ENTRE DOIS AMORES PARTE I

 ... e mais uma vez estava aquela jovem que nem teve infância nem adolescência na estrada. Agora ela tinha que correr contra o tempo porque os anos estavam se passando e ela ainda não tinha encontrado seu canto. Como um judeu errante ou uma cigana vivia no mundo a vagar sem ter estabilidade. Chegando na cidade grande conseguiu um emprego em uma loja pois tinha conhecimento sobre comércio, sabia escrever e ler perfeitamente, boa aparência que tudo isso contava para adquirir um emprego, contudo tinha que fazer um pequeno teste com a máquina de escrever que ela também tinha feito o curso datilografia. Havia passado uns três ou quatro meses ela tinha um namorado que tanto fazia ter muito dinheiro hoje e amanhã nenhum tostão porque era viciado em jogo. Um dia quando estava no seu trabalho apareceu aquele rapaz alto, ainda de menor, muito bonito e atraente chega ela tomou um susto quando o viu pois o mesmo era seu conterrâneo e ela já tinha tido um caso com ele. Entre a cruz e a espada o que deviria fazer pois estava com o rapaz e agora iria o trair... Ele se aproximou dela e começou a cantar a música de Roberto Carlos “Olha dentro dos meus olhos, vê quanta tristeza de chorar por ti, por ti” ...Ela ficou louca com tudo aquilo e resolveu deixar o rapaz que enraivecido foi embora para o Paraná e nunca mais se comunicaram. Alugaram um quarto mobiliado, mobiliado que falo era, um guarda-roupas, uma cama de solteiro, e mais nada, daí pegaram o jornal e foram em busca de um emprego que ficava localizado na Praia. Ela era mais velha que eu creio que uns cinco anos mais ou menos, daí quando a dona da Lanchonete o viu ficou apaixonada pela boa aparência e logo empregou os dois. Ele ficava na chapa fazendo os sanduiches e ela como garçonete. No início tudo corria às mil maravilhas, depois a dona da Lanchonete levou sua neta pela qual ele se apaixonou deixando de lado aquela a quem havia o acolhido. Foi um inferno, por um descuido engravidou. Esta criatura sofreu tanto nas garras daquele homem que chegou até a apanhar dele que o dono da casa veio socorre-la   porque ele havia esmurrado a barriga dela onde estava o seu bem precioso. Muitas brigas e foram demitidos, lembrando que o ano novo ele passou ao lado da menina. Que desgosto, chovia muito e aquela mulher embaixo de chuva ficou ali esperando que ele chegasse. Enquanto ele se divertia ela chorava. Não demorou muito tempo ele resolveu pedir as contas ou melhor os dois foram colocados para fora. E agora o que fazer? Ela estava grávida, como iria encontrar outro emprego...

Continua....

OBS: Essa não é uma obra de ficção é um pedacinho de minha vida, se não escrevo fico pirada.