, por causa do sofrimento da morte, foi coroado de glória e de honra, para que, pela graça de Deus, provasse a morte por todo homem. 10 Porque convinha que aquele, por cuja causa e por que todas a cousas existem conduzindo muitos filhos a glória, aperfeiçoasse por meio de sofrimentos o Autor da Salvação deles. 11 Pois, tanto o que santifica, como os que são santificados, todos vêm deum só. Por isso é que ele não se envergonha de lhes chamar irmão, 12 dizendo: A meus irmãos declarei o teu nome, cantar-te-ei louvores no meio da congregação; 13 e outra vez:  Eu porei nele a minha confiança. E ainda: Eis aqui estou eu, e os filhos que Deus me deu. 14 visto, pois, que os filhos tem participação comum de carne e sangue destes também ele, igualmente, participou, para que, por sua morte, destruísse aquele que tem o poder da morte, a saber, o diabo, 15 e livrasse a todos que, pelo pavor da morte estavam sujeitos a escravidão por toda a vida, 16 Pois ele, evidentemente, não socorre a anjos, mas socorre a descendência de Abraão. 17 Por isso mesmo convinha que, em todas as cousas, se tornasse semelhante aos irmãos, para ser misericordioso e fiel sumo sacerdote nas causas referentes a Deus, e para fazer propiciação pelos pecados do povo.18 Pois naquilo que ele mesmo sofreu, tendo sido tentado, é poderoso para socorrer os que são tentados.

Obs. Este livro  foi escrito por Paulo aos Hebreus.