O CHICLETE VOADOR

Todos os dias João ia à escola e como sempre levava o dinheiro para comprar seu lanche. A merendeira muito atenta observava a esperteza daquela criança de quatro anos. Um dia sua mãe foi até a cantina da escola e falou que não vendesse chiclete a ele por causa de seus dentinhos que havia feito um tratamento. Sempre que ele chegava falava: Minha mãe disse que agora já posso comprar chiclete e a merendeira respondia: Não seu dentinho ainda não sarou. Certo dia ele adoeceu e ficou um pouco estressado, ora uma criança com quatro anos estressado? não paga água, luz, não faz feira, não paga seu colégio e qual motivo desse estresse? Daí a merendeira o levou para cantina ele lanchou e na saída a diretora pediu que o deixasse em casa já que ela passava em frente de sua casa. Ele entrou no carro e ela notou que ele estava mascando chiclete. Ficou admirada porque ela 

 não havia vendido chiclete e como ele estava mascando?

__ Meu filho, perguntou a merendeira: quem lhe deu esse chiclete?

__ Ninguém ele veio voando, respondeu João.

__ Com assim voando? desde quando chiclete voa? perguntou.

__ Não sei, sei que ele veio voando e entrou dentro de minha boca.

Quando o carro parou em frente da casa dele, ela abriu a porta para ele descer e na hora que ele ia descendo sua mãe abriu o portão de sua casa foi então que ele olhou pra mim e falou: Não quero mais esse chiclete e colocou a mãozinha na boca e jogou o chiclete fora. Nesse momento a merendeira riu muito porque sabia que a mãe dele iria brigar e como ele é esperto antes que isso acontecesse ele se livrou do mesmo. A mesma estória que ele contou a merendeira contou pra sua mãe. Nossa quem já viu chiclete voar?

Obs: Enquanto o menino é pequeno, ele é inteligente para criar estória. Nesse momento ele não falou a verdade, o certo mesmo ele mentiu, daí se continuar dessa forma ele nunca irá falar a verdade, sempre irá inventar qualquer estória para se sair de uma enrascada só que essa do chiclete voador é devido ser uma criança, mas sua mãe é muito esperta e começou a interrogar direitinho e chegou a conclusão que foi sua amiguinha que havia dado a ele. Achei muito bonito a atitude dela porque ela fez que acreditou na estória, não bateu, não gritou, não mandou ele olhar nos seus olhos para vê se realmente ele estava dizendo a verdade etc. e tal. Colocou seu filho no colo e mandou que ele contasse tudo outra vez até que ele caiu em contradição e contou a verdade. Na minha época teria levado uma surra pra nunca mais inventar estórias ou melhor nunca mais mentir. Que sirva de lição para essas mães que gostam de resolver os problemas de seus filhos batendo, existe o momento de educar com palavras e o momento de bater quando realmente ele merecer. Aqui termino mais uma estorinha do dia a dia.

19/11/2012