LER E OUVIR HISTÓRIAS FORTALECE A MENTE E O CORAÇÃO

TRABALHANDO COM PAPAI




Já tinha 13 anos quando conheci Jaime, um rapaz muito bonito onde por ele fui me apaixonar. Eu era uma  criança, nada sabia da vida e ele um adulto porque tinha 20 anos. Papai e mamãe não queriam que nós namorássemos enquanto fosse criança, tinha primeiro que estudar, se formar, para depois pensar em casamento ou namoro.
            Eu tomava conta da barraca de papai. Já não ia mais para o sitio com freqncia, na barraca era melhor pra mim, porque ao invés de plantar milho, colher algodão, etc. eu vendia: doce, cana, pão, coco e caldo de cana, naquela época o moinho era manual, tão pesado, mas depois papai comprou um elétrico, aí foi outra coisa era só ligar na chave e a cana passava suavemente. Foi nessa barraca onde aprendi muitas coisas, que prestavam e não prestavam.
            Havia um cabaré bem perto que se chamava TRES COCOS. As putas ou raparigas como eram chamadas naquela época década de 60 e 70 o regulamento era muito rígido, a descriminação era muito grande e quase não as víamos nas ruas. Lembro-me das músicas no auge do sucesso: Baltazar (Sara, Passagem só de ida) Renato e seus Blues Cats que cantava Menina Linda e etc. e tal. Meus amigos eram homens e eu desconfiava dentro de mim que não iria ter uma vida certinha como mamãe queria, (dizia a Laís minha irmã mais velha) que quando crescesse ou melhor quando ficasse de maior idade eu iria alugar uma casa e morar sozinha, poderia namorar quantos homens eu quisesse e fazer o que eu quisesse sem ser subordinada a ninguém. O tempo passou e eu adoeci.

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